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Vencedora do Concurso de Canto Joaquina Lapinha em 2023, Lorena Pires estreia no Theatro Municipal do Rio de Janeiro

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Lorena no Concurso Joaquina Lapinha, em 2023. Foto: Rawziski Registros Musicais.

Ela é do Espírito Santo. Veio ao Rio de Janeiro para uma audição no Theatro Municipal e chamou a atenção da diretoria artística. Lorena Pires foi escolhida para integrar o elenco da ópera ‘Il Trittico’, no centenário de falecimento de Puccini, que entrou em cartaz na programação no dia 14 de julho em comemoração aos 115 anos de vida. A artista venceu o Segundo Concurso de Canto Joaquina Lapinha em 2023, no Theatro Municipal de São Paulo, com a Orquestra Experimental de Repertório sob a regência de Priscila Bomfim e agora, está esfuziante com a conquista do papel de Lauretta, em ‘Gianni Schicchi’.

“Esse ano, já realizo dois grandes sonhos, que são cantar no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e no Theatro Municipal de São Paulo, onde também vou debutar em setembro como Anna, na produção de ‘Nabucco’ (Verdi). Quero continuar trabalhando e construindo minha carreira aqui no Brasil, mas tenho o desejo de, num futuro próximo, ir pra Europa e buscar aperfeiçoamento por lá, seja cursando um mestrado em performance ou integrando um Opera Studio de algum teatro. Onde tiver boas oportunidades, tô indo”, comemora a cantora.

Lorena (Lauritta) e Guilherme Moreira (Rinuccio) durante ensaio da ópera Gianni Schicchi. Foto de Filipe Aguiar.

Embora os planos de Lorena estejam em outro continente, ela confessa a sua paixão pelo Rio de Janeiro, em especial pela Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro: “Ah, eu tenho muita vontade de ir à Sapucaí um dia, um sonho! Eu amo Carnaval, é uma festa que gera muitos empregos e impacta positivamente na economia e no turismo, além de ser um momento em que a gente tem a oportunidade de falar sobre assuntos importantes para a sociedade atual e de celebrar, principalmente, as matrizes africanas. A única aflição do Carnaval é a apuração do desfile, o coração para de bater por uns minutos. Torcendo para o Salgueiro sair desse jejum de 15 anos, já tá na hora!”.

(Fonte: Claudia Tisato Assessoria de Imprensa)

Exposição ‘Onde a Lua Faz Clarão’, de Orlando Facioli, estreia na Pinacoteca Fórum das Artes de Botucatu

Botucatu, por Kleber Patricio

Realidade artificial. Foto: Paulo Pereira.

O artista visual Orlando Facioli, natural da cidade de Botucatu, apresenta sua mais recente exposição individual, intitulada ‘Onde a Lua Faz Clarão’, na Pinacoteca Fórum das Artes de Botucatu, no interior de São Paulo. A curadoria fica à cargo de Nancy Betts e Cristina Suzuki.

Inspirada na célebre música caipira ‘Tristeza do Jeca’ e na profunda conexão com a natureza, a mostra reflete não apenas a essência da cidade natal do artista, mas também, uma análise crítica sobre os desafios do progresso e o alerta à preservação ambiental.

Sulco etéreo. Foto: Orlando Facioli.

Com uma abordagem artística diversificada, Facioli utiliza diversas técnicas, como desenho, pintura acrílica e digital, motion image, impressão em tecido, papel, recortes e objetos escultóricos em sobreposições ópticas. Suas obras retratam um universo intertextual complexo, que convida o espectador a refletir sobre o impacto das ações humanas no meio ambiente.

Além das obras de sua trajetória recente, a exposição apresenta duas criações exclusivas para Botucatu: ‘Sulco Etéreo’, feito com técnica especial de recortes em papel, e a vídeo-instalação ‘Jamais Fomos Modernos’, título inspirado da obra do antropólogo francês Bruno Latour (1947–2022). Destaca-se também a nova montagem da instalação imersiva ‘Blecaute’, ocupando o espaço principal da Pinacoteca. No segundo semestre, ela realiza a mostra ‘Realidade Artificial’ no Museu de Arte de Blumenau, em Santa Catarina.

Sobre o artista

Orlando Facioli nasceu em 1969 em Botucatu/SP. Vive e trabalha em São Paulo. Fez parte do Programa de acompanhamento de artistas com curadoria de Renato De Cara, na Galeria Gare – São Paulo/SP (2023); Programa de acompanhamento de Artistas 6 x 6 – São Paulo /SP – Flavia Gimenez, Mariana Leme e Cristiana Tejo (2023); Programa de acompanhamento de Artistas Casa Tato 8 – São Paulo/SP (2023) e pela Central Saint Martins College of Art & Design – Design without Walls – Londres/UK (1997).

