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MIS Experience apresenta mostra “Portinari em grafitti” no Conjunto Nacional

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: http://ccn.com.br/.

O MIS Experience – instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo de São Paulo – e o Conjunto Nacional promovem em parceria inédita a mostra “Portinari em grafitti”, uma exposição gratuita com dezenas de releituras de obras consagradas de Candido Portinari.

A mostra é resultado de uma ação realizada por meio da exposição “Portinari para todos”, em cartaz no MIS Experience, em que grafiteiros de Centros Educacionais Unificados (CEUs) foram convidados e produziram suas próprias versões de obras célebres de Candido Portinari, como “Café”, “Os Retirantes”, “O Mestiço” e “Meninos soltando pipas”, entre outras pinturas.

A seleção dos trabalhos de grafiteiros provenientes de áreas periféricas da capital paulista e de Osasco pode ser conferida entre 5 de maio e 5 de junho no saguão do Conjunto Nacional, localizado na Avenida Paulista, em São Paulo. A atividade é realizada em conjunto com a Secretaria Municipal de Educação, por meio da Divisão de Cultura da Coordenadoria dos Centros Educacionais Unificados (Coceu).

Exposição “Portinari para todos” | O MIS Experience, localizado no bairro da Água Branca, promove a megaexposição “Portinari para todos”. Mais de 150 obras dos artistas são exibidas e reinterpretadas a partir de recursos tecnológicos e audiovisuais, que preenchem o espaço expositivo do museu. A exposição poderá ser visitada até 10/7. Para mais informações, acesse o site oficial. A iniciativa faz parte do programa Modernismo Hoje, criado pelo Governo de São Paulo para celebrar o centenário da Semana de 1922.

Serviço:

“Portinari em grafitti”

Data: 5/5 a 5/6

Horário: de segunda a sábado, das 6h às 22h/domingos e feriados, das 10h às 22h

Local: Saguão do Conjunto Nacional – Av. Paulista, 2073 – Consolação, São Paulo (SP)

“Exposição Portinari para todos”

Data: 5/3 a 10/7

Local: MIS Experience – Rua Cenno Sbrighi, 250 – Água Branca, São Paulo (SP)

Acompanhe a Cultura: Site | Facebook | Instagram | Twitter | LinkedIn | YouTube.

(Fonte: FSB Comunicação)

Galeria Gabriel Wickbold em São Paulo realiza exposição sobre Festa Guajajara Wira’U’Haw

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotógrafo francês Maxence Loyer registrou ritual ancestral do povo originário Guajajara e venda de retratos terá toda a verba revertida para o Centro Saberes Tukàn. Foto: divulgação.

A exposição “Wira’U’Haw” parte do registro de um ritual ancestral do povo Guajajara que registra a Festa da Menina-Moça, um importante ritual de passagem na cultura desse povo e pontua o momento em que as meninas se transformam em mulheres aos olhos de sua comunidade. Quinze fotos coloridas compõem a mostra, que abriu na quinta-feira, 5, às 19h, na Galeria Gabriel Wickbold, em São Paulo.

As fotografias são do documentarista francês Maxence Loyer que, apaixonado pela cultura Guajajara e vivenciando os reais problemas locais, registrou uma cerimônia de conscientização e conexão do corpo humano com as energias da natureza. As meninas-moças, trajando saias longas, ostentam adereços nos quais se destaca a cor vermelha – uma alusão aos pássaros da mata. Os olhares dos demais participantes, todos voltados às meninas-moças, contrastam com os olhos delas, parcialmente cobertos por ornamentos.

Para a mostra, serão apresentadas em Wira’U’Haw 15 fotografias com edições de dez – exceto uma que traz edição de cinco – e 100% da verba obtida com as vendas, será revertida para a comunidade. A doação tem como objetivo fortalecer a cultura indígena no Brasil, visando o retorno social e a contribuição com o desenvolvimento do Centro de Saberes Tukàn, na Terra Indígena Arariboia no Maranhão, lugar onde a educação sustentável valoriza a identidade (língua, cantos, dança, rituais etc.), protegendo o meio-ambiente e incentivando as atividades produtivas como alimentos orgânicos, artesanato e remédios naturais, dentre outros.

