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Belo Horizonte
Romance inacabado de Stendhal, ‘Lamiel’ chega aos leitores lusófonos pela Editora Unesp, como mais um integrante da Coleção Clássicos da Literatura Unesp. O texto, com tradução cuidadosa do professor Jorge Coli, reflete a complexidade de sua protagonista e a aguda crítica social que o autor fazia à sociedade francesa do século XIX. A jovem camponesa Lamiel, personagem de inteligência afiada e ambições implacáveis, representa uma figura singular na literatura. Sua busca incessante por experiências e a recusa a se submeter às convenções sociais a colocam em um caminho que combina ascensão e destruição, traçando um retrato único da condição humana e das contradições da sociedade de sua época.
Apesar de interrompido pela morte prematura do autor, o livro mantém sua potência, com uma estrutura narrativa que, mesmo fragmentada, aproxima o leitor da intensidade emocional da protagonista. Essa narrativa, repleta de mudanças abruptas de cenário e ritmo, reflete o caos interior de Lamiel, tornando-a uma personagem complexa e ambígua, ao mesmo tempo rebelde e vulnerável.
Autor prolífico, além de sua carreira como romancista, Stendhal também escreveu ensaios e crítica literária, mostrando-se um observador privilegiado da cultura e da sociedade de sua época. “Sua prosa econômica, aliada a uma exposição desavergonhada da relação entre indivíduo e sociedade – note-se que ele mesmo, especialmente na juventude, esteve envolvido em episódios eticamente controversos, com destaque para acusações de plágio – fizeram dele um marco de inovação na literatura no século XIX, na intersecção entre o Romantismo e o Realismo, cuja influência perdura até os dias de hoje”, pontuam os editores. “Faleceu em 23 de março de 1842, em Paris, deixando um legado literário duradouro que ainda inspira gerações de leitores e escritores, com uma visão profunda da condição humana que permanece tão relevante hoje quanto era em sua época.”
Por meio de Lamiel, Stendhal critica com maestria a hipocrisia da burguesia e a opressão das mulheres, discutindo temas como a busca pela liberdade individual e a exploração da sexualidade feminina. Esses elementos tornam a obra surpreendentemente atual, um convite para refletir sobre as estruturas de poder, a desigualdade social e o papel da mulher na sociedade. Mesmo inacabado, o romance revela o olhar irreverente e inovador de Stendhal, cuja influência continua a reverberar na literatura contemporânea.
Sobre a coleção | Clássicos da Literatura Unesp constitui uma porta de entrada para o cânon da literatura universal. Não se pretende disponibilizar edições críticas, mas simplesmente volumes que permitam a leitura prazerosa de clássicos. A seleção de títulos é conscientemente multifacetada e não sistemática, permitindo o livre passeio do leitor. Confira aqui as obras já publicadas.
Título: Lamiel
Autor: Stendhal
Tradução: Jorge Coli
Número de páginas: 234
Formato: 13,5 x 20 cm
Preço: R$ 66
ISBN: 978-65-5711-219-9
(Com Diego Moura/Pluricom Comunicação Integrada®)
‘Praticar em todos os tons’, primeira exposição individual de Eloá Carvalho na galeria Silvia Cintra + Box 4, foi inaugurada no dia 15 de maio no Rio de Janeiro. A mostra reúne um conjunto inédito de pinturas que traduzem, em camadas visuais sensíveis, fragmentos de experiências afetivas e memórias subjetivas.
O ponto de partida para a exposição foi uma visita da artista ao estúdio de um músico, onde encontrou uma partitura com a frase que dá nome à mostra. Inspirada por essa inscrição, Eloá criou cerca de 26 obras inéditas, que integram a exposição e aprofundam sua pesquisa sobre a imagem, a memória e a delicadeza dos gestos cotidianos. As pinturas investigam as possibilidades poéticas da linguagem visual como tradução de afetos e lembranças, articulando imagens oriundas de arquivos íntimos e institucionais em composições que lidam com o tempo, o gesto e a sobreposição de camadas — tudo guiado por um processo marcado pela intuição e pela sensibilidade.
