Francisco promoveu o Sínodo para a Amazônia, além de outras iniciativas que priorizaram a questão ambiental


São Paulo
De quinta-feira (31/out) a sábado (02/nov), a Osesp recebe a São Paulo Cia. de Dança para o já tradicional encontro entre a música clássica e o balé no palco da Sala São Paulo, com regência do maestro Claudio Cruz. Os ingressos para as três apresentações estão esgotados, mas a performance da sexta-feira (01/nov) será transmitida ao vivo no YouTube da Orquestra.
Em Dança na Sala, o público assistirá às coreografias de Les Sylphides (Chopiniana), remontagem de Ana Botafogo, com música de Glazunov sobre Chopin, e Madrugada, criação de Antônio Gomes, com valsas de Francisco Mignone orquestradas por Rubens Ricciardi. Embora sejam de tempos e de estilos diferentes, as duas obras interpretadas pelos bailarinos da SPCD celebram a beleza e a poesia da dança, proporcionando uma experiência sensorial única que é potencializada pela execução ao vivo da Osesp.
“A parceria com a São Paulo Cia. de Dança já é uma aguardada tradição das temporadas da Osesp. Transformamos o palco da Sala São Paulo — espaço dedicado à música sinfônica — para receber os bailarinos do grupo. Mostramos, assim, a versatilidade da nossa Orquestra e exploramos e valorizamos o encontro de linguagens artísticas historicamente tão íntimas”, afirma Marcelo Lopes, diretor executivo da Fundação Osesp.
“Dançar na Sala São Paulo, com música ao vivo, acrescenta novas camadas de experiências e sensações, tanto para quem assiste quanto para quem dança”, comenta Inês Bogéa, diretora artística da SPCD. “A presença da orquestra intensifica a conexão entre a música e a dança, criando um ambiente onde cada nota musical e cada movimento coreográfico se unem de maneira sublime, proporcionando uma experiência única e inesquecível para todos os presentes”, acrescenta.
Sobre o programa
Madrugada, criação de Antônio Gomes, tem como trilha as Valsas de Esquina, de Francisco Mignone. A delicadeza das relações humanas e a entrega dos bailarinos transformam a noite em uma celebração da vida, da arte e das emoções mais profundas. Em um baile atemporal à luz do luar, a ingenuidade e a nostalgia se encontram com a jovialidade e o romantismo, captando o clima efêmero e singelo das serenatas, agregando elementos contemporâneos baseados em traços da música popular já presentes nas composições.
Na sequência, um clássico que evoca a era romântica do balé. Com remontagem da renomada Ana Botafogo, Les Sylphides (Chopiniana) retrata o encantamento de um poeta sonhador pela dança das sílfides, seres mágicos que habitam as florestas. Sob o luar, elas materializam o ato poético em seus movimentos e desenham o palco com arabescos, resultando em uma obra de grande beleza contemplativa. A coreografia, embalada pela Chopiniana, de Alexander Glazunov sobre peças para piano de Chopin, nos transporta para um universo etéreo, onde a delicadeza dos movimentos e a luz do que nos remete ao luar criam uma atmosfera de sonho e contemplação.
A Osesp, sem a companhia de dança, apresenta ainda a orquestração de Rubens Ricciardi para a dança popular brasileira Lundum.
Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo — Osesp
Desde seu primeiro concerto, em 1954, a Osesp tornou-se parte indissociável da cultura paulista e brasileira, promovendo transformações culturais e sociais profundas. A cada ano, a Osesp realiza em média 130 concertos para cerca de 150 mil pessoas. Thierry Fischer tornou-se diretor musical e regente titular em 2020, tendo sido precedido, de 2012 a 2019, por Marin Alsop. Seus antecessores foram Yan Pascal Tortelier, John Neschling, Eleazar de Carvalho, Bruno Roccella e Souza Lima. Além da Orquestra, há um coro profissional, grupos de câmara, uma editora de partituras e uma vibrante plataforma educacional. Possui quase 100 álbuns gravados (cerca de metade deles por seu próprio selo, com distribuição gratuita) e transmite ao vivo mais de 60 concertos por ano, além de conteúdos especiais sobre a música de concerto. A Osesp já realizou turnês em diversos estados do Brasil e também pela América Latina, Estados Unidos, Europa e China, apresentando-se em alguns dos mais importantes festivais da música clássica, como o BBC Proms, e em salas de concerto como o Concertgebouw de Amsterdam, a Philharmonie de Berlim e o Carnegie Hall. Mantém, desde 2008, o projeto Osesp Itinerante, promovendo concertos, oficinas e cursos de apreciação musical pelo interior do estado de São Paulo. É administrada pela Fundação Osesp desde 2005.
São Paulo Companhia de Dança
Criada em janeiro de 2008, a São Paulo Companhia de Dança (SPCD) é um corpo artístico da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela Associação Pró-Dança e dirigida por Inês Bogéa, doutora em Artes, bailarina, documentarista e escritora. A São Paulo é uma Companhia de repertório, ou seja, realiza montagens de excelência artística, que incluem trabalhos dos séculos XIX, XX e XXI de grandes peças clássicas e modernas a obras contemporâneas, especialmente criadas por coreógrafos nacionais e internacionais. A difusão da dança, produção e circulação de espetáculos é o núcleo principal de seu trabalho. A SPCD apresenta espetáculos de dança no Estado de São Paulo, no Brasil e no exterior e é hoje considerada uma das mais importantes companhias de dança da América Latina pela crítica especializada. Desde sua criação, já foi assistida por um público superior a 1 milhão de pessoas em 22 diferentes países, passando por cerca de 180 cidades em mais de 1.250 apresentações e acumulando mais de 50 prêmios e indicações nacionais e internacionais. Por meio do selo #SPCDdigital criado em 2020, já realizou mais de 50 espetáculos virtuais e streamings de apresentações que somam mais de 1 milhão de visualizações. Além da Difusão e Circulação de Espetáculos, a SPCD tem mais duas vertentes de ação: as Atividades Educativas e de Sensibilização de Plateia e Registro e Memória da Dança.
