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Insegurança alimentar e nutricional afetou um em cada quatro adolescentes brasileiros na pandemia

Brasil, por Kleber Patricio

Mais de um terço dos adolescentes pretos relataram insegurança alimentar e nutricional em pesquisa realizada na pandemia. Foto: Freepik.

A falta de acesso regular e permanente a alimentos saudáveis em quantidade adequadas, chamada de insegurança alimentar e nutricional, atingiu cerca de 26% dos adolescentes brasileiros segundo estudo realizado durante a pandemia de Covid-19. Deste grupo, os mais afetados foram adolescentes pretos e pardos, assim como estudantes de escolas públicas. As conclusões são de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e estão em artigo publicado na revista científica ‘Saúde em Debate’ na última sexta (21).

Mais de um terço dos adolescentes pretos que responderam à pesquisa relataram insegurança alimentar e nutricional em 2020 (cerca de 38%), enquanto quase 30% dos pardos foram afetados. Assim, a condição foi quase duas vezes mais prevalente entre adolescentes pretos do que entre brancos – destes, cerca de 19% relataram insegurança alimentar e nutricional. Cerca de 28% dos estudantes de escolas públicas reportaram o problema, quase três vezes mais do que estudantes de escolas privadas – grupo em que a prevalência de insegurança alimentar foi de cerca de 10%.

Os cientistas avaliaram dados de 9.470 adolescentes de diferentes regiões do país com idades entre 12 e 17 anos, coletados entre junho e outubro de 2020 por meio de questionário online. Seu objetivo foi avaliar a falta de acesso regular e permanente a alimentos de qualidade entre os adolescentes, além de averiguar se a insegurança alimentar e nutricional esteve associada à presença de comportamentos de risco para a saúde nesta faixa etária — considerando que muitas das escolhas autônomas relativas à saúde são formadas na adolescência, frequentemente continuando pela vida adulta.

O estudo aponta que a insegurança alimentar e nutricional esteve associada a comportamentos de risco para a saúde, como o menor consumo regular de hortaliças e frutas, o maior uso de cigarros e bebidas alcoólicas e a prática reduzida de atividades físicas. O tabagismo, por exemplo, foi constatado cerca de duas vezes mais entre esses adolescentes com insegurança alimentar do que entre aqueles que não relataram essa condição.

Em 2020, 116,8 milhões de brasileiros não tinham acesso pleno e regular a alimentos, segundo relatório da Rede Penssan divulgado em 2021. Desses, 43,5 milhões, ou seja, 20% da população brasileira, estavam em situação de insegurança alimentar grave ou moderada, pois não contavam com alimentos em quantidade suficiente. Os dados que registraram o avanço da fome no período da pandemia também revelam um recorte racial: em 2022, 65% dos lares comandados por pessoas pretas ou pardas conviviam com algum tipo de restrição alimentar. “As dificuldades enfrentadas durante o período de emergência sanitária podem comprometer a saúde atual e a longo prazo desses jovens”, explica Crizian Saar Gomes, pesquisadora da UFMG e uma das autoras do estudo. “Isso aponta para a importância de uma assistência adequada junto da integração de políticas públicas intersetoriais para a redução de desigualdades socioeconômicas, que se agravaram ainda mais com a pandemia de Covid-19”, avalia.

A pesquisadora destaca que os adolescentes são um grupo negligenciado quando se fala de insegurança alimentar e nutricional, visto que a maioria dos programas e esforços de pesquisa é voltada a adultos e crianças. Futuros estudos devem contemplar todas essas faixas etárias, aponta Gomes.

(Fonte: Agência Bori)

Principal referência do Marketing, Philip Kotler realiza debate e lança livro na ESPM

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: PKotler.Org.