O título da exposição, Praticar em todos os tons, ganha ainda mais densidade quando confrontado com a paleta escolhida por Eloá: uma escala cromática que transita entre o branco, o cinza e o preto. Ao optar por esses matizes, a artista aprofunda sua investigação sobre nuances sutis — não apenas visuais, mas também emocionais. Longe de qualquer monotonia, essa escolha revela um espectro vasto de sensações, como se cada tom carregasse em si uma vibração afetiva distinta.
No texto curatorial, o artista Laercio Redondo observa como as obras de Eloá operam como uma ‘partitura afetiva’, ecoando a ideia de fragmentos de discursos amorosos de Roland Barthes. Redondo ressalta a delicadeza com que Eloá constrói narrativas visuais a partir desses arquivos, sobrepondo imagens em composições que lembram o cinema: colagens que entrelaçam vidas, tempos e afetos. Com pinceladas que oscilam entre o gesto livre e a composição minuciosa, as pinturas de Eloá provocam uma escuta visual — uma forma de contemplação que exige tempo e entrega. As obras se apresentam como paisagens interiores, onde o afeto e a memória moldam o ritmo e a forma, convidando o espectador a se aproximar não como voyeur, mas como cúmplice de uma sensibilidade compartilhada.
“A pintura, para Eloá, é uma travessia. Um território movediço que exige insistência, mas que oferece, em troca, vislumbres de algo profundamente humano e comum a todos nós”, escreve Redondo. Com essa exposição, Eloá Carvalho firma-se como um dos nomes promissores da nova geração da arte contemporânea brasileira, apresentando uma poética que investiga a potência do afeto e da subjetividade através da linguagem da pintura.
Nascida em 1980, em Niterói, Eloá vive e trabalha no Rio de Janeiro. Graduou-se em Pintura pela Escola de Belas Artes da UFRJ e frequentou diversos cursos e grupos de estudos com artistas e teóricos de arte contemporânea. Sua pesquisa artística está relacionada à imagem e à construção de uma espécie de narrativa silenciosa através da presença de diferentes figuras, bem como das relações possíveis.
As imagens criadas pela artista partem do seu interesse pela investigação histórica de fotografias e do cinema, assim como pela percepção poética do cotidiano, em suas características físicas e ideológicas. Seu trabalho articula-se com as camadas da memória, resgatando arquivos fotográficos e documentais por meio de um processo cuidadoso de edição. A sua pintura reflete o mundo do qual fazemos parte, sendo sempre a sua primeira língua na arte.
Eloá já realizou diversas exposições individuais ao longo da última década, destacando-se por uma pesquisa poética que articula afetos, memória e linguagem pictórica. Em 2022, apresentou Na borda do mundo, com curadoria de Natália Quinderé, na C. Galeria (Rio de Janeiro). Antes disso, expôs Copydesk (2018), com curadoria de Raphael Fonseca, também na C. Galeria, e Todo ideal nasce vago (2016), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, com curadoria de Ivair Reinaldim. Em 2015, realizou três individuais: Diante de outro branco, na MUV Gallery (Rio de Janeiro), com curadoria de Daniela Name; Projetos da minha espera, na Galeria Zipper (São Paulo), com curadoria de Mario Gioia; e Como se os olhos não servissem para ver, na Galeria do Lago (Rio de Janeiro), com curadoria de Isabel Portela. Sua primeira individual foi Mise en scène, em 2013, na Galeria Ibeu (Rio de Janeiro), novamente sob a curadoria de Ivair Reinaldim.
Serviço:
Exposição Praticar em todos os tons – Eloá Carvalho
Abertura: 15 de maio de 2025 (quinta-feira), das 19h às 22h
Visitação: até 20 de junho
Local: Silvia Cintra + Box 4 – Rua das Acácias, 104, Gávea, Rio de Janeiro
Horário: Segunda a sexta, das 10h às 19h; sábado, apenas por agendamento prévio
Telefone: (21) 2521-0426
E-mail: galeria@silviacintra.com.br.