Claudio Cruz, regente
Claudio Cruz é o regente titular e diretor musical da Orquestra Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo e recentemente foi também regente titular da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Tem atuado como regente convidado de orquestras como a Sinfonia Varsovia, New Japan Philharmonic, Sinfônicas de Hiroshima, de Avignon e de Jerusalém, Svogtland Philharmonie (Alemanha), Orquestras de Câmara de Osaka e de Toulouse e Filarmônica de Montevideo. No Brasil, regeu a Osesp, Filarmônica de Minas Gerais, as Sinfônicas Municipal de São Paulo, do Paraná, Brasileira, de Porto Alegre e do Teatro Nacional Cláudio Santoro, entre outras. Foi diretor artístico do Núcleo de Música Erudita da Oficina de Música de Curitiba de 2015 a 2017, regente e diretor artístico da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas, Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto e da Orquestra de Câmara Villa-Lobos. Com essas orquestras, gravou CDs com obras de Carlos Gomes, Beethoven, Mozart, Tom Jobim e Edino Krieger. Atuou como diretor artístico e regente nas montagens das óperas O rapto do serralho, Sonhos de uma noite de verão, Don Giovanni, Rigoletto e La Bohème entre outras. Claudio Cruz foi premiado pela Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA), Prêmio Carlos Gomes, Prêmio Bravo e Grammy Awards, entre outros. Entre 1990 e 2014 ocupou o cargo de spalla da Osesp.
O programa Dança na Sala conta com o patrocínio da Sabesp, com o copatrocínio do Itaú e com o apoio de BEXP, JSL, Gerdau e Grupo Veste por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Realização: Fundação Osesp, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas, Ministério da Cultura e Governo Federal – União e Reconstrução.
PROGRAMA
OSESP
SÃO PAULO CIA. DE DANÇA
CLAUDIO CRUZ, regente
MIGNONE
Lundum/Congada – Dança de negros [orquestração de Rubens Ricciardi]
Valsas de esquina nº 6 [orquestração de Rubens Ricciardi]
GLAZUNOV | Suíte para orquestra sobre Chopin, Op. 46 – Chopiniana
FICHA TÉCNICA
MADRUGADA (2021)
Coreografia: Antonio Gomes
Música: Valsas de Esquina, de Francisco Mignone (1897-1986), com orquestração de Rubens Ricciardi e gravação da Orquestra do Theatro São Pedro sob a regência do maestro Cláudio Cruz
Iluminação: Wagner Freire
Figurinos: Fábio Namatame
Duração: 37 minutos
LES SYLPHIDES (CHOPINIANA) (2021)
Coreografia: Ana Botafogo, a partir da obra de 1909 de Mikhail Fokine (1880-1942)
Música: Frédéric Chopin (1810-1849)
Iluminação: André Boll
Figurinos: Tânia Agra
Duração: 30 minutos.
Serviço:
31 de outubro, quinta-feira, 20h30
1º de novembro, sexta-feira, 20h30 — Concerto Digital
2 de novembro, sábado, 16h30
Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16
Taxa de ocupação limite: 1.484 lugares
Recomendação etária: 7 anos
Ingressos: R$39,60 (valor inteiro)
Bilheteria (INTI): neste link | (11) 3777-9721 (de segunda a sexta, das 12h às 18h)
Estacionamento: R$35,00 (noturno e sábado à tarde) | 600 vagas; 20 para pessoas com deficiência; 33 para idosos
A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura
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(Fonte: Com Pedro Fuini/Fundação Osesp)
O Consulado Geral de Portugal em São Paulo receberá, no dia 4 de novembro, o autor português José Luís Peixoto (Prêmio José Saramago e Prêmio Oceanos) em um evento gratuito que marca o encerramento da 16ª Tarrafa Literária, festival de literatura programado para acontecer em Santos durante 30 de outubro e 3 de novembro e contará com mais de 40 escritores. O escritor participa de uma mesa com o editor e livreiro José Luiz Tahan (criador da Tarrafa), com a mediação do jornalista e crítico literário Manuel da Costa Pinto.
José Luís Peixoto nasceu em Galveias, em 1974. É um dos autores de maior destaque da literatura portuguesa contemporânea. A sua obra ficcional e poética figura em dezenas de antologias, traduzidas a um vasto número de idiomas e sendo estudada em diversas universidades nacionais e estrangeiras. No Brasil, entre as suas obras publicadas estão Galveias, Em teu ventre, Almoço de domingo e o infantil A mãe que chovia, entre outros.
“Depois de participar da Tarrafa Literária em Santos, teremos este encontro, que de certa forma encerra o evento, em São Paulo, em um espaço nobre que celebra o nosso idioma e a nossa literatura”, comenta José Luiz Tahan, idealizador do festival.
