“Não se combate a violência com um único modelo de enfrentamento. Cada geração exige uma abordagem diferente”, segundo advogado criminalista Davi Gebara


São Paulo
Rosas que serão destinadas às homenagens à Iemanjá e Nossa Senhora dos Navegantes. Fotos: Cooperativa Veiling Holambra.
Os produtores de flores de corte esperavam que as homenagens a Iemanjá (no Sudeste e no Nordeste) e a Nossa Senhora dos Navegantes (no Sul), movimentasse o mercado, principalmente de rosas. Com o setor sofrendo desde o início da pandemia, em março, com a proibição de festas e eventos, principalmente casamentos e formaturas em todo o país, eles fecharam o ano com redução de 40% nas vendas, na comparação com 2019, e esperavam, nas comemorações religiosas de 2 de fevereiro, encontrar espaço para a comercialização. No entanto, a proibição das festas e procissões no litoral brasileiro devido à segunda onda da Covid-19 foi mais um balde de água fria para eles. A solução é pedir aos devotos e pescadores que não deixem de homenagear a “Rainha do Mar”.
“Todos podem colocar as rosas ou outras flores de corte em vasos com água, em frente à imagem do orixá ou de Nossa Senhora dos Navegantes e fazer seus pedidos e orações. Ou levar as flores em outros dias. O importante é a intenção. E a fé”, sugere Thamara D’Angiere, gerente de Marketing da Cooperativa. “Apenas a proibição dos eventos, como casamentos, formaturas e corporativos, entre outros, correspondem a 30% do mercado floricultor. As mais prejudicadas são as flores de corte, utilizadas na decoração. Por isso, essas datas especiais são muito importantes para ajudar esses produtores na manutenção de suas estufas, principalmente porque temos uma demanda reprimida que surgirá tão logo esses eventos adiados possam ser realizados”, avalia.
Carrinhos aguardando o embarque das rosas na Cooperativa Veiling Holambra.
Curiosidades | Grande parte dos devotos de Iemanjá e de Nossa Senhora dos Navegantes nem imagina que as flores enfrentam uma dura jornada antes de serem lançadas ao mar como oferendas em todo o litoral brasileiro ou para decorar os barcos dos pescadores. As rosas, consideradas as “Rainhas das Flores” e preferidas para as homenagens ao orixá africano e à santa católica – que acontecem na próxima terça-feira, 2 de fevereiro –, já foram colhidas pelos produtores e estão sendo transportas em caminhões refrigerados para que cheguem frescas e lindas em todo o litoral brasileiro até a véspera do evento.
A maior parte das rosas, nesta data, viaja até quase 6.000 km em caminhões climatizados para que cheguem lindas e frescas aos seus destinos. Produzidas nas fazendas de Andradas, Sul de Minas Gerais, e de São Benedito, na Serra de Ibiapaba, no Norte do Ceará, elas precisam, antes, serem levadas até a Cooperativa Veiling, em Holambra, no interior paulista, onde são disputadas em leilão pelos distribuidores que decidirão o seu destino final no varejo.
De São Benedito, no Ceará, até Holambra, são 2.881 km e, de Andradas, 92 km. Uma vez vendidas no leilão, elas são embarcadas novamente em caminhões para Fortaleza (2.837 km), Salvador, o principal centro comercializador nesta data (2.011 km), Rio de Janeiro (522 km) e Porto Alegre (1.237 km). Considerando as duas viagens, as rosas produzidas em São Benedito percorrem 5.718 km para serem lançadas no mar de Fortaleza; 4.892 km para chegarem até Salvador e 3.403 km para serem entregues no Rio de Janeiro. Até Porto Alegre, as duas viagem totalizam 4.118 km. Para as rosas produzidas em Andradas, Sul de Minas Gerais, a viagem é mais rápida, mas também longa: 2.929 km até Fortaleza; 2.103 km até Salvador; 1.329 km até Porto Alegre e 614 km até o Rio de Janeiro.
Rosas que serão destinadas às homenagens à Iemanjá e Nossa Senhora dos Navegantes.
