No último dia 23 de abril 23 de abril, educação amazonense viveu um momento histórico


Manaus
“Bromélia-peluda” foi encontrada em município de Alvarenga, no vale do Rio Doce (MG). Foto: Júlio César Ribeiro.
Uma bromélia com folhas aveludadas e cheia de pelos foi descoberta recentemente por pesquisadores brasileiros com a participação de um cidadão cientista. A nova espécie foi nomeada Krenakanthus ribeiranus e a sua descrição foi publicada na quinta (5), na revista “Phytotaxa”, em artigo assinado por pesquisadores do Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA), do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) e das universidades federais de São João del-Rei (UFSJ), do Rio Grande do Sul (UFRGS) e do Rio de Janeiro (UFRJ).
A bromélia-peluda foi encontrada em novembro de 2022 em uma montanha no município de Alvarenga, no vale do rio Doce, em Minas Gerais. A descoberta teve um início inesperado, quando Júlio César Ribeiro, morador da região, explorava uma área com muitas cachoeiras. Em um paredão rochoso, ele se deparou com pequenas plantas de folhas verdes pálidas e, entre as folhas, havia uma pequena flor de cor rosa. “Além de ser uma planta que eu nunca tinha visto na região, as folhas peludas, como as do capim, chamaram a minha atenção, e também as flores saindo no meio das folhas”, conta Ribeiro, que fotografou a planta e enviou as fotos para os pesquisadores, que já desenvolvem estudos naquela região.
“Quando se fala em bromélias, a imagem mais comum que vem à mente é de plantas com folhas brilhantes que acumulam água ou de plantas espinhentas como o abacaxi. É difícil imaginar uma bromélia com folhas aveludadas e cheia de pelos e isso é só um dos motivos que tornam essa descoberta tão empolgante”, explica Dayvid Couto, pesquisador do INMA. “Essa planta é tão diferente que, quando recebemos a foto enviada pelo Júlio, achamos que ela pudesse ser várias outras espécies, menos uma bromélia”, revela o especialista. Isso porque, entre outras características, a planta possui as folhas recobertas por pelos (tricomas) brancos, uma característica incomum em bromélias.
Os pelos da bromélia-peluda podem ter como função absorver água ou proteger contra a perda de água para o ambiente, sugerem os pesquisadores no estudo. “Antes da descoberta dessa nova espécie, apenas uma outra espécie, que não é peluda, era conhecida do gênero Krenakanthus, cujo nome significa ‘flor dos Krenak’, uma homenagem ao povo originário dessa região, no vale do rio Doce”, conta Paulo Gonella, coautor do estudo e professor da UFSJ.
O epíteto dessa nova espécie, ribeiranus, é uma homenagem ao seu descobridor, Júlio César Ribeiro. Segundo Gonella, “a homenagem é um reconhecimento ao olhar apurado do Júlio, que já contribuiu na descoberta de outras espécies da região atuando como cidadão cientista”.
A ciência cidadã é uma parceria entre cientistas e cidadãos no desenvolvimento da pesquisa científica, na qual os cidadãos podem participar em várias fases da pesquisa, como coleta, interpretação e análise de dados, e na elaboração conjunta de projetos para responder questões científicas. “No caso dessa pesquisa, o Júlio contribuiu desde o levantamento de uma questão que era ‘que espécie é essa que eu não conheço?’ até a coleta de dados, fundamental não só para confirmar que se tratava de uma espécie nova, mas também para estimar seu risco de extinção”, completa Gonella.
Os pesquisadores alertam para a conservação da Krenakanthus ribeiranus, que já nasce extremamente ameaçada. “Com base na distribuição muito restrita e no avançado grau de degradação da região onde foi encontrada, nós avaliamos essa espécie como Criticamente em Perigo de Extinção, o grau mais alto de risco”, destaca Eduardo Fernandez, coordenador de Projeto Núcleo de Avaliação do Estado de Conservação da Flora, do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora), órgão do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) responsável pela elaboração da Lista Vermelha Nacional.
