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“Caronte Monte Cabrão”, do artista visual Maurício Adinolfi, evoca transformações sociais das comunidades litorâneas e as tensões climáticas atuais no SESC Santos

Santos, por Kleber Patricio

Imagens: divulgação.

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do estado de São Paulo, por meio do ProAC Direto, apresenta a exposição “Caronte Monte Cabrão”, do artista visual Maurício Adinolfi. A exposição apresenta no Sesc Santos a mais recente obra do artista, um vídeo realizado no Monte Cabrão, mais precisamente no canal de Bertioga, onde o artista desenvolveu uma instalação site specific constituída por uma balsa, um guindaste e um barco suspenso, conectado por mangueiras e uma bomba d’água, que faz despejar constantemente um fluxo de água retirada e recolocada no rio.

Essa ação performática aconteceu em outubro deste ano numa temporada de chuva ininterrupta e alta maré e teve como ponto escolhido o Monte Cabrão, bairro histórico da área continental de Santos com forte presença caiçara e cortado por rios, mangues, a fauna e flora da Mata Atlântica na Serra do Mar e muito próximo ao porto marítimo de Santos.

Esse local estratégico guarda informações e contextos específicos ligados à pesquisa e atividade artística de Maurício Adinolfi com a construção naval, as transformações sociais das comunidades litorâneas e as graves mudanças ambientais, frutos da ação humana e foco de sua ação nos últimos 15 anos na cidade, com instalações, mostras e trabalhos em comunidades como o dique da Vila Gilda e a Ilha Diana.

Sobre o artista

Maurício Adinolfi nasceu em 1978, em Santos-SP. Vive e trabalha entre São Paulo e Santos. Artista visual, possui graduação em Filosofia. Doutor em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da Unesp, com intercâmbio e residência artística na Escola Superior de Educação, pelo Instituto Politécnico do Porto, em Portugal, sua pesquisa e prática artística desenvolveram-se a partir da experiência com a construção naval e as comunidades litorâneas em diferentes contextos. Abordando situações críticas decorrentes das transformações sociais dessas comunidades, Adinolfi fez da pintura e do uso da madeira como suporte, o mote para a aproximação com outros profissionais, a viabilização de trabalhos colaborativos e de intervenções urbanas das mais distintas escalas em diversas regiões do Brasil e do exterior.

Em 2014, ganhou o Prêmio Funarte de Arte Contemporânea. Dentre suas diversas exposições individuais e coletivas destacam-se, em 2021, a realização da instalação “Caronte Sete Voltas” no Beco do Pinto, Museu da Cidade, São Paulo/SP e, em 2019, a exposição “Cavername” no Museu Nacional Soares dos Reis, Porto/PT. Suas obras integram importantes coleções institucionais como Museu de Arte do Rio (MAR) e Coleção da Cidade, Centro Cultural São Paulo (CCSP). www.mauricioadinolfi.com

Serviço:

Exposição “Caronte Monte Cabrão” do artista visual Maurício Adinolfi – 3 vídeos e 1 curta-metragem

Visitação: 28/11 – 20/12/2023 – terça a sexta, 9h às 21h30; sábado e domingo, 10h às 18h30

Local: Sesc Santos – Rua Conselheiro Ribas, 136 – Aparecida – Santos – São Paulo – SP

Site: https://www.sescsp.org.br/unidades/santos/

Fone: (13) 3278-9800

Valor: gratuito

Redes sociais:

Maurício Adinolfi @mauricioadinolfi

Sesc Santos @sescsantos

Raoni Maddalena @raonimaddalena

Priscyla Gomes @priscyla

Luciara Ribeiro @luciribeir0

Márcio Freitas @marciojfreitas.

(Fonte: Marmiroli Comunicação)

Entre arte e tradição: a profunda jornada nos presépios do Museu de Arte Sacra de São Paulo

São Paulo, por Kleber Patricio

Presépio napolitano. Fotos: divulgação/MAS.

O Museu de Arte Sacra de São Paulo – MAS.SP anuncia a exposição “As Tradições nos Presépios do Museu de Arte Sacra de São Paulo”, uma cuidadosa exploração da rica coleção que integra o destacado acervo da instituição, reconhecido como uma das mais expressivas compilações do gênero no país. A mostra não se limita apenas a conjuntos escultóricos, mas inclui cenas pictóricas, ampliando a representação do nascimento de Jesus por meio de 50 diferentes cenas da natividade, possibilitando uma experiência imersiva nas raízes culturais e artísticas que permeiam essa tradição secular. Aberta ao público desde 2 de dezembro, a mostra convida o público a explorar as diferentes facetas dessa expressão artística única, revelando as diversas formas como o nascimento de Jesus foi interpretado ao longo do tempo e em diferentes culturas.

