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Sesc 24 de Maio recebe espetáculo ‘A Força da Água’

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Artur Bluz.

Nos dias 14 e 15 de junho, sábado e domingo, o Sesc 24 de Maio recebe o espetáculo ‘A Força da Água’, nova encenação do Grupo Pavilhão da Magnólia com dramaturgia e direção de Henrique Fontes. A peça propõe um mergulho crítico e poético na história da seca no Ceará, abordando desde as promessas imperiais de Dom Pedro até os campos de concentração e os tempos atuais, marcados pela desigualdade no acesso à água potável. As apresentações fazem parte da programação do projeto Palco Giratório 2025, em cartaz de 5 a 29 de junho em 14 unidades do Sesc na capital, Grande São Paulo e interior do estado. Mais informações: sescsp.org.br/palcogiratorio.

Com linguagem documental e humor ácido, o espetáculo lança luz sobre episódios apagados da história brasileira, conectando passado e presente ao revelar os interesses por trás da chamada “indústria da seca”. Em cena, relatos e documentos históricos revelam os mecanismos que perpetuam a negação do direito à água de qualidade. “Até quando aceitaremos? Quando deixaremos nossas águas transbordarem?”, questiona a montagem.

Sobre o Grupo Pavilhão da Magnólia

Criado há mais de 18 anos por jovens das periferias de Fortaleza (CE), o grupo soma 18 espetáculos e 12 esquetes em seu repertório, com mais de 900 apresentações realizadas em mais de 50 cidades brasileiras. Reconhecido pela potência cênica e pelo engajamento político de suas obras, o coletivo propõe uma arte pulsante, enraizada nas vivências do povo nordestino.

Sobre o Palco Giratório

Lançado em 1998, o Palco Giratório já contou com a participação de 412 grupos artísticos de todas as regiões brasileiras, oferecendo cerca de 10 mil apresentações a um público estimado em mais de 5 milhões de espectadores. É reconhecido no cenário cultural brasileiro como um importante projeto de difusão e intercâmbio das Artes Cênicas, que intensifica a formação de plateias a partir da circulação de espetáculos dos mais variados gêneros. Saiba mais em sesc.com.br/palcogiratorio.

Ficha técnica:

Elenco: Denise Costa, Eliel Carvalho, Jota Junior Santos, Nelson Albuquerque e Silvianne Lima

Dramaturgia e Direção: Henrique Fontes

Pesquisadora-colaboradora: Cydney Sergman

Direção de Movimento: Ana Claudia Viana

Oficina Rasaboxes: Julia Sarmento

Desenho de luz: Wallace Rios

Operação de luz: Jão Rios

Cenografia: Rodrigo Frota

Adereços: Beeethoven Cavalcante

Figurino: Ruth Aragão

Assistência de Figurino: Wendy Mesquita

Sonoplastia: Ayrton Pessoa Bob e Eliel Carvalho

Preparação Vocal: Thiago Nunes

Ilustrações: Raisa Christina

Designer Gráfico: Carol Veras

Fotos: Luiz Alves

Fotos projetadas e Edição de vídeo (DeepFake): Allan Diniz

Produção executiva: Som e Fúria Produções

Coordenação de Produção: Jota Jr. Santos e Silvianne Lima.

Serviço:

A Força da Água com Grupo Pavilhão da Magnólia

Datas: 14 e 15/6, sábado, às 19h e domingo, 18h

Local: Sesc 24 de Maio, Rua 24 de Maio, 109, São Paulo – 350 metros da estação República do metrô

Classificação: 14 anos

Ingressos: sescsp.org.br/24demaio ou através do aplicativo Credencial Sesc SP e nas bilheterias das unidades Sesc – R$60 (inteira), R$30 (meia) e R$18 (Credencial Sesc).

Duração: 70 min

Serviço de Van: Transporte gratuito até as estações de metrô República e Anhangabaú. Saídas da portaria a cada 30 minutos, de terça a sábado, das 20h às 23h, e aos domingos e feriados, das 18h às 21h.

Acompanhe nas redes:

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sescsp.org.br/24demaio

Sesc 24 de Maio

Rua 24 de Maio, 109, Centro, São Paulo

350 metros do metrô República

Fone: (11) 3350-6300.

