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Adultos ainda desconfiam dos efeitos de alimentos funcionais, como probióticos e fontes de ômega 3

Brasil, por Kleber Patricio

Adultos jovens se mostraram mais favoráveis aos alimentos funcionais do que o grupo de meia-idade. Imagem: FreePik.

Alimentos funcionais são aqueles que proporcionam mais benefícios para a saúde do indivíduo além das funções básicas de nutrição, como regulação do sistema gastrointestinal e redução do colesterol. São exemplos dessa classificação alimentos in natura, minimamente processados, fontes de ômega 3 e de fibras beta-glucanas, como peixes, chia, linhaça e aveia, além de alimentos processados como iogurtes com adição de probióticos. Pesquisadores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) constataram que a população adulta reconhece a necessidade de incluir esses alimentos na dieta, mas ainda desconfia de seus reais efeitos na saúde. Os resultados estão publicados na edição de sexta (22) da revista científica “Brazilian Journal of Food Technology”.

O trabalho comparou a percepção sobre alimentos funcionais de adultos jovens, de 18 a 44 anos, e de meia-idade, de 45 a 65 anos. Ao todo, foram avaliadas as respostas de 522 homens e mulheres por meio da aplicação de dois questionários que abordaram aspectos de renda, educação e condições de saúde. Os cientistas também observaram atitudes relacionadas ao consumo de alimentos funcionais, avaliando a percepção das necessidades, benefícios, confiança e segurança dos consumidores.

Em relação à necessidade dos alimentos funcionais na dieta, os adultos jovens se mostraram mais favoráveis em comparação com o grupo de meia-idade, ainda que ambos reconheçam seus benefícios. “Adultos jovens percebem melhor a necessidade dos alimentos funcionais, entendem que é preciso incluí-los como parte da rotina e os relacionam com o próprio bem-estar”, explica Ângela Giovana Batista, professora da UFJF e coordenadora da pesquisa. Já os mais velhos entendem os alimentos funcionais como medicamentos. “É uma faixa etária que já enfrenta algumas doenças que vêm com a idade e veem nesses alimentos uma forma de cuidar da saúde ou compensar outros hábitos pouco saudáveis, como não praticar exercícios ou não fazer dieta, por exemplo”.

O estudo também constatou que aspectos de renda e de escolaridade afetam diretamente essa percepção em ambas as faixas etárias analisadas. Pessoas com ensino médio completo representaram 53% dos que se mostraram favoráveis aos alimentos funcionais. E a renda alta foi diretamente proporcional a uma boa percepção dos alimentos funcionais, principalmente no grupo de meia-idade. Adultos deste grupo com renda familiar mensal acima de quatro salários mínimos compõem 40% dos que se disseram favoráveis a esse tipo de alimento.

Ainda que o estudo indique uma boa relação dos participantes com esses alimentos, as afirmações do questionário relacionadas à confiança receberam pontuações mais baixas em todos os aspectos. “Notamos um certo ceticismo sobre o que é divulgado em relação aos alimentos funcionais. Os mais jovens tendem a confiar mais se um alimento é recomendado por profissionais de saúde, mas desconfiam do que é propagado por publicidade ou de profissionais fora do ramo da saúde”, conta Batista. Já os adultos de meia-idade parecem confiar mais em estudos que confirmam a funcionalidade dos alimentos, mas demonstram preocupação com o consumo excessivo deles, o que pode estar relacionado à visão desses alimentos como medicamentos que devem ser consumidos na dosagem adequada.

“Acreditamos que essa desconfiança está relacionada com a falta de informação de qualidade sobre esses alimentos e também ao seu acesso, o que conversa com os dados de renda e escolaridade”, avalia Batista. Além da melhora do poder aquisitivo dos consumidores, uma percepção mais positiva sobre os alimentos funcionais, segundo a pesquisadora, passaria por melhorar o acesso a informações sobre esses produtos. Ela sugere a utilização de selos de qualidade que garantam a segurança e a veracidade das informações desses alimentos para aumentar a confiança dos consumidores.

(Fonte: Agência Bori)

‘No Banheiro Sujo de Um Bar Qualquer’ estreia no Teatro Estrada, em Indaiatuba

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Fotos: Divulgação/Teatro Estrada.

