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Conheça cidades brasileiras aonde os ipês chamam a atenção e atraem turistas

Brasil, por Kleber Patricio

Foto: Unsplash.

Uma das mais belas manifestações da natureza nesta época do ano, os ipês se transformam também atrativos turísticos. Essas árvores, nativas do Brasil e de algumas regiões da América do Sul, encantam pelas suas lindas flores coloridas e vibrantes que florescerem de uma só vez, deixando de lado os galhos aparentemente secos em questão de dias.

Muitas cidades no Brasil aproveitam essa floração para promover eventos culturais e turísticos, dando foco para a beleza das árvores e atraindo visitantes para apreciar o espetáculo das flores. São eventos que ajudam a valorizar a cultura local, incentivam o turismo sustentável e proporcionam momentos de lazer e conexão com os atrativos naturais. Confira algumas cidades conhecidas pela beleza de seus ipês.

Brasília (DF) – A capital do país é famosa pela grande quantidade de ipês, especialmente os amarelos, que abrilhantam as ruas da cidade. Durante a floração, Brasília fica ainda mais bonita e convida os turistas a aproveitarem para tirar fotos e participar de caminhadas fotográficas. A floração dessas árvores fica ainda mais intensa na época da seca, quando a cidade está quase sem vegetação, destacando, ainda mais, a beleza colorida dessas árvores.

Campo Grande (MS) – A capital do Mato Grosso do Sul é conhecida como a ‘Cidade dos Ipês’ devido à grande quantidade dessas árvores espalhadas por seus espaços urbanos. Eles são parte essencial da identidade da cidade, ajudando a definir a paisagem e a enriquecer a cultura. A floração dos ipês, especialmente entre os meses de julho e setembro, transforma Campo Grande em um cenário de cores vibrantes, que encantam vários locais como ruas, praças e parques. Especialmente as de cores amarelas, roxas, rosas e brancas formam túneis coloridos que dão um charme especial e um chamado para aquele registro incrível da natureza sul-mato-grossense.

Curitiba (PR) – Conhecida como a ‘Capital Ecológica’ do Brasil, a capital do Paraná tem uma forte relação com os ipês, que se destacam como um dos elementos mais encantadores da paisagem urbana da cidade. Amplamente plantados em parques, praças, ruas e avenidas, essas árvores reforçam o compromisso da cidade com a arborização e a preservação ambiental.

A floração dos ipês em Curitiba é um convite não só às fotografias, mas às caminhadas pelos parques e ruas. Além disso, a cidade organiza eventos e atividades culturais que incentivam a população a valorizar e cuidar dessas áreas.

São Paulo (SP) – A terra da garoa, nessa época, abraça os ipês com uma relação especial. Eles se destacam no meio da paisagem urbana como um dos símbolos de beleza natural. A capital paulista, conhecida por sua selva de pedra, encontra nessas árvores um contraste encantador, especialmente durante os meses de inverno e início da primavera, quando elas florescem e transformam a paisagem cinza da cidade em um colorido de encher os olhos.

Parques como o Ibirapuera, Parque do Carmo e Parque Villa-Lobos são famosos por seus ipês, que se tornam grandes atrações durante a floração. Avenidas movimentadas, como a 23 de Maio, a Avenida Paulista e a Avenida Brasil, também são marcadas pela presença dessas árvores.

Goiânia (GO) – É outra cidade que se transforma durante a floração dos ipês, especialmente nos parques urbanos, onde acontecem eventos que incentivam o contato com a natureza e a fotografia. Essas árvores são tão integradas à paisagem urbana de Goiânia que se tornaram um de seus maiores símbolos. A cidade muitas vezes é chamada de “Capital dos Ipês”, exatamente devido à grande quantidade dessas árvores espalhadas por avenidas, parques e praças, o que reforça a identidade ecológica e paisagística da capital goiana.

Rota dos Ipês – O projeto, que começou a se tornar realidade no ano de 2018 no Espírito Santo, é fruto de uma parceria entre o poder público e privado com o objetivo de fomentar o turismo local e proporcionar a chegada de novos empreendimentos na região de Soído, no centro de Domingos Martins (ES). A atração conta com 7km de trajeto margeados por uma densa vegetação nativa e mais de 500 mudas dessas árvores em fase de crescimento. A intenção é que, futuramente, o percurso seja um dos cartões-postais da cidade.

