Apresentação será realizada no dia 5 de julho na Expo Dom Pedro


Campinas
Pescadores artesanais colaboraram para suspensão de dois artigos da instrução normativa que prejudicavam a atividade pesqueira. Foto: Nando Martins/Unsplash.
A participação de pescadores artesanais em debates com representantes governamentais para rever norma que limitava a atividade pesqueira foi fundamental para a continuidade da atividade de pesca no litoral de São Paulo. Esse planejamento garantiu equilíbrio entre as necessidades de pescadores e demandas de órgãos reguladores. São as conclusões da pesquisa realizada por cientistas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) publicada na quinta (7) na revista “Marine Policy”.
O estudo abordou a instrução normativa 166, de 2007, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), que pretende reduzir a captura acidental de animais como baleias, golfinhos e tartarugas. Entre as regulamentações, o texto limita a altura do emalhe, uma rede vertical para retenção de pescados. Isto, porém, acaba inviabilizando a pesca artesanal de algumas espécies no litoral paulista, segundo as comunidades.
Os pesquisadores utilizaram projeções de cenários para identificar soluções colaborativas e estratégias implementáveis em situações de conflitos como estas, que são comuns no cotidiano dos pescadores. Entre 2021 e 2022, eles observaram discussões entre grupos distintos, que compartilharam suas perspectivas sobre os conflitos: gestores públicos das Áreas de Proteção Ambiental Marinha de São Paulo (APAs Marinha), do Ibama, da então Secretaria de Aquicultura e Pesca, além de pescadores locais e membros da sociedade civil. Na etapa seguinte, os cientistas entrevistaram os participantes dos encontros sobre a experiência.
Segundo Deborah Prado, bióloga e uma das autoras do artigo, a suspensão de dois artigos da instrução normativa que ameaçava a atividade pesqueira foi prorrogada até 2025. Isso se deu pela capacidade de envolver os gestores do governo federal em níveis locais.
A pesquisa demonstra a importância de incorporar e fortalecer a participação popular nas soluções de problemas comuns, regionalizar a governança e construir a informação necessária para a tomada de decisões sobre o planejamento e gestão da pesca. Prado destaca que “o trabalho propõe mudanças na gestão pesqueira, defendendo uma abordagem regionalizada ao invés de federal em função do tamanho da costa brasileira e suas particularidades”.
Agora, a pesquisadora espera que a metodologia com base na discussão de cenários e soluções propostas seja aplicada em outras situações que envolvam conflitos sobre a pesca e suas consequências para os trabalhadores ou, ainda, nas discussões do Planejamento Espacial Marinho, instrumento multissetorial coordenado pela Marinha do Brasil, que pretende estabelecer bases institucionais e jurídicas de uso do mar. “Que oceano queremos? Que tipo de ciência queremos para um oceano mais sustentável e resiliente? Seria muito interessante replicar esse método para repensar o futuro e como os múltiplos conflitos se transformarão em um cenário mais justo, equitativo e sustentável”, finaliza Prado.
(Fonte: Agência Bori – Coleção: Ressoa Oceano)
Luciana Souza & Trio Corrente (Fábio Torres, Paulo Paulelli e Edu Ribeiro). Foto: Arnaldo Pappalardo.
Nos dias 14 e 15 de dezembro, o Sesc 24 de Maio será palco do lançamento do álbum “Cometa”, da cantora Luciana Souza em colaboração com o Trio Corrente. O álbum, indicado ao Grammy Awards na categoria de Melhor Álbum de Jazz Latino, promete uma experiência musical emocionante.
Luciana Souza, cantora, compositora e vencedora do Grammy, retornou ao Brasil para gravar um álbum com o Trio Corrente, grupo paulistano também vencedor do troféu. O encontro dos músicos foi fruto de uma parceria que já vinha se desenvolvendo desde agosto de 2022, quando Luciana e Edu Ribeiro, baterista do Trio, se reencontraram em uma gravação com o trompetista alemão Till Brönner.
Como fã do Trio Corrente desde a sua criação, Luciana imediatamente percebeu que eles deveriam fazer uma gravação juntos. A ideia foi bem recebida pelos integrantes do grupo, que compartilham com a cantora o amor pela música edificante e pelo jazz do Brasil. O álbum, chamado “Cometa”, foi lançado em agosto de 2023 e é uma mistura de músicas originais e de compositores brasileiros clássicos.
O tributo à música brasileira presente no disco é notável, especialmente nas influências do samba-jazz. As composições autorais de Luciana, como “Cometa” e “Bem Que Te Avisei”, exploram as possibilidades do gênero fundindo elementos da música popular brasileira com o jazz.