Foto: Paulo Pereira.

O artista visual pesquisa o impacto das atividades humanas no ambiente no âmbito das sucessivas revoluções industriais que modificaram a paisagem substancialmente com mudanças climáticas, extinção de espécies e esgotamento de recursos naturais. Sua pesquisa visual se apoia em referências históricas: elementos naturais de pinturas dos séculos XVII e XVIII, registros realizados de naturalistas na época da colonização e o movimento inglês Arts & Crafts.

A partir do resgate destas imagens formata composições em que as desconstrói, apaga e rearranja, reconstruindo mundos em sugestivas ambientações, em uma metáfora ao cenário ambiental contemporâneo. Em seu processo, utiliza pintura e colagem digitais e analógicas em diferentes suportes como papel, tecido e vídeo.

Vídeo instalação ‘Blecaute’. Foto: Paulo Pereira.

Realizou uma mostra solo, sendo ela ‘Blecaute – Vozes do Antropoceno’, na Galeria Tato – SP (2024). Participou de diversas coletivas, sendo elas Salão de Artes dos Pinhais, em 2024; 7 artistas a procura dos Vestígios, curadoria de Renato de Cara, na Galeria Gare – São Paulo/SP, em 2023; Salão de Artes Plásticas de Praia Grande/SP, em 2023; Salão Nacional de Arte de Jataí/GO, em 2023; Constelações Sensoriais e Cartografias Visuais (curadoria de Andrés Hernández), na Unibes Cultural, em São Paulo/SP, em 2023 e ‘Uma Certa Enciclopédia’ (curadoria de Nancy Betts, Ícaro Ferraz Vidal Junior e Katia Salvany), na Casa Tato – São Paulo/SP, em 2023. Ganhou prêmios como Destaque – Arte Transforma, na Fundação Stickel – SP (2024) e Menção Honrosa no Salão de Artes Plásticas de Praia Grande/SP (2023).

Serviço:

Exposição Onde a lua faz clarão, individual de Orlando Facioli

Curadoria: Nancy Betts e Cristina Suzuki

Visitação: 30 de junho à 13 de outubro de 2024 | quarta, quinta e sexta, das 8h30 às 16h45; sábados, domingos e feriados, das 11h às 17h

Local: Pinacoteca Fórum das Artes de Botucatu Rua General Teles, 1040 – Centro Botucatu – SP

Tel: (14) 3811-1470

https://www.botucatu.sp.gov.br/portal/secretarias/3/secretaria-de-cultura/

Redes sociais:

Orlando Facioli – @orlandofacioli_art

Nancy Betts – @nancy.betts

Cristina Suzuki – @cristinasuzuki

Pinacoteca Fórum das Artes de Botucatu – @pinabotucatu.

(Fonte: Marmiroli Comunicação)

Semana da Cultura do Chá no Brasil acontece entre 29 de julho e 4 de agosto

Brasil, por Kleber Patricio

Chá é a bebida derivada da planta Camellia sinensis. Foto: Divulgação.

Com mercado e público em constante expansão no Brasil, o chá tem conquistado cada vez mais espaço na preferência de quem busca por um estilo de vida mais saudável e também como ingrediente na gastronomia e na mixologia. E os apaixonados por esta bebida milenar já podem se preparar, porque a Semana da Cultura do Chá no Brasil 2024 já tem data marcada: de 29 de julho a 4 de agosto.

Para o evento, estão previstas centenas de atividades, como workshops, promoções, encontros, degustações, webinários e outros, que acontecerão online e presencial, envolvendo a cultura em torno da bebida. Os estados confirmados com programação são São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Pernambuco, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.  ‎

Por designação tradicional, chá é toda bebida originada da planta Camellia sinensis, enquanto as outras plantas originam infusões. Popularmente, aqui no Brasil, é comum considerar como chá toda bebida cuja base é composta por ervas, raízes e flores diversas.

Além das atividades para consumidores finais, haverá também uma programação dedicada a empreendedores do ramo, tea blenders, gestores, proprietários de cafeterias e baristas, entre outros. Os quatro primeiros dias terão atividades online e, após, os eventos serão híbridos.

