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Lazer & Gastronomia

Indaiatuba

Cinco restaurantes de luxo no mundo com hortas próprias e menu “do campo para a mesa”

por Kleber Patrício

Em um mundo cada vez mais consciente da importância da procedência dos alimentos, a culinária ‘farm to table’ tem ganhado destaque, unindo ingredientes frescos e sazonais diretamente do campo para a mesa. Nessa jornada gastronômica, os sabores autênticos se encontram com a excelência culinária, resultando em experiências únicas e memoráveis. Confira aqui 5 sugestões no […]

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Sete anos da tragédia de Mariana

Mariana, por Kleber Patricio

Danilo Chammas e Carolina Campos no Parlamento Europeu. Fotos: divulgação.

Tendo completado 7 anos em 5 de novembro de 2022, a tragédia de Mariana ainda enfrenta morosidade e controvérsias no processo indenizatório e de reconstrução das vilas de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo. Os dois municípios foram totalmente devastados pela lama de rejeitos que se formou com o rompimento da barragem de Fundão, propriedade da Samarco, Vale e BHP Billiton, empresas cujos executivos responsáveis seguem impunes.

O que aconteceu em Mariana, matando 19 pessoas e um nascituro e poluindo as águas do Rio Doce, que chegaram sujas de lama de rejeitos de minério até o Oceano Atlântico, se tornou o maior desastre ambiental do Brasil. Mas não foi o suficiente para servir de “sirene de alerta” para evitar novas tragédias. Pouco mais de três anos depois, a barragem B1 da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, também se rompeu, matando 270 pessoas e dois nascituros e contaminando o Rio Paraopeba. Apesar do conhecimento do perigo iminente por parte de executivos da Vale e da certificadora alemã Tüv Süd, segundo apuraram investigações oficiais da Polícia Federal e do Ministério Público, as duas empresas nada fizeram para impedir o que se tornou o maior desastre humano do Brasil e a maior tragédia industrial do século 21.

Essas tragédias-crime fizeram do Brasil o país com o maior número de mortes nesse tipo de desastre. Para fazer ecoar no Brasil e no mundo que houve muita negligência envolvida nesses acontecimentos e exigir a punição dos responsáveis, em 2022 a Avabrum (Associação de Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem da Mina Córrego do Feijão em Brumadinho) tem intensificado suas ações de comunicação, com ajuda do Projeto Legado de Brumadinho* e de parceiros, como a Renser (Região Episcopal Nossa Senhora do Rosário), o Observatório Penal e o Instituto Cordilheira.

Voz na Europa

Durante o mês de outubro, o advogado Danilo Chammas, presidente do Cordilheira, e a coordenadora de projetos da organização, Carolina de Moura Campos, estiveram na Europa, levando a voz da Avabrum a importantes redutos promotores do bem-estar social, defesa dos direitos humanos e da preservação do meio ambiente.

Carolina Campos no Parlamento Europeu.

Em 10 de outubro, Danilo e Carolina participaram de uma sessão na Comissão de Direitos Humanos do Parlamento Europeu, na Bélgica, na qual homenagearam as 272 vítimas de Brumadinho com uma faixa com as fotos dos entes queridos estendida no local da reunião. Em suas exposições, Chammas e Carolina denunciaram os impactos sociais, ambientais e as violações de direitos humanos causados pelos rompimentos em Mariana e em Brumadinho, além de outros empreendimentos de mineração em Minas Gerais.

“Existem em Minas Gerais dezenas de complexos minerários com centenas de barragens de rejeitos. E estas barragens se tornaram um terror. As vidas nas nossas cidades foram brutalmente atravessadas pela irresponsabilidade da segunda maior mineradora do mundo, que é a Vale. A gente faz um apelo para vocês avaliarem o envolvimento das empresas do norte global e dos governos em toda cadeia de valor das matérias-primas consumidas. Não comprar e não financiar empresas que violam direitos, que colocam em risco a segurança hídrica e que contribuem para o agravamento da crise climática”, afirmou Carolina.