Serviço:
José Luís Peixoto no Consulado Geral de Portugal em São Paulo
Participação do do editor e livreiro José Luiz Tahan e com a mediação do jornalista e crítico literário Manuel da Costa Pinto
4 de novembro de 2024 às 19h
Rua Canadá, 324 – Jardim América, São Paulo – SP
Sobre a Tarrafa Literária | Uma Festa Literária e não uma feira de livros: trata-se de uma grande reunião de leitores e escritores em cinco dias para dar voz ao pensamento e conversar sobre literatura, jornalismo, ciência, história, futebol e o que mais vier à mente dos convidados. Não é um ambiente acadêmico, mas de entretenimento e cultura. E o lugar, acolhedor. Mais informações na página oficial.
Sobre a Realejo Livros | Uma livraria que é editora, uma editora que tem uma livraria, um livreiro que organiza um festival literário e uma calçada que diverte a todos. O Realejo Livros é comandada por José Luiz Tahan, autor de diversos livros, tendo a mais recente publicação, Um Intrépido Livreiro Nos Trópicos. Conheça mais no site.
(Fonte: Com Gabriel Aquino/Agência Lema)
Remontagem de O Guarani, de Carlos Gomes, que tem concepção geral de Ailton Krenak, direção cênica de Cibele Forjaz e direção musical de Roberto Minczuk, abrirá a temporada lírica de 2025. Foto: Rafael Salvador.
O Theatro Municipal de São Paulo anuncia a Temporada 2025. A programação é um convite, através da arte e do fazer artístico, para o público se debruçar sobre questões contemporâneas como a guerra, luta, independência e libertação, as batalhas por direitos dos marginalizados e a convivência em um contexto de tantos extremismos. A partir das reflexões do filósofo, poeta e ensaísta Édouard Glissant, postas no tratado O Grito do Mundo, o Theatro Municipal de São Paulo abraça uma linha de pensamento que abre janelas esperançosas para a tolerância, por meio de uma busca pela capacidade da imaginação e da arte para intermediar as diferenças entre as culturas.
Entre outros temas destaques que foram motivadores para a temporada – imaginada junto pelos diretores dos Corpos Artísticos e pelo Comitê Curatorial formado por Gabriella Di Laccio e Elodie Bouny – o retorno após 20 anos de Brasil na França e da França no Brasil, ação cultural criada por meio de um acordo firmado entre os dois países em 2005, e o 80º aniversário do término da Segunda Guerra Mundial, que propõe uma jornada coletiva pelos caminhos da memória, além de uma elaboração sobre o contexto de mudança de paradigmas no uso das tecnologias e meios de comunicação.
Temporada de óperas aposta na diversidade entre os clássicos
A começar pelas óperas, a temporada será aberta por O Guarani, de Carlos Gomes, com libreto de Antonio Scalvini e Carlo D’Ormeville, nos dias 15, 16, 18, 19, 21, 24 e 25 de fevereiro. A remontagem da obra, que foi sucesso de crítica e público na temporada 2023, com concepção de Ailton Krenak, direção musical de Roberto Minczuk e direção cênica de Cibele Forjaz (Teatro Oficina Uzyna Uzona e Cia. Livre), direção artística e cenografia de Denilson Baniwa, direção artística e figurino de Simone Mina. O espetáculo tem participação da Orquestra Sinfônica Municipal, do Coro Lírico Municipal, sob regência de Érica Hindrikson, e da Orquestra e Coro Guarani do Jaraguá Kyre’y Kuery.
No elenco de solistas, nos dias 15, 18, 21 e 25 estão confirmados Laura Pisani, como Ceci, e Bongani Justice Kubheka, como Gonzalez. Já nos dias 16, 19 e 24 Enrique Bravo atua como Peri, Maria Carla Pino Cury, como Ceci e David Marcondes como Gonzales. E, em todas as datas, Lício Bruno será o Cacique e David Popygua será Peri (ator). Adaptada do romance de mesmo nome do escritor José de Alencar, O Guarani narra uma história de amor em que a jovem Cecília, filha de um nobre português, se apaixona por Peri, um indígena guarani.
Em seguida, será apresentada a ópera Don Giovanni, de Wolfgang Amadeus Mozart, com libreto de Lorenzo da Ponte, nos dias 2, 3, 4, 6, 7, 9 e 10 de maio, com direção musical de Roberto Minczuk, direção cênica de Hugo Possolo, ator, palhaço, dramaturgo, cenógrafo e um dos fundadores do grupo teatral Parlapatões. A obra terá participação da Orquestra Sinfônica Municipal e do Coro Lírico Municipal sob regência de Érica Hindrikson. No elenco dos dias 2, 4, 7 e 10, Camila Provenzale será Donna Anna, Luisa Francesconi será Donna Elvira e Michel de Souza será Leporello. Já nos dias 3, 6 e 9, Homero Velho será Don Giovanni, Saulo Javan será Leporello e Ludmilla Bauerfeldt será Donna Anna. A trama gira em torno de Don Giovanni, um nobre incorrigível e sedutor que conquista donzelas com promessas enganosas de casamento. Embora consiga escapar de várias armadilhas ao longo do caminho, ele não consegue evitar a última, que se revela fatal.
Em formato de doublebill, serão apresentadas as óperas Le Villi (As Fadas), de Giacomo Puccini com libreto de Ferdinando Fontana, e Friedenstag (Dia de Paz), de Richard Strauss com libreto de Joseph Gregor, nos dias 19, 20, 22, 23, 25, 26 e 27 de julho. A direção musical é de Roberto Minczuk, com direção cênica de André Heller-Lopes, três vezes ganhador do Prêmio Carlos Gomes. A obra terá participação da Orquestra Sinfônica Municipal, além do Coro Lírico Municipal sob regência de Érica Hindrikson.