(Com Meyre Vitorino/Assessoria de imprensa Sesc 24 de Maio)

São Paulo Companhia de Dança realiza apresentações no Teatro Sérgio Cardoso

São Paulo, por Kleber Patricio

O Lago dos Cisnes – II Ato, por Mario Galizzi – Crédito: Silvia Machado | Autorretrato, de Leliane Teles – Crédito: Iari Davies | dos SANTOS, de Alex Soares. Fotos: Iari Davies.

A São Paulo Companhia de Dança (SPCD) volta ao palco do Teatro Sérgio Cardoso para sua tradicional temporada de apresentações na casa. O espaço – que também é um equipamento cultural da Secretaria, gerido pela Amigos da Arte – receberá três programas distintos, que serão apresentados de 19 a 22 e de 26 a 29 de junho, e 3 a 6 de julho, compostos por obras que vão do clássico ao contemporâneo, e mostram a versatilidade do repertório da SPCD.

Além dos espetáculos, a programação inclui as já conhecidas atividades educativas, com espetáculos gratuitos, palestras e ações de acessibilidade, com audiodescrição das obras e intérprete de libras durante as palestras aos sábados. Os ingressos já estão à venda e podem ser adquiridos a partir de R$ 30 pelo site: https://spcd.com.br/ingressos/.

Programação 2025

Intitulada ‘Todos os mundos em nós’, esta temporada foi inspirada pelo poema de Adélia Prado ao celebrar a intensidade do ser humano, suas pluralidades e o equilíbrio entre profundidade emocional e criatividade.

“Eu sou composta por urgências: minhas alegrias são profundas; minhas tristezas, torrenciais”. (Adélia Prado – Poema Composição)

“Somos compostos por urgências, como Adélia Prado nos diz. Nossas alegrias profundas e tristezas torrenciais nos levam a explorar quem somos e o que carregamos dentro de nós. Nesta temporada, cada semana é parte do mosaico que revela a intensidade da existência humana – um convite a olharmos para dentro e encontrarmos os mundos que habitam em nós. A cada semana, “os mundos” que nos compõem se desdobram no palco, revelando as urgências da existência e a autenticidade de cada expressão artística”, conta Inês Bogéa, diretora artística da São Paulo Companhia de Dança.

Cada Olhar, de Henrique Rodovalho. Foto: Iari Davies.

As apresentações têm início em junho, quando a SPCD sobe ao palco do Teatro Sérgio Cardoso com três programas diferentes. De 19 a 22 de junho, o público confere O Lago dos Cisnes – II Ato’, por Mario Galizzi, a partir de Marius Petipa (1818-1910) e Lev Ivanov (1834-1901); Cada Olhar’, de Henrique Rodovalho; e a estreia de ‘be yourself – everyone else is already taken’, de Michael Bugdahn e Denise Namura.

Esta última propõe uma reflexão sobre identidade em um mundo globalizado. A coreografia explora a dualidade entre abundância e escassez, destacando a infinidade de informações acessíveis contrastada com a crescente escassez de recursos naturais e o enfraquecimento das relações humanas. A velha questão “De onde viemos e para onde vamos?” permanece relevante. A fusão de gêneros, o trânsito entre culturas e a construção de conexões fazem parte da identidade artística dos dois coreógrafos, que demonstram uma sensibilidade singular ao indivíduo e à poesia do cotidiano. Voltados para a dimensão humana da vida e da arte, eles propõem uma reflexão profunda sobre a existência e suas múltiplas facetas.

Já o segundo ato de O Lago dos Cisnes é um dos mais aclamados balés do mundo. Este ato mostra o encontro do príncipe Siegfried e da princesa Odete, na floresta. Da meia noite ao amanhecer, ela é a princesa da noite, uma criatura mágica e delicada, que o príncipe deseja amar e proteger. Durante o dia, a rainha dos cisnes: frágil, amedrontada e, ao mesmo tempo, corajosa e protetora do seu grupo. O feiticeiro Rothbart é um nobre e um pássaro. O príncipe que sai para caçar com seus amigos tem a elegância da nobreza. Essa obra marca a história da arte e encanta todas as gerações pelo seu tema e pela ligação entre a dança e a música.

