Notícias sobre arte, cultura, turismo, gastronomia, lazer e sustentabilidade

Inscreva seu e-mail e participe de nossa Newsletter para receber todas as novidades

Alimentação saudável pode minimizar sintomas da TPM

São Paulo, por Kleber Patricio

Imagem de Engin Akyurt por Pixabay.

Um dos períodos mais complicados da saúde da mulher sem dúvida é o da Tensão Pré-menstrual (TPM), que a cada ciclo menstrual provoca sintomas físicos e emocionais. Por se tratar de uma desordem caracterizada por um conjunto de alterações hormonais que provocam sintomas por até duas semanas antes da menstruação, causando desequilíbrio na mulher, muitas acabam necessitando de tratamento médico específico para o humor e mudanças comportamentais. Entre os sintomas físicos, os mais frequentes são dores de cabeça, enxaqueca, retenção de líquidos, fadiga, constipação, dor nas articulações, dor nas costas, cólicas abdominais, palpitações cardíacas e ganho de peso. Já os sintomas emocionais caracterizam-se por alterações de comportamento, ansiedade, depressão, irritabilidade, ataques de pânico, tensão, falta de concentração, diminuição do trabalho ou do desempenho social e alteração da libido.

Segundo a ginecologista Marcella Marinho, neste interim, nota-se que as escolhas alimentares podem afetar diretamente estes sintomas, podendo amenizá-los ou agravá-los. “Uma alimentação saudável pode colaborar para que este quadro seja amenizado ou, mesmo, por meio de alimentos que repõem os nutrientes necessários, eliminar os sintomas da TPM”, ressalta.

Tendo em vista as duas fases do ciclo menstrual, a folicular e a lútea, é no período lúteo que ocorrem mais alterações, como retenção de água, elevação de peso, aumento de demanda energética, modificações no perfil lipídico e no metabolismo de vitamina D, cálcio, magnésio e ferro, hipersensibilidade emocional, dores generalizadas e mudança do comportamento alimentar, favorecendo uma maior ingestão energética e o surgimento de compulsões alimentares, principalmente por alimentos muito calóricos, como chocolate, doces e carboidratos salgados.

Em termos preventivos, mudanças de hábitos na dieta e no estilo de vida podem ter efeitos atenuantes significativos sobre os sintomas da TPM, como redução no consumo de álcool, cafeína, sal, açúcar refinado e na ingestão de carboidratos, junto ao consumo moderado de carne e laticínios. “Adicionalmente, uma dieta rica em alimentos vegetais — folhas, frutas, legumes e frutas secas, como nozes e amêndoas —, peixes, como atum, cavala e salmão e linhaça (óleo e sementes), pode aumentar as prostaglandinas anti-inflamatórias”, indica Dra. Marcella.

Tipos de TPM

Em média, a TPM inicia-se por volta dos 26 anos de idade, podendo iniciar na adolescência e agravar-se ao longo dos anos, desenvolvendo ou piorando patologias como ansiedade e depressão, especialmente quando se têm algum histórico familiar ou pessoal, como aquelas que tiveram depressão pós-parto.

Existem quatro variações da TPM. Segundo Dra. Marcella Marinho, “é importante frisar que os sintomas podem manifestar-se em combinação variável ou isoladamente”.

E inúmeras são as pesquisas e experiências desenvolvidas por médicos, cientistas, laboratórios e universidades voltadas à identificação, compreensão e tratamentos, tanto preventivos como corretivos, aos distúrbios e doenças característicos do corpo da mulher.

1 – TPM do Tipo A: principal sintoma é a ansiedade.

2 – TPM do Tipo C: a cefaleia (dor de cabeça) destaca-se entre os demais sintomas. Pode também apresentar fadiga e aumento de apetite, principalmente desejo por doces.

3 – TPM do Tipo H: prepondera a retenção hídrica. Neste tipo, são comuns alterações físicas, como inchaço, aumento do volume no abdômen, dores mamárias e ganho de peso.