Já no dia 18/10, em Berlim, Danilo Chammas participou de um dos principais eventos que trata da gestão de matérias-primas da Europa, o Rohstoffgipfel Berlin ’22 (Cúpula das Matérias-Primas Berlim ‘22, em tradução livre). Na roda de conversa “Conformidade com Direitos Humanos e Padrões Ambientais em Cadeias de Suprimentos de Commodities”, Chammas afirmou: “Esperávamos que esse caso [Brumadinho] fosse um divisor de águas e, já não sendo a primeira vez, muito poderia se mudar. Infelizmente não é essa a realidade. Nós temos hoje cerca de 40 barragens de rejeitos oficialmente consideradas de risco no Brasil”.

Sobre a conscientização da sociedade a respeito da cadeia envolvida na indústria da mineração, ele afirmou: “Aqui na Europa sabemos que há autores envolvidos nessa cadeia e é muito importante que as autoridades, os cidadãos e cidadãs, se importem com essas questões. Há companhias que compram esse minério, que exportam, que dão certificados ambientais e bancos que financiam. No caso de Brumadinho, a gente tem o envolvimento direto da certificadora Tüv Süd, que atestou, poucos meses antes do rompimento da barragem, a estabilidade da mina. Por conta disso estamos tentando responsabilizar a empresa não só no Brasil, mas também aqui na Alemanha”.

Há duas ações contra a Tüv Süd ajuizadas em Munique – cidade sede da empresa – impetradas por escritórios brasileiros, representando familiares de vítimas e atingidos pela queda da barragem. Ambos os processos se encontram em fase de avaliação da corte alemã, após pronunciamentos de acusação e defesa.

O último evento do qual Danilo e Carolina participaram em outubro na Europa foi no dia 24, na 8ª sessão do Tratado de Vinculação da ONU, em Genebra, na Suíça. Eles estiveram na bancada da oratória geral da CIDE (Cooperação Internacional para o Desenvolvimento e a Solidariedade, em tradução livre), uma aliança internacional de organizações católicas.

Carolina fez questão de lembrar as quatro pessoas que ainda não foram encontradas sob a lama de rejeitos de minérios da barragem da Vale em Brumadinho, a forma brutal como as vítimas foram mortas e o descaso da Vale com os familiares após o ocorrido: “O que ficou claro para nós é que o que vocês chamam aqui de Meaningful Stakeholder Engagement [Engajamento Significativo das Partes Interessadas] não existe no nosso território, onde essas empresas de mineração atuam. Porque eles mentem, eles nos maltratam e os agentes de relação com a comunidade, o que fazem é dividir e perseguir as pessoas. Então está claríssimo que é fundamental que haja leis vinculantes, diretrizes de devida diligência, e tudo mais o que for possível para colocar um limite nessas empresas”.

A diretoria da Avabrum declarou que “é extremamente grata ao Dr. Danilo Chammas e à Carolina por levar nossa voz, nossa bandeira de luta por Justiça, Encontro e Memória das 272 vidas ceifadas pelas empresas reconhecidas mundialmente entre as maiores mineradoras do mundo (Vale) e uma das maiores certificadoras do mundo como a Tüv Süd, nestes eventos internacionais que falam sobre a defesa dos direitos humanos e da preservação do Meio Ambiente. A Vida é o bem maior e deve ser prioridade frente aos lucros e a todo desenvolvimento. Vidas não se reparam. Precisamos ecoar toda a tragédia-crime que iniciou com o negligenciamento da Vale e de seus empregados no monitoramento de riscos de ruptura da Barragem B1, deixando um rastro de destruição por onde a lama de rejeitos passou. Mesmo depois do desastre da barragem de Mariana, foram permissivos e permitiram a tragédia em Brumadinho, ainda mais agressiva com tantas mortes e famílias destruídas. Precisamos que Mariana e Brumadinho sejam exemplos de punição no âmbito da justiça nas alterações minerárias e que os investidores saibam que estão comprando minério contaminado com sangue, para que haja verdadeiramente uma mudança neste setor. A impunidade torna o crime recorrente”.

*Projeto realizado com recursos destinados pelo Comitê Gestor do Dano Moral Coletivo pago a título de indenização social pelo rompimento da Barragem em Brumadinho, em 25/1/2019, que ceifou 272 vidas.

