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Hospital Colônia de Barbacena: autor evidencia brutalidade e exclusão social em livro

Barbacena, por Kleber Patricio

Capa do livro. Fotos: divulgação.

“A Menina e o Trem” resgata um dos momentos mais sombrios da história do Brasil: a tragédia do Hospital Colônia de Barbacena, o maior manicômio do país, onde pelo menos 60 mil pessoas perderam a vida em quase nove décadas de funcionamento. Por ter crescido no lugar que ainda hoje é considerado por muitos como a “Cidade dos Loucos”, o escritor Evandro Aléssio envolve os leitores em um livro de suspense, mas também apresenta fatos que inspiraram várias passagens e personagens da ficção.

O enredo se passa entre os anos de 1975 e 1979. Júlia é a filha do fazendeiro mais rico de uma pequena cidade do interior de Minas Gerais e é atormentada por sonhos com trens nazistas. Ela começa a namorar um jovem camponês quando é surpreendida por uma gravidez indesejada. Então, em nome de uma suposta preservação da honra da família, seu pai a interna no manicômio.

A história se assemelha a de muitos pacientes do Hospital Colônia. Estima-se que 70% das pessoas internadas não tinham doenças mentais – a maioria era composta por excluídos da sociedade, os chamados “calos sociais”, como pessoas em situação de rua, andarilhos e alcoólatras, além de mães solteiras, idosos e PcD. As péssimas condições de tratamento estavam entre as principais causas de óbitos.

Naquela madrugada de Barbacena, a baixíssima temperatura teve a feição de um Anjo da Morte, com capa, capuz negro e uma longa alfange na mão. Levou dezessete pacientes que dormiam, nus, sob a tortura do capim afiado, tal como em um estábulo de uma fazenda de gado. (“A Menina e o Trem”, pg. 177)

O escritor utiliza de vários recursos criativos na obra: variação de cenários, mudanças de narradores, protagonismo compartilhado, envolvimento de instituições como a Maçonaria, a Polícia Civil e a EPCAR, cortes na trama para introduzir fatos históricos, além de incluir duas “teorias da conspiração”.

Resultado de 16 anos de escrita, entrevistas com a comunidade de psiquiatria e mais de 10 mil horas de dedicação, “A Menina e o Trem” é um romance para os leitores conhecerem de perto uma das maiores tragédias do país. É uma parte da história que a pacata cidade mineira de Barbacena gostaria de poder esquecer.

Sobre o autor | Evandro Aléssio gosta de dizer que possui dupla “nacionalidade” mineira. Nascido em Ponte Nova, mudou-se com menos de um ano para Barbacena. É Tenente-Coronel do Quadro de Saúde da Força Aérea Brasileira e trabalha na função de Instrutor da Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica, no Rio de Janeiro. Como autor, é membro da Academia Barbacenense de Letras e já escreveu outros livros: “Inteligência Alimentar”, “A Energia do Silêncio”, “O poeta de Gastropinelândia”, além de ter participado de diversas coletâneas literárias. Estreou no gênero romance com a obra “PIN”, livro adotado por várias escolas do ensino fundamental e médio. “A Menina e o Trem” é seu mais recente título.

FICHA TÉCNICA

Título: A Menina e o Trem

Autor: Evandro Aléssio

ISBN: 978-65-00-69927-2

Páginas: 488

Preço: R$22,99 (e-book)

Faixa etária recomendada: 18 anos

Onde comprar: Amazon | Uiclap | Kobo.

(Fonte: LC Agência de Comunicação)

Cia. Arthur-Arnaldo discute polarização e discurso de ódio no espetáculo ‘Eu Não Sou Só Isso’

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: Ana Helena Lima.

Em tempos de polarização política e ideológica, a Cia. Arthur-Arnaldo está interessada em fazer o movimento inverso. Por meio do espetáculo “Eu Não Sou Só Isso”, o grupo pretende aproximar as pessoas ao mostrar que elas têm mais em comum do que imaginam. A peça estreia e faz circulação gratuita em teatros públicos de todas as regiões de São Paulo entre os dias 8 de setembro e 7 de outubro de 2023 (veja a programação completa abaixo).

A temporada teve início no Teatro Arthur Azevedo (8 a 9 de setembro) e segue no Teatro Cacilda Becker (22 a 24 de setembro) e no Teatro Alfredo Mesquita (29 de setembro a 1º de outubro), com sessões sempre às sextas e sábados, às 21h, e, aos domingos, às 19h. Por fim, as últimas apresentações acontecem na Oficina Cultural Oswald de Andrade entre os dias 5 e 7 de outubro, na quinta e na sexta, às 19h30, e, no sábado, às 18h. Em todos os equipamentos haverá uma sessão com acessibilidade em Libras.