Sobre Iemanjá | Iemanjá, a “Rainha do Mar”, é um orixá africano e faz parte do candomblé e de outras religiões afro-brasileiras. Seu nome é derivado de expressão em iorubá que quer dizer mãe cujos filhos são peixes. Iemanjá era orixá de uma nação iorubá, os Egba, que viviam inicialmente em um local no sudoeste da Nigéria, entre Ifé e Ibadan, onde há um rio chamado Iemanjá. No século XIX, devido às guerras entre povos iorubás, os Egba foram obrigados a se afastar do rio Yemanjá e passaram a viver em Abeokuta. No entanto, continuaram cultuando a divindade que, segundo a tradição, passou a viver em um novo rio, o Osun.
No Brasil, no Dia de Iemanjá, comemorado em 2 de fevereiro, milhares de pessoas se vestem de branco e vão às praias depositar oferendas, como flores, espelhos, joias, comidas, perfumes e outros objetos. Salvador, na Bahia, tem a maior festa registrada no país, atraindo turistas de todas as partes. Em 2 de fevereiro também é celebrado o Dia de Nossa Senhora dos Navegantes, uma santa católica. No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, ainda existe esse sincretismo entre as duas divindades. Já no Rio de Janeiro, Iemanjá é sincretizada com Nossa Senhora da Glória.
Foto: divulgação – nenhuma violação de direitos pretendida.
Proporcionar algo novo, com excelência e qualidade, mas que ao mesmo tempo seja autêntico e ousado, diferente do tradicional — esses são alguns dos conceitos da Orquestra Contemporânea Innovare (OCI), projeto que acaba de nascer em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, mas que espera conquistar o mundo oferecendo boa música. A OCI surge como algo inovador, leve e divertido, diferente de propostas anteriores que já existiram na região, mas que pretende unir o tradicional ao moderno, o erudito ao popular, bem como aproximar a orquestra ao seu público.
Sob regência do maestro Mathias, um jovem negro, de apenas 30 anos, autodidata, que nasceu na periferia de Santo André, a orquestra tem como missão oferecer a melhor experiência criativa, multissensorial e multimídia para que as pessoas possam sentir a música em sua plenitude. Desta forma, não terá um formato específico e também não ficará rígida apenas a música erudita, podendo ter variações e formações diferentes dependendo do tipo de apresentação. “Sempre gostei de música orquestra; porém, transitando em outras linguagens, como filmes, por exemplo. A nossa intenção é fazer o público se sentir confortável escutando aquilo que ele gosta e está familiarizado”, disse o maestro, ao reforçar que, além de adaptações a composições populares, o projeto é ousado e está aberto a grandes eventos, apresentações com artistas e escolas de samba, além de gravações para trilhas de filmes e games.
Movimento Cultural | Idealizada pela iniciativa privada, a OCI está vinculada à Associação Artística Cultural Tocando a Vida de São Bernardo (mantenedora da orquestra) e corre em paralelo com a criação de um movimento cultural d’OCI, que pretende expandir e se tornar um polo de impacto na região. O empresário Satoshi Fukuura está à frente da estruturação e profissionalização da iniciativa, que também espera contar com apoio de empresas privadas, leis de incentivo e do setor público.
Adote um Músico | Os apreciadores da boa música e os que querem conhecer melhor a Orquestra Contemporânea Innovare já tem disponível um acervo interessante no canal oficial do Youtube. O canal, aliás, tem tido uma ótima aceitação. Em apenas dois meses, já são quase 15 mil inscritos, com registro de aproximadamente 135 mil visualizações dos vídeos.
O conteúdo artístico pode ser apreciado até que os músicos possam voltar a fazer apresentações, já que ainda há restrições rigorosas por conta da pandemia da Covid-19. Vale a pena conferir.
Em decorrência dessa condição, está sendo aberta uma campanha virtual – Adote um Músico – de arrecadação de recursos que estimula a contribuição espontânea para continuidade do projeto e, principalmente, visando a valorização dos músicos. A proposta é que as pessoas participem fazendo doações de qualquer valor por meio do site benfeitoria.com/movimentoculturaldoci. Seja parte desse movimento.