Depois de sucesso de público e crítica na capital paulista, o dramaturgo e diretor Marcio Tito, juntamente com o coletivo Tragédia Pop, estreia sua nova montagem, “No Banheiro Sujo de Um Bar Qualquer”, no dia 4 de maio, às 19h e às 20h30, no Teatro Estrada, em Indaiatuba. O espetáculo é uma fábula urbana e mundana livremente inspirada nas obras de Bernard-Marie Koltès, Fernanda Young, Mário Bortolotto e Vange Leonel. “É uma prece para os desvalidos e um rito social destinado a legendar o espírito daqueles e daquelas que trazem consigo algum tipo de resistência ou espanto pela vida”, diz o dramaturgo.

O texto de Marcio Tito retrata a eletrizante realidade de um grupo de outsiders e amplia as diversas trajetórias e personagens pela via de um sem fim de quiproquós e memórias que irrompem no contexto da cena. Johnny Pancadinha, um lendário malandro da região central da cidade de São Paulo supostamente assassinado por uma dupla de vagabundos é o mote para uma fábula memorial e, ao mesmo tempo, implicada no exercício da ação contínua.

Sobre a obra

Profundamente preocupada com um elenco que resolva em cena um enredo medianamente complexo e, sobretudo, que traga consigo uma mensagem poética acerca dos excluídos e confronte as teatralidades tradicionais pela via de uma mecânica outrora melhor reconhecida como íntima aos meios cinematográficos ou das histórias em quadrinhos, “‘No Banheiro Sujo de Um Bar Qualquer’ situa as personagens apresentadas e, as situações, embora dramáticas e até mesmo tragicômicas, confirmam um tipo de paisagem acerca de uma São Paulo que nos entrega “vida e morte em um mesmo delivery”, como pontua a dramaturgia.

O elenco é composto por Arthur Soares, Azul Silvestre, Breno Roque, Daniel Maschiari, Vânia Barboni, Gabriel Batista, Virgínia Nascimento, Alessandro Imperador, Luiz Vieira e Aimê Reis.

Sobre Marcio Tito

Marcio Tito é dramaturgo e diretor teatral, além de crítico, editor e entrevistador no site Deus Ateu. Entre 2015 e 2016, como autor teatral, foi premiado pelo Concurso Nacional de Indaiatuba e, no mesmo ano, também se viu premiado pelo Concurso Nacional de Dramaturgia (oferecido pelo Instituto da Memória, SP). Em 2019, foi indicado como melhor autor na categoria monólogo do Festival Fescette, em Santos.

É formado em Dramaturgia pela São Paulo Escola de Teatro e, como ator, além de ter cursado até o último período da Escola de Atores Wolf Maya, estreou mais de dez montagens – dentre as listadas, destacam-se as multipremiadas “Roberto Zucco” e “Liz”, com direção de Rodolfo García Vázquez, em 2013, com a Cia Os Satyros.

Foi convidado a dirigir o espetáculo “Entre Quatro Paredes”, de Sartre, no Festival De Artes Vertentes, em Tiradentes (MG) em 2017 (Unesp) e, também como diretor convidado, dirigiu a atriz Aline Paiva em “Tentativas Contra A Vida Dela”, de Martin Crimp, na Universidade de São Paulo (USP, 2018).

Escreveu críticas e resenhas para a revista Antro Positivo e com esta cobriu mostras e festivais nacionais e internacionais – destacam-se, dentre estes, a Mostra Internacional de Teatro de SP (MIT) e o Festival Contemporâneo de Dança de SP (FDC, 2018). No Rio de Janeiro, ainda com a revista, fez a cobertura do Cena Brasil Internacional. Em São José do Rio Preto, acompanhou como crítico oficial o Festival Internacional de Teatro (FIT, 2017). Na Bahia, ainda escrevendo reflexões e críticas sobre espetáculos, participou do Encontro das Artes. (IC, 2016).

Com o site Deus Ateu, entrevistou os mais importantes nomes das artes e da cultura teatral do país, organizou e curou a Antologia Virtual da Poesia Contemporânea Brasileira e lançou inúmeros e inúmeros jovens artistas.

Ficha Técnica:

Texto, direção e cenário: Marcio Tito

Dramaturgismo e concepção sonora: Alexandre Gnipper

Elenco: Arthur Soares, Azul Silvestre, Breno Roque, Daniel Maschiari, Vânia Barboni, Gabriel Batista, Virgínia Nascimento, Alessandro Imperador, Luiz Vieira e Aimê Reis.