“‘As Tradições nos Presépios do Museu de Arte Sacra de São Paulo’ propõe uma abordagem museológica que busca ampliar a compreensão da temática, destacando não apenas as peças em si, mas também a construção e representação do nascimento de Cristo ao longo dos séculos. Originada na Europa medieval, a tradição de montar presépios emerge como uma expressão singular da religiosidade popular, fundindo saberes artísticos e fazeres artesanais. Os presépios não são apenas objetos de contemplação individual, mas também manifestações artísticas destinadas à apreciação coletiva, transmitindo de forma viva e contínua a memória cultural de geração em geração.

Presépio nigeriano.

Ramon Vieira, coordenador da mostra, enfatiza a importância da tradição presepista afirmando: “Os presépios são testemunhas vivas da memória cultural, transmitindo conhecimentos, competências e habilidades ao longo dos séculos, de pais para filhos, de avós para netos.”

A seleção meticulosa dos conjuntos em exibição e o recorte específico do acervo foram guiados pelo compromisso de apresentar as tradições presepistas que moldaram essas obras. A diversidade de representações, influenciada pela origem e localidade, é um aspecto fundamental da exposição, destacando a riqueza e a vitalidade dessa tradição ao longo do tempo.

“As Tradições nos Presépios do Museu de Arte Sacra de São Paulo” vai além da cena da Natividade, incorporando elementos folclóricos, pequenas caixas, lapinhas, miniaturas e figuras que enriquecem a narrativa do nascimento de Jesus. Destacam-se presépios de origem oriental, como Japão, além do Zimbábue e da Nigéria, que carregam consigo elementos marcantes de suas civilizações. Adicionalmente, avultam as tradições portuguesas e italianas, que exerceram influência na forma como os presépios são montados no Brasil e na América Latina.

Presépio – Cena chinesa.

O conceito curatorial percorre desde o modelo moderno difundido por São Francisco de Assis na cidade de Greccio, até as singularidades regionalistas internacionais (italianas, portuguesas e espanholas) e nacionais (baianas, mineiras, paulistas, cariocas, cearenses), caracterizando e distinguindo os presépios existentes no acervo do MAS.SP.

O museu | O Museu de Arte Sacra de São Paulo, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, é uma das mais importantes do gênero no país. É fruto de um convênio celebrado entre o Governo do Estado e a Mitra Arquidiocesana de São Paulo, em 28 de outubro de 1969, e sua instalação data de 29 de junho de 1970. Desde então, o Museu de Arte Sacra de São Paulo passou a ocupar a ala do Mosteiro de Nossa Senhora da Imaculada Conceição da Luz, na avenida Tiradentes, centro da capital paulista. A edificação é um dos mais importantes monumentos da arquitetura colonial paulista, construído em taipa de pilão, raro exemplar remanescente na cidade, última chácara conventual da cidade. Foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em 1943, e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Arquitetônico do Estado de São Paulo, em 1979. Tem grande parte de seu acervo também tombado pelo Iphan desde 1969, cujo inestimável patrimônio compreende relíquias das histórias do Brasil e mundial. O Museu de Arte Sacra de São Paulo detém uma vasta coleção de obras criadas entre os séculos XVI e XX, contando com exemplares raros e significativos. São mais de 10 mil itens no acervo. Possui obras de nomes reconhecidos, como Frei Agostinho da Piedade, Frei Agostinho de Jesus, Antônio Francisco de Lisboa, o “Aleijadinho” e Benedito Calixto de Jesus, entre tantos, anônimos ou não. Destacam-se também as coleções de presépios, prataria e ourivesaria, lampadários, mobiliário, retábulos, altares, vestimentas, livros litúrgicos e numismática.

