Estudo da USP e parceiros estimou o impacto positivo ou negativo dos 33 alimentos mais populares no Brasil para a saúde e o meio ambiente


São Paulo
No dia 28 de abril, o Brasil celebra o Dia Nacional da Caatinga, único bioma exclusivamente brasileiro e presente em mais de 10% do território nacional. Abrangendo nove estados do Nordeste e o norte de Minas Gerais, a Caatinga abriga cerca de 28 milhões de pessoas e uma biodiversidade que não encontra paralelo no mundo. Ainda pouco valorizado em comparação a outros biomas, o território semiárido brasileiro é palco de resistência, cultura e inovação e de iniciativas socioambientais apoiadas pela Fundação Banco do Brasil.
Marcelo Moro, professor titular da Universidade Federal do Ceará e pesquisador da biodiversidade do semiárido, lembra que a Caatinga tem importância histórica e ambiental que vai muito além do que geralmente é retratado. “A Caatinga é um ótimo local para se viver. Boa parte dos problemas que vemos derivam de questões sociais, e não da natureza do bioma em si. Há mais de três mil espécies de plantas e centenas de espécies animais aqui, muitas exclusivas da região”, afirma o pesquisador. Moro destaca ainda que a ocupação humana nesta região remonta a milhares de anos: “A Caatinga é habitada pela humanidade há milênios, como mostram as pinturas rupestres de locais como o Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí. Ela também abriga espécies emblemáticas, como onças e antas, que muitos associam à Amazônia ou Pantanal, mas que também ocorrem aqui”.
Transformação para quem vive na Caatinga
É nesse ambiente historicamente habitado e resiliente que surge o projeto ‘Mulheres camponesas, autonomia, alimentação e vidas saudáveis na Caatinga’. A iniciativa, realizada no Agreste pernambucano com investimento social de R$ 500 mil da Fundação Banco do Brasil, atua na recuperação de áreas degradadas, implantação de quintais produtivos e formação em agroecologia para mulheres assentadas da reforma agrária. Os chamados quintais produtivos são áreas cultivadas geralmente perto das residências dos agricultores e que combinam diferentes sistemas como hortas, plantas medicinais e frutíferas.
Cherla Michele de Lima, da diretoria da entidade executora, destaca o impacto inicial da proposta sobre as comunidades envolvidas. “O projeto propõe sim uma mudança de vida a cada um dos participantes, sobretudo na perspectiva de conviver com o meio ambiente. A construção dos quintais produtivos, aliada ao reflorestamento, é recebida com entusiasmo nas comunidades”, afirma. E completa: “O projeto está em fase inicial, no entanto, dá para perceber nas pessoas que participam, a alegria de estar sendo contemplado com um projeto tão importante e promissor.”
Nos municípios de Caruaru e São Joaquim do Monte, 60 famílias serão diretamente beneficiadas, e outras 150 pessoas impactadas de forma indireta. Além dos quintais e viveiros, a proposta aposta no fortalecimento da agricultura familiar como estratégia de autonomia econômica e preservação ambiental já que enfatiza a diversidade de cultivos, o uso de sementes crioulas e a minimização do uso de insumos químicos.
Outro exemplo de transformação no semiárido é o projeto ‘Nas Ramas da Esperança’, desenvolvido há 15 anos no Sertão do São Francisco. Em 2024, a iniciativa recebeu a certificação de Tecnologia Social da Fundação Banco do Brasil, o que ampliou sua atuação para 11 estados e 153 municípios. As Tecnologias Sociais são formas de atuação coletiva que unem o conhecimento popular e o científico, com o objetivo de solucionar algum problema da comunidade.
Para Rogério Miziara, gerente de Soluções da Fundação BB, existem inúmeras práticas desenvolvidas por todo o Brasil que têm o potencial de serem reaplicadas. “O grande troféu de quem atua com Tecnologia Social é ver a expansão das iniciativas em várias comunidades. Isso está no nosso propósito, promover coletivamente caminhos para a transformação social e relação sustentável com a natureza. As Tecnologias Sociais contribuem para o fortalecimento da segurança alimentar, da organização e protagonismo social, sendo ferramentas importantes para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU”, pontua Miziara.
