“Não se combate a violência com um único modelo de enfrentamento. Cada geração exige uma abordagem diferente”, segundo advogado criminalista Davi Gebara


São Paulo
Foto: Brendon Campos.
O Instituto Inhotim reserva mais uma atração comemorando a reabertura à visitação neste mês de novembro. No próximo sábado (28), às 11h, entra no ar o show Besta Fera, do músico, cantor e compositor Jards Macalé que, com repertório afetivo, mostra que não para de inovar. O Instituto Inhotim tem o patrocínio master da Vale por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
Exibida no YouTube e Facebook do Instituto, a apresentação foi gravada na obra Magic Square #5, de Hélio Oiticica (1937-1980), que foi restaurada e entregue novamente à experiência dos visitantes no último dia 7. Oiticica é homenageado mais uma vez pelo Inhotim ao ser tema da programação virtual de reabertura e por Macalé, grande amigo do artista. Juntos, eles foram dois grandes expoentes do movimento Tropicalista brasileiro, na década de 60 (Oiticica nas artes plásticas e Macalé, na Música Popular Brasileira).
O disco Besta Fera foi recebido com sucesso e reconhecimento da crítica especializada e indicado ao Grammy Latino 2019 como Melhor Álbum de MPB. Para o show do Inhotim, Macalé e seu trio de músicos apresentam composições do disco e clássicos da carreira do artista. Ele também incluiu no repertório algumas das músicas preferidas de Oiticica — e fez questão de gravar essa parte da apresentação literalmente dentro do Magic Square, em formato voz e violão. “Encontrei em meus guardados um texto do Hélio escrito numa noite do ano de 1970. Eu tocava violão junto com um gaitista americano e Hélio trabalhava em seus desenhos, enquanto me pedia algumas músicas. Parte desses ‘achados’ estará na apresentação”, conta Macalé.
Programação
Lembrando que o documentário Hélio Oiticica, de César Oiticica Filho, sobrinho de Hélio, fica na página do Inhotim no YouTube somente até este sábado (28). No dia 5/12, é a vez do episódio Restauro do Magic Square, da série Bastidores. O vídeo acompanha todas as etapas de restauro da icônica obra de Hélio Oiticica e traz depoimentos da equipe técnica.
O Episódio 6 do Projeto Ciência e Cultura, vamos brincar? deste sábado, dia 28 de novembro, é todo voltado à temática do Sistema Solar, que será explorado com o cientista convidado, o astrofísico, Alan Alves Brito, doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP) e atual professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). Alan também é autor do livro Antônia e a Caça ao Tesouro Cósmico. O físico Wil Namen promete questões curiosas, que nos ajudam a refletir e aprender muito mais sobre o tema. Em pauta, a diferença de estrelas e planetas; Por que a lua tem quatro fases? e É possível morar fora da terra? Para saber as respostas, é só assistir ao episódio.
Além deste papo científico, o Ciência e Cultura abre espaço para a Cia. Cultural Bola de Meia para aquela abordagem bem lúdica sobre o tema. Os atores Jacqueline Baumgratz e Celso Pan mostram música e história, de autoria própria, para abordar o Sistema Solar com toda licença poética. O resultado sempre é certeza de conteúdos para deixar o público colado na tela.
De acordo com Jacqueline Baumgratz e Celso Pan, a cantiga preparada vai tratar sobre o Sol; já a história abordará todos os planetas. O público vai descobrir como a Cia. conseguiu rimar Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno numa única canção.
Para completar a programação, a participação da equipe do Programa WASH será com alunos da Escola Victor Meireles, em Campinas. O Programa foi implantado, recentemente na escola e oferece oficinas para cerca de 200 alunos. Mas a apresentação para este episódio envolveu os bolsistas, que são os multiplicadores. É assistir para conferir o que eles vão mostrar.
Vale lembrar que os conteúdos apresentados no Programa Ciência e Cultura são disponibilizados em Libras e são legendados, em uma iniciativa para garantir mais acesso e inclusão.
O Ciência e Cultura, vamos brincar? é uma coprodução do Programa WASH, do Movimento Nós Somos a Ciência e da Cia. Cultural Bola de Meia. A proposta é levar um ambiente de aprendizado da ciência e cultura com muita diversão e arte para todo o público, ainda que a prioridade sejam as crianças e adolescentes.
Os episódios 1, 2, 3, 4 e 5 do Projeto podem ser assistidos no canal do Programa WASH, no Youtube. Se você não acompanhou, vale a pena conferir. Aproveite e inscreva-se no canal.