É um espetáculo para o público assumir uma posição, seja de lugar (palco ou plateia) ou ideológica. Os espectadores são convidados a mudarem de assento ao longo da encenação, aproximando-se ou distanciando-se de acordo com suas opiniões. O que determina esta movimentação são os mais diversos critérios estabelecidos no jogo teatral proposto, como por exemplo, se os espectadores irão se sentar em cadeiras no palco ou na plateia.

Enxergar o mundo com os olhos do outro. Como, se do meu lugar eu vejo o mundo sempre do mesmo jeito. E se você mudar de lugar? Tem coisas que você só pode ver ou falar estando no lugar do outro. Percebem que além de levantar, essa noite, vamos pedir para você mudar de lugar com alguém desse palco? (trecho da peça “Eu Não Sou Só Isso”)

Os pontos de partida de “Eu Não Sou Só Isso” foram os escritos do austríaco Peter Handke. “Em 1960, ele publicou um conjunto de textos chamados ‘Peças Faladas (Predição, Autoacusação, Insulto ao público e Gritos de Socorro)’. E nós resolvemos reunir jovens paulistanos para, a partir desse material, criar um espetáculo com dramaturgia inédita que dialogue com a juventude de hoje”, comenta Tuna Serzedello, codiretor ao lado de Carú Lima. Os dois também integram o elenco.

Juntam-se à dupla os jovens intérpretes Aruan Alvarenga, Carla Dionísia, Dom Capelari, Marcos Paulo e Leticia Ray, com suas diferentes experiências de vida. “Durante as leituras, percebemos que o que aproximava nossos atores do Handke era a idade e um certo espírito contestador da juventude. Quando lançou as ‘Peças Faladas’, o autor tinha 23 anos e estava se opondo ao teatro didático de Bertolt Brecht (1898–1956)”, explica Serzedello.

Enquanto Brecht defendia que era possível haver mudanças na sociedade por meio do teatro, Handke dizia que “ao propor soluções, o teatro reforça os jogos de contradições”. Por esse motivo, as peças do austríaco eram compostas por oradores, ao invés de personagens, que faziam várias afirmações repetitivas. O intuito da repetição era o de estimular a plateia a refletir sobre o que é viver em sociedade.

“Em ‘Predição’, Handke prevê o futuro fatalista por meio de jogos de redundância como ‘As moscas morrerão como moscas’. Em ‘Autoacusação’, ele contesta a estrutura e os valores da sociedade. Em ‘Insulto ao Público’, refuta o modelo tradicional de teatro por meio de uma anti-história e realmente insulta as pessoas e, em ‘Gritos de Socorro’, ele contraria as frases imperativas que via estampadas pela cidade, o equivalente hoje ao ‘Mantenha a esquerda livre’ no metrô, por exemplo”, detalha o codiretor.

Em busca de uma reconciliação

Para “Eu Não Sou Só Isso”, esses mecanismos handkianos foram mantidos. No entanto, os atores e atrizes substituíram o texto original por suas próprias experiências e há espaço para que o público faça o mesmo. E, ao invés de insultar os espectadores, a Cia. Arthur Arnaldo vai elogiá-los, pregando uma reconciliação ao invés do ódio.

Perceberam que esse início é uma carta de intenções. Mais que um prólogo. É uma carta de amor. Uma carta de amor ao teatro. Uma carta de amor a cada um de vocês. É fácil amar o que não conhecemos? Não sabemos quem são vocês. Fizemos uma peça para vocês sem saber quem são vocês. (Trecho da peça “Eu Não Sou Só Isso”)

Ao mesmo tempo, a montagem aproxima Brecht e Handke. Em certo momento, acontece o julgamento da peça didática, opondo a anti-história do austríaco à fábula “Horácios e os Curiácios”, publicada pelo dramaturgo alemão em 1933. Nesse contexto, cabe ao público decidir se Horácio pode ser aclamado como um herói ou se ele é apenas um assassino.

Para a Cia Arthur-Arnaldo, evocar esse clássico brechtiano é uma chance de refletir sobre a complexidade do mundo. Se, por um lado, não somos apenas definidos por quem votamos, por outro, é possível constatar que governos seguem matando a população, sobretudo negra, com nosso apoio em prol da “segurança”. E, por isso, devemos pensar sobre nossas ações.

