“Não se combate a violência com um único modelo de enfrentamento. Cada geração exige uma abordagem diferente”, segundo advogado criminalista Davi Gebara


São Paulo
Foto: Gregory Batardon.
O famoso balé Quebra-Nozes, em uma surpreendente versão, será o espetáculo final do projeto Digital Dellarte, apresentado no dia 17 de dezembro pelo Ballet du Grand Théâtre de Genève, às 19h30 no canal Youtube DellArteSolucoes. Antes da apresentação online, será exibida uma entrevista com Jeroen Verbruggen, coreógrafo da companhia.
Criado em 1960, o Ballet du Grand Théâtre de Genève explora a pluralidade da dança dos séculos XX e XXI. Sob direção de Philippe Cohen, a companhia é integrada por 22 bailarinos de formação clássica e possui numerosas releituras de grandes clássicos do balé. O coreógrafo Jeroen Verbruggen oferece, no espetáculo O Quebra-Nozes, uma visão original da obra-prima de 1892.
Com trilha original de Tchaikovsky, a apresentação é contextualizada em um ambiente barroco, apresentando Marie, uma jovem intrigada por sua feminilidade, e Drosselmeyer, um senhor leal que esconde em si o príncipe que Marie deve libertar. Através de uma dança cheia de reviravoltas e virtuosidade, o coreógrafo promete transportar o público para um mundo onde a negligência beira a frivolidade e as personagens apelam às nossas almas infantis.
Verbruggen explica como revolucionou este espetáculo e as formas que o retrocedeu: “Em nossas primeiras reuniões técnicas, quando eu tinha que explicar o que eu faria, dizia que esse Quebra Nozes não teria árvore de Natal e não iria nevar, que são todos os elementos que as pessoas normalmente querem ver neste balé. Depois expliquei que iríamos reinventá-lo. Então ele se transformou em algo que você pode encaixar a história em qualquer época do ano. E ele se tornou algo mais como um pesadelo sombrio, algo parecido com o filme do Tim Burton ou O Estranho Mundo de Jack, que é sombrio, mas também é bastante festivo”, promete.
Sobre o Digital Dellarte
Um formato de informação e entretenimento que leva ao público novas descobertas. A Dellarte, uma das maiores produtoras culturais da América Latina, no mercado de grandes eventos de arte e cultura há 38 anos, construiu o projeto Digital Dellarte no intuito de democratizar o acesso das pessoas a grandes eventos de elevado conteúdo artístico. Nesta primeira etapa são sete espetáculos online gratuitos, com nomes expressivos do cenário artístico contemporâneo.
Em uma versão interativa de programa de TV, cada espetáculo gravado conta com entrevistas exclusivas com diretores artísticos, maestros e músicos comandadas pelo jornalista e escritor Rodrigo Alzuguir, que serão exibidas, com as apresentações, no canal Dellarte no Youtube DellArteSolucoes.
O primeiro espetáculo aconteceu no dia 15 de outubro, com a apresentação da Lucerne Symphony Orchestra. Na sequência, a apresentação do Balé Nacional da China, no dia 22 de outubro. Fechando o mês de outubro, a exibição do Balletto di Roma, que aconteceu no dia 29. O mês de novembro abriu a programação de exibições no dia 12 com a aclamada percussionista Beibei Wang. A unicidade do som e a grandeza da história da Sinfônica de Bamberg foram apreciadas pelo público no último 26 de novembro. Dia 10 de dezembro foi a vez da Orquestra Sinfônica Jovem de Macao. O famoso balé Quebra-Nozes será o espetáculo final do projeto, apresentado dia 17 de dezembro pelo Ballet du Grand Théâtre de Genève.
Serviço:
Ballet du Grand Théâtre de Genève
Online | Youtube Dellarte
Data: 17 de dezembro (Quinta-Feira)
Hora: 19h30
Programa: O Quebra Nozes. Entrevista com Jeroen Verbruggen, coreógrafo
Chromis scotti, uma das 19 espécies de peixes encontradas de forma inédita no arquipélago. Foto: pesquisadores/arquivo.
Pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e da Academia de Ciências da Califórnia, em parceria com a ONG Voz da Natureza e outras universidades brasileiras, realizaram um estudo de campo único no arquipélago de Fernando de Noronha, no nordeste do Brasil. Durante uma expedição, que durou 16 dias, foram encontradas quatro novas espécies de peixes, ainda não descritas pela ciência. Também foi registrada a ocorrência inédita de 19 espécies na região. O artigo que descreve esta investigação, que teve apoio da Fundação Grupo Boticário, foi publicado na revista Neotropical Ichthyology nesta segunda (14).