Le Villi narra a trajetória de Ana, uma jovem com o coração partido que se transforma em uma Villi, um espírito vingativo. Consumida pela tristeza e movida pelo desejo de vingança, ela condena seu amado a dançar até a morte. Em seu elenco, a ópera terá nos dias 19, 22, 25 e 27, Rodrigo Esteves como Guglielmo, Gabriella Pace como Anna, Eric Herrero como Roberto, enquanto nos dias 20, 23 e 26, Johnny França será Guglielmo e Marcello Vannucci será Roberto.
Já a história de Friedenstag envolve um comandante que está sob cerco pelo exército inimigo de Holstein. Ele é acompanhado por sua esposa, Maria, que promete ficar ao seu lado até o fim. Nos dias 19, 22, 25 e 27, Leonardo Neiva interpretará o Comandante, Eiko Senda será Maria, e Eric Herrero será Um Piemontese. Já nos dias 20, 23 e 26, Rodrigo Esteves como Comandante, enquanto Marcello Vannucci será Um Piemontese.
Nos dias 19, 20, 21, 23, 24, 26 e 27 de setembro, com direção musical de Roberto Minczuk e direção cênica de Grace Passô, o Theatro Municipal apresenta a ópera Porgy and Bess, do o compositor norte-americano George Gershwin, com libreto de DuBose Heyward, apresentada por um elenco de artistas negros. Responsável pela direção, Grace é uma atriz, diretora, roteirista e dramaturga brasileira. Ela foi a primeira dramaturga negra a receber o Prêmio Shell no Brasil. Entre suas obras no teatro, dirigiu Contrações (Grupo 3 de Teatro, SP), Os Bem Intencionados (Lume Teatro, SP), Herança (celebração dos 50 anos de Maurício Tizumba nas artes), Por Elise e o Congresso Internacional do Medo (grupo de teatro Espanca!). A ópera conta a história de Porgy, uma pessoa com deficiência física que está em situação de rua, e sua tentativa de resgatar sua amada Bess das mãos de Crown, seu amante violento e possessivo, e Sportin’ Life, o traficante. Nos dias 19, 21, 24 e 27, Luis Otavio Faria interpretará Porgy e Latonia Moore será Bess. Já nos dias 20, 23 e 26, o elenco será composto por Lorena Pires como Clara e Juliana Taino será Serena. Em todas datas, Michel de Souza será Jake.
No mês seguinte, Macbeth, de Giuseppe Verdi, com libreto de Francesco Maria Piave, será apresentada nos dias 31 de outubro, 1, 4, 5, 7, 8 e 9 de novembro. A direção musical será de Roberto Minczuk, com direção cênica de Elisa Ohtake, vencedora do prêmio APCA (Associação de Críticos de São Paulo) de melhor espetáculo de dança para Tira Meu Fôlego e atuou durante 15 anos como professora de interpretação teatral, expressão corporal e performance na Escola Superior de Artes Célia Helena. A obra terá participação da Orquestra Sinfônica Municipal, além do Coro Lírico Municipal, sob regência de Érica Hindrikson. A trama se passa na Escócia no século XI. Após vencerem uma batalha, os generais Macbeth e Banquo voltam para casa. No caminho, encontram três bruxas que lhes revelam uma profecia: Macbeth será nomeado barão e, em seguida, coroado rei. Lady Macbeth será interpretada por Marigona Qerkezi (31, 4, 8) e Olga Maslova, (1, 5, 7, 9). Nos dias 31, 4, 7 e 9, Craig Colclough será Macbeth e Savio Sperandio será Banquo. Nos dias 1, 5 e 8, Licio Bruno será Macbeth.
Por fim, encerrando a temporada lírica, a ópera-ballet Les Indes Galantes, de Jean-Philippe Rameau, com libreto de Louis Fuzelier, que chega ao palco principal da maior casa de ópera do país nos dias 26, 27, 29 e 30 de novembro e 2, 3 e 4 de dezembro. Com direção cênica e coreografia de Bintou Dembélé, dançarina e coreógrafa reconhecida como uma das figuras pioneiras da dança hip hop na França. A produção estará vinculada ao Ano França-Brasil em parceria com o Instituto Francês. O espetáculo terá a participação do Coral Paulistano, sob regência de Maíra Ferreira, e bailarinos de hip hop da cidade de São Paulo. A ópera conta como Hebe, a deusa da juventude, chama seus seguidores para se unirem em um festival. Jovens da França, Espanha, Itália e Polônia se apressam para celebrar com uma sequência de danças, no entanto, o balé é interrompido pelo som de tambores e trombetas.
Orquestra Sinfônica Municipal pensa os tempos de guerra e de paz
A abertura da temporada será com o tradicional concerto Viva São Paulo, com a Orquestra Sinfônica Municipal, nos dias 24 e 25 de janeiro, celebrando o aniversário da capital paulista. Sob a regência de Roberto Minczuk, o programa inclui obras como O Abre Alas, de Chiquinha Gonzaga, Bachianas Brasileiras nº 2, de Villa-Lobos, Alvorada, de Carlos Gomes, e outros.