Vale ressaltar que, mais que uma festa, Wira’U’Haw representa o processo de transmissão de saberes e processos de transformação matriarcais e marca uma ocasião em que as meninas-moças recebem muitos cuidados. Uma linhagem de conhecimentos conservados graças à oralidade que é repassada às meninas por bisavós, avós e mães após a menarca. Ao pôr-do-sol, as meninas-moças são apresentadas portando seus ornamentos e com as tradicionais pinturas de jenipapo. O ritual estende-se por toda a noite, quando as mulheres e os participantes cantam e dançam.

Ao nascer do sol, as moças, sentadas sobre as esteiras, passam por um momento de liberação espiritual e física de algumas restrições. Para encerrar, elas oferecem bolinhos de tona aos cantores, lideranças e pessoas próximas. Um dos povos originários mais numerosos do Brasil, os Guajajara se espalham por mais de dez terras indígenas localizadas na margem leste da Amazônia, no Maranhão, onde enfrentam problemas como a intensa exploração madeireira e caçadores ilegais.

Serviço:

Galeria Gabriel Wickbold Studio & Gallery

Rua Lourenço de Almeida, 167 – Vila Nova Conceição – São Paulo (SP)

Visitação: de 6 de maio a 5 de junho

Horário: de segunda a sexta-feira, das 10 às 18h. Sábados, domingos e feriados: fechado.

(Fonte: Ju Vilela Press)

Conservatório de Tatuí cria cineclube em homenagem a atriz Bibi Ferreira

Tatuí, por Kleber Patricio

Foto: Arquivo/Conservatório de Tatuí.

O Conservatório de Tatuí, considerado a maior escola de música e artes cênicas da América Latina, lançará nesta terça-feira, 10, um cineclube em homenagem a atriz Bibi Ferreira. O projeto, intitulado “Cine Bibi”, prevê sessões de cinema gratuitas sempre às terças-feiras, a partir das 19h30, no Teatro Procópio Ferreira, espaço cultural pertencente ao Conservatório de Tatuí.

Os títulos apresentados no “Cine Bibi” são da plataforma Petra Belas Artes à La Carte e de outros parceiros. A entrada é gratuita e os ingressos podem ser retirados com antecedência por meio da plataforma INTI ou na bilheteria do próprio Teatro de segunda a sábado, das 13h às 16h e das 17h às 20h. Para o lançamento do projeto, será exibido o filme “It’s a Wonderful Life” (“A Felicidade Não se Compra”) de Frank Capra, 1946.

Atriz e cantora, diva de vários musicais brasileiros e considerada a primeira-dama do teatro nacional, Bibi Ferreira é filha do ator Procópio Ferreira – um dos mais relevantes nomes das artes cênicas no Brasil e que dá nome ao teatro do Conservatório de Tatuí. Para a diretora executiva da Sustenidos (empresa gestora do Conservatório), Alessandra Costa, o cineclube simboliza a união entre artes cênicas e a música que ocorre na instituição. “Como Bibi era filha de Procópio Ferreira, outro grande ator que dá nome ao local onde acontecerá o cineclube, achamos que seria lindo ter pai e filha juntos no mesmo espaço. Hoje em dia as pessoas podem encontrar quase todo tipo de filme nas plataformas de streaming, mas a sensação de estar na sala com outras pessoas e assistir às obras em grande formato me parece bem mais interessante. Então criamos este espaço de formação e compartilhamento, que combina muito com o Conservatório de Tatuí”, destaca Alessandra.

Entre títulos nacionais e de diferentes países e gêneros, o cineclube segue uma agenda temática. No mês de maio, em homenagem ao trabalhador, haverá exibições de filmes que falam sobre o mundo do trabalho em diferentes realidades. Já em junho, as obras celebram o mês do Orgulho LGBTQIA+. Em julho, as produções terão foco nos musicais.

O “Cine Bibi” faz parte das novidades anunciadas pelo Conservatório de Tatuí para o primeiro semestre de 2022. Também estão previstas atrações regulares para o público infantil e ações de incentivo aos artistas e coletivos de Tatuí e região. Confira a programação completa aqui.

(Fonte: Máquina Cohn Wolfe)

Área do Museu da Energia de Salesópolis integra criação de Refúgio de Vida Silvestre

Salesópolis, por Kleber Patricio

Foto: Glaucia Del Rio.