4 – TPM do Tipo D (Depressão): a depressão é o principal sintoma. Está associada à insônia, ao choro fácil, ao desânimo e ao esquecimento. Sem os níveis adequados de estrogênio e progesterona, ocorre a tensão nervosa, resultando em aumento da desordem nervosa, incluindo a depressão.

Dados apontam que a TPM atinge mais de 18,5 milhões de brasileiras de 10 a 49 anos.

Sobre Marcella Marinho

Foto: perfil da médica no Facebook.

A médica Marcella Marinho é especialista em ginecologia e obstetrícia pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). É pós-graduada em Laparoscopia e Histeroscopia pelo Hospital do Servidor Estadual (Iamspe), em Sexualidade Humana pela USP, em Ciências da Longevidade Humana (Grupo Longevidade Saudável) e pós graduanda em Nutrologia pela Instituto Israelita de ensino e pesquisa Albert Einstein. Realiza acompanhamento preventivo de mulheres, priorizando o atendimento integral em todas as fases da vida, da adolescência até a menopausa. Como obstetra, dedica-se em estar junto a gestante para acompanhar a evolução da gestação e do trabalho de parto. Para mais informações, acesse o perfil do Instagram @dramarcellamarinho, pelo e-mail dra.marcellamarinho@gmail.com ou pelo telefone (11) 93429-0805.

FIEC promove campanha de doação de sangue no sábado (28)

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Foto: Mauricio Santaliestra.

A Fundação Indaiatubana de Educação e Cultura – FIEC, em parceria com o Centro de Hematologia e Hemoterapia da Unicamp, realiza no sábado, 28 de novembro, a campanha mensal de doação de sangue na unidade do Jd. Regina.

Dentre as medidas de segurança e de proteção dos doadores contra o coronavírus (Covid-19), a FIEC, com orientação do Hemocentro, realizará a distribuição de senhas online nos horários das 8h30, 9h, 10h, 10h30 e 11h. Para agendamento e retirada da senha online é necessário que o candidato faça um cadastro no link  https://processoseletivo.sophia.com.br/SophiA_5/Default.aspx?escola=6462. As senhas são limitadas e o cadastro estará disponível a partir desta quinta-feira (26).

Será realizado o controle de acesso às dependências da FIEC, restringindo a 40 pessoas por horário, de modo a evitar aglomeração de pessoas. Orienta-se ainda que os candidatos não levem acompanhantes, principalmente crianças, ao local da doação e que utilizem máscara.

Para ser um doador, é obrigatória a apresentação de documento oficial com foto, ter entre 16 (dos 16 até 18 anos incompletos, apenas com consentimento formal dos responsáveis) e 69 anos, não estar em jejum e evitar alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a doação.

Não poderá ser doador o candidato que nos últimos 30 dias tenha retornado de viagem ao exterior, ou que tenha tido sintomas respiratórios, incluindo gripe ou febre. Além disso, o ato da doação fica restrito para pessoas que tenham se vacinado contra gripe a menos de 2 dias (48h),  estejam em tratamento odontológico, não tiverem parceiro (a) fixo (a), pesarem menos de 50 quilos, tiverem feito endoscopia há menos de seis meses, tiverem colocado piercing ou feito tatuagem há menos de um ano, forem diabéticos, se tiverem ingerido bebida alcoólica na noite anterior ou fumado horas antes.

O Hemocentro orienta ainda que candidatos que estejam aptos e que tenham 60 anos ou mais não compareçam à doação de sangue devido à limitação do isolamento social.

Existem vários critérios que são avaliados no dia da doação e que podem levar à inaptidão. Dúvidas pontuais, como uso de medicamentos, procedimentos invasivos recentes, viagens etc. serão avaliadas na triagem.

Se você vai doar pela primeira vez, saiba como funciona o processo de triagem que envolvem as etapas da doação:

Retirada da senha | O candidato é recebido por um representante da FIEC e é importante que avise sobre a participação pela primeira vez como doador para que seja explicado como acontece a campanha e informados os principais motivos que possam impedir a doação.