Luz e figurinos: Criação coletiva

Artista convidada: Nayra Nunes

Serviço:

No Banheiro Sujo de Um Bar Qualquer

Datas: 4 de maio, às 19h e às 20h30

Duração: 50 minutos

Classificação Indicativa: 18 anos

Onde: Teatro Estrada – R. Cinco de Julho, 1552 – Centro, Indaiatuba (SP)

Ingressos: R$50,00 (inteira) e R$25 (meia).

(Fonte: Barboni Press e LV Comunicação)

Palácio dos Correios abriga exposições e 100 anos de história

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Reprodução/Divulgação/website Centro Cultural Correios-SP.

Um dos prédios mais clássicos e icônicos de São Paulo, o Palácio dos Correios abriga em seu hall de entrada a primeira exposição de arte organizada com o tema da educação financeira. Acomodadas no elegante hall de entrada do prédio de 102 anos e 15 mil metros quadrados, as telas formam um mosaico nacional produzido por artistas de todas as regiões do país, por onde passou, no ano passado, a caravana do Projeto Serasa na Estrada, que percorreu o país levando negociações de dívidas e dicas de educação financeira.

Construído entre 1920 e 1922, o prédio de quatro andares foi concebido no final do Século XIX, quando o movimento desenvolvimentista arregaçava suas mangas em São Paulo. Projetada pelo Escritório Ramos de Azevedo e assinada pelos arquitetos Domiziano Rossi e Felisberto Ranzini, a obra entre a Avenida São João e a Rua do Seminário representou uma das rupturas da cidade com seu passado colonial. A nova estética, mais europeizada, queria se mostrar à altura das transformações políticas e econômicas daquele Brasil do Século XX.

Integração do país

Obra da paraense Isabela de Brito Lima em exposição no Palácio.

O prédio construído para abrigar a sede dos Correios ganhou suas fundações quando o Governo Federal começou a investir em infraestrutura de transporte e comunicações a fim de promover a integração do país. “Com essa política, a modernização do serviço postal e do serviço telegráfico recebe incentivos”, explica o folheto que ajuda os visitantes a conhecer a história do Palácio do Vale do Anhangabaú, hoje administrado pela prefeitura.

No saguão principal, com pé-direito elevado e pilastras de inspiração grega, uma exposição permanente dos Correios conta que o prédio é dos poucos edifícios de porte que restam como testemunho da fase de transformação de São Paulo no período pós-Proclamação da República. Transformado em Centro Cultural em 2013, abriga até 28 de março a exposição “Arte na Lona”, com obras de 18 pintores, ilustradores, muralistas ou grafiteiros que retratam sua visão sobre a importância da organização financeira e a relação do brasileiro com dinheiro.

(Fonte: AD Comunicação)

Rota da Lavanda: campos atraem turistas e promovem desenvolvimento econômico da região

Paraná, por Kleber Patricio

Imagem: NoName_13/Pixabay.

Destino do turismo rural do país, a Rota da Lavanda, no interior do Paraná, atrai turistas e amantes da natureza em busca de paisagens deslumbrantes, aromas relaxantes e experiências únicas. Localizada em uma região que abrange seis municípios do estado, a atração turística promove renda e gera empregos para a comunidade local.

A planta, conhecida por suas propriedades terapêuticas e aromáticas, é cultivada em fazendas e campos ao longo da rota. Apenas no primeiro ano de atividades, o roteiro recebeu aproximadamente 55 mil turistas, que puderam conferir de perto os vastos campos, que se transformam em um mar roxo criando uma paisagem de cinema e com perfume sem igual.

Um dos pontos principais da Rota da Lavanda fica em Carambeí (PR), na propriedade rural denominada Vilarejo Holandês. Lá, os visitantes podem explorar as plantações, aprender sobre o cultivo e acompanhar o processo de transformar a planta numa variedade de produtos artesanais.

A iniciativa faz parte do programa de Turismo Rural do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR) e abrange, além de Carambeí, propriedades localizadas em Palmeira — na colônia alemã Witmarsum —, Toledo e Londrina e Araucária. Ao todo, são cerca de 15 hectares, além do campus de Umuarama da Universidade Estadual de Maringá (UEM).

Foto: Divulgação/Het Dorp.

A coordenadora estadual de turismo rural do IDR-Paraná, Terezinha Busanello Freire, destaca a importância da rota. “O projeto traz essa concepção da Rota, utilizando os cenários e utilizando as propriedades rurais como um atrativo de visitação. E isso tem um impacto muito grande na questão de direção de renda, a partir da produção de lavanda, para que o turista possa entrar nas propriedades rurais e isso ser um fator de desenvolvimento econômico para os agricultores, em especial aos agricultores familiares”.