Por fim, em Cada Olhar, Henrique Rodovalho traz o olhar de cada uma das sete bailarinas em palco, como cada uma se sente e se apropria diante deste singular momento de movimentos e música, construído, inicialmente, pelo olhar do coreógrafo. E a partir dessa construção, provocar o olhar de cada espectador, convidando-o a fazer suas próprias escolhas e criar suas impressões genuínas sobre este instante efêmero e intenso, que se desdobra diante dos seus olhos, diante de cada olhar.

Na semana seguinte, de 26 a 29 de junho, o público pode assistir a Autorretrato’, de Leilane Teles; dos SANTOS’, de Alex Soares e a estreia de ‘A Vingança do Flamingo’, de Carlos Pons Guerra.

Em sua primeira criação para a São Paulo Companhia de Dança, em A Vingança do Flamingo o espanhol Carlos Pons Guerra traz ao centro do palco uma história sobre beleza, resistência e desequilíbrio ambiental. Vistosos flamingos dominam a cena para expor, com ironia e lirismo, as tensões entre espetáculo e natureza. Inspirado por memórias da infância nas Ilhas Canárias, o coreógrafo transforma o palco em um espaço onde a vida selvagem performa para nos entreter — enquanto silencia, esgota e adoece.

“Quando Inês me convidou para pensar sobre a crise climática, voltei à minha infância, onde assistia a shows de flamingos — aves lindas, trazidas da África, treinadas para entreter humanos. Eles andavam de bicicleta, tocavam piano. Mas eu só conseguia pensar que eles deveriam estar voando. Isso me fez refletir sobre como estamos transformando o mundo natural em um circo — um espetáculo que nos serve, mas que tem consequências sérias”, conta o coreógrafo.

Com figurinos de Fernanda Yamamoto que evocam texturas e volumes inspirados nas plumagens, iluminação de Wagner Freire que alterna brilhos e sombras, e trilha sonora que flutua entre lirismo, vaudeville e exuberância, A Vingança do Flamingo é uma obra performática e profundamente sensível, que confronta a crueldade velada por trás do espetáculo e convida à empatia — com o planeta, com os animais, com tudo o que ainda pode resistir.

Autorretrato, de Leilane Teles – SPCD. Foto: Iari Davies.

Autorretrato – segunda criação de Leilane Teles para a São Paulo Companhia de Dança – é uma coreografia que reflete sobre a identidade brasileira e nossas influências ancestrais e foi inspirada em obras do acervo do pintor Cândido Portinari. A trilha sonora e o figurino complementam a narrativa, que contou com a consultoria indígena de Cristiane Takuá e Carlos Papá.

dos SANTOS, primeira obra de Alex Soares para a SPCD, é inspirada em uma cantiga do Brasil Colonial chamada ‘Matais de Incêndio’, uma canção simples e alegre associada a festividades religiosas cujo autor é desconhecido, datada por volta de 1700. A obra move, cruza e questiona identidades que ao longo do tempo ajudaram a lapidar a nossa rica e diversa cultura.

O terceiro e último programa, de 3 a 6 de julho, apresenta Les Sylphides (Chopiniana), por Ana Botafogo, a partir da obra de 1909 de Mikhali Fokine (1880-1942); Casa Flutuante, de Beatriz Hack e a estreia de Ataraxia, de George Céspedes.

Ataraxia é a primeira obra de Céspedes para uma companhia brasileira. Reconhecido por seu estilo singular, que combina dança com elementos geométricos e matemáticos, o coreógrafo — um dos grandes nomes da dança contemporânea global — desenha no palco grandes formas por meio do movimento coordenado de grupos de bailarinos, adicionando contrastes dinâmicos e emocionais à narrativa.

O nome da obra, Ataraxia, é uma palavra de origem grega que significa ausência de perturbação. No estoicismo, representa um conceito central: a dor não está na mudança, mas na resistência a ela. Busca-se, assim, um estado de serenidade imperturbável, no qual a mente se mantém equilibrada diante das adversidades. A iluminação enfatiza a precisão dos movimentos e intensifica as atmosferas criadas, amplificando as emoções. Já os figurinos, inspirados na moda urbana, dialogam com a contemporaneidade, proporcionando liberdade de movimento e expressão individual, além de reforçar o caráter vibrante e dinâmico da obra.

Les Sylphides (Chopiniana), por Ana Botafogo. Foto: Charles Lima.