Foi a primeira vez que cientistas mergulharam além da quebra da plataforma continental — limite do continente onde há uma brusca mudança de declividade, atravessando zonas de transição de luminosidade que chegam a 120 metros de profundidade. “A temperatura da superfície fica em torno de 26 °C, enquanto a água na zona explorada tem em torno de 13 °C”, explica o cientista Hudson Pinheiro, um dos autores do estudo, da ONG Voz da Natureza e da Academia de Ciências da Califórnia.
O objetivo da exploração era conhecer a biodiversidade existente nessas áreas mais profundas, contribuindo para a conservação das mesmas. “O Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha protege apenas os ambientes rasos, sendo os profundos liberados para a pesca. Entre os nossos objetivos, está colaborar para o desenvolvimento sustentável da pesca na região”, destaca Hudson, que também é membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN). O time de cientistas, composto por biólogos, oceanógrafos e técnicos de mergulho, entre outros, desenvolveu um trabalho minucioso de exploração da região. Com o apoio de três embarcações, os pesquisadores se dividiram em equipes — uma trabalhando no ambiente mais raso, a segunda realizando os mergulhos técnicos mais profundos e a terceira, que trabalhou com um veículo submarino operado remotamente e sistemas de filmagens subaquáticas remotas com isca para atração dos peixes. “Integrando técnicas que ainda não são amplamente utilizadas no Brasil, foi possível alcançar os nossos objetivos na exploração”, informa Pinheiro.
Outro destaque da pesquisa foi o registro de novos comportamentos de reprodução das espécies comerciais daquela região. “Vimos que algumas espécies, como a garoupa marmoreada, estão utilizando os recifes de quebra da plataforma, entre 90 e 100 metros de profundidade, como áreas de reprodução”, relata o oceanógrafo João Batista Teixeira, outro autor do estudo.
Os resultados apontam para a necessidade do desenvolvimento sustentável da pesca e do turismo na ilha. “Os recursos naquela região são finitos e, por conta disso, dependem do manejo das espécies, principalmente daquelas que são comercializadas. Devido à pesca desregulada, muitas populações de peixes já foram extintas em regiões isoladas como o arquipélago de Fernando de Noronha”, enfatiza Pinheiro.
Ao adentrar áreas de maior profundidade na ilha, os cientistas constataram a presença de poluição, como plásticos e linhas de pesca, que colocam em risco a vida dos animais marinhos. “Por ser uma região mais profunda, entende-se que não é poluído, mas evidenciamos que mesmo estes ambientes já possuem impactos gerados pelos seres humanos”, destaca o cientista. Em breve, os pesquisadores pretendem voltar à região para coletar mais informações sobre outras espécies descobertas.
(Fonte: Agência Bori)
Foto: divulgação.
No sábado (12), Filipe Masetti Leite, o primeiro brasileiro a atravessar a América a cavalo, percorrendo mais de 25 mil quilômetros, lança o segundo livro de sua jornada: Cavaleiro das Américas rumo ao Fim do Mundo. O lançamento, no sábado, ocorreu por meio de uma live com transmissão no Instagram oficial da Festa do Peão de Barretos. A obra, publicada pela editora Ex Parte Press e à venda na Amazon, traz detalhes da segunda viagem feita pelo aventureiro por toda a América: o trecho de 7,5 mil km de Barretos, no Brasil, a Ushuaia, na Argentina, e conta com prefácio escrito pelo ator Caio Castro.
A jornada se dividiu em três. Na primeira, de Calgary, no Canadá, a Barretos, no Brasil, ele percorreu 16 mil quilômetros. E a última e mais recente, de Fairbanks, no Alasca, a Calgary, no Canadá, teve 3,5 mil quilômetros percorridos.
Depois de enfrentar meses de depressão após o retorno de sua primeira viagem, Filipe resolveu iniciar a segunda jornada com um propósito: ajudar o Hospital de Câncer de Barretos levando informações sobre o diagnóstico precoce da doença para famílias. Foi também neste trajeto até Ushuaia, no deserto da Patagônia, que ele conheceu o amor de sua vida: a argentina Clara. Filipe e seus cavalos também passaram por inúmeros desafios e dificuldades no percurso, como ursos pardos, temperaturas diversas entre calor intenso de 45 graus e frio abaixo de 15 graus negativos, cartéis de drogas, estradas completamente vazias, desertos, rios, montanhas, neve, florestas e, claro, muitos imprevistos. Persistente, cruzou países em trechos nem sempre fáceis de percorrer, beirando abismos e passando ao lado de caminhões a 120 km/h.
