No último dia 23 de abril 23 de abril, educação amazonense viveu um momento histórico


Manaus
Clássico da literatura brasileira de Nelson Rodrigues, “A Vida Como Ela É…” está de volta, agora em uma nova coletânea, com 25 histórias inéditas lançadas pela editora Nova Fronteira. O exemplar apresenta contos do autor publicados há cerca de 50 anos, na década de 1950, nas páginas dos jornais Última Hora e Diário da Noite, com uma breve retomada, em 1966, no Jornal do Sports. A pesquisa para este novo livro foi feita em 2012, no centenário do autor, quando a editora lançou cem novas histórias. Esta seleção especial, que conta com prefácio de Paulo Werneck, apresenta histórias com temas como ciúme, obsessão, dilemas morais, inveja, desejos desgovernados, adultério e morte.
As publicações de “A Vida Como Ela É…” começaram com uma coluna escrita por Nelson Rodrigues em jornais entre os anos de 1951 e 1962. As histórias rapidamente se tornaram um sucesso e tiveram diversas formas de publicação, incluindo a narração na Rádio Club, por Procópio Ferreira, e uma versão em revista com ilustrações. O jornal A Última Hora também viu um aumento significativo de circulação enquanto publicava as histórias. Mais tarde, a coluna se transferiu para o Diário da Noite, onde continuou a arrebatar os leitores.
A pesquisa realizada para chegar nessa nova edição envolveu um minucioso levantamento das crônicas já publicadas em coletâneas organizadas pelas editoras Nova Fronteira, Companhia das Letras e Ozon Editor. Além disso, cerca de 180 novos textos foram selecionados, incluindo os 25 que compõem esta nova coletânea.
Durante o trabalho de análise dos textos, a equipe teve que lidar com a peculiaridade do trabalho de Nelson Rodrigues, que, frequentemente, publicava seus textos às vezes sob títulos diferentes. Paulo Werneck exalta que a leitura dos novos textos será ótima para escritores e tradutores de ficção pela forma como Nelson brinca com as palavras. Além disso, ele fala sobre como os temas do autor parecem atemporais e pertinentes para a sociedade brasileira. “Além das tramas magnéticas, a coragem de quebrar tabus à luz do dia também é uma das forças da obra de Nelson Rodrigues, particularmente do ciclo ‘A vida como ela é…’, que desde o título anuncia a que veio. Essa lição continua valendo. Afinal, o Brasil de seis décadas atrás talvez não fosse muito mais moralista do que o de nossos dias”, afirma Werneck.
“A Vida Como Ela É…” costuma ser descrito pela crítica como um tesouro literário que continua a cativar gerações. Esta nova coletânea é uma oportunidade imperdível para os fãs do autor e para aqueles que desejam conhecer a obra de Nelson Rodrigues em sua forma mais autêntica.
Sobre o autor | Nelson Rodrigues (1912–1980) nasceu no Recife, mas se consagrou por produzir textos que têm como cenário o Rio de Janeiro. Ainda adolescente, começou a exercer o jornalismo, área em que se destacou como cronista e comentarista esportivo. Escreveu dezessete peças de teatro, além de contos e romances. Muitos de seus textos em prosa foram adaptados para cinema e televisão, o que reforça a vitalidade de sua obra e o interesse que ela desperta há várias gerações.
Detalhes do livro
Editora: Nova Fronteira – 1ª edição
Idioma: Português
Capa brochura: 160 páginas
ISBN-10: 6556407197
ISBN-13: 9786556407197
Dimensões: 23 x 1 x 15,5 cm
(Fonte: MNiemeyer Assessoria de Comunicação)
De 7 a 28 de janeiro, estará em cartaz no auditório do Sesc Pinheiros a peça infantil “Clara cor de um silêncio azul”. O espetáculo, da Trupe Teatro de Torneado, se inspirou no conto da autora brasileira de teatro infantil Maria Clara Machado. A escritora de “Pluft, o Fantasminha”, “A Bruxinha que era boa” e “O Cavalinho Azul” teve suas peças encenadas dentro e fora do Brasil.