No dia 8 de abril, foi iniciado o processo de criação de um Refúgio de Vida Silvestre (RVS) em Salesópolis (SP) para a proteção do bicudinho-do-brejo-paulista, ave criticamente ameaçada de extinção. A iniciativa é da Prefeitura Municipal de Salesópolis e atualmente conta com o apoio de oito instituições: Museu da Energia de Salesópolis, SAVE Brasil, Mosaico Ambiental Ltda, Prefeitura de Guararema, Fundação Florestal, Instituto Suinã, DAEE e The Nature Conservancy (TNC).

Além de proteger o meio ambiente e o bicudinho, o refúgio deverá atrair pessoas do mundo todo para a observação de espécies ameaçadas de extinção, ainda mais por ser um dos únicos locais do planeta a abrigar esse passarinho, que está na lista dos sonhos de avistamento de muitos observadores de aves. “Uma das áreas de interesse para compor este refúgio é o brejo que fica dentro do território do Museu da Energia, por sua relevância ambiental, pois é o local que abriga uma das poucas populações do bicudinho-do-brejo-paulista aqui na região. Além de fazer parte dessa iniciativa com as suas áreas preservadas, o Museu, por meio de sua equipe educativa, ficará responsável pelo trabalho de educação ambiental nas escolas locais”, explica Simone Villegas, engenheira ambiental e coordenadora do Museu.

O que ainda traz mais curiosidade para o bicudinho é o fato de que ele somente foi descoberto pela ciência em 2004 e só foi reconhecido como espécie em 2015. Pela sua situação preocupante e ocorrência tão restrita, o bicudinho foi imediatamente listado globalmente como criticamente ameaçado de extinção. Por isso, ações como essa são de suma importância para salvar a espécie e evitar a sua extinção.

Foto: Elvis Japão.

A criação do refúgio tem como benefícios a proteção do meio ambiente e o potencial de estimular o turismo de avistamento de aves, visto que o bicudinho é um passarinho raro e especial, que observadores do mundo todo têm o desejo de ver. Estratégias de proteção ambiental por meio das unidades de conservação são essenciais para garantir a manutenção da qualidade ambiental dos ecossistemas e evitar a extinção de espécies criticamente ameaçadas, como é o caso do bicudinho.

Em 2019, foi criado em Guararema o Refúgio de Vida Silvestre do Bicudinho, a primeira unidade de conservação a proteger essa espécie tão rara, que somente ocorre em seis municípios dessa região. O sucesso da criação no município vizinho inspirou Salesópolis a proteger essa espécie em seu território.

O Refúgio de Vida Silvestre pode ser constituído de áreas particulares, sem a necessidade de desapropriações, desde que as atividades realizadas em seu interior sejam compatíveis com o objetivo de conservação. Os RVSs trazem inúmeros benefícios para as comunidades, através da provisão de serviços ecossistêmicos, como a purificação do ar, o abastecimento de água, entre outros.

Sobre a Fundação Energia e Saneamento | Desde 1998, a Fundação Energia e Saneamento inspira pessoas sobre o valor da água e energia para a vida por meio da pesquisa, preservação e divulgação do patrimônio histórico e cultural dos setores de energia e de saneamento ambiental. Atuando em várias regiões do Estado de São Paulo por meio das unidades do Museu da Energia (São Paulo, Itu e Salesópolis), realiza ações culturais e educativas que reforçam conceitos de cidadania e incentivam o uso responsável de recursos naturais.

Facebook: museudaenergia

Instagram: museudaenergia

YouTube: Museu da Energia

Site.

(Fonte: Betini Comunicação)

Livro expõe os riscos que a flexibilização de armas traz para o cenário da segurança pública do Brasil

São Paulo, por Kleber Patricio

Capa do livro.

O “liberou geral” que o atual governo federal prometeu na campanha presidencial – e cumpriu após ser eleito – trouxe efeito reverso ao que a maioria esperava. Dados e pesquisas que vão além do ‘achismo’ mostram que armar a sociedade traz a falsa ilusão de tranquilidade, quando, na verdade, o número de mortes em diferentes casos e camas da sociedade só aumenta. Tudo isso é o que aponta (por meio da análise de levantamentos de institutos e universidades que medem o impacto da violência no Brasil) o trabalho do gerente do Instituto Sou da Paz, Bruno Langeani, compilado em “Arma de Fogo no Brasil: Gatilho da Violência”.