Serviço:

Exposição “As Tradições nos Presépios do Museu de Arte Sacra de São Paulo”

Coordenação: Ramon Vieira

Número de obras: 50 conjuntos

Técnica: pinturas, esculturas e objetos

Período: de 2 de dezembro de 2023 a 7 de janeiro de 2024

Horários: de terça-feira a domingo, das 9 às 17h (entrada permitida até as 16h30)

Local: Museu de Arte Sacra de São Paulo | MAS.SP

Endereço: Avenida Tiradentes, 676 – Luz, São Paulo (ao lado da estação Tiradentes do Metrô)

Estacionamento gratuito/alternativa de acesso: Rua Jorge Miranda, 43 (sujeito à lotação)

Tel.: (11) 3326-3336 | 99466-6662 – informações adicionais

Ingressos:

R$6,00 (Inteira) | R$3,00 (meia entrada nacional para estudantes, professores da rede privada e I.D. Jovem – mediante comprovação). Isenções: crianças de até 7 anos, adultos a partir de 60, professores da rede pública, pessoas com deficiência, membros do ICOM, policiais e militares – mediante comprovação. Gratuidade para todos os PCDs mais um acompanhante, todos os dias – grátis aos sábados.

Acessibilidade | Estacionamento com vaga exclusiva para deficientes e idosos, banheiro acessível e adaptado, rampa de acesso para cadeirantes na entrada do MAS, acessibilidade informacional com QR Code nas principais obras do acervo, acessibilidade física e comunicacional utilizando recursos multissensoriais como maquetes e peças táteis utilizadas pelo setor educativo, intérprete de Libras e profissionais bilíngues no atendimento de público, mediante agendamento, recursos digitais no site do museu, com a utilização de caracteres ampliado, Libras e trilíngue, audiodescrição.

Mídias Digitais:

Site: www.museuartesacra.org.br

Instagram: https://www.instagram.com/museuartesacra/

Facebook: https://www.facebook.com/MuseuArteSacra

YouTube: https://www.youtube.com/MuseuArteSacra

Google Arts & Culture: https://bit.ly/2C1d7gX.

(Fonte: Balady Comunicação)

Restaurante de inspiração alemã em Campos do Jordão oferece menu degustação de 9 tempos

Campos do Jordão, por Kleber Patricio

Situado dentro do Ort Hotel, Küche oferece viagem culinária com menu de 9 tempos. Fotos: divulgação.

Que Campos do Jordão é um dos lugares mais “europeus” do Brasil todos já sabem. Além de ser a cidade mais alta do país e a mais fria de São Paulo, conta com uma arquitetura típica alemã e é super conhecida pelo amplo oferecimento de fondues. Mas a gastronomia jordanense não para no típico prato francês. Muito comumente, os turistas que pisam na cidade esquecem que, além de inspirar a arquitetura local, a cultura alemã também tem deliciosas contribuições gastronômicas para a região. Um dos poucos representantes dessa culinária na cidade é o Küche, requintado restaurante localizado nas dependências do Ort Hotel, que abriu em 2021 e oferece uma variedade de pratos inspirados na Europa Oriental com um toque de brasilidade.

Além de clássicos como a Gefüllte Aubergine e o Kassler, alguns pratos também trazem ingredientes típicos da região: a Ritzelsuppe do Küche, por exemplo, tem sua base de pinhão, e o Knödel conta com queijos típicos da Serra da Mantiqueira.

O Wiener Schnitzel.

Um dos carros-chefes do sofisticado restaurante, contudo, é seu menu degustação de 9 tempos, uma ótima pedida para aventureiros gastronômicos e todos que desejem explorar um pouco de tudo de melhor que a casa gastronômica tem a oferecer. Os pratos, servidos em versões menores, permitem que o cliente prove uma variedade muito maior de sabores e texturas. Alguns deles, como o clássico Wiener Schnitzel, são finalizados na mesa, proporcionando uma experiência interativa e envolvente. A variedade também dá oportunidade para harmonização com vinhos, experiência também oferecida pelo Küche, o que faz do menu degustação um delicioso momento repleto de sabores.

O restaurante adapta e reinventa o menu sempre que alguém tem restrições ou pedidos especiais, como o público vegetariano, por exemplo. “Queremos que o menu degustação seja uma experiência muito pessoal. Por isso, fazemos questão de adaptar e preparar de acordo com os gostos do cliente que o pede”, destaca o chef Edmar Mendonça, responsável pelas criações gastronômicas do Küche.

Outro destaque do menu de 9 tempos é a utilização de ingredientes frescos e locais para garantir a excelente qualidade de cada prato. O restaurante mantém uma horta orgânica alimentada pela compostagem de resíduos do próprio restaurante dentro da propriedade do Ort, onde são plantadas e colhidas, diariamente, ervas, folhas e vegetais a serem usadas nos preparos. Além disso, muitos outros ingredientes, como pinhão e queijos típicos, vêm diretamente de agricultores e fornecedores da Serra da Mantiqueira. “A degustação desse menu exclusivo é o momento de apreciar um pouco de tudo do melhor que nossa cozinha tem a oferecer. É claro que é uma delícia apreciar cada pedaço de um prato completo, mas é uma experiência única poder provar de tudo, fazendo uma viagem por combinações tão diferentes”, ressalta o chef.