Episódio 6: Sistema Solar
Data e horário: 28/11 – próximo sábado, às 16h
Link da página: https://www.facebook.com/programawash
Crédito da foto: divulgação.
No dia 28 de novembro, o público poderá conferir um show exclusivo do Capital Inicial no Espaço das Américas. O show será uma seleção de grandes hits, com as melhores canções dos últimos 20 anos da banda. Apesar de a banda ter se apresentado no formato drive-in em duas datas, o show de São Paulo marca a volta aos palcos com público presente.
Dinho Ouro Preto, Fê Lemos, Flávio Lemos e Yves Passarel são acompanhados de Fabiano Carelli (guitarra) e Robledo Silva (teclados). No setlist, uma seleção das melhores canções que o Capital Inicial acumulou ao longo dos anos, como Olhos Vermelhos, Natasha, A Sua Maneira, Primeiros Erros e muito mais.
O show seguirá rigorosamente as recomendações de segurança das autoridades sanitárias. Será exigido o uso obrigatório de máscaras. Toda a equipe de trabalho passará por aferição da temperatura corporal. Os banheiros e áreas comuns serão higienizados durante todo o evento. Todos os ambientes terão comunicação afixada com as principais medidas e recomendações e será exibido vídeo com protocolos e orientações.
Serviço:
Projeto Edição Limitada | Espaço das Américas
Show Capital Inicial
Data: 28 de novembro de 2020 (sábado)
Censura: 14 anos
Local: Espaço das Américas (Rua Tagipuru, 795 – Barra Funda – São Paulo/SP)
Abertura da casa: 19h
Início do show: 21h
Acesso para deficientes: sim
Capacidade da casa para este evento: 1.846
Ingressos: Setor Platinum: R$240,00 (inteira) e R$120,00 (meia) | Setor Azul Premium: R$200,00 (inteira) e R$100,00 (meia)| Setor Azul: R$160,00 (inteira) e R$80,00 (meia)| Setor A: R$120,00 (inteira) e R$60,00 (meia) | Setor B: R$100,00 (inteira) e R$50,00 (meia) | Setor C: R$80,00 (meia) e R$40,00 (meia) | Setor PCD: R$40,00 | Camarotes A: R$1.440,00 (para 6 pessoas) | Camarotes B: R$1.200,00 (para 6 pessoas)
Compras de ingressos: nas bilheterias do Espaço das Américas (de segunda a sexta, das 11h às 17h – sem taxa de conveniência) ou Online pelo site Ticket 360 (https://goo.gl/xgibPV)
Formas de Pagamento: dinheiro, cartões de credito e débito, Visa, Visa Electron, MasterCard, Diners Club e Rede Shop. Cheques não são aceitos.
Call center Ticket360: (11) 2027-0777
Objetos proibidos: câmera fotográfica profissional ou semi profissional (câmeras grandes com zoom externo ou que trocam de lente), filmadoras de vídeo, gravadores de áudio, canetas laser, qualquer tipo de tripé, pau de selfie, camisas de time, correntes e cinturões, garrafas plásticas, bebidas alcóolicas, substâncias tóxicas, fogos de artifício, inflamáveis em geral, objetos que possam causar ferimentos, armas de fogo, armas brancas, copos de vidro e vidros em geral, frutas inteiras, latas de alumínio, guarda-chuva, jornais, revistas, bandeiras e faixas, capacetes de motos e similares.
Protocolo de Segurança
1 – Venda de Ingressos
A venda de ingressos será feita online através do site www.ticket360.com.br ou na bilheteria oficial do Espaço das Américas (Funcionamento: de segunda a sexta, das 11h às 17h) SEM taxa de conveniência.
No dia do espetáculo haverá uma equipe da Ticket360 realizando atendimento ao cliente.
A compra de ingressos das mesas de 4 lugares ou camarotes de 6 lugares deverá ser feita por pessoas do mesmo núcleo familiar ou convívio social, conforme protocolo vigente.
2 – Entrada
O Espaço das Américas abrirá duas horas antes do início do espetáculo garantido assim tempo suficiente para acomodação dos clientes.
Recomenda-se que o cliente chegue com antecedência.
O posicionamento do público será feito pela demarcação no piso de forma a garantir o distanciamento social exigido.
O público terá à disposição uma equipe treinada e capacitada a orientar e promover as medidas de precaução à pandemia.
A conferência de ingressos será feita através de leitores óticos sem contato manual por parte do atendente.