(Com Rita Paiva/Galeria Silvia Cintra)
Montagem premiada une histórias reais sobre adoção, preconceito e luta de classe em curta temporada de 22 a 31 de maio, com sessões acessíveis em Libras. Foto: Martin Buzolin.
O Sesc 24 de Maio recebe o espetáculo ‘Chão de Pequenos’, da Companhia Negra de Teatro, de 22 a 31 de maio com sessões às 18h (de quinta a sábado, exceto 24/5). A peça discute temas como abandono parental, racismo e desigualdade social a partir da trajetória de dois jovens órfãos, Lucas Silva e Pedro Henrique, entre orfanatos e as ruas das grandes cidades. As sessões dos dias 29, 30 e 31 contam com recurso de acessibilidade em Libras.
Baseada em histórias reais, a dramaturgia é resultado de uma pesquisa com famílias e pessoas envolvidas com o tema da adoção. No palco, os atores Felipe Oládélè e Ramon Brant constroem uma fábula sobre afeto, empatia e pertencimento, tocando em temas urgentes da sociedade brasileira. “O espetáculo é, antes de tudo, sobre amizade, cuidado e o desejo de ser visto em um mundo anestesiado”, comenta Brant, que também assina a concepção da obra.
Com base no teatro físico e na dança contemporânea, Chão de Pequenos articula linguagem corporal e discurso político para refletir sobre a invisibilidade de crianças negras nos processos de adoção. O texto conta com colaborações da escritora Ana Maria Gonçalves, autora do romance Um Defeito de Cor, e da atriz e dramaturga Grace Passô, responsável pela provocação dramatúrgica.
Criado inicialmente como uma cena curta em 2013, Chão de Pequenos teve sua estreia no formato atual no Festival de Curitiba de 2017, após vencer o Festival de Teatro Universitário –FESTU – em 2016. Desde então, acumulou passagens por palcos nacionais e internacionais, como o Fitza (Chile), Fitlo (Espanha) e Semana de Teatro Asunción (Paraguai), além de temporadas em unidades do Sesc, Caixa Cultural, Teatro de Contêiner Mungunzá, SP Escola de Teatro e nos Centros Educacionais Unificados (CEUs) da capital paulista. A peça também foi indicada em sete categorias no 5º Prêmio Sinparc, levando o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante para Ramon Brant.
Sobre a Companhia Negra de Teatro | Fundada em 2015, em Belo Horizonte, a Companhia Negra de Teatro homenageia em seu nome a histórica Cia Negra de Revista, criada em 1926 por artistas negros como Galango, Rosa Negra, Mingote, De Chocolat, Grande Otelo e Pixinguinha. O grupo é formado por artistas negros com formação técnica em teatro pelo Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart), da Fundação Clóvis Salgado.
FICHA TÉCNICA
Direção: Tiago Gambogi e Zé Walter Albinati
Concepção e atuação: Felipe Oládélè e Ramon Brant
Dramaturgia coletiva
Textos: Ana Maria Gonçalves, Felipe Oládélè e Ramon Brant
Provocação dramatúrgica: Grace Passô
Direção de movimento e preparação corporal: Tiago Gambogi
Iluminação: Cris Diniz
Operação de luz: Felipe Tchaça
Trilha sonora original: Barulhista
Operação de som: Diego Roberto
Figurino: Bárbara Toffanetto
Cenografia: José Soares da Cunha e Zé Walter Albinati
Cenotecnia: José Soares da Cunha
Direção de Produção: Gabrielle Araújo [Caboclas Produções]
Projeto gráfico: Estúdio Lampejo / Ramon Brant
Fotografia: Lucas Brito e Matheus Soriedem
Escrita poética do processo: Bramma Bremmer
Idealização: Companhia Negra de Teatro
Assista o teaser: YouTube – Chão de Pequenos.