As releituras de clássicos como “Você Já Foi à Bahia”, de Dorival Caymmi, e “Pra Machucar Meu Coração”, de Ary Barroso, ganham vida em uma roupagem moderna destacando os arranjos que valorizam as improvisações do Trio Corrente.
Além da indicação ao Grammy, o reconhecimento da revista Downbeat, conhecida por ser uma revista de referência no assunto, como um dos destaques de 2023, solidifica “Cometa” como um álbum que transcende fronteiras musicais e se sobressai como uma grande obra no cenário contemporâneo do jazz.
Serviço:
Luciana Souza & Trio Corrente – Lançamento do álbum Cometa
Datas: 14 e 15/12 – quinta e sexta às 20h
Local: Teatro do Sesc 24 de Maio, Rua 24 de Maio, 109 – Centro/SP – a 350 metros do metrô República
Classificação indicativa: 12 anos
Ingressos: através do aplicativo Credencial Sesc SP, no site Sesc SP e nas bilheterias das unidades Sesc SP – R$50 (inteira), R$25 (meia) e R$18 (Credencial Sesc).
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Sesc 24 de Maio – Rua 24 de Maio, 109, Centro, São Paulo (SP) – a 350 metros do metrô República
Fone: (11) 3350-6300.
(Fonte: Assessoria de Imprensa Sesc 24 de Maio)
Em suas semelhanças e diferenças, dois universos musicais serão unidos no palco do Theatro Municipal de São Paulo. O primeiro, o Maracatu de Chico Rei, bailado afro-brasileiro com coro composto pelo brasileiro Francisco Mignone em 1933 inspirado na lenda de Chico Rei, à qual se atribui a origem das festas de congado. Já o segundo, Carmina Burana, uma cantata cênica composta pelo alemão Carl Orff, composição extremamente popular por seu movimento de abertura e pelo de fecho, intitulado “O Fortuna”.
O espetáculo será apresentado pela a Orquestra Sinfônica Municipal, Coro Lírico Municipal, Coral Paulistano e Coro Infanto Juvenil da Escola Municipal de Música de São Paulo, nos dias 21 (quinta) e 22/12 (sexta), às 20h. O concerto, intitulado Maracatu e Burana, tem a regência de Roberto Minczuk e conta com Mário Zaccaro como regente do Coro Lírico e Maíra Ferreira como regente do Coral Paulistano. Os solistas incluem Maria Carla Pino Cury (soprano), Jabez Lima (tenor) e David Marcondes (barítono). Os ingressos variam de R$12 a R$64, a classificação é livre e a duração é de 120 minutos.
De acordo com o maestro titular, Minczuk, ambas as obras são celebradas por seu impacto musical e popularidade. “Francisco Mignone é um dos mais espetaculares compositores brasileiros, um compositor nacionalista, que se utiliza de danças e ritmos brasileiros em uma música de uma energia vital que se assemelha muito a Carmina Burana. São composições muito rítmicas e que utilizam o coro de uma maneira muito impactante”, pontua.
O Maracatu Chico Rei traz como personagem o rei de uma tribo africana aprisionada e enviada ao Brasil onde seus componentes foram vendidos como escravos em Minas Gerais. Heroicamente, com seu trabalho, Chico Rei conseguiu se alforriar e alforriar membros da tribo com quem formou em Ouro Preto a Confraria do Rosário, ligando-se à Igreja de Nossa Senhora do Rosário. O bailado modifica essa tradição destinando-se o ouro à alforria de seis membros da tribo que continuavam escravos.
Em Carmina Burana, o público poderá assistir a um concerto de exuberante vigor rítmico-dramático e fortes acentos eróticos. Inicialmente destinada à representação como ópera, a obra ganhou popularidade como uma cantata para grande coro, tanto adulto quanto infantil, e solistas. Essa cantata é emoldurada por um dos mais valiosos símbolos da Antiguidade, a Roda da Fortuna, eternamente girando, trazendo alternadamente boa e má sorte.
Para mais informações sobre os espetáculos, confira a programação completa abaixo, ou acesse o site oficial do Theatro.
Serviço:
Theatro Municipal de São Paulo
Praça Ramos de Azevedo, s/nº – Sé – São Paulo, SP
Capacidade Sala de Espetáculos: 1503 pessoas.