O uso de máscara pelo público será obrigatório.
Verifiquem a temperatura de todos antes de sair de casa. No dia haverá a checagem individual de temperatura e não será permitida a entrada de pessoas com temperatura acima de 37,5 graus, sendo orientada a procurar a unidade de saúde mais próxima.
3 – Durante o espetáculo
Venda de alimentos e bebidas:
O cliente poderá acessar o cardápio através do QR Code que encontrará disponível na mesa.
Os pedidos e pagamentos poderão ser feitos direto pelo QR Code ou com o garçom que estará devidamente paramentado e o pagamento poderá ser feito por meio de cartão de crédito ou débito.
A entrega dos pedidos será feita pela equipe de garçons direto nas mesas, seguindo todas as medidas de proteção para maior segurança dos clientes.
4 – Movimentação pela casa
Solicita-se que o cliente utilize a máscara de proteção sempre que precisar sair da mesa e que evite a formação de grupos que configuram aglomeração.
Imagem de Anja🤗#helpinghands #solidarity#stays healthy🙏 por Pixabay.
Entre apaixonados por animais, são frequentes as histórias de resgate e ajuda voluntária a bichinhos necessitados. Mas você sabia que doando sangue do seu pet é possível salvar mais de uma vida animal em risco? Neste 25/11, Dia Mundial do Doador de Sangue, também é preciso falar do quão importante é esta iniciativa.
Isso porque ter bolsas de sangue animal à disposição é essencial nos estabelecimentos que realizam procedimentos de emergência, como casos de hemorragia, atropelamentos e cirurgias em decorrência de diferentes tipos de quadros. “Embora tenha alta rotatividade em hospitais médico-veterinários, isso ainda é pouco divulgado e, infelizmente, o número de bancos de sangue para animais no Brasil é pequeno”, afirma Paulo Corte, membro das comissões de Entidades Veterinárias Regionais (Cevrsp) e Técnica de Clínicos de Pequenos Animais (Ctcpa) do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP).
De acordo com Corte, no hospital em que ele atua como diretor, no interior de São Paulo, são utilizadas, em média, oito bolsas de sangue por semana, ou seja, mais do que uma por dia. “Por isso, os estoques precisam ser constantemente abastecidos.”
Portanto, a existência e o abastecimento contínuo de bancos de sangue animal são imprescindíveis. “Com a transfusão, é possível suprir as necessidades básicas de vida do animal, mantendo-o vivo até que se possam fazer outros procedimentos”, ressalta o médico-veterinário Otávio Verlengia, que também integra a Ctcpa/CRMV-SP.
Requisitos para doação
Para que o animal esteja apto a ser um doador, ele precisa preencher alguns pré-requisitos. Confira quais são:
Cães | ter no máximo oito anos; pesar mais de 25 quilos; estar com as vacinas anuais em dia; estar com o controle de pulgas, carrapatos e vermes em dia; não ter recebido transfusão sanguínea; não ter realizado cirurgia nos últimos 30 dias e, se fêmea, não estar no cio nem prenhe.
Gatos | ter entre um e sete anos; pesar no mínimo quatro quilos; não apresentar doenças; estar com as vacinas anuais em dia; estar com o controle de pulgas, carrapatos e vermes em dia e não ter recebido transfusão sanguínea.
“Preenchendo esses pré-requisitos, os animais passam por avaliação clínica. Se estiver tudo bem, são encaminhados para o exame de triagem e, com resultados satisfatórios, os animais são considerados doadores aptos”, diz Corte.
Coleta
O médico-veterinário explica que, quando a coleta de sangue é realizada, uma amostra é separada para diversos testes de doenças infecciosas. A coleta é rápida, dura em torno de 15 minutos e o tutor pode acompanhar todo o processo. “Após a coleta, o animal deve ficar 24 horas de repouso”, recomenda Corte.
Sobre o CRMV-SP
O CRMV-SP tem como missão promover a Medicina Veterinária e a Zootecnia por meio da orientação, normatização e fiscalização do exercício profissional em prol da saúde pública, animal e ambiental, zelando pela ética. É o órgão de fiscalização do exercício profissional dos médicos-veterinários e zootecnistas no estado de São Paulo, com mais de 42 mil profissionais ativos. Além disso, assessora os governos da União, estados e municípios nos assuntos relacionados às profissões por ele representadas.
Foto: Matthew Hendry / Unsplash.