Teatro Jovem | “Eu Não Sou Só Isso” dá continuidade à pesquisa da companhia sobre o teatro jovem. Nos seus 27 anos de atuação, o grupo tem se debruçado sobre essa linguagem há 16 anos tentando entender suas particularidades. Por isso, muitos dos seus trabalhos envolvem atores e equipe criativa jovens. Para essa montagem, foi realizado um chamamento público para pessoas de 18 a 27 anos e a figurinista (Thalea Tiza), o cenógrafo (Frank Kitzinger) e o responsável pela trilha sonora (Gabriel Eleutério) foram convidados dessa forma. A iluminadora (Ana Matiê) faz sua estreia na criação de luz para a companhia, da mesma maneira que Carú Lima tem sua primeira experiência como diretora.

Sobre a Cia. Arthur-Arnaldo | Fundada em 1996, a Cia. Arthur-Arnaldo pesquisa desde 2007 o teatro jovem, tendo realizado diversas montagens de importantes autores/autoras contemporâneos. Realizou colaborações internacionais e turnês nacionais, além de trabalhos de formação artística e pedagógica. Foi contemplada três vezes pelo programa municipal de fomento ao teatro para a cidade de SP e já teve indicações e recebeu os principais prêmios de teatro.

Sinopse | Existe saída para a polarização da sociedade? Como reverter o processo que reduziu nossas identidades múltiplas a uma coisa só? Eu Não Sou Só Isso, propõe à plateia um jogo que inspira a pensar que as coisas que nos separam podem ser menos importantes do que aquilo que temos em comum.

Ficha Técnica

Dramaturgia: Tuna Serzedello – em colaboração com Carú Lima, Carla Dionisia, Dom Capelari, Aruan Alvarenga, Leticia Ray e Marcos Paulo

Elenco: Aruan Alvarenga, Carla Dionísia, Carú Lima, Dom Capelari, Marcos Paulo, Leticia Ray e Tuna Serzedello

Ator stand in: Jonathan Araújo

Direção: Carú Lima e Tuna Serzedello

Cenografia: Frank Kitzinger

Iluminação: Ana Matiê

Figurinos: Thalea Tiza

Trilha sonora original: Gabriel Eleutério

Direção de Produção: Soledad Yunge

Assistente produção: Jonathan Araújo

Encontros pedagógicos: Samir Signeu e Soledad Yunge

Fotos: Ana Helena Lima

Realização: Cia. Arthur- Arnaldo de Teatro

Projeto Cia. em obras: jovens inspirando contemplado pela 39ª edição do

Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo – Secretaria Municipal de Cultura – SMC.

Serviço:

Eu Não Sou Só Isso

Duração: 60 minutos

Classificação: 12 anos

Teatro Cacilda Becker

Data: 22 a 24 de setembro, na sexta e no sábado, às 21h, e, no domingo, às 19h

Endereço: R. Tito, 295 – Lapa, São Paulo/SP

Ingresso: gratuito | retirar na bilheteria com 1 hora de antecedência

Teatro Alfredo Mesquita

Data: 29 de setembro a 1º de outubro, na sexta e no sábado, às 21h, e, no domingo, às 19h

Endereço: Av. Santos Dumont, 1770 – Santana, São Paulo/SP

Ingresso: gratuito | retirar na bilheteria com 1 hora de antecedência

Oficina Cultural Oswald de Andrade

Data: 5 a 7 de outubro, na quinta e na sexta, às 19h30, e, no sábado, às 18h

Endereço: Rua Três Rios, 363 – Bom Retiro, São Paulo/SP

Ingresso: gratuito | retirar na bilheteria com 1 hora de antecedência.

(Fonte: Canal Aberto Comunicação)

Teatro de Contêiner apresenta “Aviso Prévio”, de Consuelo de Castro

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: Kim Leekyung.

Em “Aviso Prévio” o casal onírico Ela (Litta Mogoff) e Oz (Lisandro di Prospero) se desdobram em vários outros, em diferentes quadros de funções hierárquicas. Trata-se de momentos que antecedem fins inevitáveis, o rompimento de relações, funções sociais e da própria vida. O espetáculo explora o círculo vicioso e opressor, principalmente contra as mulheres, no qual nossa sociedade foi construída. Questões feministas levantadas por Ela serão acompanhadas da ausência de outra mulher, Rita, a empregada doméstica, permitindo que o diálogo sobre raça e classe permeie o espetáculo e atinja o público sem aviso prévio.