Segundo Erbs Cintra de Souza Gomes, professor e cientista responsável pelo projeto, a certificação fortaleceu a credibilidade da metodologia. “Esse reconhecimento possibilitou validar nossa metodologia como uma prática eficaz, que pode ser reaplicada em outros territórios”, afirma. Entre as práticas desenvolvidas, destaca-se a introdução de alimentos biofortificados no combate à fome. “A introdução de alimentos biofortificados, como batata-doce, macaxeira e feijão, tem sido fundamental no combate à fome, além de contribuir para a diversificação da produção agrícola adaptada ao clima semiárido”, diz o professor.
Além de garantir a segurança alimentar e melhorar a qualidade de vida dos agricultores familiares, o projeto também promove a capacitação de jovens e o protagonismo feminino em comunidades rurais. “Nós temos a missão de integrar práticas sustentáveis à realidade local”, complementa Erbs Gomes.
Para Marcelo Moro, que acompanha de perto os impactos ambientais sobre a Caatinga, projetos como esses ganham ainda mais relevância diante dos desafios enfrentados pelo bioma. “Cerca de metade da Caatinga já foi desmatada e parte das áreas remanescentes sofrem com queimadas, caça ilegal, corte seletivo de madeira e desertificação. A caça, por exemplo, afeta a dispersão de sementes e compromete a regeneração natural da vegetação”, explica. Ele alerta para os efeitos da degradação: “Áreas extremamente degradadas são algumas vezes, erroneamente, colocadas na mídia para representar a Caatinga como um ambiente pobre em espécies, sem vida. Mas a Caatinga é um local incrível, com paisagens lindas, espécies fantásticas e uma riqueza cultural significativa”.
Com o apoio da Fundação Banco do Brasil e o envolvimento direto das comunidades, a Caatinga mostra-se um espaço de vida, trabalho e inovação. E, no Dia da Caatinga, o que floresce no sertão não é só vegetação — é também a esperança.
Sobre a Fundação BB | Há 40 anos, a Fundação Banco do Brasil busca inspirar cada brasileiro a se tornar um agente de transformação da sociedade. A instituição acredita na força do coletivo para encontrar soluções viáveis na superação dos desafios e promoção do desenvolvimento sustentável, sendo a principal gestora dos projetos socioambientais apoiados por meio do Investimento Social Privado – ISP do BB e de parceiros. Nos últimos 10 anos, foram investidos R$ 2,7 bilhões em 10 mil iniciativas que impactaram positivamente a vida de 6,8 milhões de pessoas de 3.400 municípios.
(Com Carol Veiga/Apex Comunicação)
No último dia 23 de abril, a educação amazonense viveu um momento histórico, quando os educadores Edinho, Modesto e Odorico se tornaram os primeiros indígenas Yanomami a obterem o título de mestre do Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia (PPGSCA) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM).
As defesas ocorreram no Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais (IFCHS) do campus sede, localizado em Manaus, como parte da programação do encontro inédito ‘Davi Kopenawa: palavras de um xamã Yanomami’.
Edinho, Modesto e Odorico são graduados em Licenciatura Indígena – Políticas Educacionais e Desenvolvimento Sustentável e atuam como professores do ensino básico em dois Xaponos (casa coletiva Yanomami), no Rio Marauiá, onde constroem pontes entre o saber tradicional e a formação escolar.
O ingresso no mestrado ocorreu em 2023, quando o PPGSCA ofertou uma turma em São Gabriel da Cachoeira (a 852 quilômetros da capital). Todos enfrentaram dificuldades para concluir os estudos: domínio da língua portuguesa, compreensão das atividades, disponibilidade de computadores e o deslocamento, interrompido durante a estiagem recorde de 2023, foram alguns dos desafios.
Com apoio da UFAM e concessão de bolsas e equipamentos pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), os três finalizaram suas dissertações, cujo objeto de pesquisa tratou da ancestralidade do povo Yanomami.