(Fonte: LS Comunicação)

Caffè Siciliano promove Sicilian Day em dezembro

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação.

Subindo pela Rua Padre Vicente Rizzo, em Indaiatuba (SP), é possível avistar uma bandeira – não é a brasileira. Tremula no mastro instalado no estabelecimento de número 391 a estampa da Trinácria, que remete à forma triangular do território da Sicília. O desenho é o símbolo da encantadora ilha ao sul da Itália, e a referida bandeira, o marco de um reduto a exaltar sua cultura: o Caffè Siciliano. No próximo dia 10 de dezembro, o Caffè Siciliano sediará uma série de eventos que se propõem a propiciar experiências tipicamente sicilianas.

O denominado Sicilian Day terá três etapas. Na primeira, a partir das 10h, a proprietária do Caffè Siciliano, Amanda La Monica, estará preparando dois tipos de cafés especialmente para o evento: o espresso pistacchio (com creme de pistache) e o caffè corretto (com Sambuca, tradicional licor italiano). Morando no país da bota, Amanda trará os ingredientes diretamente da Sicília. Ela é barista sênior formada pelo renomado Coffee Lab, de São Paulo, e pela SCA Italy.

Fotos: divulgação.

Às 13h, o siciliano Enrico Cugnata ministra oficina de culinária em que ensinará como preparar o tiramisù típico da Sicília, à base de ricota. E a partir das 19h, será oferecido um happy hour com salames e queijos mundialmente famosos, trazidos diretamente da ilha, acompanhados por um refrescante Aperol. Todos os aperitivos serão preparados pela barista proprietária do Caffè Siciliano. “É uma oportunidade única de experimentar os sabores sicilianos”, enfatiza Amanda. “O objetivo é homenagear a Sicília, com a presença de um palestrante siciliano e produtos exclusivos.”

O Sicilian Day é patrocinado pela Brazilcafè, torrefação italiana com sede na Sicília e 49 anos de atividade. Todos os cafés preparados e servidos ao longo do evento terão o blend “amuri”, produzido pela Brazilcafè.

Serviço:

Sicilian Day no Caffè Siciliano

Endereço: Rua Padre Vicente Rizzo, 391, Vila Sfeir – Indaiatuba, SP

Data e horários: 10 de dezembro (10h às 12h: menu ampliado, com preparo de dois tipos de cafés típicos exclusivos; 13h às 15h: oficina culinária; 19h às 22h: happy hour com aperitivos sicilianos)

Ingressos para oficina de culinária e happy hour: clique aqui

Mais informações: (19) 99561-4785 (WhatsApp).

(Fonte: Caffè Siciliano)

Japan House São Paulo apresenta exposição “Tecnologia em Movimento por Xiborg”

São Paulo, por Kleber Patricio

Exposição “Tecnologia em Movimento por Xiborg” na Japan House São Paulo. Crédito das fotos: André Yamamoto.

Combinando os temas de esporte e tecnologia, a Japan House São Paulo apresenta a exposição “Tecnologia em Movimento por Xiborg” sobre iniciativas japonesas para a diversidade e inclusão por meio do trabalho de Ken Endo, engenheiro japonês que desenvolve tecnologia de ponta na área de próteses para corrida. Eleito “Jovem Líder Global 2014” pelo Fórum Econômico Mundial, Endo é fundador e CEO da Xiborg Inc., instituto que traz inovações ao segmento de lâminas para membros inferiores. Em cartaz até 26 de fevereiro de 2023, a mostra – que será a primeira no Brasil sobre seu trabalho – trará um panorama da área por meio de exemplares de lâminas, cronologia de seu desenvolvimento e vídeos, bem como a possibilidade de os visitantes exercitarem a empatia por meio da experimentação de uma prótese desenvolvida por Ken Endo. Dando continuidade à parceria iniciada ano passado por razão dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, a exposição conta com o apoio do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e patrocínio da Aubicon.