Em seguida, o concerto Leningrado será apresentado nos dias 28 e 29 de março com a Orquestra Sinfônica Municipal e a Orquestra Experimental de Repertório sob a regência de Wagner Polistchuk. O programa inclui Fairytale Poem, de Sofia Gubaidulina, e a monumental Leningrado, de Dmitri Shostakovich, sinfonia que foi símbolo da discussão a respeito do totalitarismo.
O concerto Clamor pela Paz será realizado nos dias 4 e 5 de abril com a Orquestra Sinfônica Municipal e o Coral Paulistano sob a regência de Roberto Minczuk. O programa conta com obras de Beethoven, Lili Boulanger, Arnold Schönberg, John Williams, Shostakovich, Samuel Barber e outros. O concerto contará com a participação de Fernanda Krug no violino.
Já em abril, o concerto Harmonias Celestiais será realizado nos dias 11 e 12 de abril com a Orquestra Sinfônica Municipal, desta vez, sob a regência de Priscila Bomfim, pianista e maestra, regente colaboradora no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, sendo a primeira mulher e diretora musical a reger óperas em sua temporada oficial. O programa inclui Les eaux celestes, de Camille Pépin, o Concerto para Harpa, de Henriette Renié, com Jennifer Campbell como solista, e a Sinfonia nº 3 em dó menor, op. 78, de Camille Saint-Saëns.
Intitulado como War Requiem, a partir de Benjamin Britten, outro grande concerto de 2025 será apresentado nos dias 6 e 7 de junho. Sob a regência de Roberto Minczuk, a Orquestra Sinfônica Municipal, o Coro Lírico Municipal e o Coral Paulistano. Essa obra foi composta, para celebrar a reconstrução da Catedral de Coventry, destruída em um bombardeio na Segunda Guerra Mundial.
Entre Eras: Price e Chopin será realizado nos dias 13 e 14 de junho. Com a Orquestra Sinfônica Municipal, sob a regência de Melanie Leonard, o programa inclui Starburst, de Jessie Montgomery, o Concerto para Piano nº 2, de Chopin, e a Sinfonia nº 1, de Florence Price. Nascida em Montreal, Melanie foi diretora musical da Orquestra Sinfônica de Sudbury (2016-2022) e atualmente é diretora musical da Symphony New Brunswick.
Exaltando o legado de um dos maiores compositores da história, o concerto Mahler: Ode à Natureza será apresentado nos dias 20 e 21 de junho. A Orquestra Sinfônica Municipal será regida por Roberto Minczuk. O concerto também terá o Coral Paulistano, sob regência de Maíra Ferreira. O programa apresenta a monumental Sinfonia nº 3, de Gustav Mahler.
Um dos grandes concertos do ano será Alexander Nevsky, apresentado nos dias 22 e 23 de agosto. A Orquestra Sinfônica Municipal e o Coro Lírico Municipal estarão sob a regência de Roberto Minczuk, com participação de Carla Camurati na direção de imagem. O programa apresentará o filme Alexander Nevsky com a música de Sergei Prokofiev ao vivo.
Em seguida, será apresentado um concerto Bizet e Seus Contemporâneos, realizado nos dias 3 e 4 de outubro. Este espetáculo conta com a Orquestra Sinfônica Municipal e a participação especial de solistas da Academia de Ópera de Paris. Por ocasião do 150º aniversário da morte de Georges Bizet e da criação da sua ópera Carmen, o público poderá redescobrir as grandes árias do compositor francês, excertos das suas óperas menos conhecidas e algumas grandes árias de Jules Massenet e Charles Gounod. Em parceria com o Instituto Francês e a Academia de Ópera de Paris, dentro da programação do Ano da França no Brasil.
A Orquestra Sinfônica Municipal, sob regência da norte-americana JoAnn Falletta, eleita pela Gramophone como uma das 50 maiores regentes do mundo e vencedora de dois Grammys, apresenta o concerto Scheherazade nos dias 14 e 15 de novembro. Dentro do repertório estarão Shéhérazade, de Maurice Ravel, e Scheherazade, de Nikolai Rimsky-Korsakov, que dão título ao programa.
Por fim, a temporada sinfônica 2025 terá o concerto Missa Bernstein nos dias 19, 20 e 21 de dezembro no Theatro Municipal de São Paulo. A Orquestra Sinfônica Municipal, o Coral Paulistano e o Coro Lírico Municipal estarão sob a regência de Roberto Minczuk. O programa apresentará a Missa de Leonard Bernstein, uma obra encomenda da família Kennedy para ser apresentada na inauguração do John F. Kennedy Center de Washington, em 1971.
Coral Paulistano faz sua estreia no Caderno de Assinaturas
Abrindo a temporada de estreia do Coral Paulistano no Caderno de Assinatura, o público poderá assistir ao concerto Whitacre: O Véu Sagrado, que será realizado nos dias 13 e 14 de fevereiro na Sala do Conservatório, na Praça das Artes. Sob a regência de Maíra Ferreira, será apresentado The Sacred Veil, de Eric Whitacre.
Nos dias 16 e 17 de maio, na Sala de Espetáculo, o Coral Paulistano volta a se apresentar junto com a Orquestra Sinfônica Municipal. Sob a regência de Maíra Ferreira, o concerto será uma homenagem ao grupo Secos e Molhados. No repertório estão obras do disco de estreia do grupo como Sangue Latino, Rosa de Hiroshima e Fala. O concerto tem direção e concepção de Otávio Juliano e participação especial de João Ricardo.