O marketing e o mundo estão em evolução constante. Com a revolução tecnológica e as novas formas de comercializar produtos e serviços, é preciso refletir sobre como acompanhar essas transformações e como atuar para que muitas das práticas atuais não desumanizem as relações entre empresas e consumidores. Atenta aos movimentos da área, a ESPM, escola referência em Marketing e Inovação voltada para negócios, promove no dia 3 de julho, a partir das 19h, o debate ‘Caminho para o futuro do Marketing’, com a participação de Philip Kotler (on-line e ao vivo), um dos maiores pensadores mundiais sobre o tema, Waldemar Pfoertsch (on-line e ao vivo), e Marcos Bedendo (ao vivo), professor de Branding da ESPM, no Teatro ESPM, na Rua Dr. Álvaro Alvim, 123 – Vila Mariana, em São Paulo, em formato híbrido.

Durante o evento, também acontecerá o lançamento do livro ‘Marketing H2H: A Jornada do Marketing Human to Human’, uma coautoria de Philip Kotler, Waldemar Pfoertsch, Uwe Sponholz e Marcos Bedendo.

O debate propõe uma nova abordagem centrada no ser humano. Este movimento defende a construção de conexões genuínas, práticas éticas e a perenidade dos relacionamentos, essenciais para a relevância das empresas e para a saúde do planeta.

A participação de Philip Kotler no livro também destaca a importância e a credibilidade do assunto que será debatido. “Kotler trouxe o consumidor para o centro das estratégias de marketing e agora lidera o movimento de humanização das práticas, reafirmando seu compromisso com a evolução ética e sustentável da área”, ressalta Bedendo.

A obra chama a atenção para a necessidade de uma visão mais ampla e holística do marketing: mais estratégica e comunitária, focada na cocriação de valor, que pode evoluir com a tecnologia ao mesmo tempo que mantém o contato humano, sendo flexível sem perder o senso de direção. “A nova organização apresentada no Marketing H2H tem tamanha clareza na sua essência e papel na comunidade que pode se adaptar continuamente às necessidades do seu ecossistema, mantendo a coerência estratégica e de decisões. Essa é a nova forma de se fazer estratégia e a nova forma de se trabalhar o marketing”, destaca Kotler.

Sobre o livro

‘Marketing H2H: A Jornada do Marketing Human to Human’ não apenas provoca um novo modo de pensar, mas também de trazer caminhos de implementação. Ele se apoia em teorias e práticas testadas e comprovadas para indicar como gerenciar e criar novos processos de marketing. A obra é uma provocação, mas também um guia, um mapa de como transformar a sua empresa em uma organização humanizada. No centro do pensamento do Marketing H2H estão três teorias bem sucedidas individualmente: a lógica dominante de serviços, que indica que todo valor é cocriado entre a empresa, seus consumidores e outros stakeholders, transformando o consumidor num participante do processo de valor; a digitalização, que engloba o uso das novas tecnologias de conectividade e a IA para individualizar demandas, contatos e humanizar o atendimento; além do Design Thinking, com sua perspectiva de flexibilidade, inovações constantes e interação.

Com esse tripé de fundamentação, o livro explora todo um processo de visão e ação do marketing, que o transforma, novamente, em uma área mais estratégica do que operacional. Esses conceitos guiarão o debate na ESPM, “será um renascer para a área de marketing e para as empresas, que passam a se enxergar e agir de forma mais humana”, explica Bedendo.

Serviço:

Debate ‘Caminho para o futuro do Marketing’

Lançamento ‘Marketing H2H: A Jornada do Marketing Human to Human’

Data: 3/7, das 19h às 21h15

Local: Teatro ESPM

Rua Dr. Álvaro Alvim, 123 – Vila Mariana – São Paulo, SP

Evento híbrido: presencial e on-line

Inscrições gratuitas pelo link: https://www.espm.br/evento/?eventoId=wX76otmLWnM

Vagas presenciais são limitadas

Programação

19h – Início do evento – apresentação

19h15 – Painel ‘Princípios do H2H’, com Waldemar Pfoertsch (on-line e ao vivo)

19h45 – Painel ‘H2H no Brasil’, com Marcos Bedendo (ao vivo)

20h – Painel ‘Marketing Humanista’, com Philip Kotler (on-line e ao vivo)

20h30 – Debate H2H com Waldemar Pfoertsch, Marcos Bedendo e Philip Kotler

21h – Comentários finais e encerramento

21h15 – Sessão de autógrafos.