Odorico Xamatari Hayata Yanomami foi o primeiro aprovado pela banca de mestrado, com o tema ‘O Matohi Yanomami: uma autoetnografia do corpo de um aprendiz de hekura do Xapono Balaio do Rio Marauiá/AM’. Após defender sua dissertação, ele não escondeu a felicidade. “Estou muito satisfeito e emocionado como um Yanomami que conseguiu vencer as batalhas. Eu não sou individual, me formei como coletivo do povo do Amazonas”, destacou.
A segunda defesa de dissertação foi feita Edinho Yanomami Yarimina Xamatari, com o tema ‘Pohoropihiwitëri Pë á Rii Rë Haiwei – A língua materna dos Yanomami de Pohoroâ’, motivada por sua percepção sobre a importância de manter viva a língua de seu povo. “Eu estava vendo que havia um problema. Cada Xapono já vem deixando um pouquinho da língua Yanomami. Quem está vindo vai ver que o material [didático] já está elaborado para ser trabalhado com as crianças na escola. […]. Eu estou alegre, porque estou defendendo o resultado de minhas dificuldades”, explicou.
Quem finalizou as defesas foi Modesto Yanomami Xamatari Amaroko, cujo tema de dissertação foi ‘Amôa Yanomami: Reflexões sobre a função e as transformações das amôa (músicas) na vida do Xapono Balaio do Rio Marauiá’. Agora, o próximo passo é seguir para o Doutorado, onde pretende continuar explorando a música Yanomami. “Hoje é um dia muito especial. Nós, três Yanomami, do município de Santa Isabel [do Rio Negro], estamos concluindo nosso trabalho. Estamos levando novidades para nossas comunidades, e estou muito feliz e agradecido por todo apoio. Isso é muito importante para mim e minhas lideranças tradicionais”, finalizou.
Educação em terra Yanomami
Em seu momento de fala, Davi Kopenawa exaltou a dedicação empreendida para ajudar a transformar a realidade do povo Yanomami. “Vocês sofreram [dificuldades], mas aprenderam. Isso era o que eu queria há 10, 20 anos passados. Vocês três escolheram um bom caminho. Isso é resultado de nossa luta. Estou muito orgulhoso de vocês, são meus primos e guerreiros”, declarou emocionado.
Porém, Kopenawa não foi brando ao cobrar publicamente a construção de escolas em pontos estratégicos para atender a população indígena — uma promessa que a cada ano se repete. “Em 2025, precisamos que o Ministério da Educação [MEC] olhe para nós, todos os Yanomami. Isso é o que nós queremos: ter escolas construídas. […]. Não queremos aprender para ganhar dinheiro, mas para proteger a floresta onde está a saúde, a harmonia, a alegria, o trabalho. Se não funcionar, vamos nos pintar para pressionar quem está sovinando as escolas nas comunidades. […]. Se não resolverem, vamos para o exterior até chegar na ONU [Organização das Nações Unidas]”, afirmou veementemente.
Apoio de professores
Devido à seca histórica de 2023, os mestrandos não conseguiram assistir às aulas em São Gabriel da Cachoeira. A solução encontrada pela coordenação do PPGSCA foi enviar dois professores para realizar a orientação em territórios tradicionais. O professor Dr. Agenor Cavalcanti foi um dos que aceitou o desafio. Para ele, a conquista do mestrado por parte de três indígenas representa uma reparação histórica para a educação amazonense. “É um engajamento do processo da pós-graduação com a inclusão de intelectuais indígenas. Isso não será revertido. Eu vejo o futuro da universidade nesta linha, pois passamos muito tempo formando conhecimento hegemônicos e especialistas ‘stricto sensu’, mas agora chegou o momento de reconhecer as apropriações que, por muito tempo, a ciência fez e [agora] fazer com que nossas dissertações sejam feitas pelos povos indígenas, que antes eram objetos de estudo desta universidade. […]. Esses três são uma reparação histórica muito pequena, mas é algo que inicia”, afirma.
