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Promoção de atividade econômica e combate à ilegalidade são soluções para proteção das Florestas Públicas Não Destinadas

Amazônia, por Kleber Patricio

Foto: Raimundo Teixeira estevesbae/Pixabay.

Grandes alvos de grilagem e da maior parte do desmatamento da Amazônia, as Florestas Públicas Não Destinadas podem ser protegidas e usadas de maneira responsável, a partir da promoção de atividades econômicas, da atenção aos povos tradicionais, da retirada das FPND do Cadastro Ambiental Rural e com o controle de atividades ilegais. Essas são as conclusões do IV Fórum de Soluções, evento que aconteceu em Manaus organizado pelo Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e que reuniu especialistas, pesquisadores e representantes de instituições públicas e privadas com o objetivo de formular recomendações em prol da conservação da Amazônia.

Floresta Pública Não Destinada é a área que ainda não foi alocada para uma categoria prevista em lei, como unidade de conservação, terra indígena, área militar ou dentro de uma autarquia. Isso as deixa de fora da tutela de um órgão responsável e, com isso, muito vulneráveis a atividades ilegais. As FPND são hoje cerca de 13% da Amazônia Legal e ocupam 62,9 milhões de hectares, conforme consta no Cadastro Nacional de Florestas Públicas.

Alterações no Cadastro Ambiental Rural

O ponto mais importante discutido no evento foi a situação do Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural. “Estão usando um sistema oficial para grilar terrenos, com o registro irregular de florestas que são públicas como propriedade privadas. Fazendo um estudo com base nos dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, observamos que 32% do desmatamento entre 2019 e 2022 foi em FPND e 47% desta atividade criminosa ocorreu nas áreas que alguém registrou como sendo propriedade privada no CAR. Não podemos ignorar que 41% das áreas desmatadas têm mais de 100 hectares, o que revela a natureza de grandes investimentos por trás desse desmatamento”, apresentou Julia Niero Costa, Analista de Geotecnologias do Imaflora.

Dessa forma, é imprescindível retirar da base do CAR cerca de 18,6 milhões de hectares de florestas públicas não destinadas no país, o equivalente a 30% do total, e que estão registrados no sistema. Também é necessário cancelar os cadastros de áreas que estiverem em sobreposição com Florestas Públicas Não Destinadas que estão no estágio de identificação do Tipo B, ou seja, possuem dominialidade pública, mas ainda não foram destinadas à utilização pela sociedade, por usuários de serviços ou bens públicos ou por beneficiários diretos de atividades públicas. Mudanças no sistema não serão eficientes sem a devida fiscalização do poder público.

Promoção de uma atividade econômica

Em apresentação no Fórum, Cláudia Azevedo-Ramos, professora e pesquisadora do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos na Universidade Federal do Pará, destacou que destinar as florestas públicas pode reduzir em 30% o desmatamento na região. Nesse sentido, promover a proteção, justiça social e uso florestal sustentável por meio do incentivo, valorização e reconhecimento de atividades econômicas de populações tradicionais extrativistas é um caminho necessário. Para promover a legalidade florestal, é preciso licenciar as atividades produtivas, estabelecendo critérios que contribuam para o desenvolvimento sustentável.

Para os especialistas presentes no debate, o Brasil não pode desperdiçar o grande potencial de atrair investimentos e transformar a conservação da Amazônia em desenvolvimento por meio de parcerias público-privadas. Para isso, uma das estratégias recomendadas é a realização de manejo sustentável da floresta, a concessão de FPND para projetos de carbono de conservação REDD+ e de restauração.

Atenção aos povos tradicionais

Para uma atuação consistente de conservação das Florestas Públicas Não Destinadas é fundamental que o protagonismo de povos tradicionais seja reconhecido e o direito à posse de terra seja garantido para a população que já ocupa esse território. Como recomendação, os especialistas participantes no IV Fórum de Soluções destacam a necessidade de investir em estudos dos territórios e avaliações de uso da terra, a fim de compreender no cenário atual quem está ocupando as áreas de FPND e qual finalidade estão empregando.