Sala de espera | Nessa etapa, o candidato aguarda até que seja chamado para o cadastro. Na sala de espera também são passadas algumas orientações.

Cadastro | Obrigatória a apresentação de um documento oficial com foto para cadastro.  Nessa etapa, informe se tem interesse em se cadastrar para ser doador de medula óssea.

Exame físico | São realizados testes para anemia, verificação de pressão arterial, pulso, temperatura, peso e altura.

Entrevista | A entrevista é individual. São feitas perguntas específicas e é assinado um termo de responsabilidade quanto à veracidade das respostas.

Coleta | Será coletada uma bolsa de sangue e amostras para os exames laboratoriais.

Lanche | Após a doação, o candidato é encaminhado para um local onde é oferecido um lanche.

Todo o processo dura em média 2 (duas) horas.

Serviço:

FIEC: Av. Eng. Fábio Roberto Barnabé, 3405 – Jardim Regina

Hemocentro

Fale conosco pelo site www.hemocentro.unicamp.br

Telefone: 0800-722 8422

E-mail: hemocentro@unicamp.br.

Os sabores inesquecíveis da Ilha da Madeira

Ilha da Madeira, por Kleber Patricio

Foto: ©Andre Carvalho

A Ilha da Madeira, território português situado em meio ao Oceano Atlântico, é um destino turístico que mexe com os sentidos. Não só é um lugar com cenários deslumbrantes, aroma de maresia, sons da natureza viva e do mar quebrando na costa, como também conta com uma gastronomia deliciosa e inesquecível — é impossível viajar para a Madeira e não ser completamente conquistado pelos pratos tradicionais, que vão desde os deliciosos peixes e frutos do mar abundantes na região até complementos frescos e variados da natureza vulcânica da ilha.

Para conferir as delícias da Madeira, você pode conferir a lista abaixo ou assistir ao vídeo neste link: https://bit.ly/2H5KL8i.

Peixes e frutos do mar

Quando o assunto são peixes e frutos do mar, as opções são inúmeras. Podemos dizer que os mais famosos são o peixe-espada-preto, o atum e as lapas, um tipo de molusco.

As lapas, um dos pratos mais apreciados da Madeira, são entradas ou petiscos de uma refeição. Foto: Francisco Corrêa.

O peixe-espada-preto, disponível em poucos lugares do mundo, é extremamente popular na Madeira. Costuma ser temperado com alho, suco de limão e pimenta e servido com banana ou molho de maracujá, sabores que contrastam deliciosamente com as batatas cozidas que os acompanham. As ovas do peixe também podem ser consumidas cozidas ou fritas, servidas com molho vinagrete.

Por sua vez, o atum é cortado em bifes, temperado com sal e marinado no “molho de vilão”, que leva vinagre, azeite, alho, orégano e pimenta. O acompanhamento perfeito são cubos de milho fritos para balancear o sabor da carne.

Já as lapas, um dos pratos mais apreciados da Madeira, são entradas ou petiscos de uma refeição. Grelhadas em sua própria concha, temperadas com alho e servidas ainda quentes, são salpicadas com manteiga e ganham um toque de limão. Um sabor inesquecível.

Para os carnívoros

Para os mais carnívoros, a melhor pedida é a espetada, como é chamado o tradicional churrasco da ilha. Muito popular principalmente em dias de festa, este prato consiste em cubos de carne bovina temperados com alho, sal grosso e louro, que são espetados em galhos de loureiro e assados em brasa até chegar a um ponto macio e suculento.

Foto: André Carvalho.

Outra opção é a carne vinha d’alhos, uma carne marinada em vinho, alho, cebola, sal e outros temperos durante mais de 24 horas, que pode ser comida em restaurantes ou na rua, servida no pão.