Localizada no segundo andar da instituição na Avenida Paulista e com curadoria do jornalista Marcelo Duarte, a mostra – gratuita – celebra as conquistas do designer de lâminas nas áreas de educação, esportes, engenharia e causas sociais. Entre os destaques, está um projeto no Laos, país do sudeste asiático, que permite que atletas locais compitam com próteses mais baratas projetadas e doadas por Ken Endo, além do programa de educação em escolas japonesas responsável por promover inclusão e empatia, possibilitando que alunos não amputados sintam na pele, por alguns minutos, como é usar uma prótese.

Blades criadas pela empresa Xiborg na Japan House São Paulo.

Parte deste programa em escolas japonesas é reproduzido na exposição, em horários específicos de terça a sábado, quando próteses especialmente criadas para que todos possam experimentar serão disponibilizadas para uso do público sob a orientação de equipe especializada. A exposição apresenta também depoimentos de atletas sobre a importância da prótese no desempenho da corrida, bem como vídeos sobre os projetos do engenheiro, como o Blade Runner Project, que trabalha para que um atleta com prótese alcance a marca de Usain Bolt, considerado o atleta mais rápido do mundo.

Outro destaque é a menção à Blade Library, criada em 2017 em Tóquio, que funciona como uma “biblioteca das próteses”, oferecendo locação de próteses por valores acessíveis. Um dos grandes projetos de Ken Endo, a Blade Library conta com especialistas que orientam sobre a colocação das próteses, além de um ambiente especial para que as crianças e os jovens possam brincar, correr e se divertir até encontrarem a prótese adequada às suas necessidades.

“Como o custo das próteses para corrida é muito alto, elas acabam ficando restritas a atletas de alta performance e que tenham condições financeiras para adquiri-las”, explica o curador. “Por isso, o importante trabalho de Ken Endo me chamou a atenção quando fiz a mediação de uma live com ele no ano passado. Fiquei fascinado com sua história e comprometimento em democratizar o acesso às próteses”, completa Marcelo Duarte. Ken Endo foi um dos participantes do projeto “Criadores”, série de lives realizada pela Japan House São Paulo para apresentar a cultura japonesa por meio dos esportes, que compreenderam as atividades paralelas à exposição “Lounge Esportivo: Tokyo 2020”.

Exposição “Tecnologia em Movimento por Xiborg” na Japan House São Paulo.

Atualmente, estima-se que 15% da população mundial tenha algum tipo de deficiência. Ao mesmo tempo, o esporte paralímpico vem ganhando visibilidade ano após ano. Tóquio, por exemplo, teve a maior edição dos Jogos em número de participantes com algum tipo de deficiência. Nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, o Brasil registrou a melhor campanha da história, com a conquista de 72 medalhas, terminando em sétima posição no ranking geral, sendo o atletismo e a natação as modalidades com mais vitórias. Ainda dentro deste cenário de aumento de visibilidade do esporte paralímpico, o Brasil tem a maior competição para crianças com deficiência em idade escolar: as Paralimpíadas Escolares. Criadas em 2009 pelo Comitê Paralímpico Brasileiro, contaram com mais de 900 atletas, de 25 estados, na edição do ano passado.

Diante deste panorama de inclusão, o trabalho desenvolvido por Ken Endo – nomeado para a lista do MIT Technology Review dos principais inovadores com menos de 35 anos (TR35) – é fundamental, conforme comenta Eric Klug, presidente da Japan House São Paulo: “Ken Endo desenvolve projetos admiráveis nos campos da engenharia, esportes, educação para a diversidade e causas humanitárias. O seu desejo e trabalho por um mundo mais inclusivo, feliz e cheio de oportunidades para todos é inspirador e traz uma mensagem de inegável otimismo para o Japão e para o Brasil”.

Exposição “Tecnologia em Movimento por Xiborg” na Japan House São Paulo.

Dentro de uma programação presencial especial com a participação do engenheiro, estão previstos eventos, encontros e palestras que proponham o intercâmbio de experiências e conhecimentos entre iniciativas brasileiras e japonesas.