Entre as questões apresentadas que precisam ganhar visibilidade está a legislação fundiária brasileira, cuja aplicação não atende às especificidades dos Povos e Comunidades Tradicionais (PCTs).

Controle de atividades ilegais

As tensões territoriais vêm se intensificando na região amazônica também por questões associadas a desmatamento, tráfico de drogas e atuação de organizações criminosas. Infere-se que também há um financiamento do desmatamento por parte desses grupos, uma vez que desbastar grandes áreas tem um custo muito elevado.

As áreas de Florestas Públicas Não Destinadas atraem o interesse também pela localização por vezes próxima a rotas de escoamento de produção, o que acirra a disputa territorial e evidencia a necessidade de fiscalização das atividades nesses territórios. A essa altura, é fundamental a investida em campanhas de combate ao crime organizado, inclusive pelo Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), garantindo a destinação de recursos para o monitoramento dessas práticas predatórias.

“O diálogo e o compartilhamento de conhecimentos e perspectivas são essenciais para lidar com os desafios que enfrentam nossas florestas hoje e para construir um futuro mais sustentável e o Fórum promoveu mais uma vez debates ricos. Saímos do encontro com mais clareza das ações necessárias para mudar esse cenário”, conclui Leonardo Sobral, gerente florestal do Imaflora.

Sobre o Imaflora

O Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola – Imaflora – é uma associação civil sem fins lucrativos criada em 1995 que nasceu sob a premissa de que a melhor forma de conservar as florestas tropicais é dar a elas uma destinação econômica associada a boas práticas de manejo e a uma gestão responsável dos recursos naturais. O Imaflora acredita que a certificação socioambiental é uma das ferramentas que respondem a parte desse desafio com forte poder indutor do desenvolvimento local, sustentável, nos setores florestal e agrícola. Dessa maneira, o Instituto busca influenciar as cadeias produtivas dos produtos de origem florestal e agrícola, colaborar para a elaboração e implementação de políticas de interesse público e, finalmente, fazer, de fato, a diferença nas regiões em que atua, criando ali modelos de uso da terra e de desenvolvimento sustentável que possam ser reproduzidos em outros municípios, regiões ou biomas do País. Mais informações: https://www.imaflora.org/.

(Fonte: Agência Profile)

Hemonúcleo de Sorocaba é beneficiado por mutirão de doações

Sorocaba, por Kleber Patricio

Imagem: Big_Heart/Pixabay.

A Starrett, fabricantes de serras, ferramentas e instrumentos de medição com sede em Itu (SP), promoveu um mutirão de doação de sangue no dia 15 de julho na Colsan (Associação Beneficente de Coleta de Sangue), em Sorocaba. A ação faz parte de uma campanha interna de conscientização sobre a importância da doação de sangue. Ao todo, 34 colaboradores participaram do voluntariado.

“O Comitê de Saúde da empresa organizou essa ação com o intuito de fortalecer esse ato de cidadania entre os funcionários e, ao mesmo tempo, contribuir com a sociedade e com o pilar social do ESG e com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 3 – isto é, saúde e bem-estar, ajudando a abastecer os estoques de sangue da Colsan”, explica a assistente social da Starrett, Ivana de Barros. A profissional conta ainda que o Comitê de Saúde Starrett, denominado LifeStarr, tem por objetivo estar atento às questões que envolvam a saúde física e emocional de seus funcionários, além de aspectos da sociedade.

“Nesta campanha tivemos muitos tiveram a oportunidade de realizar a primeira doação, quebrando tabus e perdendo o medo de fazer a doação. Entendemos que somos agentes dessa conscientização de que todos estamos no mesmo planeta e podemos colaborar uns com os outros, transformando a sociedade de forma positiva, saindo daquele modo individual para o modo coletivo e sustentável.”

A assistente social da Starrett, Ivana de Barros. Foto: divulgação/Starrett.