“Clara cor de um silêncio azul” conta a estória de uma criança que adorava ir ao Rio de Janeiro assistir às peças do Teatro Tablado. Mas um dia, depois de assistir a uma sessão, a menina sofre um acidente em frente ao teatro, passando dias internada em um hospital. Ali, em coma, ela revive do seu jeito, em sua imaginação, histórias e personagens do Tablado.
Este é o décimo primeiro espetáculo da Trupe que, desde 2005, vem tornando à sua maneira ficções que permitem ao público vivenciar experiências sensíveis a partir de temas atemporais e presentes na sociedade. O dramaturgo William Costa Lima e sua companhia envolvem o público com a delicadeza que o tema merece, mesclando narrativa e música como elementos importantes dentro do espetáculo. Sob a direção musical de Gustavo Kurlat, o espetáculo é um convite para que o publique adentre o pensamento da personagem principal em coma, mostrando o quanto a imaginação é importante para mantê-la viva.
Teatro de Torneado | É uma trupe de artistas das artes cênicas concebida por William Costa Lima em 2005. Desde então, a trupe tem construído uma trajetória de caráter itinerante, circulando por diversas instituições públicas e privadas, centrais e periféricas da cidade de São Paulo e de sua região metropolitana. A trupe possui onze espetáculos em sua trajetória: “Menina de Louça” (2006), “Primavera” (2008), “Dias de Campo Belo” (2009), “Refugo” (2009) com texto de Abi Morgan, “O Girador” (2012), “Peter em Fúria” (2014), “Celofane” (2015), “Palpitação” (2016), “Do Ensaio para o Baile” (2017), “Incandescente” (2019) e “Clara Cor de um silêncio azul” (2021). O Teatro de Torneado já recebeu várias premiações em importantes festivais e tem sido contemplado em diversos editais (ProACs e Prêmio Zé Renato), sendo indicado também para o Prêmio Shell de Teatro 2015 na categoria Inovação e ao Prêmio Aplauso Brasil de melhor espetáculo para infância e juventude.
Ficha Técnica
Dramaturgia, direção, músicas: William Costa Lima
Produção Executiva: Jefferson Silva
Artistas criadores e elenco: Alexya Manente, De La Manncha, Letícia Carmona, Maira Sera, Marina Yohara, Sandro Dornelles e Thiago Andrade
Direção musical: Gustavo Kurlat
Criação musical e arranjos: Com Cervantes (Sandro Dornelles e De La Manncha).
Cenário: Alexya Manente e William Costa Lima
Iluminação: Letícia Carmona e William Costa Lima
Figurinos: Maira Sera
Designer de adereços e maquiagem: Lucas Gomes.
(Fonte: Sesc SP)
Você provavelmente já ouviu falar do Jalapão (TO), um dos destinos brasileiros mais desejados pelos turistas. Apesar da beleza natural inigualável que existe lá, os roteiros e a possibilidade de conhecer a região são, em sua imensa maioria, massificados, com grande parte do tempo rodando dentro de veículos 4×4 e com minutos contados nos fervedouros, que estão quase sempre lotados.
Para oferecer uma forma sustentável de conhecer o Jalapão, a Vivalá – Turismo Sustentável no Brasil lança uma expedição diferente de tudo que já existe. Durante o novo roteiro, o viajante poderá explorar um belíssimo destino brasileiro, com direito a uma total imersão cultural em uma comunidade quilombola e se reconectar com a natureza sem ficar horas dentro de caminhonetes e longe da muvuca de turistas. O lançamento da expedição acontece no Carnaval de 2024 e ainda conta com algumas vagas disponíveis.
O destino fica localizado a 315 km de Palmas, capital do Tocantins, e é um lugar que possui atividades de real imersão na natureza, além da possibilidade de observar lindas paisagens naturais, mas com conforto e sem exigir muito esforço físico, sendo democráticas e direcionadas a crianças, idosos e famílias completas.