Em seguida, o Coral apresenta o concerto Spirituals, no dia 5 de agosto, na Sala de Espetáculos do Theatro Municipal de São Paulo. Dessa vez, sob a regência de Rollo Dilworth, compositor coral, arranjador, maestro e educador musical norte-americano de St. Louis, Missouri.
Ainda em agosto, o Coral Paulistano apresenta Cantos Franceses. No dia 28, sob a regência de Maíra Ferreira, serão apresentadas obras de compositores franceses como Jean-Yves Daniel-Lesur, Lili Boulanger, Jean Françaix e Claude Debussy, entre outros. O repertório selecionado combina poesia e fantasia com o refinamento característico da música francesa, destacando suas cores harmônicas e riqueza de timbres.
Por fim, o concerto Novas Sonoridades será realizado no dia 16 de outubro na Sala do Conservatório. Sob a regência de Maíra Ferreira, o Coral Paulistano apresentará um programa que inclui obras de compositores contemporâneos como Dobrinka Tabakova, Eric Whitacre, Francisco Coll, György Ligeti e Einojuhani Rautavaara, entre outros. O restante do repertório será composto por obras selecionadas através do edital Música contemporânea: leituras públicas, lançado em 2023 e com segunda edição programada para 2025, reafirmando o compromisso do grupo com a divulgação de novas obras no cenário coral brasileiro.
Balé da Cidade de São Paulo acentua a vocação para o contemporâneo
A temporada do Balé da Cidade de São Paulo inicia com Requiem SP, a partir do Requiem, de György Ligeti, e será apresentada pela primeira vez em conjunto com a Orquestra Sinfônica Municipal e o Coral Paulistano sob a regência de Maíra Ferreira. O espetáculo terá diversas datas: 14, 15, 18, 19, 21, e 22 de março, na Sala de Espetáculos. Requiem SP é inédito e terá direção e coreografia de Alejandro Ahmed, diretor da companhia.
A obra é composta por um primeiro ato com o Requiem, seguido por duas composições de Venetian Snares: Hajnal e Kétsarkú Mozgalom. A coreografia estabelece diálogos entre distintas linhagens de dança, como o balé, o jumpstyle e as danças urbanas e populares. A proposta investiga de maneira provocativa as possibilidades de articulação entre corpos, contextos e manifestações culturais, destacando as dinâmicas e as singularidades de uma cidade como São Paulo.
Em seguida, o Balé da Cidade de São Paulo apresentará novas criações de Rafaela Sahyoun, que fez sua estreia com o Balé da Cidade em Fôlego, e Michelle Moura, que estreia seu primeiro espetáculo com o Balé. Nos dias 23, 24, 25, 28, 29, 30, 31 de maio e 1º de junho, na Sala de Espetáculos. Rafaela Sahyoun é bailarina, articuladora e educadora. Atua em projetos pedagógicos e artísticos e cultiva uma prática de pesquisa contínua e compartilhada com diversas instituições e companhias de dança nacionais e internacionais. Dos seus projetos coreográficos autorais e internacionais estão: a trilogia NINGUÉMMESOLTA [Don’t Lose Me] (2018) e VAWM (2020). Michelle Moura atualmente vive em Berlim. Em suas peças minimalistas, ela explora estratégias para gerar mudanças psicológicas e físicas. Suas criações foram apresentadas em festivais internacionais de dança e artes performáticas, incluindo Impulstanz (AU), Panorama (BR), HAU – Hebbel am Ufer (DE) e La Biennale di Venezia (IT).
Já em agosto, a companhia vai remontar duas coreografias de sucesso: BIOGLOMERATA, de Cristian Duarte, e Fôlego, de Rafaela Sahyoun. O espetáculo será nos dias 14, 15, 16 e 17 de agosto, com participação da Orquestra Sinfônica Municipal. A primeira obra, BIOGLOMERATA, conta com coreografia, direção e espaço cênico de Cristian Duarte, composição original para orquestra e theremin por Tom Monteiro, orquestração de Carlos Bauzys. Bioglomerata é uma recriação para o Balé da Cidade de São Paulo que revisita e atualiza Biomashup, um concerto de dança criado em 2014 por Cristian Duarte em companhia no contexto da residência Lote, na Casa do Povo, em São Paulo.
A segunda obra, Fôlego, concebida e coreografada por Rafaela Sahyoun, com produção musical de Joaquim Tomé e trilha sonora de The Field. Em Fôlego, Rafaela Sahyoun se debruça na urgência de criar literalmente pulso. A eletricidade nos corpos emergentes das atualizações presentes no espaço, da resistência de tempos sombrios à ação de transformação coletiva. Numa dramaturgia de força propulsora e sensorial, contágio & negociação de desejos. Fôlego evoca o erotismo de estar vivo.
Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo celebra 90 anos de história
Em 2025, o Quarteto de Cordas da Cidade tem o orgulho de comemorar os 90 anos de fundação, exaltando muitos parceiros que ajudaram a construir a história do grupo, como a compositora Helza Camêu, passando por Clóvis Pereira, Osvaldo Lacerda, Ronaldo Miranda e o grande Heitor Villa-Lobos, entre outros. Inaugurando a temporada, o grupo apresenta o concerto Conexões Musicais, que será realizado no dia 20 de fevereiro, na Sala do Conservatório. O Quarteto de Cordas da Cidade, composto por Betina Stegmann, Nelson Rios, Marcelo Jaffé e Rafael Cesario, apresentará obras de Hercules Gomes, Clóvis Pereira e César Guerra-Peixe.