Pela primeira vez doando sangue, Rafael Sampaio, operador de produção da Célula de Serra de Fita Bimetal, diz que sempre teve vontade de doar, mas nunca teve oportunidade e aproveitou a campanha da empresa. “Eu acho essa ação realizada pela Starrett muito legal devido à conscientização os colaboradores em fazer a doação de sangue. Falta informação, no geral, para as pessoas saberem o quanto é importante a doação de sangue e o quanto ajuda”.

“A ação foi excelente e vai ajudar muitas vidas. As empresas precisam ter essa conscientização do quanto elas conseguem promover a sociedade com ações internas como esta. A Starrett tem essa preocupação com a comunidade; então, o que a equipe puder participar e auxiliar o próximo, estaremos sempre dispostos a isto. É tranquilo, é rápido, é seguro, doar sangue é doar vida”, ressalta a analista de exportação Larissa Calmona.

(Fonte: Attuale Comunicação)

Seis em cada dez brasileiros não praticam atividade física no tempo livre, aponta pesquisa

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: arek adeoye/Unsplash.

Seis entre dez brasileiros adultos não seguem as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) de 150 minutos semanais de prática de atividades físicas no tempo livre. Entre os idosos, a partir de 65 anos, essa taxa aumenta para sete em cada dez. O levantamento, feito por pesquisadores do Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com instituições dos Estados Unidos e Noruega, está publicado na edição de sexta (11) da revista “Epidemiologia e Serviços de Saúde”.

O artigo apontou que cerca de 60% das pessoas são inativas fisicamente, ou seja, não praticam nenhuma atividade física. Entre os idosos com 65 anos ou mais, quase 4% pratica alguma atividade de fortalecimento muscular. Cerca de um quarto (26%) dos adultos é fisicamente ativo e o restante (14%) é insuficientemente ativo. A análise usou dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019, feita pelo Ministério da Saúde com uma amostra de 88.513 participantes. Esse levantamento utiliza a mesma metodologia do Censo Demográfico, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, ou seja, é representativa da população brasileira.

Com base nos dados da PNS, os cientistas avaliaram a porcentagem de brasileiros que segue as recomendações da OMS de praticar atividades físicas aeróbicas, como caminhada, corrida ou andar de bicicleta, e de fortalecimento muscular, como musculação, Pilates ou yoga. Segundo a organização, 150 minutos semanais destas práticas podem contribuir para a redução da mortalidade por doenças metabólicas, cardiovasculares e alguns tipos de câncer (como mama, endométrio e próstata), além de contribuir também para o controle de peso, redução da ansiedade e outros problemas de saúde mental.

Além de não praticar as atividades recomendadas no tempo livre, um terço da população tem uma rotina sedentária: passa seis horas ou mais por dia sentada usando celulares, tablets, computadores ou na frente da televisão. “Ficar muito tempo parado traz muitos prejuízos para a saúde”, avalia Arão Oliveira, epidemiologista e aluno de pós-doutorado no Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica do Hospital Universitário da USP, primeiro autor do artigo. “Existem dados robustos sobre benefícios para a saúde como a prevenção de doenças crônicas e redução de mortalidade precoce para quem cumpre as recomendações de atividades físicas da OMS”, aponta o pesquisador.

Oliveira ressalta que, por causa da pandemia, a prática de atividade física tenha caído ainda mais na população brasileira. “É uma observação com base em algumas pesquisas online, sem amostras representativas da população, mas que mostraram que as pessoas fizeram ainda menos atividade física, o que pode impactar até mesmo na mortalidade de maneira geral, não só relacionada à Covid-19, mas também por doenças crônicas”, diz o epidemiologista.

Mesmo quando a pessoa tem um trabalho fisicamente ativo, é importante se exercitar no tempo livre. “A modalidade de atividade física que tem mais evidências de benefícios para a saúde é aquela praticada no tempo livre”, diz. Na análise, Oliveira e seus colegas observaram que mulheres são ainda mais inativas do que homens. Entre a população feminina, 63% é fisicamente inativa, enquanto na população masculina, 56% não se exercita. “Isso acontece, possivelmente, por questões socioculturais relacionadas ao trabalho, afazeres domésticos e à maternidade”, pontua.