O clássico Les Sylphides (Chopiniana) evoca a era romântica do balé para retratar o encantamento de um poeta sonhador pela dança das sílfides, seres mágicos que habitam as florestas. Sob o luar, elas materializam o ato poético em seus movimentos e desenham o palco com arabescos, resultando em uma obra de grande beleza contemplativa.

Por fim, Casa Flutuante revela diferentes conceitos de ‘casa’ e suas impermanências na cena. Conduzidos por uma trilha sonora eclética, o elenco flutua entre os gestos propostos pela coreógrafa e desenvolvidos a partir da experiência pessoal de cada um. Os movimentos individuais e de grupo exploram as relações humanas e interpessoais.

Atividades Educativas

Quarenta e cinco minutos antes dos espetáculos, o público interessado em se aprofundar nas histórias e nos bastidores das criações poderá conversar com a diretora da Companhia, Inês Bogéa, em palestras gratuitas sobre os processos criativos das obras. As conversas têm duração de cerca de 30 minutos e, aos sábados, contará com a presença de intérpretes de libras.

A temporada da São Paulo Companhia de Dança é realizada pelo Ministério da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas e São Paulo Companhia de Dança via Lei de Incentivo à Cultura Lei Rouanet, Ministério da Cultura e Governo Federal União e Reconstrução. Patrocínio Itaú.

Serviço e Fichas Técnicas:

Teatro Sérgio Cardoso

Endereço: R. Rui Barbosa, 153 – Bela Vista, São Paulo – SP, 01326-010

Horários: quinta, sexta e sábado às 20h | domingo às 16h

Capacidade física: 827 lugares

Acessibilidade: Sim

Ingressos: balcão – R$ 60 (inteira), plateia lateral – R$ 70 (inteira) e plateia central – R$ 80 (inteira) | à venda via Sympla ou pelo site https://spcd.com.br/ingressos/

Programa 1: de 19 a 22 de junho

Link para compra: bit.ly/3FhSmPf

Classificação: Livre

O Lago dos Cisnes – II Ato (2017)

Coreografia: Mario Galizzi, a partir de Marius Petipa (1818-1910) e Lev Ivanov (1834-1901)

Música: Piotr I. Tchaikovsky (1840-1893)

Iluminação: Wagner Freire

Figurino: Tânia Agra

Perucas: Emi Perucas

Adereços: Robson Rui

Assistente de coreografia: Sabrina Streiff

Cada Olhar (2024)

Coreografia e Iluminação: Henrique Rodovalho

Música: Obatalá, escrita por Kiko Dinucci, interpretação e produção de Metá Metá

Figurino: Fábio Namatame

be yourself – everyone else is already taken (2025)

Concepção, Dramaturgia e Coreografia: Michael Bugdahn e Denise Namura

Figurino: Fabio Namatame

Iluminação: Caetano Vilela

Programa 2: de 26 a 29 de junho

Link para compra: https://bit.ly/3ZqtVG4

Classificação: Livre

Autorretrato (2024)

Coreografia: Leilane Teles

Músicas: Grupo krahó, de Indios Krahó, interpretada por Marlui Miranda; Pasha Dume Pae, de Amazon Ensemble; Canto da liberdade, de Akaiê Sramana, interpretada por Akaiê Sramana; Tchori Tchori feat. Uakti, de Marlui Miranda e Índios Jaboti de Rondônia, interpretada por Marlui Miranda, Rodolfo Stroeter, Uakti; Mae Inini (The Power of the Earth), de Amazon Ensemble; Tamburim, de Josy.Anne; Kworo Kango, de Canto Kaiapó, interpretada por Berimbaobab Brasil. 

Produção Musical: Fernando Leite

Figurino: André von Schimonsky

Iluminação: Gabriele Souza

Assistente de Figurino: Wellington Araújo

Aderecista: Satie Inafuku

Consultores para Assuntos Indígenas: Cristiane Takuá e Carlos Papá Mirim Poty

dos SANTOS (2024)

Coreografia: Alex Soares

Músicas: Matais de incêndios, anônimo, interpretado por Vox Brasiliensis e Ricardo Kanji; Partita for 8 voices, No.4 Passacaglia, Caroline Shaw, interpretada por Brad Wells e Roomful of Teeth; Final Parade, Felix Rösch; Obstacle Course, Christophe Zurfluh

