Apresentação será realizada no dia 5 de julho na Expo Dom Pedro


Campinas
A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp se apresenta entre 7 e 9/dez na Sala São Paulo, tendo novamente à frente seu diretor musical e regente titular, o suíço Thierry Fischer, e o violoncelista francês Gautier Capuçon como solista convidado. O repertório reúne duas obras do tcheco Antonín Dvorák – seu Concerto para Violoncelo, com Gautier, e três das populares Danças Eslavas –, e a Sinfonia nº 7 do finlandês Jean Sibelius. Vale lembrar que a apresentação da sexta-feira (8/dez) terá transmissão ao vivo no canal oficial da Osesp no YouTube.
Sobre o programa
Sétima peça criada nos Estados Unidos pelo tcheco Antonín Dvorák (1841–1904), que por dois períodos viveu no país americano, o Concerto para Violoncelo foi composto entre novembro de 1894 e fevereiro de 1895. Seu final, contudo, foi substancialmente ampliado após o retorno definitivo do compositor à Boêmia, em abril de 1895, e a obra foi concluída apenas em junho daquele mesmo ano. A simples existência deste que é um dos mais formidáveis concertos para violoncelo já compostos é surpreendente, dado que o compositor, apesar de considerá-lo “um belo instrumento”, dizia: “seu lugar é na orquestra e na música de câmara. Como instrumento solista, ele não é muito bom”.
Não raro entre os críticos, a Sétima Sinfonia de Jean Sibelius (1865–1957) é considerada a mais expressiva conquista musical do criador finlandês, pois nela tudo está profundamente interligado, tudo se corresponde. Suas tocantes melodias e o material de fundo derivam das múltiplas e radicais transformações de seu único e verdadeiro tema, o dos trombones, que é ouvido três vezes ao longo da obra. Com base em anotações do próprio compositor, há quem sugira que o tema evoque sua esposa Aino e a harmonia do ambiente doméstico. Apoteótico, o hino dos trombones emerge em contextos distintos. Em sua segunda ocorrência, por exemplo, ele se digladia contra um pano de fundo sonoro confuso, ansioso, reminiscente das angústias existenciais, do isolamento e das desilusões que assombraram o mítico criador em suas últimas décadas de vida.
A fim de resolver um desacordo em relação à remuneração que o editor alemão Fritz Simrock propusera por sua Sétima Sinfonia, Dvorák escreveu como complemento as oito Danças Eslavas, Op. 72, entre junho e julho de 1886, orquestrando-as entre meados de novembro de 1886 e 5 de janeiro de 1887. O conjunto de 16 danças é emblemático do “período eslavo” do compositor e não faz, diferentemente das Danças Húngaras de Brahms (nas quais foram inspiradas), uso direto de melodias já existentes, oferecendo criações inteiramente originais inspiradas na tradição de sua terra. Como notam estudiosos e editores do compositor, essas peças aludem a uma profusão de danças de todas as partes do mundo eslavo (Polônia, Sérvia, Ucrânia, Eslováquia e outras regiões).
Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp | Fundada em 1954, desde 2005 é administrada pela Fundação Osesp. Thierry Fischer tornou-se diretor musical e regente titular em 2020, tendo sido precedido, de 2012 a 2019, por Marin Alsop, que agora é Regente de Honra. Seus antecessores foram Yan Pascal Tortelier, John Neschling, Eleazar de Carvalho, Bruno Roccella e Souza Lima. Em 2016, a Orquestra esteve nos principais festivais da Europa e, em 2019, realizou turnê na China. Em 2018, a gravação das Sinfonias de Villa-Lobos regidas por Isaac Karabtchevsky recebeu o Grande Prêmio da Revista Concerto e o Prêmio da Música Brasileira. Em outubro de 2022, a Osesp — Orquestra e Coro — estreou no Carnegie Hall, em Nova York, realizando dois programas — o primeiro, como convidada da série oficial de assinaturas da casa e, o segundo, com o elogiado projeto “Floresta Villa-Lobos”. Na Temporada 2024, a orquestra celebrará 70 anos de história com programação especial e a realização de uma turnê internacional.