No artigo, os pesquisadores apontam que é preciso investir em ações e programas de educação na atenção primária de saúde, promovendo e prescrevendo atividades físicas nas comunidades, cidades e municípios. “Esses programas precisam ser subsidiados”, diz Oliveira. Em um estudo multicêntrico, publicado por pesquisadores de instituições do Brasil e Estados Unidos, em 2014, apenas 40% de todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do país apresentavam programas de promoção de atividades físicas.

(Fonte: Agência Bori – pesquisa indexada no Scielo)

Encontro de Regência do Conservatório de Tatuí promete aprimorar habilidades dos maestros musicais

Tatuí, por Kleber Patricio

Foto: divulgação.

O Conservatório de Tatuí abre as inscrições gratuitas para o 2º Encontro de Regência, que promete aprimorar as habilidades e conhecimentos dos participantes na arte de reger um conjunto musical. Com inscrições abertas até o dia 10 de agosto, o evento é destinado a estudantes do curso de Iniciação à Regência da própria instituição e ao público externo interessado(a) no tema. Os(as) interessados(as) podem inscrever-se de forma on-line.

O curso, ministrado pelo maestro e flautista Homero de Magalhães Filho, será realizado em duas partes e abordará tanto as técnicas gestuais do regente quanto as estratégias de ensaios para a preparação e condução de performances musicais. Na primeira parte, os(as) participantes serão apresentados a um verdadeiro “dicionário” de comunicação não verbal à disposição dos regentes, incluindo batidas dos diferentes compassos, partidas, finais, fermatas, fraseados, dinâmicas e staccato/legato, entre outros aspectos fundamentais para a expressão musical. A segunda parte do encontro será dedicada às técnicas e estratégias de ensaios, abordando a preparação de partituras e a realização de exercícios com o conjunto musical, bem como a análise e crítica do trabalho realizado.

O evento também visa ser uma excelente oportunidade para aqueles que têm interesse em ingressar no mundo da regência de orquestra e conjuntos instrumentais. Dessa forma, além dos estudantes do curso de Iniciação à Regência, o encontro é aberto a regentes de coro, monitores vocais, cantores e professores de canto interessados pela regência coral, pianistas, cravistas, organistas, professores de música (solfejo, teoria musical) e professores de instrumento interessados em aprofundar seus conhecimentos na regência coral.

As vagas são limitadas e a seleção dos participantes será feita por ordem de inscrição. Os interessados em participar do 2º Encontro de Regência devem realizar suas inscrições até o dia 10 de agosto. Aqueles que se inscreverem receberão um e-mail de confirmação sobre a aceitação da inscrição no dia 14 de agosto.

Sediado no Conservatório de Tatuí, o encontro proporcionará um ambiente enriquecedor para o aprendizado e troca de experiências entre regentes e futuros regentes. Para mais informações, os interessados podem acessar o site oficial do Conservatório de Tatuí.

Serviço:

2º Encontro de Regentes

Prazo de inscrição: até 10 de agosto

Inscrições (gratuitas)

Mais informações ou dúvidas: (15) 3205-8443/(15) 3205-8447/(15) 3205-8448/WhatsApp: (15) 99815-1665.

(Fonte: Máquina Cohn&Wolfe)

Exposição celebra trajetória da designer artista Etel Carmona em diálogo com David Almeida e Alberto da Veiga Guignard

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Ruy Teixeira.