Esta exposição dialoga com uma outra apresentada pela Japan House São Paulo, em 2018, a “Prototyping in Tokyo”, do engenheiro Shunji Yamanaka, que na ocasião exibiu o Rabbit Project (Projeto Coelho), próteses para corrida competitiva que buscavam via design a perfeita harmonia entre o humano e materiais artificiais. Dentro do programa JHSP Acessível, a mostra “Tecnologia em Movimento por Xiborg” ainda conta com recursos de audiodescrição, libras e bancada com elementos táteis.

Sobre Ken Endo

Pesquisador associado da Sony Computer Science Laboratories Inc. e CEO fundador da Xiborg Co. Ltd., Endo recebeu seu PhD como membro do grupo Biomecatrônico do Media Lab. Na Sony CSL, trabalha na tecnologia que reabilita e aumenta a capacidade física humana, como próteses e órteses. Foi nomeado para a lista do MIT Technology Review dos principais inovadores com menos de 35 anos (TR35) e escolhido como “Jovem Líder Global 2014” pelo Fórum Econômico Mundial. https://xiborg.jp/en/  | https://bladelibrary.jp/en/

Serviço:

Tecnologia em Movimento por Xiborg

Período: até 26 de fevereiro de 2023

Local: Japan House São Paulo – Avenida Paulista, 52 (2º Andar) – São Paulo, SP

Horários: terça a sexta, das 10h às 18h; sábados, das 9h às 19h; domingos e feriados, das 9h às 18h

Gratuito. Reserva antecipada (opcional): https://agendamento.japanhousesp.com.br/

A exposição conta com recursos de acessibilidade (Libras, audiodescrição, elementos táteis).

Experimentação das próteses na Japan House São Paulo

Período: terça à sexta-feira, das 11h às 12h30 e das 15h às 16h30 / sábados, das 11h às 12h30

Classificação: a partir de 8 anos (de 8 a 14 anos é obrigatório estar acompanhado pelos pais ou responsável)

Participação gratuita mediante retirada de senha na recepção 30 minutos antes da atividade.

A ação acontece na sala de experimentação em piso de absorção de impacto da Aubicon, patrocinadora da mostra.

Vagas limitadas.

Sobre a Japan House São Paulo (JHSP)

A Japan House é uma iniciativa internacional com a finalidade de ampliar o conhecimento sobre a cultura japonesa da atualidade e divulgar políticas governamentais. Inaugurada em 30 de abril de 2017, a Japan House São Paulo foi a primeira a abrir suas portas, seguida pelas unidades de Londres e Los Angeles. Estabelecida como um dos principais pontos de interesse da celebrada Avenida Paulista, a JHSP destaca em sua fachada proposta pelo arquiteto Kengo Kuma, a arte japonesa do encaixe usando a madeira Hinoki. Desde 2017, a instituição promoveu mais de trinta exposições e cerca de mil eventos em áreas como arquitetura, tecnologia, gastronomia, moda e arte, para os quais recebeu mais de dois milhões de visitantes. A oferta digital da instituição foi impulsionada e diversificada durante a Pandemia de Covid-19, atingindo mais de sete milhões de pessoas em 2020. No mesmo ano, expandiu geograficamente suas atividades para outros estados brasileiros e países da América Latina. A JHSP é certificada pelo LEED na categoria Platinum, o mais alto nível de sustentabilidade de edificações; e pelo Bureau Veritas com o selo SafeGuard – certificação de excelência nas medidas de segurança sanitária contra a Pandemia de Covid-19.

Confira as mídias sociais da Japan House São Paulo:

Site: https://www.japanhousesp.com.br

Instagram: https://www.instagram.com/japanhousesp

Twitter: https://www.twitter.com/japanhousesp

YouTube: https://www.youtube.com/japanhousesp

Facebook: https://www.facebook.com/japanhousesp

LinkedIn: https://www.linkedin.com/company/japanhousesp.

(Fonte: Suporte Comunicação)

Cia. Extemporânea apresenta “Dr. Anti” no SESC Ipiranga

São Paulo, por Kleber Patricio

Em cena, Regina Remencius, Letícia Calvosa, Mau Machado e Mariana Marinho. Fotos: Ligia Jardim.