(Fonte: Assessoria de Imprensa/Theatro Municipal de São Paulo)
Buchenwald, Alemanha, 24 de abril de 1945. Rudolf Brazda olhou para o arame farpado do campo de concentração pela última vez. Podia partir. Acabou. Poucas semanas depois, ainda estava com a matrícula 7952. Tinha sido a quinta pessoa a usá-la. Antes dele, houve dois poloneses, transferidos, e dois homens provenientes do Reich alemão, mortos. Dos cinco, ele foi o único deportado por ser homossexual, o único marcado com um triângulo rosa. Na aurora dos seus 97 anos, Rudolf Brazda nos deixa aqui um testemunho sem igual e raríssimo, sustentado por um rigoroso trabalho de pesquisa histórica. Da ascensão do nazismo na Alemanha à invasão da Tchecoslováquia, da despreocupação no início dos anos 1930 ao horror do campo de concentração de Buchenwald, a obra revela em detalhe, pela primeira vez, as investigações policiais que visaram inúmeros homossexuais no Estado nazista. Também aborda, com tato e sem tabu, a questão da sexualidade num campo de concentração. Esta é a história registrada na biografia de Rudolf Brazda, “Triângulo Rosa – Um homossexual no campo de concentração nazista” (Mescla Editorial, 196 p., R$70,60 – 2ª edição revista e ampliada), escrita por Jean-Luc Schwab.
Imóveis, escondidos sob o telhado, deitados de bruços sobre o forro, Rudolf e Fernand não tiveram tempo de descer. E agora era tarde demais. Acima de tudo, não podiam fazer ruído para não denunciar sua presença. Havia alguns meses que eles estavam em Buchenwald – e conheciam as regras. Sabiam que, se fossem descobertos, sua vida não valeria muito. Fernand, porque era comunista. E Rudolf, porque não passava de um triângulo-rosa, um desviado, um homossexual. Alguns metros abaixo deles, nos antigos estábulos reformados para outros fins, os soldados da SS haviam chegado. Os primeiros já estavam pondo jalecos brancos. Em poucos instantes, estariam prontos para submeter seus primeiros “pacientes” a exames médicos forjados. Do lado de fora, os outros soldados da SS se apressavam para fazer descer os detentos de um caminhão. Pelos uniformes, eram soldados soviéticos. Rudolf e Fernand haviam ouvido a respeito dessas execuções. Eles sabiam. Contudo, não conseguiam tirar os olhos daquela cena.
Rudolf Brazda, por sua personalidade singela, acrescenta sensibilidade sem igual à biografia de testemunha da História. Seu estado de espírito diante das adversidades é o que torna sua trajetória ainda mais digna de registro. Tanto que quase passou anônimo, não fosse o interesse de Jean-Luc por detalhar a deportação homossexual dentro da atrocidade maior do regime nazista. Vítima da intolerância que permanece assombrando outros pontos do globo, Rudolf recebeu ainda em vida diversas homenagens por representar a resiliência. O posfácio do livro resgata as honrarias recebidas – condecorações públicas em diversos países onde falou para universitários, associações, comunidades LGBT, promovendo o debate contra o preconceito e as agruras desmedidas da humanidade. Um compêndio com fotos coloridas e reprodução de documentos ilustra a obra e aproxima o leitor da intimidade da vivência de Brazda.
Os autores
Rudolf Brazda, nascido na Alemanha, em 1913, de pais tchecos, foi condenado duas vezes pelo regime nazista por ser homossexual e, depois, deportado para Buchenwald. Ele ficou preso no campo durante 32 meses, até sua libertação, em abril de 1945, e fixou residência na França. Rudolf faleceu em 2011 aos 98 anos, de causas naturais.
Jean-Luc Schwab, quando entrou em 2008 para uma associação dedicada ao reconhecimento das deportações de homossexuais, nem imaginava que o último sobrevivente delas morasse bem perto dele, na região de Mulhouse. Assumindo o papel de confidente de Rudolf Brazda, ele tomou seu depoimento e o complementou com profunda pesquisa histórica.
Título: Triângulo rosa – Um homossexual no campo de concentração nazista – 2ª edição revista e ampliada
Autores: Jean-Luc Schwab e Rudolf Brazda
Editora: Mescla Editorial
Preço: R$70,60 (e-book R$43,20)
Páginas: 196 (14 x 21 cm)
ISBN: 978-85-88641-26-6
Atendimento ao consumidor: (11) 3865-9890
Site: www.gruposummus.com.br.
(Fonte: Studio Graphico)
Se o simples fato de viajar a lazer já é um tanto quanto animador, imagine então embarcar num roteiro imersivo sobre o universo enófilo nas mais concorridas e renomadas vitivinícolas portuguesas da atualidade? Lisboa é a bola da vez quando o assunto é o enoturismo, oferecendo as melhores experiências e infinitas surpresas.
Nos últimos anos, a viticultura evoluiu de forma considerável na região, favorecendo a obtenção de uvas de melhor qualidade com produções economicamente viáveis e ambientalmente sustentáveis e dando origem a vinhos únicos e com qualidade singular.
Ao combinar castas tradicionais locais, como Tinta Roriz, Touriga Franca e Touriga Nacional em seus tintos, e Arinto, Encruzado e Alvarinho em seus brancos, com Chardonnay e Cabernet Sauvignon, os resultados têm conquistados até os mais exigentes apreciadores, desbancando destinos antes tradicionais nesse segmento.