Thierry Fischer | Desde 2020, Thierry Fischer é diretor musical da Osesp, cargo que também assumiu em setembro de 2022 na Orquestra Sinfônica de Castilla y León, na Espanha. De 2009 a junho de 2023, atuou como diretor artístico da Sinfônica de Utah, da qual se tornou diretor artístico emérito. Foi principal regente convidado da Filarmônica de Seul [2017–20] e regente titular (agora convidado honorário) da Filarmônica de Nagoya [2008–11]. Já regeu orquestras como a Royal Philharmonic, a Filarmônica de Londres, as Sinfônicas da BBC, de Boston e Cincinnatti e a Orchestre de la Suisse Romande. Também esteve à frente de grupos como a Orquestra de Câmara da Europa, a London Sinfonietta e o Ensemble Intercontemporain. Thierry Fischer iniciou a carreira como Primeira Flauta em Hamburgo e na Ópera de Zurique. Gravou com a Sinfônica de Utah, pelo selo Hyperion, “Des Canyons aux Étoiles” [Dos Cânions às Estrelas], de Olivier Messiaen, selecionado pelo prêmio Gramophone 2023, na categoria orquestral. Na Temporada 2024, embarca junto à Osesp para uma turnê internacional em comemoração aos 70 anos da Orquestra.
Gautier Capuçon | Nascido em Chambéry, na França, Gautier Capuçon dedica-se intensamente a explorar e expandir o repertório do violoncelo e a promover projetos educacionais para jovens músicos. Com essa ideia, criou sua própria fundação filantrópica, além de apoiar a Associação Orchestre à l’École. Na temporada 2022-23, Capuçon une-se às sinfônicas de Boston, Chicago, São Francisco e da Bayerischer Rundfunk, às filarmônicas de Leipzig, de Munique e da República Tcheca, além de às orquestras de Paris, Tonhalle (Zurique) e à própria Osesp. Seus projetos atuais incluem colaborações com Lera Auerbach, Danny Elfman e Thierry Escaich. É artista curador na Konzerthaus Dortmund e toca em importantes festivais, incluindo os de Salzburgo, Grafenegg e Verbier. Gravando exclusivamente para a Warner Classics, seu último álbum, “Sensations”, de 2022, explora peças curtas de diferentes gêneros. “Emotions”, de 2020, permaneceu em primeiro lugar nas paradas por mais de 30 semanas, vendendo mais de 110.000 cópias. Apresenta-se com um Matteo Goffriller de 1701, chamado “L’Ambassadeur”.
PROGRAMA
TEMPORADA OSESP: THIERRY FISCHER E GAUTIER CAPUÇON
ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
THIERRY FISCHER regente
GAUTIER CAPUÇON violoncelo
Antonín DVORÁK | Concerto para Violoncelo em Si Menor, Op. 104
Jean SIBELIUS | Sinfonia nº 7 em Dó Maior, Op. 105
Antonín DVORÁK | Três Danças Eslavas.
Serviço:
8 de dezembro, sexta-feira, às 20h30 – Concerto Digital
9 de dezembro, sábado, às 16h30
Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16
Taxa de ocupação limite: 1.484 lugares
Recomendação etária: 7 anos
Ingressos: Entre R$39,60 e R$258,00 (valores inteiros)
Bilheteria (INTI): neste link
(11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h
Cartões de crédito: Visa, Mastercard, American Express e Diners
Estacionamento: R$28,00 (noturno e sábado à tarde) e R$16,00 (sábado e domingo de manhã) | 600 vagas; 20 para pessoas com deficiência; 33 para idosos.
*Estudantes, pessoas acima dos 60 anos, jovens pertencentes a famílias de baixa renda com idade de 15 a 29 anos, pessoas com deficiências e um acompanhante e servidores da educação (servidores do quadro de apoio – funcionários da secretaria e operacionais – e especialistas da Educação – coordenadores pedagógicos, diretores e supervisores – da rede pública, estadual e municipal) têm desconto de 50% nos ingressos para os concertos da Temporada Osesp na Sala São Paulo mediante comprovação.
A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.
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(Fonte: Fundação Osesp)
Leitores de todo o país votaram e elegeram os 15 melhores hotéis fazenda do Brasil. O resultado da lista faz parte do Prêmio Melhores Destinos 2023/2024, que teve mais de 26 mil votos nesta edição.