Caio Souto, professor do PPGSCA, coordenou diversas reuniões e iniciativas para que os mestrandos finalizassem o curso. Além disso, atuou como orientador no trabalho de Modesto e coorientador junto às pesquisas de Edinho e Odorico.
No segundo semestre deste ano, o PPGSCA pretende lançar um novo edital de mestrado e, agora, também de doutorado fora da sede, em São Gabriel da Cachoeira. A expectativa é que novas turmas, com mais vagas, continuem a ser ofertadas em 2026, de forma que estudantes de municípios próximos, como Santa Isabel do Rio Negro e Barcelos (a 406 quilômetros da capital).
Além disso, entre os dias 26 a 30 de maio, o PPGSCA vai realizar as defesas dos outros 27 estudantes que concluíram o mestrado em São Gabriel da Cachoeira. O momento vai contar com 20 doutores para avaliar as dissertações, contado também com representantes públicos, como Dadá Baniwa, coordenadora da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) na região do Rio Negro, e Joenia Wapichana, presidente da Funai.
Caio enfatiza que este é um novo passo na história da universidade. “Esse programa tem 27 anos. Esperamos que ele cresça cada vez mais, acolha cada vez mais os povos indígenas da Amazônia e de outros locais, e que colabore com outros projetos. Estou profundamente emocionado por ter participado disso”, declarou.
(Com Emanuelle Araujo Melo de Campos/UP Comunicação)
Embora o tradicional ovo de Páscoa tenha ganho destaque nas prateleiras, um seleto público, com uma conta bancária mais doce que a maioria, apostou em opções exclusivas – ou seja, o que já é bom por natureza pode, sim, ficar ainda melhor. E foi justamente com esse olhar mais sofisticado que o MeuPatrocínio realizou um levantamento com a participação dos usuários da plataforma, que, segundo dados divulgados pela própria empresa, têm uma renda média mensal superior a 90 mil reais. O resultado revelou os chocolates de luxo mais desejados por eles. Confira:
Chocopologie by Knipschildt
Considerado um dos chocolates mais caros do mundo, o La Madeline au Truffe é uma trufa feita à mão pela chocolateria Knipschildt. Ela é recheada com uma trufa negra francesa e coberta com chocolate belga de alta qualidade. O preço gira em torno de US$ 2.600 por libra.
The Luxury Chocolate by La Madeline au Truffe
Outra variação das trufas de Knipschildt, essa edição especial também é conhecida pelo seu preço elevado. Combinando trufas frescas e chocolate de alta qualidade, oferece uma experiência luxuosa. Cada trufa custa cerca de US$ 250.
Amedei’s Chuao Chocolate
Produzido pela renomada chocolateria italiana Amedei, o Chuao é feito com grãos raros de cacau da Venezuela. A marca é famosa por seus chocolates finos e exclusivos e o Chuao é uma das variedades mais caras devido ao seu sabor único e ingredientes de alta qualidade. Uma barra de Amedei Chuao custa cerca de US$ 1.000.
DeLafée’s Gold Chocolate
A DeLafée, chocolataria suíça, cria barras de chocolate cobertas com ouro comestível de 24 quilates. A combinação de chocolate premium e ouro torna esse produto um dos mais caros do mundo, com o preço de uma barra podendo chegar a US$ 1.500.
O valor está na exclusividade, não no chocolate
Um dos entrevistados do levantamento, Marcus Fonseca, de 45 anos, afirmou que presentear a parceira com algo tão sofisticado vai além de oferecer algo saboroso; trata-se de proporcionar experiências exclusivas. “Não é sobre o valor do presente, mas sobre o sentimento de exclusividade que ele carrega. Gosto de ver quem está ao meu lado aproveitando algo único, algo que ela sabe que não é para qualquer um. Esses gestos, com certeza, tornam a relação mais intensa, mais interessante e, claro, mais prazerosa”, disse.
(Fonte: MeuPatrocínio)
Santo Antônio do Pinhal (SP) irá sediar, de 15 a 18 de maio, a 7ª edição da FLIMA (Festa Literária da Mantiqueira). Com o tema ‘Deslocamentos e Pertencimentos’, o evento reúne 60 atividades literárias e artísticas gratuitas para todas as idades. A programação, que acontece em diferentes espaços da cidade, inclui shows musicais e feira de livros com mais de 30 estandes.