No estudo, os pesquisadores destacam ameaças à espécie e ao seu habitat, como o desmatamento para abertura de pastagens, o aumento na frequência e na intensidade de incêndios descontrolados e a expansão das lavouras de café. Fernandez salienta que “algumas medidas urgentes precisam ser tomadas para a proteção dessa espécie, como um estudo para a criação de uma Unidade de Conservação e a inclusão da espécie em políticas de conservação que vêm sendo elaboradas para a região. Essas medidas, combinadas a outras estratégias de conservação, podem nos ajudar a assegurar um futuro próspero para a bromélia-peluda”.
A descoberta se soma a diversos outros achados recentes realizados nas serras do leste de Minas Gerais que consolidam a região como uma das últimas fronteiras do conhecimento botânico no sudeste do Brasil. Só na última década, mais de 30 novas espécies de plantas foram descobertas na região. “Além de abrigarem uma biodiversidade única, essas serras funcionam como ‘caixas d’água’, protegendo nascentes que abastecem os municípios da região e que foram fundamentais para assegurar água de qualidade para muitas cidades quando o rio Doce foi afetado pelo desastre de Mariana”, comenta Gonella.
(Fonte: Agência Bori)
Duas mil mudas de espécies nativas da Mata Atlântica são distribuídas por ano pelo Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene) para a recuperação do bioma mais ameaçado do país. Unidade de pesquisa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, no Recife (PE), o Cetene produz mudas germinadas in vitro e in vivo e distribui para o plantio em campo. “A ideia do programa Mata Atlântica é dar suporte às iniciativas de recuperação ambiental, para que sejam fornecidas mudas do maior número possível de espécies do bioma”, explica a pesquisadora Laureen Houllou.
O programa, que será apresentado na 20ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, tem dez anos de existência, mas nos últimos três anos o Cetene começou a trabalhar com as espécies ameaçadas de extinção. Atualmente, são oito espécies ameaçadas. Duas delas já foram reproduzidas em mudas e repassadas pelo Cetene ao Jardim Botânico do Recife e outros parceiros.
A pesquisadora Laureen Houllou lembra que a Mata Atlântica possui uma rica biodiversidade e enfrenta desafios de degradação e perda de habitat devido à urbanização e ao desmatamento. “Como é um número muito alto de espécies, normalmente a gente disponibiliza uma grande variedade para serem alocadas nas áreas de recuperação ambiental. Quanto maior o número de espécies, mais rápida é a velocidade com que o próprio bioma consegue se recuperar”, ressalta.
Germinação in vitro ou in vivo
O programa Mata Atlântica emprega a combinação de técnicas de germinação in vivo e in vitro, uma abordagem avançada de propagação vegetal para cultivar mudas de espécies nativas em condições controladas. Essa técnica permite maior controle da qualidade das mudas, resultando em plantas mais saudáveis e resistentes, que podem ser reintroduzidas em áreas degradadas e desmatadas. “Nós vamos em áreas onde estão essas espécies lenhosas e fazemos a identificação, a georreferência, coletamos o material para fazer a herborização e também para fazer o registro em exsicatas”, conta a pesquisadora do Cetene. Exsicata é registro do material biológico seco, que precisa ficar arquivado para a conferência.
Os registros são depositados no Cetene e encaminhados, depois, para herbários maiores, como os da Universidade Federal Rural de Pernambuco (Ufrpe) e para o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, que possui o maior herbário do país. “Identificado o período de floração e de frutificação, seguimos para a propagação, que é feita em dois sistemas: ou dentro do laboratório, fazendo a germinação in vitro (em tubo de ensaio) ou diretamente no telado”, acrescenta Laureen. “Normalmente, as espécies que não têm muita dificuldade para germinar, fazemos direto em telado. As que possuem uma taxa de germinação mais baixa, procuramos otimizar o processo fazendo a semeadura e a germinação in vitro.”
(Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – MCTI)
17 de março de 1922: Thereza de Marzo olha para o céu disposta a enfrentar o maior desafio de sua vida e que a faria entrar para a história: voar sozinha e assim se tornar a primeira aviadora brasileira brevetada. Há mais de 100 anos, podemos dizer, com toda certeza, que ela não desafiou apenas a gravidade, mas as convenções de seu tempo. 24 de outubro de 2023: nasce “Thereza, coragem para voar”, de uma atitude também muito corajosa de sua sobrinha-bisneta, Beatriz Zogaib, que decidiu mergulhar de cabeça na vida de uma mulher cheia de história. Bia, como gosta de ser chamada, reuniu todo seu talento de jornalista e especialista em storytelling e nos presenteia com uma biografia emocionante que resgata a importância da história de uma mulher que estava esquecida – como tantas que sabemos que um dia estiveram ou que ainda estão.