Serviço:
Chão de Pequenos, com Cia Negra de Teatro
Datas: de 22 a 31/5, de quinta a sábado, às 18h (exceto dia 24/5)
Local: Sesc 24 de Maio – Rua 24 de Maio, 109, República, São Paulo (350 metros da estação República do metrô) – Tecnologias e Artes – ETA (4º andar)
Ingressos: sescsp.org.br/24demaio ou pelo aplicativo Credencial Sesc SP e nas bilheterias das unidades – R$50 (inteira), R$25 (meia) e R$15 (Credencial Sesc).
Classificação: 12 anos
Duração do show: 60 min
Serviço de van: Transporte gratuito até as estações de metrô República e Anhangabaú. Saídas da portaria a cada 30 minutos, de terça a sábado, das 20h às 23h, e aos domingos e feriados, das 18h às 21h.
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Sesc 24 de Maio
Rua 24 de Maio, 109, Centro, São Paulo
350 metros do metrô República
Fone: (11) 3350-6300.
(Com Meyre Vitorino/Assessoria de imprensa Sesc 24 de Maio)
Móveis, utensílios domésticos, ferramentas de trabalho, fotografias e materiais gráficos – estes são alguns dos objetos escolhidos ao longo de seis décadas pela dupla de colecionadores Calito e Tina. Apresentados na exposição ‘Design e cotidiano na coleção Azevedo Moura’, em cartaz no Museu do Ipiranga a partir de 27 de maio, o conjunto valoriza a produção manual e os vínculos afetivos com objetos do dia a dia.
Com curadoria da historiadora de design Adélia Borges, o projeto reúne 930 itens adquiridos ao longo de décadas, desde meados de 1960, nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. São objetos produzidos por imigrantes europeus no sul do Brasil entre a segunda metade do século 19 e o início do século 20. A coleção representa o imaginário social e o dia a dia de imigrantes alemães e italianos e revelam aspectos pessoais do universo doméstico de pessoas que buscavam construir uma nova vida. As obras conjugam as lembranças, as técnicas e os costumes trazidos pelos imigrantes de sua terra natal, de um lado, e as condições e materiais que encontraram na terra de adoção, de outro.
Passando por questões como habitação, religiosidade, marcenaria e culinária, os objetos apresentados denotam como uma mesma tipologia de artefato pode ter diferentes feições, carregando aspectos afetivos e emocionais. Trata-se de uma escolha dos colecionadores, que optaram por valorizar o trabalho manual contrapondo-se à lógica industrial de produção de peças idênticas em massa. “A maioria desses objetos não tem valor pecuniário em si. Eles não são itens que se encontram em antiquários, valorizados por sua equivalência monetária. A maior parte é rudimentar e remete à nossa raiz rural. A urbanização do Brasil é recente, então essas peças suscitam relações fraternas, tradições geracionais e memórias afetivas”, afirma Borges.
No Museu do Ipiranga, a exposição ganha uma roupagem diversa e ao mesmo tempo complementar à proposta curatorial das exposições de longa duração. Enquanto as peças aqui apresentadas revelam aspectos da cultura e da identidade dos imigrantes, o conjunto também carrega os desejos de quem coleciona e, mais do que uma preocupação com dados históricos, sobressai a valorização dos significados afetivos. “Colecionar é uma forma de escolher objetos e criar um mundo próprio, baseado nos desejos de quem coleciona. A coleção está ligada à realidade, mas não a reproduz exatamente”, afirmam os professores David Ribeiro e Vânia Carvalho, curadores institucionais.
Dividida em dez núcleos temáticos e uma sala de vídeo, a exposição enfatiza a beleza e o design de peças que não foram criadas para a elite, mas sim para pessoas comuns, que contribuíram com a formação de uma memória coletiva baseada em trocas culturais. Ao entrar em contato com a coleção, o público poderá reconhecer elementos que talvez façam parte de suas próprias histórias. Essa identificação acontece porque, por ser cotidiano, o acervo pode ganhar significados pessoais para cada visitante.