Com diversas denominações de origem e características completamente distintas, a região lisboeta é compreendida pelo famoso Moscatel de Setúbal com adeptos em todo o mundo como um licoroso encorpado e fortificado; seguido pelos brancos de Bucelas, que já foram apreciados pela Corte Real Inglesa; bem como por Colares e Carcavelos, ambos historicamente interessante.
Península de Setúbal | Famosa por fabricar o vinho mais doce de Lisboa, o Moscatel de Setúbal é um dos mais apreciados, tanto pelos portugueses quanto pelos estrangeiros. Envelhecido em barricas de carvalho, possui aroma de flores de laranjeira. Caracteriza-se como uma sobremesa encorpada, aveludada e muito intensa, que se faz obrigatória em qualquer degustação. No local, também é produzido o Moscatel tinto, considerado um vinho mais fino, a um aroma mais complexo a frutos secos.
Palmela | Com colheitas premiadas internacionalmente e adegas inovadoras, a região é uma das maiores, mais antigas e das que mais produzem em Portugal. No primeiro foral da vila, em 1185, suas vinhas e seus vinhos já eram referenciados. A tradicional casta tinta Castelão e os brancos Fernão Pires e Moscatel têm conquistado inúmeros prêmios internacionais em função, principalmente, do investimento e da renovação de suas grandes adegas. Sede da rota regional dos vinhos, onde é possível marcar visitas e provas, essa zona é rica em produtores e produtos, apresentando vinhos tintos suaves e picantes e brancos floridos, além do Moscatel, tão suave e doce quanto as colinas onduladas onde suas uvas são cultivadas.
Colares | Produzido essencialmente a partir das castas Ramisco e Malvasia em chãos de areia, esse vinho enfrenta os fortes ventos do Atlântico, carregados de sal, para dar à mesa brancos e tintos únicos e diferenciados. Com uma área de produção reduzida pelas frequentes intempéries, são verdadeiros achados para quem procura raridades e se dispõe a esperar por algo especial. Os brancos são quase salgados e, os tintos, cheios de taninos, quanto mais velhos, melhores ficam. Vale a visita à Adega Regional de Colares para conhecer mais sobre esse fenômeno.
Carcavelos | Igualmente raro e precioso, esse fortificado é ideal para beber como um digestivo suave após uma refeição especial. Elaborado com uvas Trincadeira, Galego-Dourado, Espadeiro e Negra Mole, a arte de produzi-lo é conhecida desde os tempos em que o próprio Marquês de Pombal o fazia. Seu aroma aumenta conforme seu envelhecimento. Devido ao tempo de estágio obrigatório em vasilhame e em garrafa para adquirir suas características, sua produção está paralisada há alguns anos. Mesmo assim, é possível conhecê-lo na Confraria em Oeiras, onde ainda é comercializado.
Bucelas | Um dos vinhos portugueses mais antigos e conhecidos internacionalmente, este branco leve e frutado, conseguido por meio da casta Arinto, tem um aroma único, próximo dos Riesling alemães. Perfeito para beber fresco numa tarde quente. Grandes nomes da literatura nacional e internacional, como Eça de Queirós, William Shakespeare, Charles Dickens e Lord Byron, referiam-se a ele com entusiasmo. Acredita-se que suas vinhas existam desde a ocupação romana, há 2200 anos, e, com toda essa experiência em cultura de vinhos, oferece um sabor único que, contestado ou não, deve ser provado bem fresco, de preferência depois de uma visita ao Museu do Vinho e da Vinha de Bucelas.
Ginjinha | Bebida típica de Lisboa, este licor doce feito de cerejas ácidas pode ser bebido de acordo com o gosto do freguês: de manhã, à tarde ou à noite, gelado, fresco ou natural, com ou sem fruta. A medida é pequena, mas suficiente para aquecer a alma. Vale a pena percorrer as várias “tasquinhas” que se tornaram ponto de parada obrigatório nos bairros tradicionais da cidade para provar — e se surpreender — com licores de todos os tipos de produção e proveniência.
Sobre a Associação Turismo de Lisboa (ATL) | Fundada em 1998, a ATL é uma organização sem fins lucrativos constituída através de uma aliança entre entidades públicas e privadas que operam no setor do turismo. Atualmente conta com cerca de 900 associados, tendo como principal objetivo melhorar e incrementar a promoção de Lisboa como destino turístico e, consequentemente, aprimorar a qualidade e competitividade.
Informações:
https://www.instagram.com/visit_lisboa/
https://www.facebook.com/visitlisboa.
(Fonte: Mestieri Public Relations)