Foto: United Nations/Unsplash.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) tem como função fiscalizar e normatizar a prática médica no Brasil — em outras palavras, proteger a população de más práticas e de charlatanismo. Foi, por isso, uma surpresa ler as opiniões de seu presidente, Dr. Mauro Luiz de Britto Ribeiro, no Tendências/Debates da Folha de S. Paulo da segunda (25/1). Em lugar de defender a medicina baseada em evidências em favor dos pacientes, o texto ataca cientistas para defender a autonomia médica.
Tal autonomia, desde que embasada no consenso científico, nunca foi contestada. Por outro lado, parece óbvio que o CFM tomaria medidas enérgicas se os médicos, dentro de sua autonomia, prescrevessem chá de boldo, sanguessugas ou cannabis para tratar Covid-19. A autonomia tem limites e o CFM deveria determinar esses limites para proteger a sociedade.
O texto demonstra pouco contato com a prática científica. Ele desqualifica cientistas não médicos como se só os médicos fossem capazes de entender evidência científica. Médicos não são cientistas. Como afirmou em entrevista recente na Folha de S. Paulo o presidente da Associação Médica Brasileira, Dr. César Fernandes, médicos que prescrevem tratamento precoce agem movidos por suas convicções pessoais, ignorando os melhores estudos e o consenso da área. Em respeito aos pacientes, a formação do médico deveria sempre ser norteada pela ciência.
Ao apontar uma suposta controvérsia científica sobre o tratamento precoce, o artigo usa a mesma tática dos negacionistas da mudança climática ou da evolução. Isso pode causar dúvida no público leigo, mas, entre os pesquisadores, não existe controvérsia alguma.
A melhor evidência científica disponível não indica que tratamentos precoces baseados em cloroquina, ivermectina ou nitazoxanida sejam eficazes para o tratamento da Covid-19. Por isso eles não estão aprovados ou indicados por agências reguladoras e sociedades médicas de vários países, inclusive o Brasil.
Isso não significa que tratamentos experimentais não possam ser usados em condições especiais, mas, uma vez estabelecida a ausência de efeito, eles precisam ser abandonados. Por outro lado, se evidências convincentes de efetividade vierem a surgir, os consensos podem mudar. Assim é a ciência, sempre pronta para absorver conhecimento novo.
O próprio proponente da cloroquina contra Covid-19, Prof. Didier Raoult, recentemente admitiu falhas metodológicas graves em seu estudo. Mas ele só o fez porque foi contestado pelo conselho médico local.
O artigo do presidente do CFM ainda acusa os opositores de serem ‘ideológicos’. Este argumento é também falacioso e negacionista. Ao se calar diante dos desatinos do governo federal na gestão de uma pandemia sem precedentes, o conselho assume um silêncio ideologicamente gritante. Um CFM interessado em proteger a população já teria se manifestado em relação ao presidente Bolsonaro e o ministro Pazuello (que não são médicos) recomendarem tratamento precoce e gastar recursos públicos para promovê-lo.
A boa medicina deve sempre estar baseada no melhor conhecimento científico. Um órgão regulador da classe médica primariamente interessado em cumprir suas funções já teria revogado – ou, ao menos, atualizado – o parecer de abril de 2020 que dá autonomia ao tratamento precoce. Insistir em tratamento sem evidência científica poderá custar ainda mais vidas de muitos brasileiros.
Leandro Tessler é professor do Instituto de Física Gleb Wataghin da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
Luís Fernando Tófoli é professor da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
(Fonte: Agência Bori)
Foto: divulgação.
A ONG Banho Solidário Sampa promove, com ajuda de parceiros importantes, como o Instituto Ana Hickmann e a empresa Lorenzetti, uma ação em 31 de janeiro, a partir das 10h, na região do Teatro Municipal, no centro de São Paulo e disponibilizará serviço de banho e tosa, ração e consulta com veterinário para os animais de moradores em situação de rua.
A ONG promove ações sociais voltadas aos moradores de rua em diversas regiões de São Paulo. O trabalho voluntário consiste também em proporcionar banho quente, cuidados com a higiene e a doação de roupas limpas aos moradores. No ano passado, a ONG realizou 17 ações itinerantes, oferecendo 571 banhos para pessoas que vivem condição de vulnerabilidade, além de cuidados para animais.
Serviço:
Banho Solidário
Quando: 31 de janeiro, a partir das 10h
Onde: região do Theatro Municipal de São Paulo – Centro da cidade
Mais informações: https://www.facebook.com/banhosolidariosampa/.