Em Londrina (PR), o foco da propriedade Santa Lavanda está no turismo de experiência. Os visitantes são recebidos com uma água saborizada e shortbread de lavanda, um tradicional biscoito holandês. Já em Palmeira (PR), quem não conhece o sorvete, a geleia de lavanda e o chocolate com a planta vai poder experimentá-los no Lavandário Vale dos Sonhos.

Durante todo o percurso, os visitantes também podem desfrutar de atividades ao ar livre, como caminhadas em trilhas cercadas por campos de lavanda, piqueniques em meio à natureza e passeios de bicicleta pelas paisagens da região.

Além disso, eventos sazonais, como festivais de lavanda, feiras de produtos artesanais e exposições externas, são realizados ao longo do ano, proporcionando aos visitantes a oportunidade de vivenciar a cultura local e celebrar a beleza e os benefícios da lavanda.

Turismo rural | O MTur, com o objetivo ampliar e diversificar a oferta turística brasileira por meio da inserção de produtos e serviços da agricultura familiar no mercado turístico, desenvolve o projeto Experiências do Brasil Rural (EBR) para apoiar a formatação e o posicionamento de produtos e roteiros turísticos de experiência no meio rural. Nas duas edições do EBR, 14 projetos participaram das ações que puderam dar maior diversidade geográfica a produtos e serviços turísticos, abrangendo roteiros do norte ao sul do país. Conheça aqui as rotas participantes.

(Fonte: Ministério do Turismo – Governo do Brasil)

Após temporada esgotada em São Paulo, comédia ‘Meninas Velhas’ reestreia no Rio

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Foto: Divulgação.

O que fazem hoje as mulheres na faixa dos sessenta anos permanecerem com uma cabeça jovem e disposição física capaz de acompanhar qualquer pessoa de vinte? Ou melhor: o que faz essas pessoas, como disse Aldir Blanc na música “Cinquenta anos”, insistirem na juventude? Esses e outros dilemas da chamada terceira idade pontuam o espetáculo “Meninas Velhas”, que reestreia dia 5 de abril no Teatro das Artes, no Shopping da Gávea. No palco, Lucinha Lins, Sônia de Paula, Bárbara Bruno e Nadia Nardini também questionam o que faz a velhice não chegar, apesar de os cabelos embranquecerem e a pele mostrar sinais da passagem do tempo? Será que, para essas pessoas, ele, o tempo, não conta mais? Afinal, que magia é essa que acontece com os nossos “idosos”?

Com direção de Tadeu Aguiar e texto de Claudio Tovar, as atrizes dão vida a quatro mulheres sessentonas de espírito libertário. Corina (Nadia Nardini), Zuleika (Lucinha Lins), Norma (Barbara Bruno) e Edith (Sônia de Paula) são amigas da vida inteira que se encontram todos os dias na casa de uma, de outra ou no banco da praça vizinha. Dependendo do dia, tem jogatina ou lanche coletivo. Nesses encontros, as meninas, na faixa-etária em que se encontram, discutem a vida e compartilham alegrias e tristezas. A vida das quatro vai se modificando até que chegam a um momento crucial. Mas, para elas, tudo não passa de uma transformação.

A comédia trata dos “novos 60”, ou seja, da nova forma de viver essa fase madura da vida – com produtividade, alegria, desejos e projetos a realizar. Não à toa, o autor, diretor e as quatro atrizes têm mais de 60 anos e são donos felizes do “lugar de fala” nessa narrativa.

O “velho” de hoje surfa com o neto, malha, namora e navega na rede. Faz planos, tem amigos e, apesar – e até por isso – de o tempo de vida à frente ser menor do que o tempo para trás, vive intensamente e persegue novos sonhos e desejos.

Serviço:

As Meninas Velhas

Teatro das Artes – Shopping da Gávea

Temporada: de 5 de abril a 5 de maio

Sex e sáb – 20h | dom – 18h

Ingressos a partir de R$60,00

Compras: divertix.com.br

Duração: 80 min.

Classificação: 12 anos

Ficha técnica

Texto: Claudio Tovar

Direção: Tadeu Aguiar

Elenco: Barbara Bruno, Sônia de Paula, Nadia Nardini, Lucinha Lins

Cenários, Figurinos e Adereços: Claudio Tovar

Trilha Sonora Original: Claudio Lins

Assessoria de Comunicação: Dobbs Scarpa.

(Fonte: Dobbs Scarpa)