A dramaturgia é fragmentada em quadros – são situações simples, humanas, universais e extremas; situações limites que revelam a intersecção entre gênero, classe social e raça. Não há um tempo cronológico, mas o fluxo é contínuo. “A vida não nos dá Aviso Prévio, não permite tempo de resposta ou assimilação dos acontecimentos diários. Ela e Oz representam e denunciam nossa estrutura social; por isso, manter em cena a agilidade proposta no texto foi essencial para colocar o público na mesma situação do casal”, disse a diretora Pâmy Rodrigues.

Sobre a dramaturga Consuelo de Castro

Ganhadora dos prêmios Moliére e APCT, Consuelo faz parte da geração de dramaturgos surgidos nos anos mais sombrios da Ditadura Militar. Apesar de todos os prêmios e mais de 20 textos escritos, poucas companhias montaram seus textos. “Aviso Prévio” é um dos textos mais importantes de sua carreira, pois marca a ruptura da dramaturga com o realismo.

Sobre a atriz Litta Mogoff | Atriz, 27156/SP, pós graduada pela Universidade de São Paulo em Psicologia Política, formada atriz pelo Teatro escola Macunaíma. Atriz há dez anos, integra a Cia Dois, Cia Guarda Chuva e o Grupo Ria.  Fez parte do núcleo TUSP em 2016, integrou a Cia Ocamorana de Teatro por três anos (2015–2018). Realizou diversos espetáculos teatrais desde 2009, sendo os três últimos “Gomorra”, com o grupo PalcoMeu, “Coriolano”, com a Cia Ocamorana e “Senhor K”, com o núcleo TUSP.  Integrante do Grupo Ria sob a direção de José Paulo Rosa nos espetáculos “Campo Geral – A Sensível História de Miguilim” e “Dois Irmãos”. É produtora executiva da CiaDois e fundadora da Cia GuardaChuva.

Sobre o ator Lisandro Di Prospero | Cursou Interpretação teatral com Guilherme Sant’anna, Sérgio Ferrara, Joemir Kowalick, Juçara Morais, Andre Garolli e Paulo Marcos Brito. Participou do grupo de estudos de Realismo e Shakespeare no Grupo TAPA, ministrado por Guilherme Sant’anna e Brian Benito, de 2016 a 2018. Formado em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo, formado em 1998.  Atuou em diversos curtas metragens e foi premiado em 2021 como melhor ator brasileiro de filmes independentes pelo curta “Doblez”, de Gabriel Vidal, pela BIMIFF, participou da minissérie “Hebe”, direção Maurício Farias e “O Rei da TV”, direção Marcus Baldini. Atuou nas peças “Você nunca me vê de onde eu vejo você”,  “Havemos de Amanhecer” e “Todos os Sonhos do Mundo” pela Cia Espaço Mágico, com direção de João Paulo Lorenzon, em “Malandragem” dirigido por Guilherme Sant’anna, “Angels in America” direção Sergio Ferrara, “Benjamin” dirigido por Arthur Aroyan, “O Apocalipse de um Diretor” de Angela Ribeiro e Thiago Franco Balieiro, “Gomorra” de Jean Dandrah, “Ladainha para um defunto morto” de Fernando Neves e “A Festa de Ridley” direção Mateus Bruza. Atualmente é membro da CiaDois de Teatro e d’A Última Cia. De Teatro. Conduz a Oficina de Teatro da ONG LAR Benção Divina para crianças carentes de 6 a 14 anos.

Sobre a diretora Pâmy Rodrigues | Atriz e Diretora. Formada na SP Escola de Teatro no curso de Direção Teatral. Iniciou no teatro em 2008 em Minas Gerais, em São Paulo atuou em peças como “Havemos de Amanhecer – 2018”, “Todos os Sonhos do Mundo- 2018” ambas com direção de João Paulo Lorenzon e também no monólogo Valsa n° 6 de Nelson Rodrigues com Direção de Bernadeth Alves.

Em direção assinou em 2017 a direção da Peça “Os MLK da XV”. Em 2020 dirigiu o Documentário “Pelas Tuas Mãos” para a Instituição Filantrópica Casas André Luiz. Em 2022 dirigiu “A Beira de Mim”, que foi contemplado pelo edital de múltiplas linguagens, e no mesmo ano assumiu a direção da Cia 2, com a peça “Aviso Prévio.

Sobre a Cia2 | Sob consultoria da dramaturga Ângela Ribeiro (Shell 2018), desde março de 2019, pesquisam sobre as duas maiores dramaturgas brasileiras dos anos 80, Leilah Assunção e Consuelo de Castro, mulher e sociedade. “Sentimos a necessidade de reler seus textos e dizê-los novamente sob um novo ponto de vista, o novo olhar da mulher no dia de hoje”. A Cia 2 tem em todas as áreas líderes mulheres e suas pesquisas dramatúrgicas de montagens têm foco em textos escritos por mulheres. Principalmente grandes nomes da dramaturgia teatral que há muito foram exilados.