As expedições têm como ponto de início e de fim o Aeroporto de Palmas. Já o principal local de exploração é o Parque Estadual do Jalapão, uma unidade de conservação para proteção integral da natureza que fica localizada no leste do estado do Tocantins, no limite com a Bahia, Piauí e Maranhão. É uma região com quase 160 mil hectares, lar de mais de 30 comunidades quilombolas e abundante em paisagens paradisíacas e águas cristalinas.
“Estamos falando de alguns dos destinos turísticos mais populares no Brasil, áreas de incrível beleza natural; porém, que carecem muitas vezes de um turismo realmente sustentável. Afinal, estar em meio à natureza não assegura a sustentabilidade; é crucial considerar conservação ambiental, neutralização de carbono e fatores sociais e financeiros, como respeito às populações locais e suas culturas. Na Vivalá, oferecemos experiências imersivas e autênticas, uma alternativa ao turismo convencional, evitando massificação, pontos turísticos lotados e vivências superficiais. Além de ser responsável e consciente, o Turismo Sustentável garante momentos transformadores e especiais para os viajantes”, destaca Daniel Cabrera, cofundador e diretor-executivo da Vivalá – Turismo Sustentável no Brasil.
O roteiro
Os roteiros disponíveis na Vivalá possuem duração de cinco ou seis dias, dependendo da data escolhida pelo viajante. O produtor de experiências Vivalá, Guilherme Cipullo, afirma que a viagem é de profunda imersão nas belezas naturais da região, ao mesmo tempo em que se vive uma imersão em uma comunidade quilombola. “O Jalapão é um destino de uma riqueza natural ímpar. Tem águas cristalinas e águas mornas, tem os famosos fervedouros e tem uma paisagem que é influenciada tanto pelo Cerrado quanto pela Caatinga. Mas o mais especial do nosso roteiro é que, além de tudo isso, a gente conseguiu fazer uma expedição sem pressa. Um roteiro em que a gente vai usar muito menos carro e fazer mais atividades ao ar livre, conhecer as trilhas usadas pelos povos de comunidades tradicionais que vivem lá e interagir com a cultura da região”, afirma.
As expedições da Vivalá têm como ponto de encontro Palmas, onde recomenda-se aproveitar para conhecer a Praia do Buriti ou ver o pôr do sol na Praia da Graciosa durante o primeiro dia. No segundo dia, após o café da manhã, é hora de conhecer o Jalapão. O trajeto até lá é feito em veículos 4×4, os únicos capazes de trafegar pelas estradas de areia da região. A primeira parada é no Cânion Sussuapara, logo após, o almoço e o descanso da tarde é na comunidade do Rio Novo, para então seguir até a comunidade Mumbuca, localizada no município de Mateiros, no Parque Estadual do Jalapão.
Já em Mumbuca, o terceiro dia se inicia com um café da manhã reforçado para seguir até a Cachoeira da Formiga e se refrescar nas águas. Em seguida, é hora da trilha, guiada por um morador local, que se encerra com um almoço. O retorno é pela trilha do Encontro das águas e com direito a banho no fervedouro. O dia se encerra com vivências culturais, sendo uma roda de chá com a Doutora, matriarca da comunidade, e a oficina de Capim Dourado, artesanato tradicional e que surgiu no Jalapão.
O quarto dia também inicia após o café, seguindo de carro para São Félix do Tocantins. Lá, os instrutores locais já esperam o grupo para um rafting nível dois no Rio Soninho. O almoço será por lá mesmo e o grupo poderá conhecer o Fervedouro Alecrim, considerado por muitos um dos mais lindos do Jalapão. O retorno acontece no fim da tarde e será hora de conhecer Santo, pioneiro do artesanato Buriti. Após o jantar, terá a visita noturna ao último fervedouro.
Quem optar pelo roteiro de seis dias terá ainda a oportunidade de vivenciar uma roda de viola de Buriti e Sanfona com os mestres Arnon e Domingos, além de descansar em redários, ativando o “modo quilombola”.