Depois de oito meses de crise sanitária, os profissionais da área da assistência social continuam sem suporte e condições adequadas para realizarem seu trabalho. Diretamente envolvidos no enfrentamento da pandemia, ao atender grupos tradicionalmente mais vulneráveis e afetados pela crise — como famílias em situação de pobreza, mulheres vítimas de violência doméstica, idosos e LGBTI+ –, eles relatam a falta de testes, de treinamento e de equipamentos de proteção individual (EPI). Como consequência, 78% tiveram impactos negativos na saúde mental.
Esse é o cenário retratado pela terceira fase da pesquisa A pandemia de Covid-19 e os (as) profissionais da assistência social no Brasil, realizada pelo Núcleo de Estudos da Burocracia (NEB FGV-Eaesp) da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas. Os resultados foram divulgados na terça (24).
Para mostrar os impactos da Covid-19 no trabalho e na qualidade de vida desses profissionais, foi aplicado um survey online entre 15 de setembro e 15 de outubro de 2020 com 53 perguntas de múltipla escolha e abertas. Elas foram respondidas por 612 profissionais, entre assistentes sociais, psicólogos, orientadores e educadores sociais, além dos que atuam na gestão desses serviços, de todos os estados brasileiros. Nesta terceira rodada da survey, foram incluídas novas perguntas sobre expectativas futuras, gênero e raça para compreender melhor os impactos da Covid-19 na vida de mulheres, populações LBGTI+ e outros grupos minoritários.
A comparação das três rodadas da pesquisa (abril, julho e outubro) revela que a situação é muito estável e precária. Os únicos indicadores com alguma melhora são acesso a EPI (aumentou de 38,5% para 60,6%) e treinamento (aumentou de 13% para 22,8%). Mas os indicadores de medo, sensação de preparo, acesso a testes e saúde mental permanecem ruins. “O cenário mostra um avanço muito pequeno nesses oito meses de pandemia, o que é uma situação muito triste para esses profissionais. Aqueles que cuidam da população mais vulnerável não estão sendo devidamente cuidados e protegidos pelo Estado”, afirma Giordano Magri, um dos coordenadores da pesquisa.
No que se refere às condições de trabalho, a pesquisa revelou que 63,8% dos entrevistados não receberam testagem em nenhum momento da pandemia, sendo que apenas 6,1% foram testados de forma contínua durante esse período. O treinamento para lidar com a crise não foi fornecido a 77,7% desses profissionais — entre assistentes sociais, esse percentual chega a 81,7% e, na região Norte, a 95%. Equipamentos de proteção individual (EPI) não chegaram a 39,4% dos profissionais em nenhum momento. Sobre o medo de contaminação, 86,6% dizem ter esse temor (índice que alcança 100% entre os respondentes da região Centro-Oeste) e 71,4% afirmam não se sentir preparados para lidar com a situação de crise, porcentagem ainda alta se considerado o prolongamento da crise sanitária.
A porcentagem de profissionais que afirmam que a saúde mental foi abalada pela pandemia também sofreu um leve aumento com relação à segunda rodada do estudo, passando de 74% para 78%. Apesar desse quadro crítico, apenas 20% dos respondentes disseram ter recebido algum apoio nesse sentido. Emoções como medo, empatia, estresse e cansaço são prevalentes entre os entrevistados e motivadas pela possibilidade de infectar colegas, o aumento da disseminação do vírus, a possibilidade de se infectar, as incertezas, a exaustão psicológica, a falta de ação dos governos e a sobrecarga de trabalho. Mais de um quarto dos entrevistados afirmam, ainda, ter sofrido assédio moral no trabalho durante a pandemia — um aumento de 5% em comparação com a rodada anterior. Em relação às perspectivas para os próximos meses, 85% dos profissionais de assistência social têm uma visão negativa, atrelada ao caráter estressante do trabalho na pandemia, às incertezas, inseguranças, medos e tensões causados pelo coronavírus.
No que diz respeito ao suporte governamental, mais da metade dos entrevistados diz não receber esse apoio nas esferas municipal (50,7%) e estadual (57,6%), chegando a 80,4% no nível federal. “Esses dados mostram como temos profissionais atuando na linha de frente da assistência em condições muito vulneráveis. Eles estão sem acesso a recursos, sem apoio, sem treinamento e sem suporte governamental durante todo esse período. A consequência é que este profissional está em sofrimento, sente medo, estresse e ansiedade e tem sua saúde mental abalada”, afirma Gabriela Lotta, uma das coordenadoras da pesquisa.
(Fonte: Agência Bori)