FICHA TÉCNICA

Dramaturgia: Consuelo de Castro

Direção: Pâmy Rodrigues

Elenco: Litta Mogoff e Lisandro Di Prospero

Assistente de direção: Érika Caroline

Assessoria de imprensa: Thais Peres

Figurinos: Marco Canonici

Sonoplastia : Beth Souza

Iluminação: Roana Paglianno

Produção: Enio Teixeira e Cia2

Cenografia: CiaDois

Fotografia e vídeo: Kim Leekyung

Realização: CiaDois.

Serviço:

Teatro de Contêiner

Rua dos Gusmões, 43 – metrô Luz

Quartas e quintas às 20h

Temporada: até 5/10

Classificação: 12 anos

Duração: 70 minutos

Valor: R$40 (inteira)/ R$20 (meia-entrada)

http://www.instagram.com/cia_dois/.

(Fonte: Thais Peres)

Programação cultural da Casa Museu Ema Klabin em setembro faz uma viagem pela história do livro

São Paulo, por Kleber Patricio

Biblioteca da Casa Museu Ema Klabin conta com livros raros. Foto: Nelson Kon/Arquivo da Casa Museu Ema Klabin.

A Casa Museu Ema Klabin apresenta no mês de setembro uma programação cultural relacionada à exposição “A palavra impressa, 1492–1671: livros raros da Biblioteca Ema Klabin”. Com curadoria de Paulo de Freitas Costa, a exposição traz 20 volumes que correspondem aos dois primeiros séculos de produção do livro impresso, incluindo manuscritos, livros de horas, incunábulos e edições aldinas, assim como primeiras edições em grego de Platão (1513) e Tucídides (1502), e o Novo Atlas de Blaeu (1648-1655), entre outros.

Confira a programação gratuita e inscreva-se no site da Casa Museu Ema Klabin:

Visita: De Olho na Coleção | A Palavra Impressa

Nos dias 16, 17 e 22 de setembro, das 15h às 16h, o Educativo da Casa Museu Ema Klabin promove a visita “De Olho na Coleção – A Palavra Impressa”, que irá apresentar a exposição e convidar o público a uma conversa sobre a diversidade de temas que permeiam os exemplares exibidos, como o design tipográfico, a consagração das línguas nacionais por meio da literatura, a percepção do mundo que os viajantes disseminaram em seus relatos e como os povos não europeus eram vistos, a transformação da comunicação e a consequente mudança do pensamento e dos costumes. Também será discutido como a velocidade da comunicação e das redes sociais impactam a nossa contemporaneidade e o quanto tudo isso é resultado da disseminação dos livros que foi possibilitada pela prensa de tipos móveis aprimorada por Johannes Gutenberg. Inscrição: https://emaklabin.byinti.com/#/event/de-olho-na-colecao-a-palavra-impressa.

Oficina online: Escrita criativa em microliteratura

Nos dias 16 e 30 de setembro e 7 de outubro, das 11h às 13h, acontece a oficina mediada pelo escritor Daniel Viana, que propõe a investigação de caminhos para a produção literária com um número reduzido de palavras, tendo como inspiração o exemplar do livro “Epigrammata”, de Marcus Valerius Martialis (Marcial), publicado em 1501, edições aldinas, que está na exposição “A palavra impressa 1492–1671: livros raros da Biblioteca Ema Klabin”. A oficina é destinada a pessoas que tenham ou não experiência na produção literária e que desejam descobrir potencialidades em sua escrita particular.

Palestra online: Uma breve história do livro através da biblioteca de Ema Klabin

Livro de Horas da Santa Virgem – Virgem Maria visita Santa Isabel, com calendário, década de 1490.

No dia 21 de setembro, das 19h às 21h, a professora adjunta no curso de graduação em Conservação-Restauração de Bens Móveis Culturais da Universidade Federal de Minas Gerais, Fernanda Brito, traz uma breve história do livro, tendo como ponto de partida obras que pertencem à biblioteca de Ema Klabin. Começando pelo manuscrito, livro escrito à mão, passando pelos incunábulos, livros produzidos até por volta de 1500, até chegarmos ao livro impresso, já confeccionado com tipos móveis a partir do século XV. As primeiras formas do livro, os suportes de escrita e de impressão, suas ornamentações e técnicas utilizadas para a ilustração, também serão abordados. Inscrição: https://emaklabin.byinti.com/#/event/oficina-online-escrita-criativa-em-microliteratura.