Incentivo | O Ministério do Turismo desenvolve várias ações para estimular os brasileiros a viajarem mais pelo país. Uma delas é o Conheça o Brasil: Voando, uma parceria com o Ministério de Portos e Aeroportos e empresas aéreas. O programa envolve, por exemplo, o aumento da oferta de voos e a opção de ‘stopover’, já disponível em cidades como São Paulo (SP), Brasília (DF), Fortaleza (CE), Curitiba (PR), Recife (PE), Manaus (AM) e Belém (PA). Na modalidade, com uma mesma passagem área o turista pode visitar um local intermediário antes de seguir ao destino final.

Já o Conheça o Brasil: Realiza permite que correntistas do Banco do Brasil tenham acesso a uma linha de crédito voltada à aquisição de serviços turísticos com condições diferenciadas. O trabalho do MTur também abrange o Conheça o Brasil: Cívico. A iniciativa visa incentivar estudantes, professores e pesquisadores a visitarem destinos conectados à história nacional com um projeto-piloto desenvolvido em Brasília (DF) e cidades do entorno da capital.

(Fonte: Ministério do Turismo/Governo Federal)

Feriado de 7 de setembro em São Paulo tem abertura de exposição sobre as ditaduras brasileiras e argentinas com entrada gratuita

São Paulo, por Kleber Patricio

Exposições Uma Vertigem Visionária – Brasil: Nunca Mais e Memória argentina para o mundo: o Centro Clandestino ESMA apresentam processos de luta e resistência em ambos os países.

São Paulo abriga o principal museu de história dedicado à memória política das resistências e da luta pela democracia no Brasil, que tem como missão a valorização da cidadania, da pesquisa e da educação a partir de uma perspectiva plural e diversa sobre o passado, o presente e o futuro. O Memorial da Resistência de São Paulo é um museu da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, aberto em 2009, e fica exatamente no mesmo prédio onde operou entre 1940 e 1983 o Departamento Estadual de Ordem Política e Social (Deops/SP). No feriado de 7 de setembro, o museu apresenta a abertura de duas exposições concomitantes: ‘Uma Vertigem Visionária – Brasil: Nunca Mais’ e ‘Memória argentina para o mundo: o Centro Clandestino ESMA’.

A mostra argentina é uma itinerância realizada pelo Museu Sítio de Memória ESMA – ex-centro clandestino de detenção, tortura e extermínio em Buenos Aires – e explora a história do edifício desde a ocupação pelas Forças Armadas, durante a última ditadura argentina (1976–1983), até seu reconhecimento como Patrimônio Imaterial da Unesco, em 2023. As violações de direitos humanos cometidas contra mulheres no período também são revisitadas a partir dos testemunhos das sobreviventes.

Em paralelo, com curadoria do pesquisador e professor Diego Matos, a exposição Uma Vertigem Visionária – Brasil: Nunca Mais é dedicada à memória do projeto homônimo, responsável pela mais ampla pesquisa já realizada pela sociedade civil sobre a tortura no Brasil durante a Ditadura Civil-Militar (1964–1985).

Brasil: Nunca Mais (1991). Editora Vozes. Foto: Memorial da Resistência de São Paulo.

Com as duas mostras, o Memorial explora as últimas ditaduras brasileira e argentina ao apresentar diferentes processos de luta e resistência protagonizados em ambos os países latino-americanos. A partir da história oral, coloca ambas as exposições em diálogo para a construção de uma memória coletiva sobre os períodos de repressão.

A abertura contará com a presença de Mayki Gorosito, diretora técnica do Museu Sítio de Memória ESMA, e do curador Diego Matos.

Uma Vertigem Visionária – Brasil: Nunca Mais

Em 400m², a mostra resgata a memória do projeto Brasil: Nunca Mais, empreendida entre 1979 e 1985. A iniciativa foi responsável por sistematizar e produzir clandestinamente cópias de mais de 1 milhão de páginas contidas em 707 processos do Superior Tribunal Militar (STM), revelando a extensão da repressão política do Brasil no período.

A história do projeto e seus desdobramentos é apresentada junto a testemunhos de advogados, jornalistas e defensores de direitos humanos envolvidos no projeto, que, por anos, tiveram seus nomes mantidos no anonimato: Paulo Vannuchi, Anivaldo Padilha, Ricardo Kotscho, Frei Betto, Carlos Lichtsztejn, Leda Corazza, Petrônio Pereira de Souza e Luiz Eduardo Greenhalgh.