Faça sua viagem com propósito
A primeira saída será dia 9 de fevereiro e ainda há vagas. Os valores iniciam em R$3.610, para os roteiros de cinco dias, e pode ser parcelado em até oito vezes sem juros no cartão de crédito. O valor inclui hospedagens (hotel em Palmas no primeiro dia e pousada da comunidade durante o roteiro), três refeições diárias (do café da manhã do segundo dia até o café da manhã no último dia), transportes locais, todas as atrações do roteiro, seguro-viagem e time de facilitação e condução presente ao longo do roteiro. Não estão inclusas passagens aéreas até os pontos de encontro e compras pessoais. Para mais informações sobre as expedições para o Jalapão e outros destinos, acesse o link https://vivala.com.br/expedicoes/.
Sobre a Vivalá
A Vivalá atua no desenvolvimento do Turismo Sustentável no Brasil promovendo experiências que buscam ressignificar a relação que as pessoas têm com o Brasil, sua biodiversidade e comunidades tradicionais. Atualmente, a Vivalá atua em 22 unidades de conservação do país, contemplando os biomas da Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga, e trabalha em conjunto com mais de 700 pessoas de populações indígenas, ribeirinhas, quilombolas, sertanejas e caiçaras.
Com 14 prêmios e reconhecimentos nacionais e internacionais, a Vivalá tem a confiança da Organização Mundial do Turismo, ONU Meio Ambiente, Braztoa, Embratur, Aberta, Fundação do Grupo Boticário, Yunus & Youth, além de ter uma operação 100% carbono neutro e ser uma empresa B certificada, tendo a maior nota no turismo do Brasil e a 7ª maior em todo o setor de turismo no mundo. Até outubro de 2023, a Vivalá já realizou mais de 200 expedições e embarcou mais de 3 mil viajantes, além de ter injetado mais de R$3,5 milhões em economias locais por meio da compra de serviços de base comunitária e consumo direto dos viajantes. Para mais informações, acesse www.vivala.com.br.
(Fonte: DePropósito Comunicação de Causas)
O Museu da Imagem e do Som de Ribeirão Preto (MIS-RP) apresenta a exposição “Euclydes de Araujo Senna: O Príncipe Negro da Música Brasileira”, uma parceria com o MIS de São Paulo por meio do programa Conexões Museus SP do SISEM-SP. Com entrada gratuita, a mostra traz informações e materiais – muitos deles inéditos – do artista que é uma personalidade importante da região de Ribeirão Preto e figura chave para a música brasileira e sua difusão na América Latina.
A exposição tem como fio condutor a trajetória artística e pessoal de Euclydes de Araujo Senna, o Príncipe Negro, e reunirá um acervo de fotos do artista, além de um acervo documental preservado pelo MIS Ribeirão Preto. Os destaques incluem documentos doados pela viúva do músico, Gualberta Alcunha, e a partitura de uma de suas composições.
Resultado de uma curadoria compartilhada entre os dois museus, a exposição busca o fortalecimento da rede temática e da própria parceria já existente entre as instituições. A escolha de explorar a história de Euclydes visa estimular e tornar acessível o conhecimento sobre sua obra, além de preservar a memória de um importante personagem local e explorar a memória do chorinho no estado e na região.
Sobre o Príncipe Negro
Considerado o maior divulgador do samba e da música popular brasileira na América Latina, mesmo com a circulação e destaque internacional do seu trabalho e carreira, a trajetória do Príncipe Negro ainda é pouco conhecida no Brasil e na região de Ribeirão, cidade que sempre amou e para qual sempre retornou.
Músico polivalente, além de maestro, dançarino e cantor, Euclydes de Araujo Senna destacava-se especialmente ao empunhar o saxofone como seu instrumento principal. Desempenhou um papel pioneiro ao promover a música brasileira na América Latina, em especial o samba e o choro, feito em paralelo ao impacto de Carmen Miranda na América do Norte. No entanto, a história relegou Euclydes ao esquecimento e sua trajetória não alcançou a mesma grandiosidade de Carmen, sendo afetada por diversos fatores, inclusive o persistente preconceito racial.