Segundo dados do Ministério da Saúde datados de 2019, a cada hora, sete pessoas são assassinadas no Brasil. Já sete em cada 10 homicídios que acontecem no país são cometidos com arma de fogo, número bem acima da média mundial, que é de 44 %, conforme dados da organização suíça Geneva Declaration. Para os defensores da posse de arma como legítima defesa, uma terceira estatística: no estado do Rio de Janeiro, o risco de um policial ser vítima de latrocínio é seis mil vezes maior do que o do resto da população, isso sendo ele treinado para usar o artefato. Reagir a um roubo usando arma de fogo aumenta em 56 % as chances de morte por parte da vítima.

A obra explora a trilha desde a criação da arma de fogo, o efeito provocado pelo disparo no corpo humano até o controle de armas na prática, passando por índices alarmantes que demonstram, entre outros efeitos, como o afrouxamento da regulação para compra e porte de armas no país traz consequências catastróficas. O livro do advogado, que possui mais de uma década de experiência na área de controle de armas de fogo, fortalece a visão de que armamento sem controle é uma “máquina de moer pessoas”, como o próprio autor define. “Na prática, este argumento do cidadão de bem armado protegendo sua família e propriedade se mostra não apenas equivocado, mas trágico. Como apontamos, as chances de uso da arma para a defesa própria são pequenas. Porém, ao trazer este instrumento para seu dia a dia, as chances de tragédias acontecerem são muitas”, afirma Langeani.

O autor Bruno Langeani. Foto: divulgação.

“Arma de Fogo no Brasil: Gatilho da Violência” dedica uma seção para investigar a origem das armas e munições do crime e suas principais fontes de abastecimento. Uma reunião de pesquisas demonstra que o principal problema ainda são armas fabricadas domesticamente, vendidas no país e depois desviadas para o mercado ilegal.

Tão importante quanto examinar o problema que é cerne da violência no Brasil, “Arma de Fogo no Brasil: Gatilho da Violência” reserva um capítulo inteiro às possíveis soluções para um país onde uma minoria de estados conta com delegacias especializadas em combate ao tráfico de armas e munições. “Minha intenção com este livro é que, justamente, ele possa contribuir tanto com quem considera a compra de arma, como para que formuladores de políticas e gestores alcancem melhores resultados na promoção de segurança pública”, finaliza o autor.

Sobre o autor | Bruno Langeani é advogado pelo Mackenzie e bacharel em Rel. Internacionais pela PUC-SP. Mestre em Public Administration and Public Policy pela Universidade de York (Reino Unido). Atuou na área de gestão de projetos e planejamento na Prefeitura de São Paulo por oito anos. Foi coordenador de Controle de Armas de Fogo do Instituto Sou da Paz, onde ocupa o cargo de gerente e onde publicou pesquisas sobre investigação de homicídios, perfil de armas e munições apreendidas no crime, entre outros. Atuou como consultor do Escritório das Nações Unidas (Unodc) em avaliação do Global Firearms Programme; em 2022, foi incluído no rol de especialistas internacionais em Tráfico de Armas de Fogo e Munição no Forum on the Arms Trade.

Sobre a Editora Telha | A Telha tem seu ‘début’ editorial seguindo uma premissa simples: quem disse que editar e publicar livros não pode ser divertido e prazeroso? Foi com esse devir — afinal, não é ele o “processo do desejo”? — que decidimos fazer as edições que gostaríamos de ver nas prateleiras.

Primor gráfico, acompanhamento personalizado, time especializado e aquele nível saudável de transtornos controlados e tratados que são o nosso charme: obsessão com prazos, compulsão por detalhes e o inevitável narcisismo fruto dos resultados dos jobs.

Serviço:

Livro: “Arma de Fogo no Brasil: Gatilho da Violência”

Autora: Bruno Langeani

Editora: Telha

Páginas: 169

Preço: R$45,00.

(Fonte: Aspas e Vírgulas)