Quarteto adaptou projeto de shows em coretos, cancelado pela pandemia, e produziu série com apresentações sobre o ritmo brasileiro que será exibida em capítulos pelo YouTube de 12 a 16 de fevereiro. Crédito das fotos: Nina Pires.
A intenção do conjunto de Choro Manteiga de Garrafa, baseado em Campinas/SP, era levar a música instrumental brasileira às ruas e ir, como bons artistas, aonde o povo está. Contemplado no Programa de Ação Cultural (ProAC) do Governo do Estado de São Paulo, o projeto Manteiga de Garrafa no Coreto consistia em apresentações gratuitas em coretos de praças públicas pelo interior paulista, mas veio a pandemia e a necessidade de isolamento social se impôs, obrigando a trupe a se adaptar. Nasceu aí a Semana Manteiga de Garrafa no coreto – Mostra Online, que será exibida em cinco programas no canal do grupo no YouTube entre os dias 12 e 16 de fevereiro, com uma live na estreia — opção de diversão segura a partir da sexta-feira que daria início, não fosse o coronavírus, à folia de Carnaval.
“A mostra contém o repertório original do projeto, além de falas e comentários sobre a história do Choro”, informa a cavaquinista Bruna Takeuti, que integra o Manteiga de Garrafa com Rafael Yasuda (bandolim e violão tenor), André Ribeiro (pandeiro) e Daniel Bueno (violão 7 cordas). A mostra online conta ainda com dois convidados especiais, músicos de referência no meio: a flautista Corina Meyer, integrante do Choro das 3, e o violonista Alessandro Penezzi. “São grandes músicos e muito queridos por nós, do Manteiga”, afirma Bruna.
O conjunto e os convidados não se encontraram para a produção: tudo foi feito individualmente e reunido na edição, a cargo de uma equipe de profissionais de audiovisual. A mudança no formato, que passou do objetivo de reunir o maior número de pessoas e revitalizar espaços urbanos de convívio para gravações individuais, demandou esforços técnicos e pessoais dos músicos. “A ideia de levar o Chorinho pros coretos era proporcionar a vivência da música instrumental brasileira como antigamente, de uma forma livre, com acesso a todos, tocando e conversando com quem estivesse lá nas praças. Infelizmente não deu e a gente teve que reestruturar”, afirma Bruna.
A cavaquinista diz que uma das dificuldades foi ter que abrir mão da “conversa” com os instrumentos dos parceiros de palco. “As gravações de Choro à distância são um grande desafio, porque essa é uma música de conjunto, é uma grande conversa instrumental de momento. Eu só ouvia no fone e ficava interagindo com aquela gravação, que era feita numa sequência; primeiro um gravava, mandava pro outro, aí o outro gravava em cima do que aquele primeiro fez e assim por diante”, afirma Bruna.
“A troca pro virtual por causa da pandemia foi um choque pra gente, mas nos adaptamos. Esse é o formato em que estamos podendo nos expressar, que nos exigiu dedicação ao estudo técnico. Foi um momento de aprendizado e reflexão”, comenta o bandolinista e violonista Rafael Yasuda.
Para o violonista Daniel Bueno, apesar da mudança, os coretos de certa forma estarão representados e o grupo cumpriu o seu propósito. “Estamos trazendo o imaginário dos coretos na produção e o Manteiga conseguiu fazer o seu trabalho de uma forma segura. Em tempos de pandemia, pudemos ressignificar nosso projeto sem colocar ninguém em risco”.
“Para mim, não há encontro online que substitua a relação humana presencial. Por outro lado, acaba sendo uma forma de levar esse trabalho para muitas pessoas que talvez não tivessem a oportunidade de assistir a uma apresentação ao vivo. Assim, o alcance aumenta, pois além da rede não ter fronteiras, o material ficará disponível e poderá ser acessado mesmo após a semana de exibição”, completa o pandeirista André Ribeiro.