Alípio Freire. Série a partir de fotografia de Rita Sipahi (1973) – Coleção Alípio Freire/Acervo Memorial da Resistência de São Paulo.

O arquivo de 707 processos judiciais, expõe os depoimentos de presos políticos sobre as ações de repressão, vigilância, perseguição e tortura do aparato estatal. As cópias desse conteúdo, que por anos foram mantidas em segurança em acervos preservados na Suíça e nos EUA, tiveram repatriamento e retornaram ao Brasil em 2011, onde atualmente encontram-se sob salvaguarda do Arquivo Edgard Leuenroth/Unicamp, em Campinas.

O projeto teve apoio do Conselho Mundial de Igrejas e da Arquidiocese de São Paulo, com participação de Dom Paulo Evaristo Arns (1921–2016), arcebispo de São Paulo, e do Rev. James Wright (1927–1999), da Missão Presbiteriana do Brasil Central.

Além dos arquivos do projeto Brasil: Nunca Mais, a exposição apresenta obras da Coleção Alípio Freire, sob salvaguarda do Memorial da Resistência, realizadas por ex-presos políticos como Artur Scavone, Ângela Rocha, Rita Sipahi, Manoel Cyrillo, Sérgio Ferro, Sérgio Sister e o próprio Alípio Freire, durante a permanência em presídios de São Paulo na Ditadura.

Também compõem a mostra obras de arte de artistas como Carmela Gross, Regina Silveira, Artur Barrio, Antonio Manuel, Rubens Gerchman, Claudio Tozzi e Carlos Zílio, do Acervo da Pinacoteca de São Paulo, e obras externas de Rivane Neuenschwander, Claudio Tozzi e Carlos Zilio. Rafael Pagatini apresentará uma obra, comissionada para a exposição, ocupando um mural de 100m² na área externa do museu.

A exposição também lança luz sobre o tempo presente, oferecendo indícios da importância desse debate hoje na perpetuação das permanentes violências do Estado contra suas minorias e populações vulneráveis.

Memória argentina para o mundo: o Centro Clandestino ESMA

Museu Sítio de Memória ESMA – ex-centro clandestino de detenção, tortura e extermínio. Foto: Divulgação.

O lugar de memória, antiga sede da Escola Superior de Mecânica da Armada (ESMA), foi o maior centro clandestino da última ditadura civil-militar argentina (1976–1983), onde foram detidas ou desaparecidas cerca de 5 mil pessoas, entre militantes políticos, estudantes e artistas. Com dois eixos principais divididos em 210m², a exposição apresenta a história do edifício junto a depoimentos com diferentes histórias de luta, lançando um olhar sobre o passado e conectando-o ao tempo presente e as reinvindicações por justiça, verdade e reparação.

O núcleo Patrimonio do Nunca Mais contém um vídeo institucional sobre a ESMA e seis painéis com textos e imagens que abordam a história do edifício. Já Ser mulheres na ESMA aborda as violências específicas a quais mulheres sofreram durante seus sequestros e detenções, como a maternidade durante a prisão, a solidariedade entre as presas e os caminhos adotados para a recuperação física e psicológica das vítimas.

Também compõe o espaço expositivo uma ocupação com fotografias documentais do acervo Memoria Abierta, aliança de organizações argentinas de direitos humanos que promove a memória sobre as violações de direitos no passado recente, ações de resistência e lutas pela verdade e justiça, para refletir sobre o presente e fortalecer a democracia. A fim de apresentar ao público brasileiro a memória visual do período, a ocupação traz registros dos fotógrafos Daniel García e Eduardo Longoni e duas imagens sem autoria definida.

Além de reforçar a importância da história oral, a mostra busca valorizar a preservação e a musealização de lugares de memória difícil – em estreito diálogo com a exposição temporária dedicada ao projeto Brasil: Nunca Mais.

Sobre o museu

Prédio do Memorial da Resistência de São Paulo. Foto: João Leoci.

O Memorial da Resistência de São Paulo é o principal museu de história dedicado à memória política das resistências e da luta pela democracia no Brasil, e tem como missão a valorização da cidadania, da pesquisa e da educação a partir de uma perspectiva plural e diversa sobre o passado, o presente e o futuro.

Aberto ao público em 2009, o museu é um lugar de memória dedicado a preserva a história do prédio onde operou entre 1940 e 1983 o Departamento Estadual de Ordem Política e Social (Deops/SP), uma das polícias políticas mais truculentas da história do país.