Para completar essa vivência gastronômica, cada prato do menu degustação é apresentado pessoalmente na mesa pelo chef Edmar Mendonça, que explica os sabores, combinações, texturas e processos.

O Schwarzwälder (Floresta Negra).

Para garantir uma experiência personalizada e memorável, é necessário fazer reserva antecipada para desfrutar do menu degustação de 9 tempos. Tanto hóspedes do Ort Hotel quanto visitantes podem solicitar esse menu exclusivo e desfrutar dessa vivência gastronômica excepcional.

Sobre o Berg Hotel Ort

Uma grande revitalização em 2020 transformou o espaço, construído em 1943, no luxuoso Hotel Ort para fomentar o turismo da região da Serra da Mantiqueira, em Campos do Jordão. Sua área de 40 mil m² conta com uma infraestrutura completa para receber hóspedes do mundo inteiro e oferece uma experiência única de lazer, wellness e gastronomia para toda a família.

Todas as 56 acomodações e as 7 Berg Haus de até 180m² possuem ambiente climatizado, piso do banheiro aquecido, aquecedor de toalhas, roupas de cama importada, televisores, frigobar e decoração contemporânea e requintada.

O complexo hoteleiro conta com dois restaurantes renomados: o Küche e a pizzaria ÔPA. O hotel ainda abriga o Bar Musik, sala de lareira, fireplace, Berg SPA, sala de leitura, indoor park climatizado, spielplatz ao ar livre, fazendinha, piscina, sauna, sala de ginástica, quadras de tênis e poliesportiva, sala de cinema, sala de snooker, além de uma extensa programação de lazer como: aulas de Yoga, Pilates, trilhas, mountain bike, passeios a cavalo, entre outros.

Serviço:

Endereço: Rua Eng. Gustavo Kaiser, 165, Vila Natal – Campos do Jordão/SP

Telefone: (12) 3668-9130/ (12) 9 9150-0888

Reservas: Site Hotel Ort | Instagram Hotel Ort.

(Fonte: Dezoito Comunicação)

Escola de Música do Ibirapuera abre inscrição para curso básico de música voltado a crianças entre 10 e 12 anos

São Paulo, por Kleber Patricio

Para participar do curso é necessário ter entre 10 e 12 anos, estar matriculado em uma escola e ter o desejo de aprender música, além de disponibilidade. Imagem: Escola de Música do Parque Ibirapuera – Divulgação/Urbia Parques.

A Escola de Música do Parque Ibirapuera acaba de abrir inscrição para o Curso Básico de Música para iniciantes e segue até o dia 15 de janeiro de 2024. No total são 30 vagas, direcionadas aos interessados com idades entre 10 e 12 anos regularmente matriculados em uma escola e com desejo de aprender música e com disponibilidade de tempo no contra turno escolar.

O módulo básico do curso tem duração de três anos, distribuídos em seis semestres. As aulas terão início em 21 de fevereiro de 2024 e serão ministradas nos períodos manhã e tarde, às quartas-feiras e sábados, no primeiro semestre do curso. Aulas de Apreciação Musical, Teoria, Rítmica, História da Música e Musicalização integrarão o aprendizado dos estudantes.

O processo de inscrição é composto por três etapas obrigatórias: inscrição, entrevista e avaliação inicial e realização da matrícula. O primeiro passo é preencher a ficha de inscrição on line até o dia 15 de janeiro de 2024. Todos os estudantes que cumprirem os critérios de idade e matrícula escolar regular serão chamados para a segunda etapa, que ocorrerá no período de 29/1 a 2/2/24, para a entrevista inicial. Nesta etapa, o estudante realizará exercícios simples de ritmo e coordenação motora para avaliação.

Os estudantes aprovados na segunda etapa seguem para a terceira fase, até o limite de 15 estudantes, correspondente ao número de vagas oferecidas em cada turno. Se houver um número maior de estudantes aprovados do que aquele de vagas oferecidas, será criada uma lista de espera.