A mostra |Os cinco programas da Semana Manteiga de Garrafa no coreto – Mostra Online serão disponibilizados no canal do conjunto no YouTube, sempre a partir das 20h, nos dias 12, 13, 14, 15 e 16 de fevereiro. Para a estreia na sexta-feira, dia 12, o projeto contará com uma live em que os integrantes e convidados abrirão suas câmeras para dar as boas-vindas e conversar com a audiência. O encontro virtual será moderado por Pedro Spagnol.
A cavaquinista Bruna Takeuti explica que a exibição por episódios visa reforçar a sensação de proximidade e convívio com o público. “A gente escolheu fazer programas curtos para que fique prazeroso, um momento de vivência com a música brasileira, com o nosso Chorinho, com a partilha de histórias gostosas. Pra que o pessoal possa assistir um pouquinho hoje, amanhã tem programa de novo e, assim, eles fiquem uma semana com o Manteiga de Garrafa”.
No repertório executado pelo conjunto estão clássicos do Choro: No coreto (Pedro Amorim); Odeon (Ernesto Nazareth); Noites cariocas e Remeleixo (Jacob do Bandolim); Gaúcho (Chiquinha Gonzaga); Lamentos e Carinhoso (Pixinguinha); Amoroso e Vamos acabar com o baile (Garoto); Tico-tico no fubá (Zequinha de Abreu); Magoado (Dilermando Reis), Delicado e Brasileirinho (Waldir Azevedo).
O meio digital possibilitou também a inserção de uma videoarte produzida no coreto da Praça Carlos Gomes, em Campinas, simbolizando o local como alicerce da apresentação do conjunto no projeto. Completam o conteúdo depoimentos sobre a importância dos coretos no Choro, com a participação de convidados: Alessandro Penezzi, violonista de Piracicaba consagrado em âmbito nacional e internacional que gravou com grandes nomes da música brasileira e Corina Meyer, de Porto Feliz, também do interior paulista, flautista integrante do Choro das 3, conjunto importante para o Choro na atualidade tanto pela representatividade feminina, quanto pelo uso das mídias sociais como forma de difusão.
“É uma alegria tocar com músicos jovens, talentosos e tão cuidadosos com o Choro”, diz Penezzi. Corina Meyer destaca a cumplicidade e intimidade musical do quarteto: “O Manteiga é um grupo que eu admiro muito; estão sempre muito bem ensaiados, é gostosa essa integridade sonora”.
Como membro de outro grupo misto, a flautista também destaca a importância da presença feminina. “É muito bom ter a Bruna no Manteiga, porque, enquanto a gente estiver fazendo grupos só de mulheres, significa que a gente ainda não conseguiu vencer e ultrapassar essa barreira no mercado de trabalho. Eu acho fantástico e acho que nós, mulheres, só teremos conseguido conquistar nosso espaço na música quando tivermos mais grupos mistos”.
Ação social | O projeto original previa, como contrapartida social ao ProAC, visitas a uma escola de Educação Infantil e a uma Instituição de Longa Permanência do Idoso (ILPI), ambas de gestão Municipal, em cada uma das cidades paulistas que receberia a turnê (Campinas, Sumaré, Hortolândia, Indaiatuba, Paulínia, Piracicaba, Itu e Valinhos), com o objetivo de promover apresentações educativas a pessoas com menos acesso ou impossibilitadas de deslocar-se aos locais dos shows. “O objetivo do grupo era dialogar tanto com os mais velhos, que talvez já conhecessem o gênero, como introduzir o choro para as crianças, formando público”, afirma Bruna Takeuti. Com a adaptação ao formato virtual, o Manteiga de Garrafa produzirá dois vídeos educativos com os temas História do choro e Instrumentos do choro, que serão disponibilizados para as mesmas entidades.
Serviço:
Semana Manteiga de Garrafa no coreto – Mostra Online
Quando: de 12 a 16 de fevereiro, às 20h
Onde: canal Manteiga de Garrafa Choro, no link https://www.youtube.com/channel/UC8RHKuMw9eu8Iwp97SZkNzA
Links dos episódios estarão disponíveis também no site: www.choromanteiga.com
Redes sociais:
https://www.facebook.com/choromanteiga/
https://www.instagram.com/choromanteiga/.