Para celebrar os 30 anos de carreira da designer, artista e fundadora da ETEL Etel Carmona, a exposição ‘Paisagem Interior’ surge como uma produção artística onde a memória se torna visível por meio da materialidade poética. A mostra propõe a aproximação entre Etel Carmona, David Almeida e Alberto da Veiga Guignard, com curadoria de Ana Carolina Ralston e projeto expositivo assinado pelo escritório entre terras. Do dia 27 de junho a 16 de setembro, as histórias dos três artistas se entrelaçam na Casa Zalszupin – sob gestão conjunta da ETEL e Almeida & Dale Galeria de Arte, imbuídas pela potência arquitetônica de seu espaço. Por lá, destrincham-se as paisagens vividas e vistas por eles por meio de pinturas, esculturas e mobiliários que reconstroem a brasilidade latente do interior do país.

Em um processo de retomada ao início e às origens, a exposição celebra a inspiração de Etel Carmona, que nasce no campo e desenvolve-se por meio dele. A natureza que habita seu mundo interior ganha espaço e interpretações a partir de suas mãos. Artista autodidata nascida no interior de Minas Gerais, Etel encontrou na madeira sua matéria-prima primordial, trabalha em sintonia com o manejo sustentável e atrelada aos ensinamentos provenientes dos povos originários.

Segundo a curadora Ana Carolina Ralston, a iconografia do Brasil profundo perpassa o trabalho de Etel, das floradas de maria-sem-vergonha ao carro de boi, sempre sobreposta às oníricas paisagens, cenas estas captadas com louvor por Guignard e também por David Almeida nas mesmas regiões – ambos falam do Bucólico, do interior e da memória, dialogando com a região onde Etel nasceu. Guignard apresenta obras pouco vistas; algumas delas consideradas até mesmo exclusivas, de médio e grande porte, fugindo um pouco do comum. Já David produziu obras inéditas especialmente para a exposição. Em uma das sincronicidades que selaram o encontro entre Etel e David, descobriu-se uma conexão com a cidade de Pindamonhangaba, local em que David pintou grande parte de suas obras – o mesmo onde a mãe de Etel morou durante toda sua vida. Seu trabalho foi todo realizado na região da Mantiqueira, com a principal fonte de inspiração na Etel.

Amigo de longa data de Etel Carmona, Zalszupin compartilhava com ela o amor pelo ofício e principalmente pela natureza e pelo cuidado do impacto ambiental. As peças da amiga e seus processos encontrassem organicamente um espaço certeiro em ambientes da casa na qual por tantas décadas viveu Zalszupin e sua família. É a transmissão de tal legado que transforma vivência em experiência. E é dessa forma que tal experiência se aprimora e fortifica usando da união desses tentáculos vernaculares de criação.

Serviço:

Casa Zalszupin

De terça a sexta, das 10h às 18h, e aos sábados das 14h às 16h

Fechados domingo e segunda-feira

Ingressos: gratuitos mediante agendamento prévio no site

Sem estacionamento

Contato: eventos@casazalszupin.com

Jardim Europa – SP

Sobre Etel Carmona

Designer autodidata, começou sua trajetória profissional na década de 1980 restaurando peças de época em seu sítio no interior de São Paulo. Descobria, por trás da pintura e do verniz, madeiras maravilhosas e peças com uma construção ímpar. Apaixonou-se. Desde então adotou como filosofia a madeira brasileira como joia, que merece ser valorizada e preservada. A designer resgatou as técnicas clássicas da marcenaria tradicional para assim deixar à vista a beleza dos encaixes, dos malhetes. Para a designer, a fabricação de peças sólidas, de construção rigorosa, desperta nas pessoas um sentimento de memória, às raízes do autêntico mobiliário brasileiro e garantem a formação de uma dialética com desenho de nosso tempo.

 

Em 1988 fundou a ETEL, empresa destinada à fabricação de mobiliário assinado por renomados designers e artistas, sendo a única empresa brasileira a trabalhar a reedição de mobiliário modernista brasileiro, contribuindo para a preservação e valorização deste legado.

Desde 1999, Etel está envolvida em projetos sustentáveis com madeira de manejo florestal na região amazônica e também com a capacitação profissional dos povos da floresta. Em 2001 a ETEL foi uma das primeiras empresas moveleiras do Brasil a conquistar a certificação do FSC – Forest Stewardship Council. Em 2002 fundou a AVER Amazônia, instalada na cidade de Xapuri, no estado do Acre, onde confecciona acessórios.