O destaque da edição fica por conta das 11 mesas literárias no Auditório Municipal, que tratam de assuntos como migração, emergência climática, feminismo, religiosidade e identidade. O evento tem a curadoria de Cristiane Tavares, Maria Carolina Casati e Roberto Guimarães.
Segundo Guimarães, com a pluralidade de vozes e transversalidade dos temas, o festival aposta em encontros potentes entre literatura, realidade e sensibilidade, promovendo diálogos necessários sobre o mundo contemporâneo e suas encruzilhadas. “Acreditamos que a literatura pode contribuir para aproximar as pessoas ampliando as possibilidades de diálogo”, ressalta.
Presença confirmada de grandes nomes, como o escritor Milton Hatoum, o jornalista internacional Jamil Chade, a escritora e roteirista Tati Bernardi, o ambientalista e escritor Kaká Werá, da pesquisadora e escritora Luciany Aparecida e muito mais.
Além disso, as atrações musicais também refletem a pluralidade de vozes proposta pela curadoria. Do alaudista sírio Rajana Olba à lenda do forró Zé Pitoco, passando pela cantora e compositora potiguar Juliana Linhares, com o show nordeste ficção e pela banda Quimbará – formada por filhos de cubanos radicados no Brasil –, os shows gratuitos prometem colocar os visitantes para dançar e se divertir nas agradáveis noites de outono na serra.
Mesas literárias
A abertura oficial acontece na quinta-feira (15), às 19h, com o recital ‘Retrato sonoro de um certo Oriente’, do alaudista sírio Rajana Olba, seguido da mesa ‘Distopia americana: Trump e a nova (des)ordem mundial’, com o jornalista internacional Jamil Chade.
Na sexta-feira (16), às 15h, os debates começam com a mesa ‘Ciência encantada: nos caminhos de Jurema’, reunindo o jornalista e escritor Marcelo Leite, que lança, em primeira mão, o livro ‘A ciência encantada de Jurema’ (editora Fósforo). A mesa é acompanhada também da liderança indígena Chirley Pankará e mediada pela pesquisadora Carolina Rocha. A seguir, nomes como Edimilson de Almeida Pereira, Kaka Werá, Ana Rüsche e Prisca Agustoni conduzem reflexões sobre território, poética e os limites da palavra diante da crise climática.
O sábado (17), às 14h30, é marcado por conversas sobre espiritualidade, deslocamentos forçados e fronteiras literárias. Além da aguardada mesa ‘Manaus é um mundo’, às 18h30, que homenageia o escritor Milton Hatoum, o público poderá acompanhar diálogos com nomes como Marie Ange Bordas, Edyr Augusto e Morgana Kretzmann.
Encerrando a programação no domingo (18), às 12h, o destaque vai para as mesas “A culpa é do feminismo?”, com Milly Lacombe e Bianca Santana, e “De boba ela não tem nada”, com a escritora e roteirista Tati Bernardi, que lança o livro A boba da corte (editora Fósforo).
Feira de livros
Com o objetivo de fomentar a bibliodiversidade e a cadeia produtiva do livro, a FLIMA 2025 terá uma feira de livros com cerca de 30 stands e extensa programação paralela, com lançamentos de livros, sessões de autógrafo, rodas de conversa e oficinas. A livraria oficial do festival é a Livraria Mantiqueira, sediada em Santo Antônio do Pinhal.
Para Guimarães, a escolha de Milton Hatoum como autor homenageado reforça a proposta da FLIMA. “Seus romances, como ‘Dois Irmãos’ e ‘Cinzas do Norte’, exploram as múltiplas camadas da identidade brasileira e os efeitos das migrações internas e externas. Durante o evento, sua trajetória e obra serão debatidas em diferentes mesas e atividades.”