As sobremesas

Entre as sobremesas mais cobiçadas da Madeira está o bolo de mel, que contém mel de cana, cidra e nozes em sua receita. Preparado especialmente em 8 de dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição, ele é muito consumido durante as festas de fim de ano. Mas a receita dura por muito tempo e se mantém deliciosa o ano todo.

Outro doce muito famoso é o pudim de maracujá. Diferente da versão brasileira, este doce é preparado com maracujá roxo, gelatina, leite condensado, natas e açúcar. O resultado é um doce familiar, mas, ao mesmo tempo, único, já que tem o toque das frutas de solo vulcânico.

O pão tradicional

Como entrada, é comum encontrar o tradicional pão madeirense, que é conhecido, na verdade, como bolo do caco. De formato redondo e achatado, sua massa crocante por fora e macia por dentro é assada sobre uma pedra chamada de caco — o que explica o nome. É servido ainda quente, com manteiga de alho e salsa.

As bebidas

A poncha, preparada com suco de limão, mel e aguardente de cana. Foto: José Mendes.

Não podiam faltar as bebidas típicas que acompanham os pratos madeirenses. Uma das mais conhecidas é o vinho Madeira, um vinho fortificado de tradição centenária. Normalmente servido como aperitivo e digestivo, tem alto teor alcoólico e seus diferentes processos de maturação, em geral, utilizam temperaturas mais altas no processo de envelhecimento do que os vinhos comuns.

Outro drink muito famoso na ilha é a poncha, preparada com suco de limão, mel e aguardente de cana (similar à cachaça brasileira). Assim como a nossa caipirinha, a poncha já ganhou outras versões além do limão, como maracujá, laranja e tangerina. Além disso, é possível encontrá-la não só em bares e restaurantes, onde é preparada na hora, mas também engarrafada e pronta para beber.

Sobre a Ilha da Madeira

Considerado o melhor destino insular do mundo, a Ilha da Madeira é um pequeno paraíso português situado em meio à imensidão do Oceano Atlântico. De origem vulcânica, sua localização privilegiada proporciona clima ameno e mar com temperatura agradável o ano inteiro, além de impressionantes cenários de montanhas, vales e penhascos, todos cobertos pela exuberante vegetação Laurissilva, nomeada Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco. O arquipélago é formado por um conjunto de ilhas, sendo as principais e únicas habitadas Madeira e Porto Santo. Há excelentes opções em balneários, monumentos históricos e ótimos hotéis e restaurantes, onde se pode provar a deliciosa gastronomia e os premiados vinhos madeirenses. Para mais informações, acesse www.madeiraallyear.com.

Selo SESC lança obra completa para violino e piano de Claudio Santoro

São Paulo, por Kleber Patricio

Claudio Santoro. Foto: acervo da família.

O compositor e violinista Claudio Santoro (1919-1989) foi um moderno, um explorador, um eclético e sempre interessado a novas experimentações — um dos grandes autores brasileiros da música de concerto. Exímio compositor de quatorze sinfonias, uma ópera, inúmeras obras orquestrais, concertos, quartetos e obras de câmara, Santoro deixou um imenso legado repleto de embates estéticos, filosóficos e políticos. Durante o ano de 2019, orquestras, teatros e toda a produção brasileira ligada à música clássica, em particular, manteve-se envolta às lembranças e à genialidade deste músico brasileiro, que também atuou como maestro e professor universitário.

Ainda em comemorações ao centenário do amazonense — a completar 101 anos de nascimento neste 23 de novembro — o Selo SESC lança o álbum duplo Claudio Santoro – Obra completa para violino & piano, com Emmanuele Baldini e Alessandro Santoro. Um trabalho que reúne a primeira gravação da obra completa para violino e piano do compositor, incluindo quatro obras inéditas — uma oportunidade para conhecer a riqueza e o ecletismo deste célebre músico em Sonatas de estilos muito diferentes. O disco chega às plataformas digitais de streaming em 2 de dezembro, incluindo no SESC Digital, que oferece o conteúdo de forma gratuita e sem necessidade de cadastro. Devido à interrupção da produção de CDs durante o período da pandemia, a versão física do álbum de 24 faixas, com libreto, está prevista para sair no segundo quadrimestre de 2021.