Para Yuri Hayashi, diretora da Escola de Chá Embahú e organizadora da Semana da Cultura do Chá no Brasil, esta é uma oportunidade de educar um público sedento por informações e também unificar um mercado ainda em desenvolvimento. “A primeira edição, no ano passado, nos serviu como um piloto para que pudéssemos entender qual a real demanda do Brasil. Percebemos que há um público ávido por educação em torno do chá e empresários amadurecendo seus negócios, o que eleva nosso mercado a um novo patamar atualmente”.  ‎

Sobre a Semana do Chá | A iniciativa nasceu através de amantes e profissionais do chá que compõem o grupo de Empreendedorismo Ético no Mercado de Chá. Este ano, a Semana da Cultura do Chá no Brasil também conta com o apoio da AbChá (Associação Brasileira de Chá). Em 2022, a primeira edição da Semana contou com 250 empresas convidadas, cerca de 400 atividades e mais de 2.600 participantes, com apoio de embaixadas internacionais.

Chá é tendência de consumo e mercado | Dados da pesquisa da Euromonitor International (agosto/2021) indicam que o consumo de chá e infusões no Brasil cresceu 25% entre 2013 e 2020 – quase o dobro da média mundial de 13%, comprovando o vasto interesse dos brasileiros pela bebida e um mercado promissor. Já a Associação Brasileira de Chá (AbChá), apoiadora do evento, já abraça mais de 100 empresas dedicadas ao produto, incluindo produtores de chá nacionais localizados no Vale do Ribeira, polo brasileiro importante no cultivo da Camellia sinensis.

Serviço:

Semana da Cultura do Chá no Brasil 2024

de 29 de julho a 4 de agosto

Para saber mais e acompanhar a programação (divulgação em 26/7): site oficial e Instagram.

(Fonte: ESC Conteúdo)

Furão-pequeno é flagrado pela primeira vez em unidade de conservação ambiental, em São Paulo

Campos do Jordão, por Kleber Patricio

Pela primeira vez, cientistas conseguiram registrar um furão-pequeno (no centro da foto) no Parque Estadual Campos do Jordão (SP). Foto: Arquivo pesquisadores.

Um registro inédito captou a presença do furão-pequeno no Parque Estadual Campos do Jordão, no estado de São Paulo. Com a técnica de armadilhas fotográficas, a espécie, também conhecida como Galictis cuja, foi flagrada pela primeira vez na unidade de conservação, localizada na Serra da Mantiqueira, já que ainda não havia sido mencionada em levantamento anteriores. A descrição do registro dessa e de outras espécies na região está em artigo de pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), publicado na sexta (12) na ‘Revista do Instituto Florestal’.

Típico da América do Sul, o furão tem porte pequeno, corpo alongado coberto de pelos e é ágil, o que faz com que seja difícil detectá-lo na floresta. Além dele, o estudo também fotografou outros mamíferos de médio e grande porte em risco de extinção, como o lobo-guará, o gato maracajá e a queixada, uma espécie de porco selvagem sul-americano.

O mapeamento conta com quase 900 registros feitos de maio de 2021 a abril de 2023, com a instalação de armadilhas fotográficas em 34 pontos de amostragem no Parque Estadual Campos do Jordão. No total, foram localizadas 30 espécies, sendo 26 nativas e 4 exóticas, que são aquelas que ocorrem fora da sua área normal de distribuição – no caso específico, cachorro doméstico, javali, gado e cavalo. Cerca de 30% das espécies nativas encontradas estão ameaçadas de extinção.

Criado em 1941, o Parque Estadual Campos do Jordão compõe a Mata Atlântica, com uma ampla biodiversidade. O bioma, entretanto, tem apenas 12,4% da cobertura vegetal original, segundo a SOS Mata Atlântica, e está ameaçado com desmatamento e alterações ambientais decorrentes de ações agropecuárias e de urbanização. De acordo com o estudo, por estar em região de declive e altitude elevada, o parque abriga diversas espécies de mamíferos, considerados fundamentais para o ecossistema, com a função de dispersão de sementes de plantas lenhosas, por exemplo.

Para a autora do estudo, Rhayssa Terra, devido à altitude do parque, o local pode ser considerado um refúgio menos quente para diversas espécies, o que pode ser importante diante das mudanças climáticas. Além da surpresa do furão-pequeno nos registros fotográficos, a pesquisadora também destaca possíveis resultados de ações de preservação. “Registrar espécies frequentemente caçadas, como a paca, que teve 216 indivíduos registrados, é sinal de que as ações de fiscalização estão sendo bem-sucedidas”. Além disso, ela comemora o registro de cinco espécies de felídeos; entre elas, a jaguatirica e a onça parda. “É bom sinal, pois tal conjunto completo indica uma boa qualidade ambiental.”

Antes desse trabalho, as espécies do Parque Estadual de Campos do Jordão haviam sido registradas a partir de entrevistas e dados secundários no Plano de Manejo de 2015. Animais como o cachorro-vinagre, que constava a partir de relatos, não apresentou vestígios na região neste novo estudo. Assim como a ariranha, registrada pela última vez em 1975 e que é considerada regionalmente extinta.