“Dr. Anti”, novo trabalho da Cia. Extemporânea, com direção de Ines Bushatsky e João Mostazo, que também assina a dramaturgia, usa a mistura de gêneros – recurso já visto em outros trabalhos do grupo, como a comédia, o filme B, o terror e a farsa – para tratar de um assunto caro ao Brasil: as tensões que atravessam a sociedade hoje, em especial o problema do negacionismo. O espetáculo, está em cartaz até o dia 11 de dezembro, de sexta a domingo, no SESC Ipiranga.

A peça se passa durante um jantar, em uma casa da alta sociedade. Enquanto comem a salada e aguardam pelo prato principal, os seis personagens discutem sobre suas diferentes interpretações para a crise política e social dos últimos anos. Incapazes de chegar a um acordo, um dos convidados, o Dr. Anti – espécie de guru de uma seita –, propõe a realização de um pacto de sangue para sanar a crise do país.

“A peça é um retrato da ascensão ao poder da extrema direita e da união da elite no Brasil a esse conservadorismo”, diz o dramaturgo e diretor João Mostazo. “Essa união entre elite e extrema-direita é na verdade um pacto de violência, que nem sempre se percebe ou se assume como tal, mas que organiza a maneira de ver o mundo”, completa.

Em cena, Felipe Carvalho, Letícia Calvosa e Regina Remencius.

Em meio ao discurso negacionista, ao pseudo-cientificismo e ao pensamento conspiratório disseminado por gurus do pensamento conservador, os personagens não se chocam com a violência e o conflito central se passa em torno da suspeita de que a salada esteja envenenada.

“Vivemos em um cotidiano permeado por imagens e discursos de violência. Esses discursos muitas vezes podem trazer um fascínio que inebria as pessoas”, observa a diretora Ines Bushatsky. Na peça, o pacto permeia não apenas a dimensão da palavra, mas também da trilha sonora, luz e cenário, lançando mão de efeitos vindos do terror e do suspense. “É um pacto que não passa apenas pela razão, mas pelos afetos”, completa.

Marca do perfil do grupo, essas tensões são mostradas também por meio da comédia e do absurdo. “Nós partimos do pressuposto de que a maneira mais honesta e eficaz de capturar a estrutura social da violência é pela comédia. É um gênero sem possibilidade de redenção”, coloca Mostazo. “Não é um riso óbvio. A comédia, como gênero, tem uma estrutura de repetição e ruptura. Essa estrutura organiza a nossa própria realidade”, diz Bushatsky.

Mau Machado em cena.

O texto também traz, por meio da memória fragmentada das personagens, elementos dos eventos políticos relevantes dos últimos anos, das manifestações de 2013 ao impeachment de Dilma Rousseff, da ascensão do MBL à chegada das milícias ao poder com o bolsonarismo. “Os personagens vão mencionando pedaços da história recente de 2013, 2016, 2018 e 2022, mas são incapazes de construir uma narrativa coesa sobre o passado”, coloca a diretora.

Dramaturgia

“Dr. Anti” é o sexto espetáculo da Cia. Extemporânea e o quarto com texto original assinado pelo poeta e dramaturgo João Mostazo, autor de “Fauna fácil de bestas simples” (2015), “A demência dos touros” (2017), “Roda morta – uma farsa psicótica” (2018) e “CÃES” (2018).

Em sua dramaturgia, Mostazo mistura diferentes gêneros dramatúrgicos presentes na indústria cultural contemporânea, como o melodrama, o filme B, o seriado policial e a farsa. Ao mesmo tempo, lança mão de recursos como a ironia e o cinismo, aliados a momentos de sutileza e lirismo, para compor um retrato cômico e contundente da sociedade brasileira contemporânea.

Sobre a Cia. Extemporânea

A Extemporânea é um grupo teatral com sete anos de atuação na cidade de São Paulo. Realizou entre 2015 e 2020 as peças “Fauna fácil de bestas simples” (2015, dir. Pedro Massuela), “A demência dos touros” (2017, direção de Ines Bushatsky, dramaturgismo de Dodi Leal) e “Roda morta – uma farsa psicótica” (2018, direção de Clayton Mariano). Esta última, adaptada para o cinema, deu origem ao primeiro longa-metragem com realização e produção da companhia, “Rompecabezas” (realização de Dellani Lima e João Mostazo), que estreou no 15º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo em dezembro de 2020.