Emmanuele Baldini, violinista italiano radicado no Brasil e spalla da Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo) e Alessandro Santoro, pianista formado no conservatório de Moscou e responsável pelo acervo do compositor, seu pai, revelam neste projeto o mundo estético e artístico do fundador da Orquestra do Teatro Nacional de Brasília, atualmente Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro.

Foto: Alexandre Nunis.

Da integral das cinco Sonatas para violino e piano — reunidas no disco um — que abrangem duas importantes fases de criação do amazonense, o dodecafonismo dos anos 1940 e o nacionalismo dos anos 1950, ao registro de quatro obras inéditas, incluindo uma nova Sonata,  no disco dois.

Entre as descobertas que chegam ao público só agora, destaque para Sicilienne op. 1 para Violino e Piano e Op. 4 para Violino e Piano, escritas respectivamente em junho e setembro de 1937, quando Santoro tinha apenas 17 anos de idade e consideradas suas primeiras obras. E mais, Elegia II para Violino e Piano, datada de 1986 e até então não publicada, que representa o último período de criação do compositor, e os dois movimentos da Sonata 1939 para Violino e Piano (Allegro e Andante).

Presente no catálogo de Santoro, mas nunca antes gravada, Na Serra da Mantiqueira foi composta após o seu retorno ao Brasil, em 1950, após aprimorar-se em composição com Nadia Boulanger (1887-1979) em Paris. Está entre as primeiras obras de cunho nacionalista do compositor e de rompimento estético com o dodecafonismo. “Conviver com a música para violino e piano de Claudio Santoro foi, para mim, como ter encontrado um grande compositor e tê-lo deixado, ao final do processo, com a sensação de que tive um privilégio absoluto. Em explorar as diversas facetas de sua arte, em traduzir musicalmente seus segredos e, ainda mais, privilégio em fazê-lo em companhia de seu filho Alessandro. De fato, hoje me sinto como se Claudio Santoro tivesse sido um meu grande amigo, mesmo sem nunca tê-lo encontrado”, destaca o violinista Emmanuele Baldini.

Capa do álbum. Foto: Alexandre Nunis.

Tanto para Emmanuele quanto para Alessandro, se lhes colocassem o difícil desafio de eleger uma única obra do disco, ambos são unânimes ao indicarem a Sonata nº 3 para Violino e Piano: Bien Rythmé — uma música cativante em forma de sonata tradicional, com as notas obstinadas apresentadas pelo violino ao início da obra. Escrita entre 1947 e 1948, quando Santoro morava em Paris, trata-se de uma Sonata muito emblemática por representar um momento de transição estilística do compositor, entre o dodecafonismo e o nacionalismo.

O pianista e cravista Alessandro Santoro destaca que, mesmo após tantos anos debruçado sobre a obra de seu pai — seja editando, analisando, ouvindo ou executando sua música —, só agora, com a gravação de Claudio Santoro – Obra completa para violino & piano é que pode compreender o tamanho e a complexidade deste ciclo. “O que torna para mim absolutamente excepcional é que, Santoro, mesmo violinista prodígio e profundo conhecedor dos mistérios deste instrumento, soube como ninguém traduzir isso em obras com uma riqueza de cores e afetos muito singulares. Foi um privilégio poder conhecer, gravar e descobrir estas incríveis obras de meu pai ao lado do grande violinista Emmanuele Baldini. Espero que gostem”, afirma.