Reconhecido precocemente aos 16 anos por ninguém menos que o mestre Pixinguinha, nos anos 1920 embarcou em uma jornada pelo mundo, compartilhando sua arte e conquistando prestígio e prêmios por onde passava. Ganhou o apelido de Príncipe Negro no México ao conquistar o terceiro lugar em um importante concurso internacional de saxofones, um título e apelido que carregaria consigo para sempre.
Serviço:
Euclydes de Araujo Senna: O Príncipe Negro da Música Brasileira
Local: MIS-RP | Rua Cerqueira Cesar, 371, Centro – Ribeirão Preto (SP)
Duração: até 26/4/2024 (recesso de 22/12/2023 a 8/1/2024)
Horários: terças a sextas, das 9h às 12h e das 14h às 17h
Ingresso: gratuito
Classificação indicativa: livre
Esta exposição é uma realização do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, Sistema Estadual de Museus de São Paulo, Museu da Imagem e do Som de São Paulo, Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, Secretaria da Cultura e Turismo de Ribeirão Preto e Museu da Imagem e do Som de Ribeirão Preto.
(Fonte: Museu da Imagem e do Som)
Valdomira Maria Machado, a Miloca de Ourém (PA), criadora de mais de oitenta músicas, é uma das protagonistas apresentadas em ‘Mestras’.
O filme-documentário amazônida “Mestras”, que resgata composições, fazeres e histórias das chamadas “mestras da cultura popular”, estreia em breve no circuito dos festivais. A produção retrata mulheres que seguem produzindo, cantando, dançando e mobilizando comunidades em torno de tradições ancestrais, além de apresentar seu conhecimento e cultura para as novas gerações. Confira o teaser aqui.
A viagem documental e musical tem direção das artistas amazônidas Aíla e Roberta Carvalho (veja as biografias abaixo), que desenvolvem projetos pioneiros no intercâmbio entre a região norte e o restante do país, e estão sempre conectadas com pautas feministas em suas trajetórias.
“Desde que nasci, a minha história é contada por protagonistas mulheres. Fui criada por duas tias-avós e por minha mãe e isso sempre me conectou com o feminino como referência de força, coragem e inspiração. Quando imaginei esse documentário, me vi em busca de visibilizar mulheres que foram apagadas da história da música da Amazônia, da música brasileira, Mestras da música. E isso em algum lugar me fez relembrar as histórias das minhas matriarcas, que também são mestras da vida. Mulheres em busca de outras mulheres; isso por si só já é revolucionário, né?”, declara a cantora Aíla.
Cena de “Mestras”: produção apresenta mulheres amazônidas diretamente envolvidas com a propagação de sua cultura nas comunidades.
Compositora e diretora artística, Aíla também é responsável pela narração de “Mestras”. Ao contar histórias de sua mãe e avó, que partiu nas águas de uma Amazônia Atlântica pouco conhecida, e ao apresentar o próprio passado, presta reverência às mestras ancestrais da música e da vida, mantendo aceso este legado.
O documentário musical passeia por vertentes sonoras distintas da música do Pará – como o samba de cacete, com a Mestra Iolanda do Pilão, o boi, com a Mestra Miloca, e o carimbó, com a Mestra Bigica, do grupo Sereia do Mar. Em sua pesquisa, as diretoras mapearam diversas mestras da música do Pará, omitidas nos registros da música brasileira – o que reforça o quanto a história, de maneira geral, é contada por protagonistas homens, que pontificam em todos os setores, das artes à política. A cantora Dona Onete participa contando episódios significativos de sua história: ela gravou o primeiro disco aos 73 anos de idade e é hoje uma das referências da música paraense no Brasil e no mundo.