Sobre a FLIMA
Com sede em Santo Antônio do Pinhal, coração da APA (Área de Proteção Ambiental) da Serra da Mantiqueira, a FLIMA – Festa Literária da Mantiqueira surgiu em 2018. Desde então, celebra a literatura viva e promove encontros para refletir sobre as questões contemporâneas por meio da literatura, da arte e da educação, contemplando múltiplas vozes e sempre homenageando um autor brasileiro – e vivo.
A FLIMA 2025 conta com o apoio do Governo do Estado de São Paulo, da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, do Programa de Ação Cultural – ProAC e do Fomento CULTSP. Mais informações e a programação completa podem ser obtidas pelo site do evento.
Serviço:
7ª FLIMA – Festa Literária Mantiqueira
Data: de 15 a 18 de maio
Local: Santo Antônio do Pinhal/SP
Informações: no site oficial do evento
Evento gratuito e aberto ao público.
(Com Ana Mattos/Texteria)
Localizado a um quarteirão da estação Marechal Deodoro da linha 3-Vermelha do Metrô, no fervilhante bairro da Barra Funda, com seus ateliês, galerias e teatros, o Porão Cultural (Rua Lopes de Oliveira, 610) é o mais novo desafio do bailarino Alex Merino. O espaço fica em cima do Porão da Cerveja, que costuma receber bandas e organizar saraus. “Eu adoro estar nessa posição de anfitrião, então, gerenciar um local dedicado às artes era um grande sonho. E, com o Porão Cultural, quero fomentar as trocas e conversas que contribuam para a construção da poética humana, além de refletir sobre as potencialidades do corpo e do intelecto”, comenta o artista.
Com um trabalho muito ligado ao diálogo entre dança e filosofia, Merino buscava um lugar onde pudesse criar livremente, estabelecendo uma rotina bastante regrada para si, inclusive. E, agora, no convívio com outros pensadores, ele busca ampliar discussões sobre o movimento e a relação do sujeito com a sociedade.
Um espaço para discutir as potencialidades do corpo
Embora o Porão Cultural receba múltiplas linguagens artísticas, o que aglutina tudo é a experiência do corpo. Além de apresentações de teatro, dança e circo, o espaço mantém um fotoclube e um ateliê de desenho. Filmes, exposições, oficinas, feiras literárias, clube do livro e rodas de prosa também integram a programação.
A estrutura ampla do prédio que une o Porão Cultural e o Porão da Cerveja facilita a diversidade de atividades. Há um espaço cênico, um estúdio, uma galeria, um ateliê, uma pista de dança e um jardim que funciona como um lounge.
Essa parceria entre as duas instituições conseguiu reunir públicos bastante diferentes. O movimento punk está bastante presente no local, principalmente por conta dos shows, assim como as pessoas interessadas em contemplar essas outras expressões artísticas. “O que nos une é o desejo de liberdade e de um mundo melhor”, defende Merino. Para o bailarino, o centro cultural está no melhor lugar possível. “Estou muito feliz de estar aqui na Barra Funda quando esse território tem se firmado como um importante polo cultural”, comemora.
Maio no Porão Cultural
Movimento Consciente com Alex Merino (@vitalianomerino)
Sábados dias 3, 10, 17, 24 e 31 de maio, das 9h30 às 11h
Valor R$ 250 (10% de desconto para inscrições até 28/4)
A oficina propõe preparar o corpo como linguagem artística, investigando as bases do gesto por meio de exercícios de consciência corporal, dança contemporânea e teatro físico. As práticas desenvolvem presença, expressão e criatividade, voltadas a estudantes de artes cênicas e interessados em geral.
Modelos para Belas Artes com Alex Merino (@vitalianomerino)
Segundas-feiras dias 5, 12, 19 e 26 de maio, das 18h30 às 20h
Valor R$ 250 (10% de desconto para inscrições até 28/4)
Desde sempre, a figura humana é registrada na escrita e no desenho, como símbolo do sagrado, do profano e do cotidiano. Usando o corpo como matéria de estudo, a oficina propõe a exposição como ato poético, político e estético, explorando a nudez entre o constrangimento e a liberdade. Voltada à consciência e expressão corporal, a atividade oferece fundamentos sobre presença, estrutura e criação, além de vivência prática com o ateliê @desenhodemodelovivo, referência desde 2022 na formação de novos profissionais.