Claudio Santoro participou da vanguarda musical como fundador e integrante do grupo Música Viva e foi precursor do dodecafonismo no Brasil; trabalhou na Rádio, escreveu para o cinema, dirigiu orquestras e fundou o departamento de música da recém criada Universidade de Brasília, assim como foi fundador da Orquestra do Teatro Nacional de Brasília. Atuou a vida toda como regente, professor universitário e compositor. Pela sua atuação no campo das artes, recebeu inúmeras condecorações nacionais e internacionais. No dia 27 de março de 1989, enquanto conduzia o ensaio da Orquestra Nacional de Brasília, teve um infarto fulminante no pódio do Teatro Nacional que hoje leva o seu nome.

REPERTÓRIO

Disco 1

1 – Sonata nº 1 para Violino e Piano: Andante

2 – Sonata nº 1 para Violino e Piano: Allegro

3 – Sonata nº 2 para Violino e Piano: Allegro

4 – Sonata nº 2 para Violino e Piano: Andante

5 – Sonata nº 2 para Violino e Piano: Allegro molto

6 – Sonata nº 3 para Violino e Piano: Bien Rythmé

7 – Sonata nº 3 para Violino e Piano: Allegro Moderato (Quasi andante) – Meno – Piu Lento

8 – Sonata nº 3 para Violino e Piano: Allegro Energico

9 – Sonata nº 3 para Violino e Piano: Epílogo (Adagio)

10 – Sonata nº 4 para Violino e Piano: Allegro

11 – Sonata nº 4 para Violino e Piano: Lento

12 – Sonata nº 4 para Violino e Piano: Allegro

13 – Sonata nº 5 para Violino e Piano: Allegro

14 – Sonata nº 5 para Violino e Piano: Lento

15 – Sonata nº 5 para Violino e Piano: Vivo-Molto

16 – Sonata nº 5 para Violino e Piano: Allegro molto

Disco 2

1 – Sicilienne op. 1 para Violino e Piano

2 – Op. 4 para Violino e Piano

3 – Sonata 1939 para Violino e Piano: Allegro

4 – Sonata 1939 para Violino e Piano: Andante

5 – Na Serra da Mantiqueira

6 – Elegia I para Violino e Piano

7 – Elegia II para Violino e Piano – Romance

8 – Elegia III para Violino e Piano: Andante (cantabile)

Ficha Técnica

Concepção do projeto e produção musical: Emmanuele Baldini e Alessandro Santoro

Pesquisa e Revisão das partituras: Alessandro Santoro

Fotos: Alexandre Nunis (Xexéu)

Texto: Leonardo Martinelli

Diretora de produção: Veroni Girelli – Ritmiza Produções

Projeto gráfico e capa: Nilton Bergamini

Edição e montagem: Alessandro Santoro e Douglas Fonseca

Gravado, mixado e masterizado por André Mehmari no Estúdio Monteverdi em Mairiporã – São Paulo/SP em abril, julho e novembro de 2019.

SOBRE OS ARTISTAS

Emmanuele Baldini – violino | Italiano, Baldini iniciou seus estudos musicais em Trieste com Bruno Polli, aperfeiçoando-se em Genebra (Suíça), com Corrado Romano e em Salisburgo (Áustria) e Berlim (Alemanha), com Ruggiero Ricci. Mais recentemente, especializou-se em regência com Isaac Karabtchevsky e Frank Shipway. Sua incansável curiosidade e paixão pela música fizeram Baldini ampliar seus horizontes e, depois de uma carreira notável como violinista, começou a se aperfeiçoar como regente. Nessa nova fase, fundou também o Quarteto Osesp, intensificou sua atividade didática e, com o violino, começou a explorar o precioso repertório brasileiro, que resultou em inúmeros CDs gravados, para vários selos, com críticas muito elogiosas. Como regente, se destacam concertos no Teatro Colón, de Buenos Aires (Argentina), no Teatro del Sodre, de Montevidéu (Uruguai), da própria Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp e apresentações com as principais orquestras da América Latina. De 2017 a 2020, foi diretor musical da Orquestra de Câmara de Valdivia, Chile. É o atual diretor artístico da Orquestra de Câmara – Sphaera Mundi, de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