“Eu gosto de histórias reais que fazem a gente refletir. E desde pequena eu tenho a história da minha tia planando sobre a minha vida. Mas o que eu sabia era o que minha família contava; por isso, como jornalista, comecei a investigar a história e fui costurando as informações”, conta a autora do livro. “Sei o quanto é difícil ser mulher, especialmente em ambientes que dizem que não podem ser nossos. Se é difícil agora, imagino naquela época. A coragem da Thereza sempre me atraiu e me guiou a buscar meus objetivos”, completa.
A conexão entre essas duas mulheres separadas pelo tempo, mas unidas pelo espírito audacioso, é algo que nem a própria Thereza poderia ter previsto. “Este livro é mais do que uma biografia jornalística da minha tia. É um manifesto que celebra a ousadia feminina em todas as suas formas”, explica Beatriz.
“Thereza, coragem para voar” não é apenas sobre o mundo da aviação, mas é uma profunda imersão em assuntos variados como cultura, esportes, arte e moda. E não para por aí: o livro também aborda as emoções complexas dentro de uma possível metáfora para as mulheres que sonham com liberdade. “Esse livro é também sobre um resgate com a minha essência. Comecei a ter contato com a história da Thereza em um momento muito desafiador de minha vida. Sua história me ajudou a me redescobrir e me dar coragem para seguir meus sonhos. Thereza nunca esteve tão viva para mim”, desabafa a autora.
Foram quase dois anos de pesquisa, que resultaram em uma obra complexa e emocionante que foi contemplada pelo Programa de Ação Cultural de São Paulo ( ProAC), instituído pela Lei Estadual nº 12.268/2006 pelo Governo do Estado de São Paulo por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas. Um livro vivo, já que a autora espera que essa obra a conecte com mais histórias de Thereza. “Receber este incentivo do governo foi uma grande surpresa e só reforçou a importância da obra”, celebra Bia. A autora também reforça que a biografia não é só um resgate histórico, mas que conecta muito com o momento atual da nossa sociedade. “Me preocupei em contar uma história que possa ser lida por quem ama aviação e por quem nunca teve contato com o tema, independentemente da idade. É sobre coragem, sobre superação e sobre ocuparmos nossos lugares”, completa.
O livro será lançado no dia 24 de outubro pela editora Europa na Livraria Martins Fontes, na região da Paulista (São Paulo/SP) e terá versão impressa e digital.
Título: Thereza – Coragem para voar
Subtítulo: A história da primeira mulher a pilotar um avião no Brasil – para quem quer viver além das gaiolas. Ela me inspirou e irá te inspirar também
Autora: Beatriz Zogaib
Formato: 16cm x 23cm
Número de páginas: 168
Onde encontrar: nas principais livrarias do Brasil, sob encomenda, diretamente na Editora Europa pelos telefones (11) 3038-5050 e (11) 95186-4134 (WhatsApp) e nos sites www.europanet.com.br e www.amazon.com.br
Valor: R$69,90 na versão impressa e R$39,90 na versão digital.
Lançamento: 24/10/23 das 18h às 21h30, na Livraria Martins Fontes (Av. Paulista, 509)
Beatriz Zogaib é jornalista, escritora e palestrante no mundo do Marketing. Com pós-graduação em Comunicação Digital, Branding e Storytelling entende que sua missão é contar histórias para audiências e marcas, especialmente as que conversam com mulheres. Para se sentir mais próxima de sua tia-bisavó, passou pela experiência de voar e ali entendeu, assim como Thereza, que ser livre é um direito de toda mulher. É a quinta filha, tia de seis, mãe de dois e muitas em uma.
(Fonte: Aliança Comunicação)
Trio já ultrapassou a marca de mais de 800 concertos realizados no Brasil e no exterior. Fotos: divulgação.