“As intervenções artísticas com projeção foram um elemento importante da narrativa. Projetar as imagens das Mestras em grande formato em suas cidades de origem foi uma forma de homenageá-las e de criar uma conexão emocional única entre suas histórias e o ambiente ao redor, imprimindo uma experiência visual e sensorial para o filme”, afirma Roberta Carvalho. “Ao iluminar os espaços com projeção das imagens das Mestras, o filme transcendeu as fronteiras da tela e mergulhou diretamente na relação com a comunidades dessas artistas, dimensionando suas formas, exaltando-as e simbolicamente erguendo monumentos vivos de suas existências fundamentais para nossa cultura”, completa.
Sobre Aíla
Aíla é uma das principais vozes da música contemporânea da Amazônia. Nascida na Terra Firme, periferia de Belém, é fundadora e diretora artística de festivais pioneiros na região norte, como o MANA, que destaca o protagonismo das mulheres no mercado da música, e o Amazônia Mapping, que integra intervenção urbana, música e artes visuais.
Em 2022, foi diretora musical da NAVE no Rock in Rio, que levou mais de 50 artistas amazônidas para o maior festival de música do mundo. Em 2023, assinou a direção musical, juntamente com Russo Passapusso, do espetáculo “Pororoca, um ato em defesa da Amazônia”, que aconteceu no Central Park, em Nova York (EUA), com transmissão pelo canal Multishow. Juntamente com a artista visual Roberta Carvalho, criou e assinou a direção artístico-musical da intervenção “Amazônia: uma Experiência Imersiva”, que aconteceu em Belém durante a Cúpula da Amazônia, que reuniu presidentes de vários países da Amazônia internacional, e posteriormente em uma reapresentação na COP 28, em Dubai, para chefes de estado do mundo todo.
Aíla traz diversidade e inovação na sua trajetória: é cantora, compositora, diretora artística e musical. Com letras de amor ou falas diretas, envoltas pela música popular feita nas “bordas” do país, a artista instiga e faz vibrar. Entre referências sonoras e visuais que mesclam Pará e o mundo, ela também ecoa reflexões necessárias para o agora, como questões de gênero e feminismo. Com três discos lançados, milhões de plays nas plataformas de streaming, suas turnês já circularam em palcos emblemáticos, como Rock in Rio e Coala Festival.
Sobre Roberta de Carvalho
Roberta desenvolve trabalhos envolvendo linguagens visuais, audiovisual e tecnológicas, transitando entre suportes como vídeo, filmes, vídeo clipes, intervenção urbana, projeção mapeada, realidades mistas, instalação e projetos interativos. Formada em Artes Plásticas pela Universidade Federal do Pará, foi vencedora do Prêmio Funarte Mulheres nas Artes Visuais. Suas obras integram os acervos do Museu de Arte Contemporânea Casa das 11 Janelas (PA), Museu de Arte do Rio (MAR) e Museu da Universidade Federal do Pará. Além de artista, sua poética abrange atuações como artista-curadora e diretora artística em projetos que envolvem artes visuais, tecnologia e questões sobre o território amazônico. É criadora do Festival Amazônia Mapping, um projeto pioneiro de arte e tecnologia no Brasil. No Rock in Rio 2022, foi diretora artística e curadora da NAVE, uma instalação imersiva que levou mais de 50 artistas amazônidas para o maior festival de música do mundo. Foi diretora artística, criativa e visual de experiências imersivas como Amazônia, em Belém do Pará e na COP 28 em Dubai, além do projeto Pororoca, uma ação artística e cultural sobre a Amazônia que aconteceu na Times Square e no Central Park, em Nova York.
Ficha técnica
Direção: Aíla e Roberta Carvalho
Roteiro: Aíla, Carol Mattos e Roberta Carvalho
Edição e montagem: Adrianna Oliveira
Direção de fotografia: Thiago Pelaes
Trilha Sonora : Jade Guilhon, Sara Moraes e Luiz Pardal
Realização: 11:11 Arte
Patrocínio: Natura.
(Fonte: Agência Lema)