Figurino: Cassiano Grandi

Iluminação: Wagner Freire

A Vingança do Flamingo (2025)

Coreografia: Carlos Pons Guerra

Músicas: Tanga, Álbum: A man & his music: El Padrino | Intérprete: Machito | Compositor: Mario Bauza; La familia de Glória, Álbum: Almodóvar Early Films (Original Motion Picture Soundtrack) | Intérprete: Bernardo Bonezzi by Altafonte | Compositor: Bernardo Bonezzi; Ilariê, Albúm: Xuxa em Espanhol | Compositor: Cid Guerreiro, Dito, Ceinha; Bachianas brasileiras No. 5, W 389: I. Ária, Álbum: Villa-Lobos: Bachianas brasileiras No. 5, W 389: I. Ária –  Sibélius: Lounnotar,  Op. 70 – Ravel: Shéhérazade ℗ Sony Classical | Intérprete: Carl Stern, Leonard Bernstein, Netania Davrath, New York Philharmonic | Compositor: Heitor Villa-Lobos Manuel Bandeira Ruth Valadares Corréa; Chancha Via Circuito  – Ilaló (Ft. Mateo Kingman), Álbum: Bienaventuranza  | Intérprete: Chancha Vía Circuito · Mateo Kingman ℗ 2018 | Compositor: Pedro Canale; Herbie MannMachito & His Afro Cubans, Álbum: Mozamba | Intérprete: Herbie MannMachito & His Afro Cubans | Compositor: Herbie Mann;Lamento Borincano, Intérprete: Chavela Vargas | Compositor: Rafael Hernandez; Arrastran el cadáver (From “Volver”), Albúm: Volver (Banda Sonora Original) | Intérprete: Alberto Iglesias | Compositor: Alberto Iglesias; Los Pastores, Álbum: Bienaventuranza  | Intérprete: Chancha Vía Circuito · Mateo Kingman ℗ 2018 | Compositor: Pedro Canale

Figurino: Fernanda Yamamoto

Iluminação: Wagner Freire

Programa 3: de 3 a 6 de julho

Link para compra: https://bit.ly/4jj9jGZ

Classificação: Livre

Les Sylphides (Chopiniana) (2021)

Coreografia: Ana Botafogo, a partir da obra de 1909 de Mikhail Fokine (1880-1942)

Assistência de Remontagem: Duda Braz e Teresa Augusta

Professora de Interpretação: Vivien Buckup

Música: Frédéric Chopin (1810-1849)

Iluminação: André Boll

Figurino: Tânia Agra

Cenografia: Fábio Namatame

Visagismo: Augusto Sargo

Casa Flutuante (2024)

Coreografia: Beatriz Hack

Músicas: Boi nº1, Foli Griô Orquestra com Cacau Amaral; Nordavindens Klagesang, de Vàli; Giardini Di Boboli, de Manos Milonakis feat. Jacob David e Grégoire Blanc; Encruzilhada, de Tulio; e Marie, de Cristobal Tapia De Veer – mixagem por Renan Lemos.

Figurinos: Balletto

Ataraxia (2025)

Coreografia: George Céspedes

Assistência de Coreografia: Aymara Rodrigues

Músicas: Trilha original de George Céspedes; Count To Six And Die (The Vacuum Of Infinite Space Encompassing), de Marilyn Manson e John Lowery, The Golden Age Of Grotesque, de Brian Warner e Tim Skold, ambas interpretadas por Marilyn Manson; Candil De Nieve, de Raúl Torres, interpretada por Pablo Milanés.

Figurino: Marco Lima

Iluminação: André Boll

*Atenção: a obra apresenta cena com efeito estroboscópico que pode afetar espectadores fotossensíveis.

(Com Rafaela de Carvalho Eufrosino/Associação Pró-Dança)

Filhotes de periquito cara-suja nascidos na Reserva Natural Serra das Almas são monitorados em etapa decisiva de reintrodução da espécie

Serra da Ibiapaba, por Kleber Patricio

Fotos: Divulgação.

No último dia 14 de abril, quatro filhotes de periquito cara-suja (Pyrrhura griseipectus) nasceram na Reserva Natural Serra das Almas (RNSA), na região da Serra da Ibiapaba, marcando um avanço histórico no processo de reintrodução da espécie, considerada uma das aves mais ameaçadas da Caatinga. Essa é a primeira reprodução registrada da espécie na região em mais de um século — um feito inédito em 114 anos.