Experimentando o Museu | construindo tipos móveis, narrativas e encadernações

A exposição “A palavra impressa” apresenta livros que remontam ao início da impressão e nos leva a perguntar: como era produzido um livro impresso? Como funcionava a prensa de Gutenberg?

Nos dias 23, 24 e 30 de setembro, das 14h30 às 16h, o público será convidado a discutir essas questões observando os livros da exposição e, em seguida, construir tipos móveis utilizando materiais caseiros e alternativos e, com eles, criar textos narrativos, imprimindo-os e produzindo uma encadernação artesanal. Inscrição: https://emaklabin.byinti.com/#/event/experimentando-o-museu-construindo-tipos-moveis-narrativas-e-encadernacoes.

CinEma: de Gutenberg a Zuckerberg

A Casa Museu Ema Klabin, em parceria com o Museu Lasar Segall, a Cinemateca Brasileira e o Centro Cultural São Paulo (CCSP), promovem até o dia 22 de outubro a mostra “CinEma: de Gutenberg a Zuckerberg”. Serão exibidos 14 clássicos do cinema em alta resolução na Cinemateca Brasileira, no Cine Segall, ambos na Vila Mariana, e no CCSP, no bairro do Paraíso, com entrada franca. A mostra “CinEma: de Gutenberg a Zuckerberg” conta com o apoio da Klabin S.A.

Toda a programação pode ser conferida em: https://emaklabin.org.br/cinema/mostra-cinema-de-gutenberg-a-zuckerberg.

Serviço:

Exposição “A palavra impressa, 1492 – 1671: Livros raros da Biblioteca Ema Klabin”

Até 12 de novembro de 2023

Visitação livre

Quarta a domingo, das 11h às 17h, com permanência até às 18h

Visitas mediadas

Quarta, quinta e sexta às 11h, 14h, 15h e 16h

Entrada franca*

Casa Museu Ema Klabin

Rua Portugal, 43 – Jardim Europa, São Paulo, SP, Brasil

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Vídeo institucional: https://www.youtube.com/watch?v=ssdKzor32fQ

Vídeo de realidade virtual: https://www.youtube.com/watch?v=kwXmssppqUU.

*Como em todos os eventos gratuitos, a Casa Museu Ema Klabin convida quem aprecia e pode contribuir para a manutenção das atividades a apoiar com uma doação.

(Fonte: Mídia Brazil Comunicação Integrada)

Cantora e compositora Sa Adachi lança seus primeiros singles

Campinas, por Kleber Patricio

Fotos: Fernanda Pavan.

Um rito de passagem – assim pode ser definido o lançamento de “Fui” e “Unspoken Words”, os dois primeiros singles da cantora e compositora Sayuri Saraiva Adachi, ou, simplesmente, Sa Adachi. São canções que marcam não só o despertar de uma artista pop, mas, principalmente, o fim de um ciclo e o início de outro, bem mais desafiador – aos 17 anos, essa jovem de muitos talentos está cursando, com bolsa parcial, a faculdade de Comunicação Visual na School of Art Institute of Chicago (SAIC), nos Estados Unidos.

“Fui” foi lançada no dia 16 de setembro nas plataformas Apple Music, Deezer, Spotify, Amazon Music e Tidal e conta com a participação dos músicos Gabriel Francis no piano, teclados e backing vocal; Luizito Souza no baixo; Renan Martins na bateria; Henrique Garcia no violão e na guitarra; e Jefferson Anastácio no violino. O videoclipe também foi lançado no mesmo dia.

Já “Unspoken Words” chega dia 9 de outubro às mesmas plataformas. Canção mais intimista, foi gravada apenas com voz e piano, com a participação mais do que especial da pianista e educadora musical Flávia Cavalcanti, que foi professora de Sa Adachi no Conservatório Carlos Gomes, em Campinas (SP) e continua até os dias atuais. Além de tocar, Flávia também assina o arranjo.

As duas músicas foram gravadas no estúdio Nascer do Som, em Holambra (SP), e têm distribuição da oneRPM. A produção executiva é de Marisa Molchansky – cantora, compositora e educadora musical, Brisa, como é conhecida no meio artístico, foi professora de Sa Adachi na School of Rock de Campinas. Aliás, vale aqui um parêntese: foi graças à School of Rock que Sa Adachi se apresentou em dois palcos importantes: o Rock in Rio Lisboa, em 2022, e o Summerfest de Milwaukee, nos Estados Unidos, em 2023.