Por meio de exposições temáticas de grande impacto social, ações educativas, atividades para pessoas com deficiência e programações culturais gratuitas, o museu se consolidou como referência em Educação em Direitos Humanos, promovendo o pensamento crítico e desenvolvendo atividades sobre direitos humanos, repressão, resistência e patrimônio.

Serviço:

Largo General Osório, 66 – Santa Ifigênia, São Paulo, SP

Telefone: 55 (11) 3335-5910

Aberto de quarta a segunda (fechado às terças), das 10h às 18h

Entrada gratuita:  os ingressos do Memorial estão disponíveis no site e na bilheteria do prédio. Todas as pessoas, inclusive menores de idade, precisam reservar seus ingressos em https://memorialdaresistenciasp.org.br/horarios-e-ingressos/

Acesso Seguro: A Pinacoteca conta com uma saída exclusiva da CPTM a Pina Estação que faz integração com a linha 4 – Amarela do metrô. O acesso exclusivo pelo Boulevard João Carlos Martins oferece segurança para os visitantes que acessam os equipamentos culturais do Complexo Júlio Prestes, onde está a Pinacoteca Estação. Para acessar este caminho, basta seguir as sinalizações da plataforma 1 da CPTM na Estação da Luz.

(Fonte: Com Juliana Victorino/Agência Jacarandá)

Liniker anuncia estreia da turnê de ‘Caju’ em parceria com Coala Music

São Paulo, por Kleber Patricio

Liniker no videoclipe de ‘Tudo por Rony Hernandes’.

Liniker compartilhou algumas vezes que ela fez ‘Caju’, seu segundo trabalho solo, para se divertir. O álbum chegou como um furacão: gerou elogios, memes, engajamento, comoção e muitos plays. Foram mais de 30 milhões de streams em apenas 10 dias de lançamento (e até o boné com o título do disco teve todas as unidades colocadas à venda esgotadas em menos de 5 minutos). Após esse primeiro contato com a obra, está chegando o momento de levar a diversão proposta pela cantora e compositora araraquarense para fora do ambiente digital e exponencializar Caju por meio da catarse que só os shows e o contato ao vivo conseguem proporcionar. A turnê de Caju será resultado de uma parceria de Liniker com o Coala Music (ecossistema que tem como objetivo potencializar a música brasileira e nome responsável pelo Coala Festival), sendo que a estreia do espetáculo acontecerá em São Paulo no dia 8 de novembro no Espaço Unimed. No dia 5 de setembro, quinta-feira, os ingressos estarão disponíveis no site da Ticket360.

“Eu fiquei emocionada pela maneira que o público recepcionou Caju. É um disco longo e que não obedece às regras do mercado, com músicas e instrumentais extensos. Já estou na fase de concepção do show e acho que os fãs também serão surpreendidos pela experiência de Caju ao vivo. Não vejo a hora desse encontro”, comenta Liniker. “Cantei a faixa-título em uma apresentação na semana de lançamento do álbum e todo mundo sabia a letra inteira. Até a estreia da turnê, que vai rodar o Brasil, as músicas vão ficar ainda mais latentes na vida das pessoas. Será algo grandioso”, promete.

A parceria de Liniker com o Coala Music surge para tornar o momento do ao vivo ainda mais especial. Responsável pelo Coala Festival e pelas bem-sucedidas turnês da banda O Terno e do rapper BK’, o Coala Music é reconhecido por fortalecer a música brasileira priorizando a arte e os projetos que ajudam a delinear o que é a verdadeira cultura do país. “Estamos muito animados com essa parceria e a possibilidade de produzir a turnê de uma das maiores artistas do Brasil na atualidade, ainda mais se tratando dessa obra prima que é Caju. O Coala Music sempre teve um olhar humano e de longo prazo na relação com o público e com os artistas. A confiança da Liniker e de toda equipe no nosso trabalho mostra que estamos no caminho certo”, diz Victor Senedesi, diretor das áreas de Management e de Turnês do Coala Music.

Em breve, Liniker anunciará as primeiras datas da turnê de Caju e aí, sim, será a hora de decorar quantos shows a artista tem em sua agenda. Ouça Caju.

Serviço:

Liniker em São Paulo

Data: 8 de novembro de 2024 (sexta-feira)

Local: Espaço Unimed – R. Tagipuru, 795 – Barra Funda – São Paulo/SP

Venda de ingressos: a partir de 5 de setembro no site da Ticket360.