Sobre o conjunto | O Manteiga de Garrafa é um conjunto de Choro em sua forma tradicional de instrumentação e sonoridade que busca fortalecer e difundir a música brasileira instrumental. Seu repertório percorre desde os mais antigos chorões, como Ernesto Nazareth e Chiquinha Gonzaga, passando pelos consagrados Pixinguinha e Jacob do Bandolim, até os modernos Choros de Paulinho da Viola. Tem como grande inspiração o célebre conjunto regional Época de Ouro, de Jacob do Bandolim.
Sobre os integrantes:
André Ribeiro – pandeiro | Bacharel em música popular pela Unicamp. Apresentou-se ao lado de ícones da música como Alessandro Penezzi e Izaías Bueno de Almeida. Realizou em 2004 o Concerto em Sol Maior para dois bandolins, de Antonio Vivaldi, com a Orquestra Sinfônica da Unicamp. Venceu em 2009 o 8º Prêmio Nabor Pires Camargo – Instrumentista. Gravou cinco discos, sendo o último, Saudação Campineira, contemplado pelo FICC Campinas.
Rafael Yasuda – bandolim/violão tenor | Formado no curso de Música Popular pela Unicamp. Gravou o disco Sambas Contemporâneos com o grupo Maíra Guedes e os Baluartes, em 2016. Foi semifinalista no concurso Exposamba da Rede Globo, em 2014. Participou de vários encontros e cursos de Música Popular, principalmente de Choro, tais como Semana Seu Geraldo, em Leme e Encontro de Choro Campinas, nos quais teve aulas com importantes nomes, como Pedro Aragão (bandolim) e Mauricio Carrilho (violão). Foi premiado em 4º lugar no 18º Prêmio Nabor Pires Camargo – Instrumentista em Indaiatuba, em 2019. Atualmente cursa Mestrado em Música na Unicamp.
Bruna Takeuti – cavaco | Iniciou sua trajetória musical como cantora em projetos de Samba em Piracicaba/SP e região. Estudou cavaquinho com os grandes cavaquinistas Rafael Barros e Lucas Arantes. Participou de eventos de Choro como Semana Seu Geraldo, em Leme, Festival de Inverno, da Casa do Choro, no Rio de Janeiro/RJ e Festival da Primavera, da Escola Portátil de Música de Florianópolis/SC, nos quais teve oportunidade de se aproximar da linguagem do Choro carioca com os professores Jayme Vignoli, Maurício Carrilho e Luciana Rabello. Atualmente, estuda cavaquinho no curso de Choro do Conservatório Dramático “Dr. Carlos de Campos”, em Tatuí/SP.
Daniel Bueno – violão 7 cordas | Bacharel em Violão Popular pela Unicamp, formado em 2014. Iniciou seus estudos no choro com Emiliano Castro (em São Paulo, capital) e posteriormente com Eduardo Lobo (Campinas/SP). Assistiu a cursos livres de Choro em Leme, Curitiba e Ourinhos, com Maurício Carrilho e Jayme Vignolli. Atualmente cursa Mestrado em Música na Unicamp, na área de etnomusicologia, com pesquisa sobre a percepção, agência e efeitos da música no cotidiano.
Ficha Técnica – Semana Manteiga de Garrafa – Mostra Online
Conjunto Manteiga de Garrafa:
Rafael Yasuda (bandolim, violão tenor)
Daniel Bueno (violão 7 cordas)
Bruna Takeuti (cavaco)
André Ribeiro (pandeiro)
Músicos convidados:
Corina Meyer (flauta)
Alessandro Penezzi (violão)
Edição de vídeos e direção de fotografia: Fuligem Comunicação e Arte
Gravações de músicas e falas: os próprios músicos, em suas casas
Filmagens cenográficas: Pedro Spagnol (BECYN)
Fotografia: Nina Pires
Pesquisa: Conjunto Manteiga de Garrafa
Edição de som, mixagem e masterização: Guilherme Sakamuta
Produção: Conjunto Manteiga de Garrafa
Assessoria de imprensa: Sammya Araújo Jornalismo e Serviços de Comunicação
Designer gráfico: Alexandre Beraldo
Moderador da live – 1º dia da Mostra: Pedro Spagnol
Realização:
Governo do Estado de São Paulo
Secretaria de Cultura e Economia Criativa
Programa de Ação Cultural – ProAC.