A escolha das canções

Sa Adachi explica o porquê da escolha dessas duas canções para marcar esse importante momento de transição em sua vida. “‘Fui’ é a primeira música que eu escrevi em português, o que é muito difícil pra mim”, conta a artista, que foi alfabetizada em inglês quando sua família morou em Maputo, capital de Moçambique, na África, e onde teve seu primeiro contato com a música. “Moçambique vai estar para sempre no meu coração e eu quero muito voltar lá no futuro”, diz a artista, que nasceu em Belo Horizonte (MG) e morou em Vila Velha (ES) antes de ir para o continente africano.

Já com “Unspoken Words” ela encontrou uma forma de “desabafar”, de dizer a um amigo que a machucou o que não conseguiu falar pessoalmente. “Decidi colocar nessa música o que não falei, mas deixando claro que já passou, que eu vou superar e que vai ficar tudo bem no final”, explica a cantora, que é fã de Adele (“Acho que ela tem uma potência vocal imensa”), de Taylor Swift (“A letra da música é uma poesia, eu valorizo bastante isso, por isso gosto muito dela”) e do grupo de rock Paramore (“Tenho gostado bastante de rock ultimamente”).

Outros projetos

Vale ressaltar que, antes de entrar em estúdio para registrar suas próprias composições, Sa Adachi já havia participado da gravação de outras duas canções: “Nosso Lugar”, projeto lançado em dezembro de 2022 pelo Instituto Anelo de Campinas; e “Vai!”, de Marisa Molchansky, que foi lançada em junho de 2023 – ambas podem ser conferidas nas plataformas de streaming.

Com a palavra, quem participou

“Participar deste projeto com a Sayuri é uma grande alegria para mim. É extremamente gratificante quando podemos dividir um trabalho artístico com alguém como ela, que foi minha aluna por tantos anos e agora está encontrando seu próprio espaço no meio musical.

Sayuri começou a estudar comigo aos 11 anos. Estudou piano, teoria musical, harmonia e percepção musical. Mas sempre notei que sua paixão por cantar era muito maior e que ela usaria todo este conhecimento musical para tornar-se uma cantora completa. Só não imaginava que ela nos surpreenderia tanto. Aos poucos, ainda pequena, ela começou a me mostrar algumas composições. Eram canções simples. Ela se sentava no piano, escolhia alguns acordes e começava a escrever, sempre fazendo uso da música para colocar suas ideias, frustrações, expectativas e sentimentos… a Sayuri conseguiu se expressar plenamente através de suas composições! O ato de compor foi libertador para ela. Às vezes, ela tinha vergonha de me mostrar, achando que eram simples demais, mas eu já via todo esse potencial ‘em oculto’ e continuei a incentivá-la a compor. Nas aulas, eu aproveitava para dar algumas dicas de composição para ela, alguns ‘toques’ e pouco a pouco ela foi aprendendo a estruturar melhor suas ideias.

Ela me dá muito orgulho, pois tão jovem já compõe canções em português e em inglês, canta profissionalmente e ainda usa o piano e o violão como instrumentos de base.

Vejo que está numa fase brilhante, sinto-me com a missão cumprida pois vejo nela uma artista global, que conseguiu canalizar e unir todas suas habilidades artísticas: ela canta, compõe, toca, pinta, desenha e atua! É impressionante.

Diante de todo esse potencial eu disse a ela que deveria gravar e lançar essas canções, que estavam em nível profissional e fariam muito sucesso. E esta é a expectativa deste trabalho, que a Sayuri seja conhecida e reconhecida por seu talento único e sinta-se ainda mais motivada para seguir seu caminho artístico”. Flávia Cavalcanti | Pianista e educadora musical.

“Meu papel como produtora executiva no trabalho da Sayuri é uma extensão do meu papel de professora de vocal. Sayuri esteve comigo durante alguns anos e a gente pôde desenvolver um trabalho muito bacana, ela é muito focada, responsável, aberta ao aprendizado e tem uma voz incrível, tem uma expressão incrível, é uma menina linda musicalmente e pessoalmente falando.

No momento em que ela quis fazer as suas gravações e as suas produções, eu entendi que poderia ajudá-la a estruturar essas necessidades para que ela pudesse saber fazer um bom uso do conhecimento para fazer a sua própria gestão.

Então, foi um processo de aprendizado para ela, um processo de aprendizado para mim, porque nesse momento que eu achei que fosse falar muito mais, eu ouvi. Eu tive que ouvir muito mais, porque a Sayuri já sabia o que ela queria, já sabia como ela queria e a gente faz aquele movimento de cuidar, mas de deixar bater asas. E ela está batendo asas, lindamente, está voando.