(Fonte: Com Carol Pascoal/Trovoa Comunicação)

Theatro Municipal apresenta a ópera ‘Nabucco’, de Verdi, com direção de Christiane Jatahy

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: Carole Paradi/Divulgação.

Com um enorme sucesso de público e crítica no Grand Théâtre de Genève, na Suíça, ‘Nabucco’ terá temporada no Brasil em apresentação no Theatro Municipal de São Paulo. A ópera em quatro atos de Giuseppe Verdi, escrita em 1842, conta a história do rei Nabucodonosor II da Babilônia em uma narrativa com pano de fundo nacionalista e celebrada pelo coro Va, Pensiero, também conhecida como o Coro dos Escravos Hebreus, uma das grandes composições da história da música. As récitas contam com Roberto Minczuk na direção musical e Christiane Jatahy na direção cênica, com participação do Coro Lírico Municipal e Orquestra Sinfônica Municipal.

Em seu elenco de solistas, nos dias 27/9, 29/9, 2/10 e 5/10, a ópera contará com Alberto Gazale como Nabucco, Marsha Thompson como Abigaille, Savio Sperandio como Zaccaria, Enrique Bravo como Ismaele e Luisa Francesconi como Fenena. Já nos dias 28/9, 1/10 e 4/10, Brian Major como Nabucco, Marigona Qerkezi como Abigaille, Matheus França como Zaccaria, Marcello Vannucci como Ismaele, e Juliana Taino como Fenena. Em todas as datas, Lorena Pires como Anna, Rafael Thomas como Il Gran Sacerdote e Eduardo Goés como Abdallo. A ópera tem duração aproximada de 160 minutos (com intervalo) e ingresso de R$31 a R$200 (inteira).

Para Andrea Caruso Saturnino, superintendente geral do Complexo Theatro Municipal, o espetáculo é uma oportunidade para o público assistir um clássico remontado pelas mãos de uma grande artista contemporânea brasileira. “Estamos muito felizes em trazer a Christiane Jatahy para dirigir uma ópera pela primeira vez no Theatro Municipal, de modo especial por ser Nabucco, um clássico do repertório que toca em temas importantes de serem tratados, como a imigração e a opressão”, pontua.

O enredo da ópera segue a situação dos judeus exilados de sua terra natal pelo rei babilônico Nabucodonosor II. Com libreto de Temistocle Solera e baseada em passagens bíblicas do antigo testamento, Nabucco é uma trama complexa sobre as ocupações, guerras, violência política e poder. A obra foi criada durante a época da ocupação austríaca no norte da Itália e acabou sendo utilizada como hino não-oficial e símbolo cultural da luta de libertação nacional que desembocou no processo de unificação italiana.

Nabucco foi um sucesso imediato quando teve sua estreia no Teatro alla Scala, em Milão, o que estabeleceu a grandiosidade de Verdi como compositor em um momento conturbado, tanto para o autor, quanto para seu país. Musicalmente, passeia entre ritmos energéticos e propulsivos, contrastados com momentos mais líricos em um fervor musical comovente. Vários trechos da ópera ganharam bastante autonomia, sendo o principal deles o Va, Pensiero, que coloca o coro como peça fundamental da dramaticidade da obra.

Do ponto de vista da direção cênica, em Nabucco, Jatahy revigora a metáfora bíblica de Verdi ao apresentar as palavras daqueles que enfrentam tiranos e extremistas pelo mundo todo, ainda hoje. A autora é diretora de teatro e cineasta, formada em teatro, jornalismo e com pós-graduação em arte e filosofia, sendo premiada com o Leão de Ouro da Mostra de Teatro de Veneza em 2022. Seus trabalhos, desde 2003, dialogam com distintas áreas artísticas.

Sobre os temas abordados, Christiane Jatahy explica que não foi realizada qualquer alteração no texto, que por si só levanta questões inerentes à história e à liberdade humana em diversos períodos. “Não mudamos o libreto. Mas foi central para mim retratar a questão nos dias de hoje. Por isso, a montagem traz elementos como os figurantes que representam, junto com o coro, o povo exilado que será formado por pessoas refugiadas. Pessoas que fugiram das guerras de hoje e estão ali junto com o coro e os solistas para contar essa história”, explica a diretora cênica.

Entre os destaques da montagem, a relação entre teatro e cinema, típica do trabalho da diretora, que será utilizada para contar a história em outros pontos de vista. “A utilização das câmeras em cena e também da projeção tem, para mim, uma função dramatúrgica. Elas não são só imagens para mostrar de perto o que está acontecendo, elas vão possibilitando outros pontos de vistas sobre o que não está tão visível”, finaliza.