Alessandro Santoro – piano | Nascido no Rio de Janeiro e Mestre em piano pelo Conservatório Tchaikovsky de Moscou (Rússia) na classe de Elena Richter, gravou o Concerto para piano Nº 1 de seu pai, Claudio Santoro na então URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). Concluiu seu mestrado em cravo na classe de Jacques Ogg no Koninklijk Conservatorium de Haia (Holanda), onde posteriormente integrou o corpo docente. Apresentou-se com a Orchestra of the 18th Century e é fundador da Den Haag Baroque Orchestra. É regularmente requisitado como professor de cravo em festivais por todo o Brasil. Sua discografia compreende 20 CDs, sendo dois em parceria com o fagotista Fábio Cury e destacando o Diapason D’ Or pelo CD Sonatas para Violino e Basso Contínuo de Leclair. Recebeu o troféu da Câmara Legislativa de melhor trilha sonora do 48º Festival de Cinema de Brasília. Atualmente é professor de cravo e baixo contínuo na Escola de Música do Estado de São Paulo (Emesp Tom Jobim) e responde pelo acervo material e virtual da Associação Cultural Claudio Santoro.

SELO SESC

Criado há 16 anos, o Selo SESC tem o objetivo de registrar a amplitude da produção artística brasileira construindo um acervo pontuado por obras de variados estilos, épocas e linguagens. Recentemente, foram lançados no mercado digital os álbuns Sessões Selo SESC #6: Rakta + Deafkids, Sessões Selo SESC #7: João Donato + Projeto Coisa Fina, Sessões Selo SESC #8: Toada Improvisada – Jackson do Pandeiro 100 anos e Sessões Selo SESC #9: …And You Will Know Us By Trail Of. O CD-livro São Paulo: paisagens sonoras (1830-1880) da pesquisadora e cantora Anna Maria Kieffer; o DVD Exército dos Metais, da série O Som da Orquestra, O Romantismo de Henrique Oswald (José Eduardo Martins e Paul Klinck); os CDs físicos e digitais Dança do Tempo (Teco Cardoso, Swami Jr. e BB Kramer), Espelho (Cristovão Bastos e Maury Buchala), Eduardo Gudin e Léla Simões, Recuerdos (Tetê Espíndola, Alzira Espíndola e Ney Matogrosso), Música Para Cordas (André Mehmari), Estradar (Verlucia Nogueira e Tiago Fusco), Tia Amélia Para Sempre (Hercules Gomes), Gbó (Sapopemba), Acorda Amor (Letrux, Liniker, Luedji Luna, Maria Gadú e Xênia França), Copacabana – um mergulho nos amores fracassados (Zuza Homem de Mello), Tio Gê – O Samba Paulista de Geraldo Filme (vários artistas) e os álbuns digitais Mar Anterior (Grupo Anima), Olorum (Mateus Aleluia), Nana, Tom, Vinicius (Nana Caymmi), Jardim Noturno – Canções e Obras para Piano de Claudio Santoro (Paulo Szot & Nahim Marun), 7 Caminos (Emiliano Castro), São Paulo Futuro – A Música de Marcello Tupynambá (Vários Artistas), Cantos da Natureza (Pau Brasil), O Fim da Canção (Luiz Tatit, Zé Miguel Wisnik e Arthur Nestrovski) e Sessões Selo SESC #10: Carne Doce.

Serviço:

Lançamento de Claudio Santoro – Obra completa para violino & piano

2/12 disponível nas principais plataformas de streaming e no SESC Digital

Selo SESC nas redes:

SESCsp.org.br/seloSESC

facebook.com/seloSESC

twitter.com/seloSESC

youtube.com/seloSESC

SESCsp.org.br/zumbido.

Mostra de cinema tem a consciência social como tema

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Cena do longa-metragem “Menino 23 – Infâncias Perdidas no Brasil”, em cartaz na mostra. Foto: divulgação.