Desde o nascimento, os filhotes e seus pais permanecem no recinto de aclimatação da RNSA, que é gerida pela Associação Caatinga, sob monitoramento constante. Acompanhamentos semanais são realizados para avaliar o desenvolvimento dos filhotes, com especial atenção à nutrição fornecida pelos pais, essencial para garantir um crescimento saudável e prepará-los para uma futura vida livre. O monitoramento inclui avaliação do score corporal, ganho de peso, anilhamento e coleta de DNA para controle genético da população.

“Ainda não é possível determinar com precisão a data em que os filhotes deixarão a área de aclimatação. Esse processo depende tanto do desenvolvimento físico quanto do aspecto comportamental, especialmente da percepção de segurança por parte dos animais. A liberação ocorrerá quando for avaliado que estão plenamente aptos para a vida em ambiente natural, momento em que as portas serão abertas, permitindo que saiam por iniciativa própria, conforme sua confiança e segurança”, destaca Gilson Miranda, gestor da Reserva Natural Serra das Almas.

A reprodução bem-sucedida reforça o potencial de adaptação do periquito cara-suja ao novo ambiente e representa um passo importante no projeto de reintrodução de aves nativas ameaçadas de extinção no Ceará, o Refaunar. A iniciativa é uma parceria entre a Associação Caatinga, o Parque Arvorar (novo parque do Beach Park) e a Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos (Aquasis).

Leanne Soares, gerente do Parque Arvorar, destaca que cada etapa do projeto é conduzida com rigor técnico e sensibilidade, aumentando as chances de sucesso no processo de reintrodução. “A mãe desses filhotes foi acolhida no Parque Arvorar, onde passou por todos os protocolos veterinários e exames necessários. Após a avaliação clínica e comportamental da nossa equipe técnica confirmar que ela estava saudável e apta, comunicamos imediatamente os órgãos competentes, que definiram sua destinação. Juntamente com outras duas aves recebidas, ela foi integrada ao Projeto Refaunar Arvorar. Com a devida autorização dos órgãos ambientais, foi transferida para a Serra das Almas, onde se reproduziu”, relata Leanne Soares.

O periquito cara-suja havia sido completamente extinto em algumas regiões do Nordeste nos últimos 50 anos e, até 2017, estava classificado como ‘criticamente em perigo’ (CR) na Lista Nacional de Espécies Ameaçadas de Extinção. Atualmente, boa parte das áreas onde o cara-suja já ocorreu não apresenta mais ambiente adequado para o seu desenvolvimento. “Essa ave é uma espécie símbolo da biodiversidade do semiárido e sua conservação é fundamental para o equilíbrio ecológico da Caatinga. Cada indivíduo reintroduzido representa um avanço significativo na recuperação dessa espécie ameaçada e reforça a importância de ações integradas entre centros de reabilitação e unidades de conservação”, enfatiza Fábio Nunes, gerente do Projeto Cara-suja, da Aquasis.

Cara-suja e a Reserva Natural Serra das Almas

A jornada dos periquitos cara-suja na Reserva Natural Serra das Almas começou em junho de 2024, com a chegada de 19 indivíduos translocados da Serra de Baturité por meio do projeto Refaunar. Em novembro, o grupo foi reforçado com mais 10 periquitos e três aves resgatadas pelo Ibama-CE. Após um rigoroso processo de aclimatação, 18 aves já foram reintroduzidas à natureza, demonstrando sinais promissores de adaptação: utilizam caixas-ninho, alimentam-se de forma autônoma e ainda retornam aos comedouros de suplementação.

Com 6.285 hectares protegidos, a RNSA abriga a maior Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) do Ceará, um verdadeiro refúgio para a rica biodiversidade da Caatinga. Espécies ameaçadas de extinção, como o tatu-bola, encontram ali um habitat seguro e preservado.

Além de conservar a fauna e a flora nativas, a RNSA presta importantes serviços ecossistêmicos, como o impedimento do escoamento de aproximadamente 4,7 bilhões de litros de água por ano e o armazenamento de mais de 1,6 milhão de toneladas de CO₂ equivalente — contribuindo significativamente para o combate às mudanças climáticas.