A primeira jornada se tornou o livro chamado Cavaleiro das Américas, publicado pela editora HarperCollins Brasil. A obra, que virou best seller, ficou por mais de 13 semanas na lista de livros de não ficção mais vendidos no Brasil e irá originar um filme e um documentário com previsão de lançamento para 2021. Essa obra também foi publicada em inglês pela editora Ex Parte Press, do Canadá. O segundo livro, lançado agora no Brasil, também se tornou best-seller no Canadá em sua versão em inglês.
O sonho de percorrer a América a cavalo vem desde criança, quando o brasileiro escutava do pai a história quase mítica de um homem que cavalgou da Argentina até Nova York para provar que os crioulos são os cavalos mais resistentes do mundo. As cenas dessa odisseia eram narradas de geração em geração na família de Filipe até que, já adulto, ele descobriu o homem real por trás de seu herói: o professor suíço Aime Tschiffely, que realizou essa jornada na década de 1920. Inspirado pela ousadia e determinação dele, Filipe nunca se esqueceu do sonho de menino de fazer a sua própria expedição.
Embaixador do Calgary Stampede, um dos maiores rodeios do mundo, Filipe foi homenageado com duas estátuas para celebrar a jornada, uma no Parque do Peão de Barretos e outra no Parque de Exposição de Londrina. O primeiro par de botas usadas na primeira viagem está exposto no museu Bata Shoe Museum, em Toronto, no Canadá. Com a jornada, ele também já ajudou a arrecadar mais de 60 mil reais em doações para o Hospital de Câncer de Barretos, em que ele é voluntário e ajuda a alertar sobre o diagnóstico precoce do câncer infantil. Filipe também roda o Brasil dando palestras em escolas e outras instituições.
Sobre| Filipe Masetti Leite é jornalista, escritor, palestrante, caubói e aventureiro. Formado em jornalismo pela Ryerson University de Toronto, ele já fez trabalhos para o programa Fantástico da Rede Globo e escreve para o maior jornal do Canada, o Toronto Star. É escritor e autor do livro Cavaleiro das Américas, que narra detalhes da primeira viagem de Filipe de Calgary, no Canadá, a Barretos, em São Paulo.
Foto: André Dib/arquivo pesquisadores.
Cada vez mais comuns no Cerrado e no Pantanal, grandes incêndios podem trazer impactos profundos nos ecossistemas da região. Um estudo publicado na revista britânica Journal of Applied Ecology nesta segunda (14) mostra que o grande incêndio ocorrido em outubro de 2017 nas savanas do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros causou uma alta mortalidade de árvores de florestas ripárias do parque. Nas áreas mais impactadas, a perda de cobertura florestal chega a 80%.
O estudo surgiu de uma demanda dos gestores do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, preocupados com os impactos do incêndio de 2017, que atingiu 80% da área original do parque. Ele envolveu a colaboração de vinte cientistas de diferentes instituições internacionais e brasileiras, como a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a Universidade de Brasília (UnB) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Partindo de imagens do Google Earth, os pesquisadores quantificaram a perda de cobertura florestal na paisagem entre 2003 a 2019, em uma área de 90 hectares. As imagens de satélite foram comparadas com dados de campo, coletados em 36 florestas espalhadas pela paisagem queimada, incluindo informações detalhadas sobre todas as árvores, plantas herbáceas e solo da região. “Para nossa surpresa, as florestas mais impactadas foram aquelas que inundam durante a estação chuvosa”, explica o pesquisador Bernardo Flores, primeiro autor do artigo. Em algumas florestas, o incêndio causou um impacto leve, enquanto, em outras, foi destrutivo, matando quase todas as árvores e permitindo que gramíneas e outras espécies de plantas invasoras começassem a dominar o ecossistema.
A redução da cobertura das florestas ripárias pode desequilibrar cadeias alimentares e gerar efeitos cascata em ecossistemas inteiros, já que elas são um habitat vital para grandes animais, como as onças – elas servem de abrigo para esses animais em meio às savanas abertas. Além disso, essas florestas reduzem a erosão do solo e, assim, ajudam a manter a qualidade da água dos riachos, responsáveis por alimentar grandes reservatórios de água do Brasil.