O segundo concerto do Quarteto de Cordas será As Musicotecas do Mário, realizado no dia 6 de março na Sala do Conservatório de Praça das Artes. Na ocasião, o grupo apresentará obras de Silvio Motto, Helza Camêu e Gabriel Migliori. Já no dia 3 de abril, o quarteto apresenta o concerto Dança, na quinta-feira, às 20h, na Sala do Conservatório. No repertório estarão obras de Osvaldo Lacerda, Kleberson Buzo e Alejandro Drago.
Intitulado Quarteto toca Caíto Marcondes, no dia 8 de maio, o grupo apresentará composições especialmente criadas para o grupo pelo percussionista Caíto Marcondes. No dia 12 de junho, será apresentado o concerto Serestas, na ocasião, o repertório contará com a Suíte Chiquinha Gonzaga, de Silvia Góes, a Seresta Piracicaba, de Eunice Catunda e o Quarteto nº 3, de Claudio Santoro, obra que teve sua estreia feita pelo grupo, em 1954.
No dia 7 de agosto, será apresentado o concerto Identidade Brasileira na Sala do Conservatório. No repertório estão obras como nº 2, de Francisco Mignone, e o Quarteto de Cordas de Clorinda Rosato, ambas dedicadas ao grupo. Intitulado Texturas Brasileiras, no dia 4 de setembro, o Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo apresentará o Quarteto Texturas, de Ronaldo Miranda, e o Quarteto Brazuca, de Arthur Barbosa, ambos dedicados ao quarteto.
Em seguida, no dia 9 de outubro, o grupo apresenta o espetáculo Encomendas, que terá uma nova composição de Marisa Rezende dedicada ao quarteto, além de O Burrico de Pau, de Antônio Carlos Gomes, e o Quarteto nº 13, de Villa-Lobos. Por fim, o grupo apresenta o concerto Requiem Sem Palavras, no dia 13 de novembro. O repertório da noite contará com Quarteto de Cordas nº2, Requiem sem palavras, de Almeida Prado.
Orquestra Experimental de Repertório celebra 35 anos
Reforçando sua vocação para a difusão de repertório abrangente e diversificado, a Orquestra Experimental de Repertório traz em sua temporada obras de importantes compositores e compositoras como Gustav Holst, Eunike Tanzil, Clarice Assad, Johannes Brahms, Richard Strauss e Catarina Domenici, dentre outros.
Destacam-se ao longo do ano o concerto do dia 15 de junho, que irá celebrar os 35 anos da Orquestra e apresenta a grandiosa Sinfonia nº 5, de Gustav Mahler, o concerto Ricochetes, a ser apresentado no dia 3 de agosto, trazendo ao palco mesatenistas para interpretar o concerto triplo para ping-pong, violino e percussão de Andy Akiho, além da estreia de uma nova composição de Alexandre Lunsqui. O concerto Paz na Terra em 21 de dezembro celebra os 190 anos de aniversário de Saint-Saëns apresentando seu o Oratório de Natal.
Caderno de Assinaturas
A venda das assinaturas para a programação de 2025 será iniciada com prioridade para renovação de assinaturas de 15/10 a 31/10 de 2024 e para novos assinantes de 15/11 a 23/12. Além das assinaturas já conhecidas das Óperas, Orquestra Sinfônica Municipal, Balé da Cidade de São Paulo e Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo, em 2025 pela primeira vez, o público poderá fazer assinatura também para os concertos do Coral Paulistano.
(Fonte: Com Leticia Santos/Assessoria de imprensa do Theatro Municipal)
Com o objetivo de promover a conscientização da sociedade de que a água é um recurso finito e que deve ser usado com responsabilidade, a Bela Vista Cultural – editora e produtora paulistana focada em ações de impacto social – apresenta a sua mais recente publicação: o livro Caminho das Águas no Brasil. Destinada a ser uma ferramenta pedagógica utilizada em sala de aula, a obra mostra o vasto potencial hídrico do país ao mesmo tempo em que discute a sua relevância nas esferas do consumo, energia, saneamento, logística, turismo, economia e saúde. Além disso, a publicação incentiva a sociedade a se engajar com práticas de cidadania preservacionista e sustentável.
Com prefácio de Marina Godward, influenciadora que atua na área de sustentabilidade e meio ambiente, a obra sublinha a todo momento que, sem água limpa, não há qualidade de vida, destacando a sua importância para a sustentabilidade ambiental, a segurança hídrica e o bem-estar físico e mental.
Água é a base de nossa existência
A água é um recurso natural essencial para todas as formas de vida, dos seres humanos à fauna e à flora. Compreendendo de 60 a 70% do peso corporal de adultos, ela desempenha um papel fundamental na regulação da temperatura interna e no funcionamento adequado de todos os processos orgânicos. A sua escassez, portanto, representa uma grave ameaça, uma vez que a água é a base de nossa existência.
Em contraponto, um estudo publicado em 2021, pelo Instituto Trata Brasil, indicou que mais de dois bilhões de pessoas vivem em países em situação de estresse hídrico e que, embora o Brasil tenha uma das maiores reservas de água doce do mundo – com diversos rios importantes e um vasto litoral –, cerca de 35 milhões de habitantes não têm sequer acesso ao abastecimento regular de água no país. “O projeto Caminho das Águas no Brasil nasceu da necessidade de conscientizar as pessoas sobre o uso inteligente e responsável da água. O livro e as atividades educativas que o acompanham oferecem uma visão abrangente de todas as suas potencialidades, como a geração de energia limpa, a preservação da biodiversidade, sua utilização em atividades de lazer e a sua relação direta com a saúde humana e a economia”, afirma Renan Cyrillo, sócio presidente da Bela Vista Cultural.