Operação de Áudio com Conra Lima
Quartas-feiras dias 7,14,21,28 de maio, das 19h às 20h30
Valor: R$ 200 (10% de desconto para inscrições até 28/5)
As aulas começam com uma introdução teórica sobre acústica e produção musical, seguida de uma parte prática, onde os participantes atuam na equipe de som de shows no Porão da Cerveja. A oficina é voltada a iniciantes, músicos ou não, sem exigir conhecimento prévio.
Conra Lima é professora, escritora e operadora de áudio, conhecida como Madame Osso. Produz o Slam do Fim do Túnel e o Festival Veias Abertas. Formada pelo Pronatec, já atuou em casas como Picles, Nossacasa e Porão da Cerveja.
Escultura Figurativa com Priscila Corbo ( @sculptrice )
TORSO FEMININO / PASSO A PASSO
Segundas-feiras dias 5,12,19,26 de maio, das 14h-15h30.
Valor: R$ 200/mês ou R$ 70/avulso.
Encontro I – estrutura inicial, encontro 2 – frente, encontro 3 – costas, encontro 4 – acabamento. Obs: material por conta do aluno. Torso é a parte central do corpo e a proposta é que cada participante construa um torso feminino tridimensional passo a passo. A oficina é direcionada a quem deseja experimentar a modelagem em argila, sem necessidade de qualquer experiência anterior.
Priscila Corbo é escultora e trabalha com orientação individual e de grupos desde 2016.
SESSÃO COM MODELO VIVO, das 16h às 18h
Valor R$ 35
Escrita Criativa com Tiago Bode ( @bodebaixista )
OFICINA NOTA DE RODAPÉ
Terça-feira dia 6 de maio, das 20h às 22h
Valor R$ 35
A oficina propõe explorar formas criativas de expressão com base na oralidade, leitura, escrita e escuta, usando diálogo e tecnologias como ferramentas. Em duas horas, serão realizadas conversas, exercícios e trocas que misturam literatura, cultura pop e imaginação para ampliar o olhar sobre o cotidiano.
Tiago Araujo Vieira, nascido em 1981 em Acesita (MG), é formado em Letras e autor do livro de poemas Nu Paralelo. Participou de diversas coletâneas, incluindo o Projeto Portal e Hiperconexão – Realidades Expandidas.
Atividades permanentes realizadas no Porão Cultural
Desenho com modelo vivo. Segundas – 14h às 15h30 e 20h às 22h30.
Escrita criativa. Terças-feiras, das 20h às 22h, quinzenal.
Pilates. Agendamento de aulas com Wil Helvécio é bailarino e instrutor do Método Pilates, certificado no Método Pilates com abordagem clássica pelo The Pilates Studio Brasil por Inélia Garcia (2016).
Clube do Livro. Coordenação: Jane de Oliveira. Sextas, às 17h
Apresentação de teatro ou dança. Aos sábados, às 22h30.
Festa vernissage – Exposição. Último sábado do mês, a partir das 18h, entrada gratuita.
Photo Chopp – Fotoclube com modelos. Domingos – 14h às 17h.
Brechó. Último domingo do mês, entrada gratuita.
Roda de Prosa. Evento esporádico, com assuntos variados, entrada gratuita.
Feira literária. Evento bimestral, entrada gratuita.
Feira de imagens (fotos e imagens). Evento bimestral, entrada gratuita.
Treino de aéreos. Espaço compartilhado. Segunda à sábado das 9h às 13h.
Estúdio e a sala cênica. Disponíveis para locação.
Serviço:
Porão Cultural
Endereço: Rua Lopes de Oliveira, 610 – Barra Funda
Como chegar: Localizado a 250 metros da estação Marechal Deodoro da Linha 3-Vermelha do Metrô
Instagram: https://www.instagram.com/porao.cultural/.
(Com Daniele Valério Canal Aberto Assessoria de Imprensa)