Fico muito feliz, muito agradecida, não só à Sayuri, mas a família dela. São pessoas incríveis, muito amorosas. E eu desejo que ela possa produzir e trilhar aí a sua vida musical com bastante alegria, bastante plenitude e espalhar a sua mensagem por aí”. Marisa Molchansky | Produtora executiva.

O estúdio Nascer do Som

Localizado na estância turística de Holambra (SP), o estúdio Nascer do Som, onde Sa Adachi realizou as gravações de “Fui” e “Unspoken Words”, é uma produtora de áudio e vídeo que conta com uma estrutura acústica planejada e equipamentos de última geração divididos entre analógico e digital, além de contar com profissionais especializados que prestam serviços para grandes empresas e artistas.

Realiza trabalhos de gravações, criações e produções musicais, mixagem, masterização, produção de videoclipes, vídeos em geral, filmagem em chroma key, teleprompter, jingles e trilhas sonoras. O espaço também oferece aulas de piano, acordeon e canto.

Ficha Técnica – Fui

Áudio:

Composição e vocal – Sayuri Saraiva Adachi

Produção executiva – Marisa Molchansky

Captação de áudio – Gabriel Francis/André Teixeira

Arranjo/backing vocal/piano/teclados/mixagem/masterização – Gabriel Francis

Baixo – Luizito Souza

Bateria – Renan Martins

Violão/guitarra – Henrique Garcia

Violino – Jefferson Anastácio

Gravado no estúdio NASCER DO SOM

Pré-save: https://onerpm.link/660992284957

Vídeo:

Filmagens e cenografia: Gabriel Francis / André Teixeira

Direção de fotografia, edições: Gabriel Francis

Filmado no estúdio NASCER DO SOM e no Pico do Gavião, em Andradas (MG)

Letra:

“Consigo finalmente respirar

Depois de anos sem lar

Zerou o placar

O caminho foi devastador

Como um impostor, um traidor

Mas acabou

 

Porque eu me fui, fui, fui

E o vento levou – ô, ô

A chama já apagou

Mas agora eu me fui, fui, fui

E nunca vou voltar

Para aquela escuridão

 

E finalmente o espelho se quebrou

E minha alma libertou

Mas tudo mudou

Só mais uma vez tentei deixar

Você de mim se aproximar

Mas não vai rolar

 

Porque eu me fui, fui, fui

E o vento levou – ô, ô

A chama já apagou

Mas agora eu me fui, fui, fui

E nunca vou voltar

Para aquela escuridão

 

A correnteza me levou

A luz saiu, iluminou

Não olhar pra trás

Pra quem te rejeitou

Precisa fugir da escuridão

 

Porque eu me fui, fui, fui

E o vento levou – ô, ô

A chama já apagou

Mas agora eu me fui, fui, fui

E nunca vou voltar

Para aquela escuridão”

Ficha Técnica – Unspoken Words

Áudio:

Composição e vocal – Sa Adachi

Produção executiva – Marisa Molchansky

Arranjo e piano – Flávia Campos Cavalcanti

Captação de áudio – Gabriel Francis/André Teixeira

Edição/mixagem/masterização – Gabriel Francis

Gravado no estúdio NASCER DO SOM

Vídeo:

Filmagens e cenografia: Gabriel Francis / André Teixeira

Direção de fotografia, edições: Gabriel Francis

Filmado no estúdio NASCER DO SOM

Fotografia: Levi Macedo

Letra:

“The silence of the night

When all the stars are shining so bright

There are stories left untold

And all the secrets will never unfold

 

And we danced around the truth

Lost in the shadows of our youth

And our tongues were always tied

Unable to fight the demons inside

 

Cause all of our unspoken words

They just keep playing in my head

And I can’t seem to breath

I’m trying to scream

Outside the window looking in

 

I’m trying but no one hears a thing

And I’m standing alone

With no one to hold

 

And that night we wished for our voices

But they were unable to break the chains

Our minds were always cracking

And we tried to mend the remains

 

Cause all of our unspoken words

They just keep playing in my head

And I can’t seem to breath

I’m trying to scream

Outside the window looking in

 

I’m trying but no one hears a thing

And I’m standing alone

With no one to hold

 

But in the darkness of our minds

The wind is finally kept behind

Escaping from the ticks of time

That we have left behind

And every time the sun goes down

 

The sky is finally filled with clouds

And we keep running from the town

Until we all drown

 

So let’s keep the silence within

And release the unspoken

So that our hearts

Can finally breath”.

(Fonte: Lalá Ruiz Assessoria de Imprensa)