O primeiro núcleo da exposição, intitulado Pode entrar que a casa é sua, mostra como os imigrantes artesãos utilizaram a abundância de árvores locais para produzir técnicas de marcenaria diferentes das empregadas na Europa. Com madeiras propícias para a construção (como cedro, cabriúva e canjerana), eles aproveitaram os grandes lotes de terras para tratar a lenha com maestria, muitas vezes esculpindo portas com requinte de detalhes. Essa mesma diversidade aparece também em As várias formas do sentar, que apresenta cadeiras e bancos produzidos pelas duas comunidades europeias. Ora com ornamentos, ora mais rústicos, estes itens revelam o valor simbólico e funcional do mobiliário no cotidiano, incluindo o tradicional cavalinho de madeira -símbolo do sentar-se lúdico e do afeto familiar entre crianças e adultos.
Em Preparar e servir o pão de cada dia, são exibidos utensílios destinados ao preparo de alimentos ou ao esmero em servi-los. A culinária, uma das mais fortes expressões de identidade cultural de um povo, reflete os hábitos alimentares de cada nação e traduzindo-se também nos apetrechos criados para o preparo das receitas. Já em Mande notícias do mundo de lá, cartões postais trazem cenas românticas que idealizam o continente deixado para trás. Paisagens floridas, crianças e corações aparecem nessas imagens como cenas de lazer e de correspondência entre os dois universos. Nos ditados de parede da tradição alemã expostos em Lar, doce lar, outras ilustrações simples destacam a importância da união familiar e da confiança em Deus para a harmonia doméstica. São elementos gráficos como corações e flores, que acompanham frases escritas muitas vezes em letras góticas.
O núcleo O céu que nos protege apresenta como a religiosidade católica estava presente nas famílias italianas, seja por meio de reproduções de pinturas sacras ou pequenos oratórios. Ele demonstra como nos lares germânicos havia protestantes e católicos, enquanto entre os italianos o catolicismo era dominante. Grafias de época, por sua vez, exibe peças de comunicação gráfica como folhetos publicitários que divulgavam mercadorias. São peças que representam o imaginário social do período, tais como os cartões postais e as fotografias.
Noivas de preto destaca o costume de noivas que se casavam vestidas de preto. De acordo com muitos historiadores, essa tradição seria uma forma de protestar contra ‘jus primae noctis’, isto é, o direito do senhor feudal de ter a primeira noite. Além da memória dessas mulheres, na coleção Azevedo Moura, a lembrança da infância também se faz presente. Em Infância nas colônias, é possível observar os costumes e a criação das crianças – que seguia a cultura ocidental burguesa – por meio de brinquedos, fotografias e materiais escolares.
Por fim, em Ferramentas do fazer, é apresentado o serviço de marceneiros, ferreiros, oleiros, pedreiros, sapateiros, alfaiates e farmacêuticos. Os artefatos mostram a realidade muitas vezes precária dos trabalhadores, além de como eles acompanharam a transformação de matérias primas ao longo dos anos.
Uma parte da coleção foi apresentada na mostra Artefatos do Sul – Legados da Imigração Alemã e Italiana, realizada em 2024, em Porto Alegre, em celebração aos 200 anos da imigração alemã no Rio Grande do Sul e aos 150 anos da imigração italiana no Brasil. A exposição teve seu encerramento antecipado devido às enchentes que atingiram o estado. Agora, a coleção pode ser observada sob a ótica do colecionismo, que convida à reflexão sobre o papel da cultura material na formação de identidades.
A exposição tem entrada gratuita e está instalada no salão de exposições temporárias, um espaço moderno, acessível e climatizado, com 900m2, localizado no piso jardim, o pavimento mais recente do Museu do Ipiranga.
Sobre Adélia Borges | Adélia Borges (Cassia, MG, 1951) é crítica e historiadora de design. Seu trabalho passa por diversas produções, tais como exposições, livros, reportagens, documentários, cursos e palestras no Brasil e no exterior. Recebeu o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), em 2021, por sua contribuição à investigação e difusão do design brasileiro e do sul global. Tem textos publicados em sete idiomas e é autora ou coautora de 41 livros.