Este ano, ao longo da última semana de novembro, será apresentada a mostra XI Brazilian Film Festival, que exibe para todo o País, gratuitamente e online, filmes com consciência social. Trata-se da 6ª edição no País e 11ª nos Estados Unidos. Por aqui, o já tradicional evento exibirá 16 filmes, entre longas e curtas metragens, com ficção e documentários, além de duas animações. Durante todos os dias haverá bate-papo online, às 20h30, com cineastas dos filmes em exibição.

Com acesso à programação pelo site da mostra no Brasil, os longas-metragens que integram o evento são Menino 23, Amazônia – O Despertar da Florestania, A Cidade dos Piratas, A Terceira Margem e Azougue Nazaré. Entre os curtas-metragens, Ressurreição, Sorriso Negro, A Mulher que Sou, Quebramar, Vidas Entregues, Sem Asas, Quilimérios, Baile, Marie, Copacabana Madureira e Como ela faz.

No novo formato de transmissão via plataformas online, a mostra XI Brazilian Film Festival, de Consciência Social, conta com o apoio no Brasil da agência municipal de fomento do audiovisual de São Paulo, a SPcine e da Unibes Cultural, responsáveis pelas exibições dos filmes e dos bate-papos com cineastas durante a mostra.

Há 11 anos, a mostra Brazilian Film Festival foi criada nos EUA, em Chicago, pela brasileira e professora universitária Ariani Friedl, que vive lá há mais de 40 anos. A iniciativa de Friedl busca, através do cinema, mudar os estereótipos pelos quais os estadunidenses conhecem nosso País. “Até a edição passada, nossos filmes eram exibidos de forma presencial, em universidades e centros culturais de Chicago e cidades do meio-oeste dos Estados Unidos”.

Friedl destaca que a mostra é realizada pela organização sem fins lucrativos Partners of the Americas, que foi criada na década de 1960 durante o governo Kennedy e que tem como objetivo servir, conectar e mudar vidas por meio do voluntariado.

Com a realidade da pandemia, que afeta o mundo todo por meio das restrições à locomoção e presença pública em alguns locais, as plataformas de transmissão online de eventos têm sido grandes aliadas na difusão de atividades culturais. Com a tecnologia e de forma gratuita, eventos como a mostra Brazilian Film Festival, de Consciência Social, são apresentados ao público dentro e fora do País e no conforto de suas casas.

Organizadores da mostra no Brasil, os jornalistas e produtores culturais Luiz Oliveira e Rudi Gonçalves acreditam que a novidade das transmissões online abre uma grande perspectiva para que nacionalmente milhões de brasileiros possam assistir os filmes em qualquer ponto do País. “Neste atual momento, a cultura nacional vem sofrendo com um triste impacto da falta de incentivo. O audiovisual é um dos exemplos onde encontramos dificuldades para, por meio dos festivais e mostras, difundirmos as obras de nossos cineastas. Isso ocorre em função da falta de opções para que nossas produções permaneçam ao alcance da população em geral, o que talvez possamos suprir com as transmissões virtuais dos eventos”, disse Gonçalves.

“Quanto aos curtas-metragens nacionais de ficção, documentários e de animação, que encontram desafios ainda maiores de audiência junto ao público em geral, a exibição online em nossa mostra também permite romper tais obstáculos de alcance do público, que normalmente não busca esse formato de produção”, completou Oliveira.

Na visão dos organizadores brasileiros do evento, com a nova proposta de transmissão da mostra XI Brazilian Film Festival, caminhamos rumo ao fortalecimento da divulgação dos filmes brasileiros e do aumento de sua audiência no País e no exterior, com os efeitos benéficos de sua gratuidade e do conforto ao público de assistirem o evento de suas casas.

Acesse o site da mostra XI Brazilian Film Festival no Brasil: https://mostrafilmfestival.org/xi/br/.

Visite as páginas no Facebook da mostra em São Paulo:

https://www.facebook.com/mostrabrazilianfilmsSP

https://www.facebook.com/mostrabrazilianfilmsIndaiatuba.