O primeiro lugar do ranking nacional ficou para o Hotel Vale da Mantiqueira, em Virgínia, sul de Minas Gerais. Considerado como o melhor hotel fazenda do país, o Hotel Vale da Mantiqueira é abraçado por montanhas e rodeado pela natureza. O local encanta por toda a receptividade mineira e o aconchego. As hospedagens Estribo Hotel Estância, no Rio Grande do Sul, e o Fazzenda Park Hotel, em Santa Catarina, completaram o top 3 do prêmio, respectivamente.
Para chegar ao ranking, cada leitor avaliou as hospedagens em que já ficou e deu uma nota de 1 a 10 nas categorias conforto e gastronomia. Dentre todos os concorrentes, o primeiro colocado teve a maior nota em conforto (9,88) e também foi bem avaliado no quesito gastronomia (9,84).
Os hotéis fazenda são uma ótima opção de hospedagem, principalmente para aqueles viajantes que amam encontrar tudo o que precisam dentro do próprio hotel. Além das inúmeras atividades, eles costumam oferecer muita comida boa e quartos confortáveis bem pertinho da natureza.
Promovido pelo maior site de viagens do Brasil, o Melhores Destinos, o prêmio foi criado em 2016 após a equipe sentir falta de uma premiação unicamente baseada na opinião dos leitores, que realmente visitaram ou usaram os serviços e poderiam avaliá-los com propriedade.
Confira os detalhes das notas do ranking desta edição:
Prêmio Melhores Destinos 2023/2024
O Melhores Destinos divulga diariamente promoções de passagens aéreas, hotéis, pacotes de viagem, resorts, seguro viagem, aluguel de carro, malas e passeios, assim como ofertas de pontos, milhas e contas internacionais, além de conteúdos sobre viagens. Por isso, a pesquisa é tão importante para os leitores do site estarem sempre atualizados quanto aos melhores prestadores de serviços e destinos interessantes a serem explorados.
Vencedores do Prêmio Melhores Destinos 2023-2024
Melhor companhia aérea nacional: Azul
Melhor companhia aérea internacional: Emirates
Melhor resort do Brasil: Japaratinga Lounge Resort
Melhor hotel fazenda do Brasil: Hotel Vale da Mantiqueira
Melhor seguro viagem: Allianz Travel
Melhor parque aquático: Acquamotion
Melhor parque de diversões: Beto Carrero World
Melhor destino do Brasil: Pomerode, Santa Catarina
Melhor destino internacional: Egito
Melhor programa de milhas internacional: AAdvantage
Melhor programa de milhas nacional: Tudo Azul.
(Fonte: Melhores Destinos)
A Orquestra Jovem de Indaiatuba realiza neste domingo, 10, um Concerto de Natal com um repertório repleto de clássicos natalinos, entre outras canções. A apresentação acontece a partir das 10h da manhã na Estação Musical, ao lado do Museu Ferroviário de Indaiatuba, na Praça Newton Prado. Direção artística e regência são do maestro Felipe Oliveira e a entrada é gratuita. Este concerto é realizado pela Amoji (Associação Mantenedora da Orquestra Jovem de Indaiatuba) e Prefeitura de Indaiatuba, por meio da Secretaria Municipal de Cultura.
A Orquestra Jovem possibilita a jovens instrumentistas da cidade aprofundarem seus conhecimentos musicais por meio de práticas em grupo, desenvolvendo suas habilidades em instrumentos como violino, viola, violoncelo e contrabaixo.
Sobre a Amoji | A Amoji (Associação Mantenedora da Orquestra Jovem de Indaiatuba) é responsável pela manutenção da Orquestra Sinfônica de Indaiatuba, que vem se destacando por sua intensa atuação na divulgação e popularização da música orquestral realizando anualmente mais de uma dezena de concertos gratuitos com participação de músicos do município de Indaiatuba (SP) e solistas de renome. Promove o Encontro Musical de Indaiatuba (EMIn), que reúne uma série de concertos com grupos artísticos da Região Metropolitana de Campinas (RMC), além de masterclasses abertas para estudantes de música de todo o país.