Além do longa, a companhia realizou o curta-metragem “Falso Filme”, dirigido por Bushatsky e Mostazo, que estreou na Mostra de Cinemas Possíveis de 2021. Em julho de 2021, a cia. estreou o espetáculo online “B”, de Beatriz Silveira e, em junho de 2022, “O mistério cinematográfico de Sendras Berloni”, ambos com direção de Ines Bushatsky e criados junto ao núcleo F de Falso, projeto artístico-pedagógico da companhia voltado à criação de montagens inéditas.

Sinopse | Seis personagens da alta sociedade se reúnem para um jantar. Enquanto comem a salada e aguardam pelo prato principal, discutem sobre suas diferentes interpretações para a crise política e social dos últimos anos. Vendo que os presentes são incapazes de chegar a um acordo, um dos convidados propõe a realização de um pacto de sangue para sanar a crise do país.

FICHA TÉCNICA

Direção: Ines Bushatsky e João Mostazo

Texto: João Mostazo

Elenco: Ernani Sanchez, Felipe Carvalho, Letícia Calvosa, Mariana Marinho, Mau Machado, Regina Maria Remencius.

Atores substitutos: Tetembua Dandara

Cenário: Fernando Passetti

Luz: Aline Santini

Figurinos: Marichilene Artisevskis

Direção musical: Gabriel Edé

Artista visual: Lídia Ganhito

Contrarregra: Julia Tavares

Produção: Corpo Rastreado – Anderson Vieira

Criação: Cia. Extemporânea

Siga o Instagram da Cia Extemporânea: @aextemporanea.

Serviço:

Dr. Anti, da Cia. Extemporânea

SESC Ipiranga (R. Bom Pastor, 822 – Ipiranga, São Paulo (SP). Tel.: (11)3340-2000)

Duração: 75 minutos | 16 anos

De 12 de novembro de 2022 a 11 de dezembro de 2022

Temporada: sextas e sábados, às 21h, domingos e feriado (dia 15/11), às 18h

Valores: R$40,00 (inteira), R$20,00 (meia) e R$12,00 (credencial plena).

(Fonte: Canal Aberto Assessoria de Imprensa)

Museu de Arte Sacra apresenta exposição “Chico da Silva: Conexão Sagrada, Visão Global“

São Paulo, por Kleber Patricio

Chico da Silva, s/ título, 1983 – OST – 145 x 184 cm

O Museu de Arte Sacra de São Paulo – MAS/SP apresenta a exposição “Chico da Silva: Conexão Sagrada, Visão Global”, sob curadoria de Simon Watson e com cerca de 61 pinturas que perpassam temas recorrentes da visão do imaginário do artista, como peixes e pássaros fantásticos, além de criaturas míticas e dragões, já caracterizadas como visões vívidas e alucinatórias, enraizadas nas cosmologias amazônicas e que vão desde figuras folclóricas e espirituais até plantas e animais antropomórficos. “Com estilo incomparável, as obras de Chico da Silva, representado por criaturas em ambientes naturais luminosos, são conhecidas por trazerem uma conexão entre o sagrado e o natural”, diz o curador.

Francisco da Silva (1910-1985), conhecido como Chico da Silva, foi um artista brasileiro de ascendência indígena. No final da adolescência, deixou sua casa no Acre, na região amazônica, e mudou-se para Fortaleza (CE), onde morou o resto da vida. Desde cedo, Chico pintava criaturas fantásticas nas paredes das casas dos pescadores. Foi na década de 1940 que o crítico de arte suíço Jean-Pierre Chabloz conheceu sua obra visionária no Brasil e foi Chabloz, emigrante de uma Europa devastada pela guerra, quem primeiro introduziu Chico à pintura e ao papel. O crítico saudou as pinturas de Chico da Silva como pura manifestação da arte visual brasileira e, posteriormente, tornou-se um defensor das obras do artista.

Chico da Silva, s/ título, 1970 – OST – 64 x 80cm.