Reconhecida pela Unesco como Posto Avançado da Reserva da Biosfera da Caatinga, a Serra das Almas alia conservação ambiental, pesquisa científica, ecoturismo e desenvolvimento sustentável. Cerca de 40 comunidades do entorno participam de iniciativas socioambientais que promovem geração de renda e estratégias de convivência com o semiárido, dentro do Modelo Integrado de Preservação da Caatinga.

A estrutura da reserva inclui trilhas ecológicas, alojamentos, viveiros, meliponário, torre de observação e exposições educativas. Aberta à visitação mediante agendamento, a RNSA se consolida como um santuário natural e um exemplo inspirador de como a conservação ambiental pode transformar realidades.

(Com Gio Macario/Index Conectada)

71,6% da Geração Z mudaria de emprego por uma cultura organizacional desalinhada com seus valores, mostra pesquisa

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Getty Images/Unsplash+.

A geração Z, formada por jovens de 16 a 29 anos, está prestes a se tornar maioria no mercado de trabalho. E, ao contrário do que muitos imaginam, essa parcela da população já tem bem definida a direção que deseja seguir — e também os caminhos que não pretende trilhar. De acordo com pesquisa exclusiva do Infojobs, maior HRTech da América Latina, 60,3% da Geração Z entrevistada não está trabalhando atualmente. E, entre os que estão empregados (39,5%), a maioria (65,1%) não pretende continuar na mesma área pelos próximos 10 anos. O dado escancara a instabilidade e a insatisfação desses jovens diante do mercado atual.

O estudo contou com 1.003 respondentes e mapeou os desejos, expectativas e prioridades profissionais dessa geração. O resultado é um retrato contundente das transformações em curso nas relações de trabalho — e um alerta para as empresas que desejam atrair e reter talentos jovens. “O mercado precisa parar de subestimar essa geração. Afinal, é a nossa força de trabalho atual. Eles estão em busca de crescimento, propósito e bem-estar, e rejeitam modelos de trabalho ultrapassados. Não é sobre descompromisso, é sobre uma mudança no modo de encarar suas carreiras e repriorizar seus objetivos”, afirma Ana Paula Prado, CEO do Infojobs.

A pesquisa mostrou também que, para o grupo, o fator mais decisivo para a escolha de uma carreira é, sem surpresas, salário e estabilidade financeira, apontado por 70% dos jovens como prioridade. Mas a remuneração não vem sozinha: equilíbrio entre vida pessoal e profissional (49,4%) e oportunidades de crescimento (48,2%) aparecem logo em seguida, mostrando uma geração que quer evoluir no trabalho— mas não às custas da saúde ou da qualidade de vida.

Ambientes tóxicos não são mais tolerados

E quando algo não vai bem, eles não hesitam em mudar. O principal motivo para pensar em deixar uma empresa, segundo 71,6% dos respondentes, é um ambiente tóxico ou uma cultura organizacional desalinhada com seus valores. A falta de reconhecimento (45,2%) e a ausência de equilíbrio (36,5%) também pesam na decisão. “Eles não aceitam mais o discurso de que ‘é assim mesmo’, questionam e querem melhorar. Essa geração entendeu que respeito, inclusão e transparência são pilares fundamentais para a vida, incluindo a rotina de trabalho”, reforça Ana Paula.

A postura mais crítica e seletiva da Geração Z está impulsionando uma reconfiguração nas estratégias de gestão de pessoas. Empresas que insistem em manter modelos hierárquicos engessados, jornadas inflexíveis e culturas baseadas no medo e no controle estão, pouco a pouco, se tornando menos atrativas. Os jovens talentos estão atentos à coerência entre o que é dito e o que é praticado — e não hesitam em denunciar ou simplesmente sair de empresas que não entregam o que prometem.

Também há valorização profunda ao aprendizado contínuo. A pesquisa mostra que 41,7% dos entrevistados consideram as oportunidades de capacitação e desenvolvimento profissional como um fator essencial para permanecer em uma empresa. “A flexibilidade também se consolidou como um pilar inegociável. A ausência do olhar humano sobre a individualidade de cada um não só desmotiva como também afasta bons profissionais — e, no caso da Geração Z, esse afastamento tende a ser definitivo”, explica Ana.