Com um programa formado por obras fundamentais do repertório camerístico dos períodos clássico romântico dos compositores Mozart e Schumann, executados pelos músicos Pablo de León, Horácio Schaefer e Roberto Ring acompanhados pelo violinista Abner Landim, o Concertos EPTV é atração na próxima quinta-feira, 12 de outubro, às 20 horas, na Sala Acrísio de Camargo, no Centro Integrado de Apoio à Educação de Indaiatuba (Ciaei). A entrada é franca e os ingressos devem ser retirados na bilheteria uma hora antes do início do concerto.
Comemorando 22 anos de atividade em 2023, este time de peso do cenário da música clássica brasileira reúne o violinista Pablo de León (spalla da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo), o violista Horácio Schaefer (chefe do naipe das violas da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo) e o violoncelista Roberto Ring.
O grupo já ultrapassou a marca de mais de 800 concertos realizados no Brasil e representou o Brasil em concertos na Argentina e Chile, em concertos prestigiosos na Série Llao Llao no Alvear em Buenos Aires e no Festival Internacional de Ushuaia, na Argentina, e na Fundação Beethoven de Santiago, no Chile.
Já receberam convidados do mundo todo; entre eles, os clarinetistas Antony Pay (Inglaterra), Michel Lethiec e Romain Guyot (França); os violinistas Ilya Gringolts (Rússia), Régis Pasquier (França), Hagai Shaham e Roy Shiloah (Israel), Isabelle van Keulen (Holanda), Cármelo de los Santos e Cláudio Cruz (Brasil), e os pianistas Roglit Ishay (Israel), Emmanuel Strosser (França), Cristian Budu (Brasil), entre outros. Juntamente com o pianista francês Emmanuel Strosser gravaram o arranjo feito por Ferdinand Ries para a Sinfonia Eroica, de Beethoven, em 1805.
Convidado
Para esta edição do Concertos EPTV, o convidado é Abner Landim, mestre e bacharel pela Buchmann-Mehta School of Music da Universidade de Tel Aviv, onde foi aluno de Hagai Shaham e Chaim Taub. Em 2011 recebeu o diploma de honra ao mérito e em 2013 obteve junto ao Quarteto Brasileiro de Tel Aviv o primeiro lugar na competição de música de câmara desta Universidade, apresentando-se na Alemanha, Israel e Brasil.
Atuou como spalla da Orquestra Filarmônica Jovem de Israel, sob a regência do maestro Zubin Mehta em concertos no Carnegie Hall em Nova York, em Tel Aviv e em turnê desta orquestra no Brasil. Foi membro da Orquestra de Câmara de Israel e da Orquestra de Solistas de Tel Aviv, tendo participado de concertos destas orquestras em Israel e na Rússia.
Foi spalla da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo de 2015 a 2018, onde atuou também como solista. Atualmente é spalla da Orquestra Filarmônica de Goiás, posto que ocupa desde 2015.
Programa
O concerto tem início com o Divertimento em Mi Bemol, única obra composta por Mozart para a formação violino, viola e violoncelo, considerada uma referência para a música de câmara, e que por muito tempo foi tida como inatingível em termos de execução. A composição apresenta uma qualidade e virtuosismo acima da média, característica muito recorrente na criação operística de Mozart.
Na sequência, é a vez do Quarteto nº 3, Op. 41, obra composta em quatro movimentos que transmitem inúmeras emoções. Schumann é considerado um dos maiores compositores do período romântico e era conhecido por sua excelência em expressar os sentimentos das palavras cantadas por meio dos sons dos instrumentos.
Segundo um amigo pessoal do compositor, “ele ouvia as vozes dos anjos, e anotava suas músicas. Mas logo os anjos se transformavam em diabos…”. Diagnósticos hipotéticos indicam que Schumann tinha transtorno bipolar, condição que envolve variações emocionais intensas, e é possível notar as oscilações entre temas animados e agitados, calmos e poéticos, assim como temas mais íntimos e profundos.
Com a proposta permanente de levar música de qualidade ao interior, a Temporada 2023 dos Concertos EPTV passa ainda pelas cidades de Cosmópolis, Santa Bárbara d’Oeste e São João da Boa Vista, além de concertos didáticos nas cidades de São Carlos, Indaiatuba e Campinas. O evento conta com patrocínio da CPFL Energia e EPTV e produção da Produção Stravinsky Produções Artísticas. A realização é do Ministério da Cultura e Governo Federal, por meio da Lei de Incentivo à Cultura.