Serviço:
Design e cotidiano na coleção Azevedo Moura
De 27/5 a 28/9/2025
De terça a domingo, das 10h às 17h. Última entrada: 16h
Sala de exposições temporárias – Museu do Ipiranga
Entrada gratuita (somente para esta exposição)
Curadora: Adélia Borges
Curadores institucionais: David Ribeiro e Vânia Carvalho.
Museu do Ipiranga
Endereço: Rua dos Patriotas, 100
Funcionamento: Terça a domingo (incluindo feriados), das 10h às 17h (última entrada às 16h)
A bilheteria abre às 9h nos dias pagos e 10h nos dias de gratuidade
Ingressos para as exposições de longa-duração: R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada).
Entrada gratuita para exposição temporária
Gratuidades: Quartas-feiras e primeiro domingo do mês.
Confira mais informações: museudoipiranga.org.br/visite/
Transporte público: De metrô, há três estações da linha 2 (verde) próximas ao Museu, Alto do Ipiranga (30 minutos de caminhada), Santos-Imigrantes (25 minutos a pé) e Sacomã (25 minutos a pé). A linha 710 da CPTM tem uma parada no Ipiranga (20 minutos de caminhada).
Principais linhas de ônibus: 4113-10 (Gentil de Moura – Pça da República), 4706-10 (Jd. Maria Estela – Metrô Vila Mariana), 478P-10 (Sacomã – Pompeia), 476G-10 (Ibirapuera – Jd.Elba), 5705-10 (Terminal Sacomã – metrô Vergueiro), 314J-10 (Pça Almeida Junior – Pq. Sta. Madalena), 218 (São Bernardo do Campo – São Paulo).
Pessoas com deficiência em transporte individual: na entrada da Rua Xavier de Almeida, nº 1 – há vagas rotativas (zona azul) em 90°
Bicicletas: para quem usa bicicleta, há paraciclos disponíveis próximos aos portões da R. Xavier de Almeida e R. dos Patriotas
Museu do Ipiranga – USP
O Museu do Ipiranga é uma das sedes do Museu Paulista da Universidade de São Paulo, que também agrega o Museu Republicano de Itu. É um dos mais completos e modernos museus da América Latina, com 49 salas expositivas no edifício monumento, abrigando exposições de longa duração que apresentam um panorama da História e da cultura material brasileira. São elas: ‘Passados imaginados’, ‘Uma História do Brasil’, ‘Para entender o Museu’, ‘Casas e coisas’, ‘Mundos do trabalho’. O Museu também conta com uma sala expositiva no Piso Jardim, pronta para receber exposições temporárias que articulam os conteúdos presentes no edifício monumento a temas da atualidade.
A acessibilidade é tema estratégico do Museu, que busca ser inclusivo para todas as esferas da sociedade. Os recursos acessíveis figuram em todos os pavimentos do edifício, integrados às exposições.
A gestão do Museu do Ipiranga é feita pela direção do Museu Paulista, com suporte da Fundação de Apoio ao Museu Paulista (FAAMP).
O edifício, tombado pelos órgãos de patrimônio municipal, estadual e federal, foi construído entre 1885 e 1890 e está situado dentro do complexo do Parque Independência. Concebido originalmente como um monumento à Independência, tornou-se em 1895 a sede do Museu do Estado, criado dois anos antes, sendo o museu público mais antigo de São Paulo e um dos mais antigos do país. Está, desde 1963, sob a administração da USP, atendendo às funções de ensino, pesquisa e extensão, pilares de atuação da Universidade.
https://museudoipiranga.org.br/
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Patrocinadores e parceiros:
Mantenedor: Shell, Vale
Patrocinador Master: Itaú, Santander
Patrocínio Ouro: B3, Comgas
Patrocínio Prata: Caterpillar, Goodyear, Rede Itaú, Zurich Santander Seguros e Previdência Brasil
Empresas parceiras: Atlas Schindler, Banco BV, Dimensional, Nortel, PWC, Sabesp, Singer e Smiles
Seguros Parceria de mídia: Estadão, Instituto Bandeirantes, JCDecaux, Revista Piauí e Uol.
(Fonte: Conteúdo Comunicação)