A iniciativa, realizada com apresentação do Zmax Blue Ship Group e patrocinada pelas empresas Águas Prata e HStern via Lei Federal de Incentivo à Cultura, doará a maior parte dos exemplares para estudantes e professores da rede pública de ensino nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Uma quantidade limitada também estará disponível para venda no e-commerce da editora, pelo valor simbólico de R$50,00.
“Apoiamos iniciativas como esta porque acreditamos que promover a conscientização sobre o uso responsável dos recursos naturais é essencial para assegurar um futuro sustentável e equilibrado para as próximas gerações”, afirma Afonso Prata, Chairman do Zmax Blue Ship Group.
As escolas públicas participantes também serão palco de uma série de atividades complementares, incluindo palestras, além de atividades formativas e demais ações pedagógicas, com o intuito de oferecer recursos e experiências que complementem o trabalho realizado pelos profissionais da educação em sala de aula, beneficiando diretamente centenas de alunos.
Ficha Técnica Caminho das Águas no Brasil
Livro | Caminho das Águas no Brasil
Tiragem: 3.000 exemplares
Formato: 21 cm x 25 cm fechado; 42 cm x 25 cm aberto
Número de páginas: 144
Miolo: em papel couché, impresso a 4×4 cores
Capa: dura, impressa a 4×0 cores
Valor de venda: R$50,00
Cartilhas pedagógicas e materiais acessíveis disponibilizados virtualmente
Acesso via: https://www.belavistacultural.com.br/caminhoaguasbr.
(Fonte: Com Patricia Marrese/Marrese Assessoria)
Secas históricas, enchentes devastadoras. A crise hídrica é um dos alarmes da pegada ecológica da humanidade. Diante deste cenário, como partilhar um recurso finito na Terra, que é a água, de forma sustentável e justa? Este é um dos questionamentos do livro Governança da Água no Brasil: A necessidade de compartilhar a água no Antropoceno, publicado pela Universidade de Amsterdam, na Holanda, na quinta (17).
Segundo a obra, o cenário de mudanças climáticas exige um novo paradigma de governança da água em todo o planeta que leve em consideração o compartilhamento equitativo entre humanos e natureza. A gestão também deve incluir nos processos decisórios os agentes públicos e institucionais, como governo e agências, e comunitários, como os comitês de bacia, no caso do Brasil, além de comunidades marginalizadas.
De autoria da pesquisadora brasileira Eva Barros e com base em sua tese de doutorado, o livro identifica a influência do modelo capitalista na trajetória da gestão da água, que ao longo das décadas esteve à serviço do desenvolvimento econômico. Isso ocorreu especialmente na agropecuária, na geração de energia e nas demandas da indústria – em detrimento da sustentabilidade e do equilíbrio ambiental. No Brasil, especificamente, relatório da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) publicado em 2024 aponta que irrigação, abastecimento humano e indústria, juntas, representam 84% do volume de água retirada no país.
A pesquisa de Barros alerta que, no Brasil e no mundo, a demanda para o consumo de água para subsistência é mais alta do que a oferta de água. Como estudo de caso, a pesquisa destacou a Bacia do Rio São Francisco, que perpassa cerca de 8% do território nacional. O rio é considerado o quarto maior do país e determinante para a economia e sustentabilidade dos estados que percorre, especialmente, Bahia, Pernambuco e Alagoas. A construção de três grandes reservatórios – Três Marias, Sobradinho e Luiz Gonzaga – auxiliou na vazão do rio e ajudou na produção de energia elétrica para o país, mas o momento atual é de crise e é agravada por uma política de incentivo à irrigação agrícola.
Para Barros, o aumento dos conflitos relacionados à gestão da água desperta a necessidade de rever a gestão da água centralizada e pouco democrática ainda vigente. “Dadas as circunstâncias atuais, a governança da água requer dois elementos principais: adaptabilidade e inclusão. A adoção desses dois elementos possibilita um compartilhamento equitativo e sustentável dos recursos hídricos entre todos os atores, incluindo as pessoas marginalizadas e a natureza”, comenta a autora
A obra dá um passo além da Agenda 30 da Organização das Nações Unidas (ONU), que traz a justiça hídrica entre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável ao propor soluções práticas como ferramentas que auxiliam na governança dos recursos hídricos. Entre elas, composições de partilha do recurso, de riscos e responsabilidades envolvendo, em caso aplicável ao Brasil, atores como o governo, por meio da ANA, usuário e sociedade civil, na figura dos comitês de bacia.
Segundo Barros, a pesquisa permitiu o desenvolvimento de uma caixa de ferramentas inovadora à disposição dos tomadores de decisão para que considerem as interconectividades existentes na gestão dos recursos hídricos. “Este conjunto de ferramentas considera diferentes níveis administrativos, desde o nível internacional até o nacional, passando pelas bacias hidrográficas (como a do São Francisco) e os estados da Bahia, Pernambuco e Alagoas”, explica a autora. Ela espera que os resultados sejam incorporados no planejamento diante de desafios como o uso limitado de recursos hídricos e a necessidade de um compartilhamento equitativo da água.
(Fonte: Agência Bori)