Paisagens mais inflamáveis
A expansão da agropecuária tem tornado as paisagens do Cerrado e Pantanal mais inflamáveis, pois permite que gramíneas invasoras se espalhem no território, explica Rafael Oliveira, coautor do estudo. “Junto a isso, temos um enfraquecimento da governança ambiental no Brasil nos últimos anos, o que resulta num aumento de focos de incêndio”, comenta o pesquisador.
Com as mudanças climáticas, a tendência é de que as secas extremas sejam mais constantes e tornem as savanas tropicais ainda mais vulneráveis a grandes incêndios, com impactos catastróficos que podem persistir por décadas. Por isso, estudos como esse se tornam importantes para ajudar a formular estratégias de manejo do fogo nessas paisagens. “Agora, queremos monitorar se essas florestas serão capazes de recuperar seu estado original ou se ficarão aprisionadas em um estado de vegetação aberta”, conta Bernardo.
(Fonte: Agência Bori)
Empresários posam para foto no D’Autore. Fotos: Bernardo Coelho.
Duas marcas referência na alta gastronomia da cidade de Campinas anunciam a formação de um novo grupo gastronômico. O casal de empresários Georgea Henriques e Leandro Saikali, do restaurante D’autore, com os chefs Mateus Matana e José Martin, da Maria Antonieta Bistrô, Boulangerie e Pâtisserie, se unem para continuarem investindo em qualidade de produtos e serviços. O grupo ganha o nome de D’AMA, junção das iniciais de ambas as marcas, que, aliado ao significado da palavra, homenageia às mulheres, referência à importância do público feminino na história das marcas.
Qualidade, atendimento de excelência e ambientes sofisticados e inovadores fazem parte de ambas as marcas. “Sempre tivemos muitas coisas em comum, a começar por termos o mesmo arquiteto e um público muito fiel e parecido. Nada melhor do que somar forças”, comenta Georgea Henriques do D’autore.
“Compartilhamos os mesmos valores e propósitos e o D’autore sempre foi parceiro e referência de negócio. Amigos fora do trabalho, essa amizade originou o novo grupo especializado em fine dining que chega para trazer aos nossos restaurantes ainda mais qualidade”, conta Mateus Matana da Maria Antonieta.
O grupo em foto no Maria Antonieta.
“Essa união vem para consolidar o sucesso de nossos negócios. A união fortalece nossa estrutura e impulsiona os projetos futuros de cada uma de nossas marcas”, explica Leandro Saikali.
O Grupo D’AMA pretende que suas marcas, Maria Antonieta e D’autore, já bem estabelecidas e premiadas na cidade de Campinas, possam chegar a outras cidades, até mesmo São Paulo – capital, uma das maiores solicitações dos clientes.
O Grupo D’AMA, que soma 10.000 atendimentos por mês, com uma equipe com 70 colaboradores, 3 PDV’s, e-commerce e relevante presença nos marketplaces de delivery, almeja um crescimento de 30% para 2021.
Sobre:
D’autore | Inaugurado em 2015, o D’autore, que significa “cozinha do autor”, localizado no sofisticado bairro do Cambuí (Rua dos Bandeirantes, 313), traz uma verdadeira gastronomia contemporânea, criativa, fresca e multicultural, em criações originais e cheias de sabor. O cardápio completo do chef Thomas Salaar contempla menu à la carte no almoço e no jantar com opções que vão de entradas a sobremesas, além de beliscos especiais. Outro destaque da casa, que coleciona prêmios de gastronomia, é sua ampla adega e carta de vinhos, desenhada pelo sommelier do restaurante, Silas Honorato. O menu executivo, oferecido de terça a sexta-feira semanalmente com diferentes criações a preço fixo com entrada, prato principal e sobremesa é outro sucesso a parte. http://restaurantedautore.com.br
Maria Antonieta | A Maria Antonieta Bistrô, Boulangerie & Pâtisserie, inaugurou em 2013 sua primeira unidade em Campinas – SP no bairro do Cambuí ( Rua Coronel Quirino, 1.239). Em 2018, abriu as portas de seu segundo endereço, no Galleria Shopping. Sob o comando dos chefs Mateus Matana e José Martin, a casa, que leva o nome da última rainha que a França teve antes de sua famosa revolução, coleciona vários prêmios de confeitaria, panificação e gastronomia. No cardápio, estão presentes grandes clássicos franceses e também inúmeros pães, doces e pratos autorais, resultando em um menu repleto de opções para serem saboreadas em qualquer momento do dia, do café da manhã ao almoço e do chá da tarde ao jantar. https://mariaantonieta.com.