Sobre a ESPM | A ESPM é uma escola de negócios inovadora, referência brasileira no ensino superior nas áreas de Comunicação, Marketing, Consumo, Administração, Economia Criativa e Tecnologia. Seus 12600 alunos dos cursos de graduação e de pós-graduação e mais de 1100 funcionários estão distribuídos em cinco campi – dois em São Paulo, um no Rio de Janeiro, um em Porto Alegre e um em Florianópolis. O lifelong learning, aprendizagem ao longo da vida profissional, o ensino de excelência e o foco no mercado são as bases da ESPM.

(Fonte: Nova PR)

Santa Bárbara d’Oeste, Iracemápolis e Indaiatuba recebem apresentações da Cia dos Tortos

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Fotos: Ricardo Avellar.

No mês de junho de 2024, a Cia dos Tortos (@ciadostortos) inicia uma temporada de apresentações gratuitas e com tradução em Libras do espetáculo ‘Quem Não Tem Lona Pede Carona’, que é voltado para o público da terceira idade, mas propõe um encontro sensível entre diferentes gerações.

No dia 27 de junho de 2024 (quinta-feira), às 15h, o espetáculo será apresentado no Centro Dia do Idoso ‘Maria de Lourdes Alves da Silva – Dona Nena’, em Santa Bárbara d’Oeste (SP). No dia 28 de junho (sexta-feira), às 15h, o grupo se apresenta no Centro de Lazer do Trabalhador, em Iracemápolis (SP). E em 30 de junho (domingo), às 10h, a apresentação acontece na Praça D. Pedro II, no centro de Indaiatuba (SP). A temporada passará ainda pelas cidades de Santo André, Mauá, Presidente Prudente, Mirandópolis e São Bernardo do Campo, contratando profissionais de cada uma dessas regiões para executar diversas funções dentro do projeto, visando fortalecer o cenário cultural destes territórios.

‘Quem Não Tem Lona Pede Carona’ desafia o tempo para contar a história de dois experientes artistas de cabelos brancos, Sizu e Palhita, que viajam por suas memórias de vidas no circo convidando a plateia, principalmente pessoas idosas, para também reviver momentos afetivos com essa arte.

Rindo das confusões e palhaçadas, eles demonstram a importância do amor e do cuidado um com o outro, mas também a sintonia e a conexão criada no passado com aquelas pessoas que os assistiam.

A peça é inspirada em memórias de artistas que construíram suas trajetórias nos circos brasileiros, como Gachola, Bagunça, Reco-Reco e Marília de Dirceu, todos atualmente com mais de 60 anos, e no documentário ‘Circo Paraki’ (2011), com direção de Mariana Gabriel, Priscila Jácomo e Eduardo Rascov, que dá voz a figuras circenses pouco valorizadas ao longo das transformações do circo no Brasil.

“O que propomos é um olhar afetuoso para um grupo de pessoas que têm contribuições sociais e artísticas para todas as gerações, valorizando e exaltando o seu valor, contribuindo na construção de uma coletividade mais alegre, reflexiva e com mais equidade. Lembrando sempre às pessoas de que rir é um ato de união e resistência”, comenta o grupo de São Bernardo do Campo (SP), que é formado por Paloma Natácia e Pedro Fontana, dupla formada em Artes Cênicas na Universidade Estadual de Londrina.

O projeto conta com a parceria de instituições que atuam com pessoas idosas em cidades descentralizadas da capital. Uma maneira encontrada pelo grupo para contribuir na formação de público para a arte circense e também fortalecer a relação que a pesquisa do espetáculo tem com o resgate da memória de diversas pessoas com mais de 60 anos.