Concertos EPTV
Data: 12 de outubro
Horário: 20h
Local: Sala Acrísio de Camargo, no Ciaei
Endereço: Avenida Engenheiro Fábio Roberto Barnabé, 3.665, Jardim Regina – Indaiatuba (SP)
Informações: (19) 3801-9191
Entrada franca
Ingressos disponíveis para retirada uma hora antes do início do concerto
Classificação: 10 anos.
(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)
Prosseguindo com a Temporada 2023 – Sem Fronteiras, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp se apresenta de quinta (12/out) a sábado (14/out) sob a batuta do maestro húngaro Gergely Madaras e com o pianista suíço Louis Schwizgebel como solista. O programa reúne obras de diferentes tempos: Sonho de Leonora, da britânica Elena Langer, em sua estreia latino-americana; o Concerto nº 1 para Piano, de Beethoven; e as duas suítes do balé Daphnis et Chloé, de Maurice Ravel. E na segunda-feira (16/out), às 19h30, a Orquestra retorna à Avenida Faria Lima, coração financeiro da capital, para mais um concerto da Temporada Osesp no Teatro B32. Sob o comando de Madaras, serão apresentadas as peças de Langer e Ravel citadas acima. Vale lembrar que a apresentação da Osesp de sexta (13/out), às 20h30, na Sala São Paulo, terá transmissão digital no canal da Orquestra no YouTube.
Sonho de Leonora é uma miniatura orquestral inspirada na ópera Fidélio, de Beethoven. Na história, Fidélio é a esposa de Florestan, Leonora, que, disfarçada de homem, resgata seu marido da prisão. Elena Langer (1974–) escreveu a peça do ponto de vista de Leonora a fim de expressar seu espírito indomável, seus sentimentos de alegria e esperança ladeados por momentos de ternura e lirismo.
Ludwig van Beethoven (1770–1827) era conhecido essencialmente por seu talento como pianista virtuose e improvisador excepcional. Desde jovem, o artista tomou consciência das delicadas sutilezas do instrumento. Seu progresso foi tão notável que, em 1791, Carl Ludwig Junker (1748–97) confessou ter ouvido “um dos maiores pianistas, o querido e bom Beethoven. […] Sua maneira de tratar o instrumento é tão diferente da habitual que dá a impressão de que ele atingiu esse nível de excelência seguindo caminhos que descobriu sozinho”. Tendo estreado mundialmente em 18 de dezembro de 1795, o Concerto para Piano nº 1 de Beethoven tem muitos pontos em comum com a Sonata para Piano nº 1 e com a Primeira Sinfonia, especialmente na escrita, na orquestração e no desenvolvimento dos motivos. O primeiro movimento é dotado de um rigor só perturbado pela melodiosa intervenção do piano anteriormente mencionada. O “Largo”, com inflexões mozartianas, é uma ária de ópera-séria cheia de delicadeza. Em compensação, o “Rondo: Allegro Scherzando”, com sua exuberância comunicativa, parece saído de um folclore idealizado.
No início do século XX, em Paris, o empresário Sergei Diaghilev (1872–1929), da companhia de dança Ballets Russes, encomendou a Maurice Ravel (1875–1937) a música para um balé. O roteiro era baseado na narrativa grega Dáfnis e Cloé, de meados do século II. Escrita pelo romancista Longo, conta a história de Dáfnis e Cloé, filhos da nobreza abandonados no nascimento que se apaixonam e enfrentam desafios para ficarem juntos, em uma trama marcada por descobertas juvenis e erotismo.
Este concerto da Temporada Osesp no Teatro B32 tem o copatrocínio de Comgás, PwC e Klabin por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura e ProAC ICMS. Realização: Fundação Osesp, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, Ministério da Cultura e Governo Federal – União e Reconstrução.