Sobre ETEL

Com seu trabalho pioneiro de reedições, a ETEL dá nova luz a desenhos primorosos da produção moderna no Brasil, descoberta tardiamente e hoje considerada uma das mais relevantes do período no mundo. Uma produção caracterizada pelo fazer artesanal e uso de matérias-primas preciosas, criada por arquitetos e artistas empenhados em evidenciar a cultura local sob influência das vanguardas internacionais.

O resgate é baseado em metodologia rigorosa, fidelidade aos originais e intenso diálogo com institutos e famílias que representam obras. Compõem a coleção, curada por Lissa Carmona, peças de Oscar Niemeyer, Lina Bo Bardi, Jorge Zalszupin, Sergio Rodrigues, Oswaldo Bratke, Branco & Preto e Giuseppe Scapinelli, entre outros. A continuidade do legado moderno se dá por preeminentes criadores contemporâneos; entre eles, Isay Weinfeld, Arthur de Mattos Casas, Claudia Moreira Salles, Carlos Motta, Etel Carmona, Lia Siqueira e Dado Castello Branco.

Sobre Casa Zalszupin

Projeto idealizado pela Lissa Carmona, CEO da ETEL, com o objetivo preservar e difundir o legado do grande designer, arquiteto e artista Jorge Zalszupin, além de promover exposições e diálogos que permeiam os campos da arquitetura, design e arte. A casa projetada pelo próprio Jorge Zalszupin na década de 1960, onde ele trabalhou e também viveu por mais de 60 anos, metamorfoseou-se em espaço cultural com a primeira exposição “Entre (Tempos): Tributo a Jorge Zalszupin”. Organizada pela ETEL e com curadoria do premiado Studio MNMA em junho de 2021, quando Jorge completaria 99 anos, marcando história.

Graças à importante repercussão na mídia nacional e internacional, além do impacto em grupos influentes da arquitetura, design e arte, foi possível dar continuidade ao projeto. Hoje administrado pela ETEL em parceria com a Almeida e Dale Galeria de Arte, a Casa Zalszupin segue viva através de novas e intimistas exposições renovadas a cada 45 dias, com renomados curadores, sempre permeando a proposta original de diálogo entre a arquitetura, design e arte.

Sobre Almeida & Dale Galeria de Arte

Fundada em 1998 com o objetivo de divulgar as obras de artistas brasileiros, a Almeida e Dale tornou-se em mais de duas décadas uma das mais importantes galerias do Brasil. Ao longo de sua trajetória, a galeria foi responsável pela inserção de artistas fundamentais para a história da arte brasileira em importantes coleções privadas e em acervos públicos nacionais e internacionais. Nos últimos anos, com Antônio Almeida e Carlos Dale como responsáveis por sua direção, a galeria revisitou a obra de expoentes de nossa arte por meio de exposições retrospectivas, concebidas por curadores convidados envolvidos com a pesquisa da obra do artista.

Produzidas com apuro museológico, as exposições foram acompanhadas de publicações reconhecidas pelo ineditismo dos ensaios acadêmicos e pelo resgate de textos históricos. Nos últimos anos, foram montadas-com empréstimos de instituições e colecionadores- exposições individuais de Willys de Castro, Di Cavalcanti, Flávio de Carvalho, Mestre Didi, Ismael Nery, Alberto da Veiga Guignard, Alfredo Volpi, Jandira Waters e Roberto Burle Marx, estimulando um renovado interesse da crítica e do público no Brasil e no exterior. Aliado à constante promoção de exposições e publicações, a Almeida e Dale ampara projetos de preservação e difusão de artistas brasileiros. Em convergência com a atuação na preservação de acervos, desde 2020 a galeria representa o espólio do artista Luiz Sacilotto, grande figura da arte concreta brasileira.

(Fonte: Index – Estratégias de Comunicação)