Também serão realizados 5 encontros virtuais com tradução em Libras e participação de companhias parceiras refletindo sobre essa temática. O conteúdo será disponibilizado gratuitamente nas redes sociais.

As ações fazem parte do projeto ‘Circo Carona visita: fortalecendo vínculo’, contemplado pela Lei Paulo Gustavo, do Governo do Estado de São Paulo, Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, Governo Federal e Ministério da Cultura.

Informações: www.facebook.com/CiadosTortos e www.instagram.com/ciadostortos.

Ficha técnica: Direção: Pedro Fontana. Roteiro: Cia dos Tortos. Produção: Tortos Produções. Atuação: Paloma Natácia, Pedro Fontana. Composição sonora: Anthony Brito. Inspiração musical: “Circo de Asas” – Letra e composição de Junio Santos. Figurino: Laura Alves (Clã das Cores). Cenografia: Clã das Cores e Cia dos Tortos. Assessoria de Imprensa: Luciana Gandelini. Fotografia: Ricardo Avellar. Coordenação executiva: Karina Nadaletto. Coordenação Administrativa: Andrea Mauriz. Produção executiva: Fernanda Pedreira e Paloma Natácia (BemDitas Produções). Designer Gráfico: Francis Lima. Gestão de mídias digitais: Silmara Mateus. Parcerias produção local: Bruno Peruzzi, Suelen Zacharias, Udachi Candeiras, Karen Nashiro, Fernanda Pedreira, Mari Palhares, Katia Maffi, Etiene Amaro (Tica). Parcerias do som: Thiago Neves, Dani Maimoni, Suelen Zacharias, Renan Tiberio, Fernanda Pedreira. Audiodescrição do espetáculo: Braço da Vitrola Projetos de Voz.

Serviço:

Temporada ‘Quem Não Tem Lona Pede Carona’, com Cia dos Tortos

Sinopse: Os experientes artistas Palhita e Sizu, já de cabelos brancos, revivem memórias de quando a Família Tortonni montou seu circo cheio de atrações fantásticas. Após um triste acontecimento, todo mundo foi embora e essa dupla precisou se desdobrar para que a magia do picadeiro não se apagasse. Números de acrobacia, equilíbrio, contorcionismo, adestramento de animais, disparo de canhão, são realizados por esse par cheio de graça. Hoje tem espetáculo? Tem sim, senhoras e senhores! Duração: 55 minutos. Classificação Livre – Grátis

Quando: 27 de junho de 2024 (quinta-feira) – Horário: 15h – Onde: Centro Dia do Idoso ‘Maria de Lourdes Alves da Silva – Dona Nena’ – Endereço: Rua Tunísia, 105, Jardim Cândido Bertine – Santa Bárbara d’Oeste/SP.

Quando: 28 de junho de 2024 (sexta-feira) – Horário: 15h – Onde: Centro de Lazer do Trabalhador – Salão menor – Endereço: Rua José Emídio, 62/98 – Parque Dr. Dimas Cera Ometto, Iracemápolis/SP.

Quando: 30 de junho de 2024 (domingo) – Horário: 10h – Onde: Praça D. Pedro II – Centro, Indaiatuba/SP.