A vida de Chico da Silva foi uma complexa gangorra entre a fama internacional – celebrado na Bienal de Veneza de 1966 e além de inúmeras exposições pelo Brasil e pela Europa – e as lutas contra o alcoolismo e a instabilidade mental, que em certo momento exigiram uma longa internação. Em seus últimos anos, Chico da Silva viveu na fronteira dos sem-teto. Morreu em 1985, aos 75 anos, e nos anos seguintes à sua morte o reconhecimento de sua importante produção artística caiu na obscuridade.

Uma das características das obras de Chico da Silva é que seus desenhos e pinturas surgem de forma espontânea, no momento se sua criação, como involuntários impulsos de sua imaginação. O artista não teve de maneira formal nenhuma influência de outros estilos, muito menos de escolas de pintura. Seus traços, que no início eram feitos a carvão, impressionavam pela riqueza de detalhes e abstração. Eram dragões, peixes voadores, sereias, figuras ameaçadoras e de grande densidade e formas. Pintor de lendas, folclore nacional, cotidiano e seres fantásticos. “Por muito tempo suas pinturas foram depreciadas e tidas como arte popular simplória. No entanto, os tempos mudaram e, nos últimos anos, após uma pandemia global e o aumento da conscientização sobre a depredação do meio ambiente, as criaturas visionárias do universo fantástico de Chico da Silva nos revelam o poder absoluto e a maravilha de nosso planeta — tanto sua fauna como sua flora”, define Simon Watson.

Chico da Silva, s/ título, 1970 – têmpera s/ tela – 65 x 120 cm.

“Conexão Sagrada, uma Visão Global” exibe o imaginário de Chico da Silva com criaturas quiméricas que muitas vezes aparecem se devorando ou em posição de combate. “Este é um universo composto por cenas que mesclam fábulas e cosmologias populares amazônicas do norte e nordeste do Brasil, representando um pleno florescimento do traço sofisticado e das cores vibrantes usadas pelo artista, que remetem ao espírito interior das criaturas retratadas e de nós mesmos, espectadores humanos”, diz Watson. A galeria de entrada do museu traz uma instalação em estilo de salão, uma “piscina” das pinturas de peixes do artista, sugerindo uma imersão em um aquário. Em seguida, no espaço expositivo, as telas estarão divididas em dois temas: uma de criaturas míticas e outra de pássaros e outras criaturas aladas.

“No contexto de crise global, de devastação do planeta e distanciamento emocional das almas humanas, anestesiadas por distrações digitais, o público de hoje anseia por uma arte visionária que os ajude a lembrar da vitalidade do mundo natural que sustenta nossas vidas. A exposição ‘Chico da Silva: Conexão Sagrada, Visão Global’ incluirá um catálogo online de ensaios acadêmicos a ser publicado no início de janeiro de 2023” – Simon Watson.

Projeto LUZ Contemporânea

LUZ Contemporânea é um programa de exposições de arte contemporânea que se desdobra em eventos e ações culturais diversas, públicas e privadas. Desenvolvido pelo curador Simon Watson, o projeto atualmente encontra-se baseado no Museu de Arte Sacra de São Paulo. Nesse espaço, LUZ Contemporânea apresenta exposições temáticas de artistas convidados, de modo a estabelecer diálogos conceituais e materiais com obras do acervo histórico da instituição. Embora fortemente focada no cenário artístico brasileiro atual, LUZ Contemporânea está comprometida com uma variedade de práticas, cultivando parcerias com artistas performáticos e organizações que produzem eventos de arte.

Exposição “Chico da Silva: Conexão Sagrada, Visão Global”

Artista: Chico da Silva

Curadoria: Simon Watson

Período: de 13 de novembro a 8 de janeiro de 2023

Local: Museu de Arte Sacra de São Paulo | MAS/SP

Endereço: Avenida Tiradentes, 676 – Luz, São Paulo/SP (ao lado da estação Tiradentes do Metrô)

Estacionamento (entrada opcional): Rua Dr. Jorge Miranda, 43 (sujeito a lotação)

Tel.: (11) 3326-5393 – informações adicionais

Horários: de terça-feira a domingo, das 09 às 17h (entrada permitida até às 16h30).

(Fonte: Balady Comunicação)