Serviço:

Nabucco

Ópera em quatro atos de Giuseppe Verdi, com libreto de Temistocle Solera. Antonino Fogliani, compositor do interlúdio final – Montagem original do Grand Théâtre de Genève

27/9/2024 • 20h

28/9/2024 • 17h

29/9/2024 • 17h

1/10/2024 • 20h

2/10/2024 • 20h

4/10/2024 • 20h

5/10/2024 • 17h

ORQUESTRA SINFÔNICA MUNICIPAL

CORO LÍRICO MUNICIPAL

Roberto Minczuk, direção musical

Christiane Jatahy, direção cênica

Érica Hindrikson, regência do Coro Lírico Municipal

Antonino Fogliani, compositor do interlúdio final

Thomas Walgrave, Marcelo Lipiani e Christiane Jatahy, cenografia

An D’Huys, figurinos

Thomas Walgrave, iluminação

Batman Zavareze, vídeo

Paulo Camacho, direção de fotografia

Júlio Parente, desenvolvimento do sistema de vídeo

Pedro Vituri, designer de som

Marcelo Buscaino, assistente de direção

Henrique Mariano, coordenador de produção audiovisual.

Dias 27, 29, 2, 5

Alberto Gazale, Nabucco

Marsha Thompson, Abigaille

Savio Sperandio, Zaccaria

Enrique Bravo, Ismaele

Luisa Francesconi, Fenena

Dias 28, 1 e 4

Brian Major, Nabucco

Marigona Qerkezi, Abigaille

Matheus França, Zaccaria

Marcello Vannucci, Ismaele

Juliana Taino, Fenena

Todas as datas

Lorena Pires, Anna

Rafael Thomas, Il Gran Sacerdote

Eduardo Goés, Abdallo

Duração aproximada 160 minutos (com intervalo)

Classificação indicativa livre para todos os públicos

Ingresso de R$31 a R$200 (inteira).

(Fonte: Com André Santa Rosa/Assessoria de imprensa Theatro Municipal)

Pinacoteca inaugura primeira individual de Gabriel Massan no Brasil

São Paulo, por Kleber Patricio

Imagens: cortesia de Gabriel Massan, 2022.

A Pinacoteca de São Paulo apresenta ‘Gabriel Massan: Terceiro Mundo – a dimensão descoberta’, projeto experimental desenvolvido em colaboração com a Serpentine Galleries, de Londres, na Galeria Praça do edifício Pina Contemporânea. A iniciativa conta com apoio do Iguatemi São Paulo.

Concebido a partir de uma perspectiva decolonial, de teorias queer e de estratégias descentralizadas em tecnologia, Gabriel Massan constrói Terceiro Mundo, um jogo de videogame ambientado em um universo fantástico que, a partir de um storytelling colaborativo, desafia o conceito colonial de ‘exploração’ e convoca o público a repensar suas ações no mundo.

O jogo é definido por Massan como “uma analogia sensível que convida o usuário e o visitante a se compreenderem enquanto agentes da colonialidade promovendo questionamentos a partir da tomada de ações em modo sobrevivência”. A galeria expositiva se transforma no universo imersivo criado pelo artista, com suas esculturas, desníveis e texturas que remetem à experiência de dentro das telas.

Ao percorrer o espaço, o visitante pode escolher entre as quatros estações de jogos para dar início a jornada pelo Terceiro Mundo ou permanecer no espaço para assistir a experiência dos jogadores em tempo real, por meio de cinco telas no espaço expositivo – como em canais dedicados ao streaming de jogos.

Serviço:

Gabriel Massan: Terceiro Mundo – a dimensão descoberta

Período: 31/8/2024 a 2/2/2025

Curadoria: Lorraine Mendes e Tamar Clarke-Brown

Iniciativa: Serpentine Arts Technologies

Pinacoteca Contemporânea (Galeria Praça)

De quarta a segunda, das 10h às 18h (entrada até 17h)

Gratuitos aos sábados – R$30,00 (inteira) e R$15,00 (meia-entrada), ingresso único com acesso aos três edifícios – válido somente para o dia marcado no ingresso

Quintas-feiras com horário estendido B3 na Pina Luz, das 10h às 20h (gratuito a partir das 18h).

(Fonte: Maria Clara Maruchi/Index – Estratégias de Comunicação)