Terra destaca a importância deste artigo que contém dados sobre espécies ameaçadas, como os pequenos felídeos pintados. “Entender quais espécies ocorrem em um parque com alta demanda turística pode contribuir para conscientizar seus visitantes, sobre a importância de preservar essa fauna tão rica”, diz.

(Fonte: Agência Bori)

Mãe lança livro contando experiência de criar filha com síndrome de Down e autismo severo

Curitiba, por Kleber Patricio

Suely e a filha Laura. Foto: Divulgação.

No silêncio de um quarto de hospital, há 33 anos, começou a jornada de Suely Schmidt, uma mãe que teve a vida totalmente transformada quando recebeu a notícia de que sua filha, Laura, tinha síndrome de Down e, mais tarde, sido diagnosticada com autismo severo. Essa trajetória de resiliência e amor deu vida ao livro ‘Laura: Uma Maternidade Especial’, obra recém-lançada pela editora Inverso.

Com uma narrativa honesta, Suely compartilha os desafios, as descobertas e as alegrias de criar Laura, desde o diagnóstico inesperado. “Lembro como se fosse hoje o dia em que ela nasceu. Os médicos estavam conversando durante o meu parto e, de repente, ficou um silêncio total. Quando o médico me apresentou a minha filha, não colocou ela no meu colo, mostrou ela à distância e eu achei estranho. No dia seguinte, antes de trazê-la, ele veio na porta do quarto e disse para mim: ‘a sua filha tem todos os estigmas do mongolismo’. Foi assim – dessa forma e com esses termos – que o mundo caiu em cima de mim”, relembra Suely.

A obra também trata de temas essenciais como a falta de uma rede de apoio para famílias em situações semelhantes, estigmas sociais e inclusão – da dificuldade de encontrar escolas adequadas para atender às necessidades de Laura, passando pela busca por tratamentos médicos e o acesso a medicamentos, até o suporte necessário para enfrentar o isolamento social causado pela pandemia de Covid-19.

A ideia de escrever o livro Laura: Uma Maternidade Especial ganhou força em 2022, quando Laura foi levada para uma instituição especializada. Até então, Suely escrevia esporadicamente sobre suas experiências e sentimentos. Estes escritos iniciais serviram como uma forma de processamento emocional para Suely. Após discutir o projeto com outras pessoas e receber estímulos positivos, especialmente de outras mães de pessoas com deficiência, ela decidiu levar adiante o projeto de transformar suas reflexões em livro. “Eu conto a minha história toda desde a gravidez até dois anos atrás. Tudo o que eu vivi com ela, as minhas dificuldades, os meus erros e os meus acertos. É uma história de aceitação e de amor, mas também de realidade. Escrevi para que outras mães que vivem situações semelhantes possam encontrar forças e não se sintam sozinhas”, relata Suely.

Causa da pessoa com deficiência virou missão da família

Para além de ser uma história de luta e superação, Laura é também uma celebração da diversidade e da beleza única de cada ser humano. O nascimento dela aproximou a família do setor social. Suely impulsionou uma série de iniciativas importantes em prol da causa das pessoas com deficiência. Deu palestras, ajudou a fundar a Reviver Down, uma associação que luta em prol de pessoas com a síndrome de Down, foi uma das fundadoras da Lar Assistido, organização que divulgava a importância de criar moradias assistidas para pessoas com deficiência intelectual, além de participar da criação do Ambulatório de Síndrome de Down no Hospital de Clínicas.

“A Laura foi um presente na minha vida. Com o passar do tempo, aprendi muito com ela e me tornei uma pessoa melhor. O meu filho mais velho, Alexandre, tomou um rumo pela área social. Fundou a ASID, que trabalha pela inclusão socioeconômica da pessoa com deficiência. Meu ex-marido também fez parte de várias associações. Foram todos trabalhos desenvolvidos graças à Laura”, finaliza Suely.

Serviço:

Laura, Uma Maternidade Especial – Suely Schmidt

Editora Inverso, 144 páginas

Disponível na Amazon e no site da Editora Inverso

Sobre a autora | Suely Schmidt nasceu em Santa Catarina, é formada em História e Nutrição, Mestra em Educação e Doutora em História. Tem dois filhos e dois netos. Após o nascimento de Laura, que tem síndrome de Down, participou da criação da Associação Reviver Down, em Curitiba, cujo objetivo foi a junção de pais na busca de informações e trocas de experiências acerca dessa síndrome. Também participou da criação do Ambulatório de Síndrome de Down no Hospital de Clínicas da UFPR.

(Fonte: DePropósito Comunicação de Causas)