Mais do que uma ruptura, o que se vê é uma transformação que exige escuta ativa, empatia e adaptação constante por parte das empresas. “Entender o que move essa geração é o primeiro passo para construir ambientes verdadeiramente inovadores, sustentáveis e humanos. Afinal, não se trata apenas de reter talentos, mas de garantir que essas pessoas queiram, de fato, construir o futuro junto com a organização”, conclui.

(Com Noelle Neves/MGA Press)

Ícone do entretenimento paulistano, Riviera Bar celebra 76 anos de história

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Divulgação.

O Riviera Bar, localizado na emblemática esquina da Avenida Paulista com a Rua da Consolação, acaba de completar 76 anos de existência, consolidando-se como um ícone da cultura e da vida noturna de São Paulo. Fundado em 1949 por Ignacio Maniscalco, o Riviera iniciou suas atividades como um salão de chá frequentado pela elite paulistana, evoluindo ao longo das décadas para se tornar um ponto de encontro de artistas, intelectuais e boêmios.

Durante os anos 1960 e 1970, o bar viveu seu auge, recebendo figuras ilustres como Chico Buarque, Elis Regina e Vinícius de Moraes. O Riviera não era apenas um local de lazer, mas também um espaço de resistência cultural durante a ditadura militar, servindo de palco para discussões políticas e manifestações artísticas. Foi nesse ambiente efervescente que o cartunista Angeli se inspirou para criar, em 1984, a personagem Rê Bordosa, baseada em frequentadoras do bar.

Em 2019, a administração passou para o grupo Fábrica de Bares, responsável por outros estabelecimentos tradicionais da cidade. Desde fevereiro de 2022, o Riviera adotou um funcionamento ininterrupto de 24 horas, oferecendo um ambiente acolhedor e democrático para todos os públicos.
Além da atmosfera histórica e do clássico balcão vermelho que marcou gerações, o Riviera também se destaca pela sua carta de drinks, com opções que equilibram tradição e criatividade. Uma das atrações recentes são os drinks servidos em caneca, ideais para os momentos de happy hour. Entre as criações estão combinações leves e refrescantes, como o O Balão, que mistura Tanqueray, cordial de melancia, água de coco e vermute seco, e o Usa e Abusa, feito com Tanqueray, vinho branco e cordial de vinho branco. Já para quem busca sabores mais intensos, o destaque vai para A Banda, com JW Black Label, mel com gengibre e um toque cítrico — todos finalizados com CO₂, que confere uma textura efervescente e refrescante.

3 curiosidades sobre o Riviera Bar:

Localização em um edifício histórico: O Riviera Bar está situado no térreo do Edifício Anchieta, projetado em 1941 pelos irmãos Marcelo, Milton e Maurício Roberto, renomados arquitetos modernistas brasileiros. O edifício é reconhecido por sua arquitetura modernista e está em processo de tombamento pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental de São Paulo (Conpresp).

O clássico balcão vermelho: O balcão vermelho do Riviera Bar é uma das características mais marcantes do estabelecimento. Com seu design sinuoso e revestimento em fórmica vermelha, ele não apenas adiciona um toque de personalidade ao ambiente, mas também testemunhou décadas de história e cultura paulistana.

Já serviu para inspirar canções: O Riviera Bar serviu de inspiração para a canção “Diversões Eletrônicas”, lançada em 1979 pelo músico Arrigo Barnabé em seu álbum “Clara Crocodilo”. A música retrata o ambiente do bar, que na época era um ponto de encontro de artistas e intelectuais em São Paulo.

“Os 76 anos do Riviera Bar representam não apenas uma celebração do passado, mas um brinde ao futuro, reafirmando o compromisso de manter viva a essência de um dos bares mais tradicionais de São Paulo”, reforça Caire Aoas, sócio do Fábrica de Bares.

Serviço:

Riviera Bar

Endereço: Avenida Paulista, 2.584

Reservas:

E-mail: contato@rivierabarerestaurante.com.br

WhatsApp: +55 (11) 94746-1951

Horário de funcionamento: 24 horas

Formas de pagamento: crédito (Visa, Master, Amex e Elo), débito, pix, dinheiro, ticket, alelo e sodexo.

Área para fumantes: Externa

Valet: Sim

@rivierabarsp
Site: Link. 

(Com Janayna Villani/Duo Comunicação)