A Associação também é responsável por gerir e administrar a Escola de Música da Orquestra Sinfônica de Indaiatuba (Emosi), além da Orquestra Jovem de Indaiatuba (OJI). Ambas viabilizam para muitos jovens instrumentistas da cidade e região oportunidade de desenvolvimento técnico e artístico por meio de aulas individuais de instrumento, além de participarem dos ensaios e apresentações da Orquestra Jovem.
Serviço:
Orquestra Jovem de Indaiatuba – Concerto de Natal
Data: 10 de dezembro – Horário: 10h
Local: Estação Cultural (Museu Ferroviário) – Praça Newton Prado, s/nº – Jardim Pompeia, Indaiatuba (SP) – mapa aqui.
(Fonte: Armazém da Notícia)
O Anelo 6teto, grupo artístico ligado ao Instituto Anelo, lança em 8 de dezembro a música “Ousadia”, composição do premiado músico internacional Ademir Junior. A obra será publicada nas plataformas Spotify, Amazon Music, Deezer, Apple Music e Tidal e distribuída pela Tratore. A faixa foi composta por Ademir em julho de 2023, especialmente para o Anelo Sexteto, e marca a estreia da parceria de gravação entre o grupo e o músico brasiliense.
Ademir explica que o tema “Ousadia” é uma composição que agrega misturas do jazz com o baião, ritmo característico da cultura nordestina. “Com harmonia jazzística, o tema expressa ainda a imagem do jazz fusion, muito difundido a partir de meados dos anos 70”, complementa o compositor.
Marcelo Louback, integrante do Sexteto, aponta que o projeto era trazer Ademir para tocar junto em parceria gravando uma música do grupo ou do músico, mas Ademir fez questão de trabalhar em uma composição inédita. “Nós o convidamos para gravar e não sabíamos que seria uma música dele composta especialmente o Sexteto. A princípio sugerimos que fosse alguma música nossa ou alguma que ele tivesse composto e ainda não tivesse gravado, mas o Ademir fez questão de compor uma música para este projeto. Para nós, do Sexteto, ter a honra de gravar com o Ademir e ainda receber este presente em forma de composição é uma grande honra”, apontou Marcelo.
Um dos melhores do mundo
Ademir Junior é natural de Brasília-DF e soma, com orgulho, 35 anos de carreira. A dedicação pela música o levou a ser considerado um dos melhores saxofonistas do mundo, mas atua também como clarinetista, flautista, arranjador, compositor, maestro, educador e escritor.
O músico tem 8 álbuns lançados, é escritor do livro “Caminhos da Improvisação”, idealizador da escola virtual de música Escola de Solistas e maestro da Orquestra JK e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF).
Versátil e de carreira internacional, Ademir Júnior já tocou com Chris Potter, John Patitucci, Bob Mintzer, Paquito D’Rivera, Hermeto Pascoal, Mat’nalia, João Bosco, Roberto Menescal, Rosa Passos, Alexandre Pires, João Donato, Ed Motta, Hamilton de Holanda e muitos outros artistas.
Lecionou improvisação em mais de 70 edições, entre cursos e workshops no Brasil e exterior, e já se apresentou em diversos países – Argentina, Uruguai, Paraguai, Venezuela, Peru, Chile, Cuba, Bahamas, Jamaica, México, Costa Rica, Panamá, Nicarágua, EUA, Marrocos, Espanha, França, Alemanha, Suíça, Letônia e Dubai.
É autor de mais de 600 arranjos para diversas formações musicais, como Banda Sinfônica, Orquestra Sinfônica, Big Band e grupos de câmara.
Anelo Sexteto
Formado por Deivyson Fernandez (piano), Filipe Lapa (bateria), Josias Teles (baixo elétrico), Marcelo Louback (saxofones e flautas), Leo Pelegrin (percussão) e Vinícius Corilow (saxofones, flautas e clarinete), o Anelo 6teto mescla a sonoridade de ritmos populares brasileiros, como o samba, o baião e o maracatu, com a improvisação e a vanguarda do jazz e o groove de gêneros da black music, como r&b, gospel, funk e soul.