Próximas apresentações:

Quando: 2 de julho de 2024 (terça-feira) – Horário: 15h – Onde: Nosso Lar – Endereço: Rua Francisco Ferreira, 49, Jardim Guilhermina, Santo André, SP

Quando: 14 de julho de 2024 (domingo) – Horário: 15h – Onde: Espaço Cultural Circo Lunar – Endereço: R. Otávio Polidoro, 11 A – Vila Assis Brasil, Mauá – SP

Quando: 25 de julho de 2024 (quinta-feira) – Horário: 9h30 – Onde: Centro de Referência da Feliz Idade – Endereço:  R. Ribeiro de Barros, 1347 – Vila Dubus, Presidente Prudente – SP

Quando: 26 de julho de 2024 (sexta-feira) – Horário: 19h30 – Onde: Praça Manoel Alves de Athaíde [em frente a Igreja Matriz] – Endereço: R. das Nações Unidas, 42 – Jardim Miguita, Mirandópolis – SP

Quando: 31 de julho de 2024 (quarta-feira) – Horário: 14h30 – Onde: EMEB Neusa Basseto – Escola bilíngue de Libras – Endereço: R. Eng. Isaac Garcêz, 90 – Rudge Ramos, São Bernardo do Campo - SP.

(Fonte: Assessoria de Imprensa Luciana Gandelini)

Getúlio Abelha apresenta show ‘Forró das Antigas’ no Sesc Pinheiros e traz releituras de grandes nomes do forró

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Luan Martins.

Getúlio Abelha faz show do projeto ‘Forró das Antigas’ em única apresentação no dia 5 de julho no Sesc Pinheiros. O multiartista revisita músicas tradicionais do forró nordestino e combina referências eletrônicas. No palco, Getúlio reúne um mix de sonoridades presentes em bases tecnológicas, além da sanfona e percussão.

Getúlio interpreta canções de artistas e bandas que são suas referências como: Luiz Gonzaga (1912–1989), Calcinha Preta, Mastruz com Leite, Cavaleiros do Forró e Limão com Mel, dando ao show uma proposta conceitual abrangente que, para além das canções, incluem cena, iluminação e figurinos.

O projeto é dividido em três atos: o primeiro, ‘Sertão’, traz clássicos do mestre Luiz Gonzaga, com instrumentos acústicos como sanfona, zabumba e triângulo. Já no segundo, o artista revisita os clássicos do forró eletrificado das bandas românticas dos anos 1990 e 2000, como Calcinha Preta, Limão com Mel e Mastruz com Leite. O último traz um repertório moderno e eletrônico, com músicas mais divertidas.

Após o lançamento do disco autoral ‘Marmota’, que obteve projeção nacional com uma produção que transita entre o forró tradicional e o eletrônico, o artista dá vida ao projeto ‘Forró das Antigas’.

Sobre Getúlio Abelha

Natural de Teresina – PI, cantor, compositor e performer, Getúlio Abelha iniciou sua carreira artística em 2017, quando ganhou notoriedade por seu estilo autêntico e performático que mistura música, teatro, e elementos da cultura popular nordestina.

Em 2018 ganhou destaque após o lançamento da canção ‘Laricado’, que virou sucesso nas redes sociais e ajudou consolidar sua imagem como um artista ousado e inovador. Conhecido por suas letras provocativas e um estilo visual marcante, Getúlio começou se apresentar em diversos eventos e festivais do Brasil. Seu trabalho é marcado pela combinação de gêneros musicais, que incluem forró, brega, funk e a música eletrônica, além de abordar temas como diversidade, sexualidade e liberdade de expressão, tornando-o uma figura importante na cena artística LGBTQIA+ brasileira.

Ficha Técnica

Getúlio Abelha – voz

Victória dos Santos – percussão

DJ Plínio – bases / violão / guitarra

Cosme Vieira – Acordeão.

Serviço:

Getúlio Abelha – Forró das antigas

Dia: 5 de julho, sexta, às 21h

Duração: 60 minutos

Local: Teatro Paulo Autran

Classificação: 12 anos

Ingressos: R$50 (inteira); R$25 (meia) e R$15 (credencial plena)

Sesc Pinheiros

Rua Paes Leme, 195

Estacionamento com manobrista: terça a sexta, das 7h às 21h; sábado, domingo e feriado, das 10h às 18h.