Gergely Madaras
Diretor musical da Filarmônica Real de Liège desde 2019, Madaras é convidado frequente de diversas orquestras na Europa, incluindo Sinfônica e Filarmônica da BBC, Sinfônica da BBC Escocesa, Hallé, Filarmônica da Rádio França, Filarmonica della Scala e Orquestra Nacional de Lyon. Também foi regente de orquestras fora da Europa, como a de Melbourne, de Queensland e a Sinfônica de Houston. Por seis anos, ocupou os cargos de diretor musical da Orquestra Dijon Bourgogne e de regente principal da Sinfônica de Savaria (Hungria). Além de se dedicar ao repertório clássico e romântico, o maestro mantém uma estreita relação com a música contemporânea colaborando com compositores renomados e realizando gravações com selos como Alpha Classics, Cyprés e Nomad Play. Nesta temporada, seus próximos destaques incluem estreias com a Orquestra do Festival de Budapeste, a Sinfônica da Cidade de Birmingham, além das Filarmônicas da BBC e Nacional Húngara.
Louis Schwizgebel
Louis Schwizgebel nasceu em 1987 na Suíça. Conquistou prêmios importantes ao longo de sua carreira, como a Competição Internacional de Música de Genebra e o Young Concert Artists International Auditions (Nova York), além de ter sido nomeado em 2023 Artista da Nova Geração da BBC. Recentemente, estreou junto a importantes orquestras, como as Filarmônicas de Oslo e de Sacramento, as Sinfônicas de Richmond e de Singapura, a Orquestra Nacional de Metz, a Royal Northern Sinfonia, a BBC Concert Orchestra e a Orquestra Nacional Real Escocesa. Em 2014, Schwizgebel fez sua estreia no BBC Proms com o Concerto para piano nº 1 de Prokofiev e, em 2018, no Festival da Radio France, apresentou Rhapsody in Blue de Gershwin. Em 2022, sua performance do Concerto para piano nº 5 de Beethoven foi largamente elogiada no encerramento do Septembre Musical, em Montreux, junto à Sinfônica de Lucerna, sob regência de Michael Sanderling.
PROGRAMAS
TEMPORADA OSESP: GERGELY MADARAS E LOUIS SCHWIZGEBEL
ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
GERGELY MADARAS regente
LOUIS SCHWIZGEBEL piano
Elena LANGER | Sonho de Leonora [Estreia Latino-Americana]
Ludwig van BEETHOVEN | Concerto nº 1 para Piano em Dó Maior, Op. 15
Maurice RAVEL | Daphnis et Chloé: Suíte nº 1 e 2
TEMPORADA OSESP NO TEATRO B32
ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
GERGELY MADARAS regente
Elena LANGER | Sonho de Leonora [Estreia Latino-Americana]
Maurice RAVEL | Daphnis et Chloé: Suíte nº 1 e 2.
Serviço:
12 de outubro, quinta-feira, às 20h30
13 de outubro, sexta-feira, às 20h30 – Concerto Digital
14 de outubro, sábado, às 16h30
Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16 – São Paulo (SP)
Taxa de ocupação limite: 1.484 lugares
Recomendação etária: 7 anos
Ingressos: Entre R$39,60 e R$258,00
Bilheteria (INTI): neste link
(11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h
Cartões de crédito: Visa, Mastercard, American Express e Diners
Estacionamento: R$28,00 (noturno e sábado à tarde) e R$16,00 (sábado e domingo de manhã) | 600 vagas; 20 para pessoas com deficiência; 33 para idosos
16 de outubro, segunda-feira, às 19h30
Endereço: Teatro B32 | Av. Brigadeiro Faria Lima, 3.732, Itaim Bibi
Taxa de ocupação limite: 490 lugares
Classificação: Livre
Ingressos: Entre R$39,60 e R$130,00, na bilheteria e nos sites da Osesp e do teatro
Estacionamento:
Vallet: Acesso pela R. Lício Nogueira, 90 – Itaim Bibi. Preço: R$30,00
Self Park: Acesso pela R. Leopoldo Couto de Magalhães Júnior, 1051 – Itaim Bibi. Preço: R$30,00 pelas 3 primeiras horas e R$10,00 pelas demais.
*Estudantes, pessoas acima dos 60 anos, jovens pertencentes a famílias de baixa renda com idade de 15 a 29 anos, pessoas com deficiências e um acompanhante e servidores da educação (servidores do quadro de apoio – funcionários da secretaria e operacionais – e especialistas da Educação – coordenadores pedagógicos, diretores e supervisores – da rede pública, estadual e municipal) têm desconto de 50% nos ingressos para os concertos da Temporada Osesp na Sala São Paulo, mediante comprovação.
A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.
(Fonte: Fundação Osesp)