Foi criado em 2019 para representar o Instituto Anelo no Standard Bank National Youth Jazz Festival, na África do Sul. O sucesso no festival sul-africano foi fundamental para que o grupo decidisse seguir carreira. No mesmo ano, o grupo acompanhou a cantora italiana Susanna Stivalli em duas apresentações do show “Caro Chico” em Campinas, com repertório dedicado à obra de Chico Buarque.
Desde então, tem se apresentado em mostras de jazz e festivais realizados em diferentes cidades do interior paulista. Em julho de 2022, foi um dos vencedores do 1º Festival de Música de Jundiaí com a composição “Baionado”. Em setembro do mesmo ano, o grupo lançou seu primeiro álbum, o “Anelo 6teto Live!”.
Serviço:
Música: Ousadia
Data de Lançamento: 8 de dezembro
Distribuição: Tratore
Plataformas: Spotify, Amazon Music, Deezer, Apple Music e Tidal
Pre-save: https://tratore.ffm.to/ousadia.
(Fonte: Anelo Sexteto)
Mitigação da crise climática envolve redução radical de emissões de gases de efeito estufa e aplicação de técnicas para remoção de carbono da atmosfera. Foto: Kouji Tsuru/Unsplash.
As tentativas mundiais de reduzir as emissões globais falharam perigosamente. Como resultado, as reduções de emissões por si só já não são suficientes para nos colocar novamente no caminho de um futuro seguro e administrável para a humanidade. As conclusões são de um novo relatório, divulgado na terça-feira (5) pelo Grupo Consultivo sobre Crise Climática (em inglês, Climate Crisis Advisory Group – CCAG).
O relatório afirma que são necessárias medidas urgentes para examinar criticamente toda a gama de intervenções climáticas, incluindo a remoção do excesso de gases de efeito estufa da atmosfera e a reparação de partes dos sistemas climáticos globais e regionais.
O CCAG defende uma abordagem equilibrada e baseada em evidências para as intervenções climáticas – particularmente técnicas de remoção de dióxido de carbono (CDR) e biomimética de reparação climática que requerem uma investigação mais aprofundada antes da implantação. O grupo apela a um trabalho urgente para aprofundar rapidamente a compreensão destas técnicas para garantir que qualquer utilização futura seja viável e segura.
“Embora seja claro que plantar árvores por si só não resolverá a crise climática, será necessário preservar as paisagens naturais e restaurar o maior número possível de ecossistemas da Terra para manter um sistema climático saudável. Da mesma forma, o CDR não é uma solução definitiva para enfrentar a crise climática, mas as técnicas podem ser a nossa única esperança se o excesso – decorrente do atraso na eliminação progressiva dos combustíveis fósseis – exceder níveis críticos”, comenta Gustavo Alves Luedemann, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e membro brasileiro do CCAG. “Portanto, é urgente que tenhamos discussões abertas entre as mais diversas partes interessadas sobre a questão e que promovamos o envolvimento na ação climática.”
À medida que o mundo provavelmente ultrapassar o limiar de 1,5ºC e os efeitos da crise climática continuarem a aumentar, o foco nas intervenções climáticas só irá intensificar, destacam os cientistas. Segundo o relatório, provavelmente serão necessárias uma governança forte e diretrizes para a implantação de estratégias, exigindo níveis sem precedentes de cooperação internacional.
Assim, políticas para cada fase de remoção de dióxido de carbono devem ser desenvolvidas, além de pesquisa para sua implementação dessas técnicas. Será preciso, por exemplo, levar em conta que os impactos sociais, econômicos e ambientais irão variar de acordo com a região de implementação destes programas, o que terá efeito sobre a aceitabilidade destas intervenções, destaca o documento.
Embora o relatório afirme que é mais importante do que nunca examinarmos e avaliarmos potenciais intervenções climáticas, também reconhece que o CDR e a reparação climática só ajudarão a alcançar os objetivos climáticos se a redução profunda e rápida das emissões de gases de efeito estufa também for intensificada.
O relatório faz parte de uma série de análises feitas de forma independente pelo CCAG – e divulgadas, em primeira mão, para jornalistas brasileiros pela Agência Bori (veja relatório anterior). O CCAG reúne 15 especialistas do clima de 10 países diferentes com a missão de impactar na tomada de decisão sobre a crise climática.
(Fonte: Agência Bori)