(Fonte: Assessoria de Imprensa Sesc Pinheiros)

MASP apresenta Catherine Opie, artista de vanguarda em questões de gênero

São Paulo, por Kleber Patricio

Catherine Opie, Idexa, 1993. Cortesia da artista e Regen Projects, Los Angeles; Lehmann Maupin, Nova York, Hong Kong, Londres e Seul; Thomas Dane Gallery, Londres e Nápoles.

O MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand apresenta, de 5 de julho a 27 de outubro de 2024, a exposição ‘Catherine Opie: o gênero do retrato’, com obras de um dos principais nomes da fotografia internacional contemporânea. Catherine Opie (Sandusky, Ohio, EUA, 1961) foi uma das precursoras na discussão sobre questões de gênero entre o fim dos anos 1980 e o início dos anos 1990. Sua produção dialoga com a tradição do retrato – um dos mais tradicionais gêneros da pintura ocidental – de modo a dar legitimidade a novos corpos, subjetividades e experiências que emergem na sociedade contemporânea. Em suas fotografias, Opie retrata diversas expressões e subjetividades de indivíduos e coletivos que se identificam com gêneros e orientações sexuais diversas, especialmente pessoas queer.

Com curadoria de Adriano Pedrosa, diretor artístico, MASP, e Guilherme Giufrida, curador assistente, MASP, a mostra é a primeira da artista no Brasil e reúne 63 fotografias de suas séries mais emblemáticas, desenvolvidas ao longo de mais de três décadas. Os retratos de Opie figuram ao lado de 21 importantes pinturas da coleção do MASP; entre elas, de Pierre-Auguste Renoir, Hans Holbein, Anthony van Dyck e Van Gogh. As obras são apresentadas em diálogo com o objetivo de acentuar os diálogos, tensões e reformulações aos quais o trabalho de Opie se propõe, além de desdobrar a predileção pela arte figurativa – marca da coleção do museu.

A artista explora o gênero clássico do retrato assumindo algumas de suas características – fundo neutro, os gestos com as mãos, as expressões e os enquadramentos – e adiciona novos elementos, como a diversidade de gênero, as práticas sexuais, os corpos distintos e os relacionamentos familiares homossexuais. “É fundamental que todos os seres humanos sejam legitimados; isso é necessário para a inclusão de todas as pessoas, para a humanidade. Ao utilizar a estética tradicional do retrato, conforme a minha visão sobre a retratística, busco manter o espectador envolvido na obra durante a observação. Além disso, é uma forma de redefinir o corpo queer dentro de uma formalidade conhecida e não tratar apenas de uma fotografia documental”, comenta Catherine Opie.

OBRAS E REFERÊNCIAS  

A fotógrafa tem como uma de suas principais referências o pintor Hans Holbein (1497–1534), inspirando-se nos elementos formais que compõem os retratos do pintor alemão, como o uso da cor chapada ao fundo, especialmente o azul. Suas produções também se assemelham por se tratar de conjuntos de retratos que carregam um sentido de comunidade. Em Holbein, tal recorrência reafirma a ascendência ou a aliança familiar. Já em Opie, as conexões se sustentam por amizade, identificação e proteção, como em uma galeria de retratos de uma espécie de nobreza queer. Na exposição, a fotografia JD da série ‘Girlfriends’ (Color, 2008) da artista, é apresentada ao lado da pintura ‘O poeta Henry Howard, conde de Surrey’ (Circa 1542), de Holbein, o que dá destaque às suas semelhanças e particularidades. “Trata-se da apropriação da tradição e de marcadores associados às elites para dar a mesma condição de visibilidade a gêneros que muitas vezes não fizeram parte do universo de possibilidades da representação”, reflete Giufrida.

‘Being and Having’ [Ser e ter] (1991) foi a primeira série de retratos de Opie apresentada em uma exposição individual. A série é composta por 13 fotografias que retratam performances de figuras masculinizadas por seus atributos, como bigodes ou bonés, denominadas drag kings. Ao invés do nome oficial da pessoa retratada, Opie opta pelo nome fictício, de identificação coletiva e afetivo dentro do grupo de amigas de que faz parte. O título é uma paródia das teorias de Jacques Lacan (1901–1981) sobre o lugar do falo na construção da sexualidade.