E a última etapa acontece entre 15 e 19/2/24 com a apresentação dos documentos necessários à matrícula (comprovantes de matrícula escolar, de vacinação e de endereço e documentos pessoais). Se houver alunos convocados para a terceira fase que não consigam apresentar todos os documentos solicitados, as vagas serão preenchidas por novas convocações de alunos aprovados na segunda etapa e em lista de espera. Para dúvidas ou mais informações, os candidatos podem enviar e-mail para escolademusica@urbiaparques.com.br.

Por dentro da Escola de Música do Parque Ibirapuera

A Escola de Música do Parque Ibirapuera é um importante centro de educação musical localizado em São Paulo. Oferece uma ampla variedade de cursos e atividades para crianças e jovens, proporcionando uma formação musical de qualidade e estimulando a expressão artística. Com uma equipe de professores altamente avançados e uma estrutura de ponta, a escola é reconhecida por sua excelência no ensino da música.

O espaço oferece uma excelente estrutura, com salas de aula e estúdios projetados para proporcionar conforto acústico e estimular a criatividade musical. O ambiente foi cuidadosamente planejado para garantir a melhor experiência de aprendizado aos alunos.

(Fonte: Urbia Parques)

Mudanças climáticas: relatório indica pontos de não retorno em todo o mundo, inclusive colapso da Amazônia

Amazônia, por Kleber Patricio

Colapso da Floresta Amazônica provocado pelas mudanças climáticas pode ter efeito dominó sobre outros sistemas ecológicos. Foto: Cecilia Bastos/USP Imagens.

As mudanças do clima têm produzido impactos em diferentes regiões do mundo, e mitigar seus efeitos tem sido um dos principais desafios globais. Em relatório inédito lançado na terça-feira (5), uma equipe internacional de mais de 200 pesquisadores coordenada pela Universidade de Exeter aponta que as atuais medidas das governanças globais não têm sido suficientes para travar a crise climática e ecológica.

Os cientistas avaliaram 26 pontos de não retorno, incluindo a Amazônia. Pontos de não retorno são limiares que, se ultrapassados, desencadeiam uma transformação muitas vezes rápida e irreversível nos ecossistemas, com efeitos positivos ou negativos. Assim, mesmo uma mudança aparentemente pequena pode disparar uma grande transformação na configuração de determinadas regiões do planeta. Por exemplo, limiares de aquecimento global, chuva regional e desmatamento caracterizam pontos de não retorno que, se cruzados, causariam a perda da capacidade da floresta amazônica de se autorregenerar.

No documento, são apontadas seis recomendações para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, incluindo a eliminação gradual dos combustíveis fósseis e de emissões de gases de efeito estufa até 2050 e a promoção de esforços em cada país para combater as mudanças climáticas. Com o aquecimento global a caminho de ultrapassar 1,5°C, é provável que sejam desencadeados pelo menos cinco pontos de ruptura do sistema terrestre – incluindo o colapso de grandes mantos de gelo e a mortalidade generalizada dos recifes de coral de águas quentes.

Dentre os cientistas que produziram o relatório estão os brasileiros Marina Hirota e Bernardo Flores, ambos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que contribuíram com apontamentos em relação à Amazônia. Segundo Hirota, já é possível identificar um aumento de 2 a 4 graus Celsius na temperatura global. “Se continuarmos como estamos, a mudança de temperatura global afetará o regime de chuvas e de temperatura regionais na Amazônia de uma forma que ficará insustentável ter floresta”, enfatiza a pesquisadora. Segundo a brasileira, “mesmo que as emissões de carbono ou o desmatamento fossem zerados neste momento, por exemplo, ainda teríamos impactos relevantes na Amazônia”.

De acordo com o documento, a velocidade da eliminação progressiva dos combustíveis fósseis e o crescimento de soluções com zero emissões de carbono determinarão o futuro de milhões de pessoas. “Estamos em um momento no mundo crucial para mudar a trajetória socioeconômica do nosso planeta, já que as nossas escolhas têm impacto nos ecossistemas do mundo, inclusive nos do Brasil”, afirma Hirota.

O relatório aponta que, sem medidas urgentes para minimizar os efeitos das mudanças do clima, as sociedades ficarão sobrecarregadas, à medida que o mundo natural se desintegra. De acordo com o chefe de Ciência, Mudança de Dados e Sistemas do Bezos Earth Fund, Kelly Levin, “as mudanças climáticas definem o nosso tempo. É essencial que façamos avançar a ciência sobre os pontos de ruptura globais para enfrentar as ameaças e oportunidades que se avizinham”.

(Fonte: Agência Bori)