Essa série inaugurou no trabalho de Opie um conjunto de retratos em estúdio que se estende até hoje, sendo que alguns deles possuem referências internas, como a cor de fundo vermelha, as roupas, a pose e o banco que se repetem propositalmente em ‘Pig Pen’ (1993) e ‘Elliot Page’ (2022), por exemplo. A fotografia do ator, produtor e diretor canadense Elliot Page, conhecido por produções de sucesso como o filme ‘Juno’, ilustra a capa de sua biografia ‘Pageboy’, que conta a história do seu processo de transição de gênero.

SOBRE CATHERINE OPIE

Catherine Opie nasceu em Sandusky, em Ohio em 1961. Atualmente, vive e trabalha em Los Angeles, onde foi também professora no departamento de Artes da Universidade da Califórnia (UCLA). Desde o fim dos anos 1980, realizou diversas exposições individuais em instituições de reconhecimento internacional, como Guggenheim Museum (Nova York), Los Angeles County Museum of Art (Los Angeles), Regen Projects (Los Angeles), Thomas Dane Gallery (Londres) e Institute of Contemporary Art (Boston e Canadá). Seu trabalho integra o acervo de instituições internacionais como Guggenheim Museum, Institute of Contemporary Art, J. Paul Getty Museum, Museum of Contemporary Art, Museum of Fine Arts, National Portrait Gallery, Tate e Whitney Museum.

‘Catherine Opie: o gênero do retrato’ integra a programação anual do MASP dedicada às Histórias da diversidade LGBTQIA+. Este ano, a programação também inclui mostras de Gran Fury, Francis Bacon, Mário de Andrade, MASP Renner, Lia D Castro, Leonilson, Serigrafistas Queer e a grande coletiva Histórias da diversidade LGBTQIA+.

ACESSIBILIDADE

Todas as exposições temporárias do MASP possuem recursos de acessibilidade, com entrada gratuita para pessoas com deficiência e seus acompanhantes. São oferecidas visitas em Libras ou descritivas; textos e legendas em fonte ampliada e produções audiovisuais em linguagem fácil, com narração, legendagem e interpretação em Libras que descrevem e comentam os espaços e as obras. Os conteúdos podem ser utilizados por pessoas com deficiência, públicos escolares, professores, pessoas não alfabetizadas e interessados e ficam disponíveis no site e canal do YouTube do museu.

CATÁLOGO

Na ocasião da mostra, serão publicados dois catálogos, em inglês e português, compostos por imagens e ensaios comissionados de autores fundamentais para o estudo da obra de Catherine Opie. A publicação é organizada por Adriano Pedrosa e Guilherme Giufrida e inclui textos de Ashton Cooper, David Joselit, Guilherme Giufrida, Jack Halberstam e Vi Grunvald. Com design do Estúdio Permitido, a publicação tem edição em capa dura.

Serviço:

Catherine Opie: o gênero do retrato

Curadoria de Adriano Pedrosa, diretor artístico, MASP, e Guilherme Giufrida, curador assistente, MASP

2º subsolo

Visitação: 5/7/2024 – 27/10/2024

MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand

Avenida Paulista, 1578 – Bela Vista – São Paulo, SP

Telefone: (11) 3149-5959

Horários: terças grátis e primeira quinta-feira do mês grátis; terças, das 10h às 20h (entrada até as 19h); quarta a domingo, das 10h às 18h (entrada até as 17h); fechado às segundas.

Agendamento on-line obrigatório pelo link masp.org.br/ingressos

Ingressos: R$70 (entrada); R$35 (meia-entrada)

Site oficial | Facebook | Instagram.

(Fonte: MASP – Muaseu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand)