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Compras diretas de produtores rurais da Mata Atlântica aumentaram com digitalização na pandemia, aponta estudo

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Elaine Casap/Unsplash.

As restrições de circulação impostas pela pandemia impactaram diretamente os mercados acessados pelos pequenos produtores, alterando, também, a dinâmica de escoamento da sua produção. Pesquisa do Centro de Estudos em Sustentabilidade (FGVces) da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP) mostra que alguns grupos de pequenos produtores rurais da Mata Atlântica  começaram a ter contato direto com seus clientes com as vendas online, processo que encurtou suas cadeias de produção e comercialização de produtos.

A pesquisa entrevistou de forma on-line 15 produtores rurais, representantes de diferentes segmentos de mercado, gestores públicos e acadêmicos entre os meses de julho e agosto de 2020 para tentar entender as mudanças nas suas dinâmicas de produção durante a pandemia. Ao todo, foram contemplados 22 mercados nos territórios atendidos pela Conexão Mata Atlântica e em municípios próximos, no estado de São Paulo. “A agricultura familiar tem o potencial de contribuir para a conservação ambiental e, quando alcança formas para garantir sua viabilidade econômica a médio e longo prazos, reforça seu papel social na produção de alimentos e na garantia de renda para as famílias no campo”, explica Manuela Santos, gestora de projetos do FGVces.

Os pequenos produtores rurais entrevistados pela pesquisa perceberam um aumento da procura por alimentos orgânicos, agroecológicos ou feitos por produtores locais depois de veiculadas campanhas com o intuito de promover o comércio local. Além do sucesso dessas campanhas, a pesquisa aponta a articulação em rede como uma estratégia importante para enfrentar os desafios do novo cenário. Os produtores rurais trabalhando em redes, ainda que informais, tiveram mais agilidade e eficiência em encontrar novas estratégias para escoar sua produção.

Esse foi o caso do coletivo “Morro das Panelas”, uma iniciativa de comercialização conjunta surgida em março de 2020 em Peruíbe, São Paulo, que iniciou com nove produtores da região. Em entrevista, a mobilizadora do grupo contou que a experiência tem gerado vantagens para os produtores, tais como a regularidade dos pedidos e a venda por um preço mais atrativo em relação aos praticados anteriormente por intermediários. Além disso, há um incentivo maior aos produtores de diversificarem sua produção para atender a necessidade dos consumidores.

Apesar desses benefícios, muitos produtores ainda têm dificuldade de acompanhar o processo de digitalização e de se aproximar dos seus mercados consumidores. Assim, os pesquisadores destacam a urgência de se fomentarem iniciativas mais inclusivas de comercialização destes produtos.

Fortalecimento das cadeias de valor | Os achados da pesquisa foram possíveis por conta de um trabalho de promoção de acesso de produtores a mercados qualificados com produtores do estado de São Paulo, realizado pelo FGVces dentro do âmbito do projeto Conexão Mata Atlântica — iniciativa do governo federal para aumentar a proteção da biodiversidade que, no estado de São Paulo, é coordenado pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente.

O projeto foi desenvolvido em quatro territórios compreendidos em Unidades de Conservação: Estação Ecológica de Bananal, dos Núcleos Santa Virgínia, Itariru do Parque Estadual da Serra do Mar e da Área de Proteção Ambiental São Francisco Xavier.

Para fortalecer as cadeias de valor promissoras e relevantes dos territórios aproximando produtores e mercados potenciais, a equipe do FGVces realizou um conjunto de ações, como reuniões comerciais com potenciais compradores e articulação com gestores de políticas públicas, desenhadas a partir de um diagnóstico com olhar estratégico sobre os territórios e cadeias de valor.

(Fonte: Agência Bori)

Procon-SP vai notificar companhias aéreas que atuam em Viracopos

Campinas, por Kleber Patricio

Imagem de deyserribeiro por Pixabay.

A Fundação Procon-SP notificará as empresas que atuam no Aeroporto Internacional de Viracopos em Campinas: Azul Linhas Aéreas Brasileiras, Latam Airlines Brasil e Gol Linhas Aéreas. Elas deverão apresentar explicações sobre diferença de preços nas passagens aéreas de usuários que utilizam o referido aeroporto em relação a Congonhas e Cumbica.

As empresas terão dez dias para apresentar uma planilha de custos que comprovem o porquê das diferenças de preços. “Dependendo da análise do material apresentado, elas poderão ser convocadas para uma audiência junto à fundação; caso seja constatada prática abusiva, poderão ser multadas em até R$10 milhões”, afirma o diretor executivo do Procon-SP, Fernando Capez.

O problema foi apresentado ao Procon-SP pelos 20 prefeitos da Região Metropolitana de Campinas (RMC) em reunião do Conselho de Desenvolvimento ocorrida nesta terça-feira (18/5), com as presenças também do diretor de Relações Institucionais do Procon-SP, João Borrô e do diretor executivo Fernando Capez, que participou por meio de videoconferência.

A Agemcamp (Agência Metropolitana de Campinas) vai preparar uma representação ao Procon que servirá como base para a notificação das companhias.

(Fonte: Assessoria de Comunicação/Procon-SP)

ONG lança ação “Aqueça com amor e doe um cobertor”

Campinas, por Kleber Patricio

Foto: Kelly Sikkema/Unsplash.

O Centro Promocional Tia Ileide (CPTI) está realizando a campanha denominada Aqueça com amor e doe um cobertor. A ação conta com a doação de cobertores com o intuito de ajudar cerca de 100 famílias assistidas pela ONG.  A contribuição pode ser feita a partir de R$30 (cada manta custa aproximadamente esse valor) e pode ser realizada por meio de transferência bancária ou PIX.

As doações podem ser realizadas até o dia 12 de junho. Para mais informações e doar, acesse o site http://www.cpti.org.br/pdic/?page_id=163.

O CPTI, uma instituição de assistência social que está para comemorar no mês de junho 29 anos de existência legal e referência no terceiro setor, vem apoiando milhares de pessoas em situação de vulnerabilidade social. Em suas cinco unidades em funcionamento, são atendidas mais de 500 crianças e jovens e 800 famílias. Em 2019, o CPTI recebeu certificação internacional Phomenta de acordo com os padrões de transparência e boas práticas sociais. Por dois anos consecutivos, 2018 e 2017, foi eleita uma das 100 Melhores ONGs do Brasil para se doar, reconhecimento pela eficiência, qualidade de gestão, transparência e boa governança. Em 2018 recebeu o selo de ONG Transparente pelo Instituto Doar.

Site: http://www.cpti.org.br/

Para doar: http://www.cpti.org.br/pdic/?page_id=163

Instagram: @cpti_ong

Informações e doações: (19) 3781-8090.

Com performances em vídeo, Grupo Meio promove diálogo entre a cidade, dança e artes visuais

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação.

A partir do dia 20 de maio, o Grupo Meio apresenta ao público a série de vídeos Matérias movediças – ação acoplamento, que faz parte do projeto Corpos-paisagens: corpos que atravessam os fluxos da cidade. Composta por quatro episódios, a ação parte de quatro marcos históricos da cidade de São Paulo (Parque da Independência, Estação da Luz, Pátio do Colégio e Biblioteca Mário de Andrade) e questiona os limites do corpo numa ação de dança e como esses locais impactam e reverberam nos corpos e memórias dos quatro artistas do grupo.

Formado pelos artistas Carolina Canteli, Everton Ferreira, Iolanda Sinatra, Lucas Reitano e Maria Basulto, todos oriundos da Unicamp, o Grupo Meio tem uma pesquisa que questiona muito o limite do movimento na dança. O que pode ser considerado corpo? Quem é o protagonista numa ação coreográfica? Eles buscam o movimento não só no artista presente em cena, mas também no ambiente e seu entorno. “Tudo é corpo. Prédios, objetos, pessoas que passam… nosso objetivo é investigar essa relação entre diversos corpos e expandir isso para uma noção coreográfica”, explica Carolina Canteli.

A ideia é questionar a hierarquização do corpo humano em cena. Por que ele sempre precisa ser o protagonista? E por que quando falamos de paisagem, excluímos o sujeito? A pesquisa do grupo trabalha na fricção desses dois conceitos, expandindo o fazer cênico. No caso de Matérias Movediças, edição e câmera, além de outros limites que eles já exploraram, também são movimento.

Pensado originalmente para ser uma performance ao vivo, assim como muitos trabalhos nesses últimos 14 meses, o projeto teve que ser adaptado para o vídeo. Os quatro artistas se dividiram e cada um pesquisou sobre um dos quatro marcos históricos abordados no projeto, escolhendo o que mais se relacionava com as suas memórias, repertório ou história. Com base nessa relação, cada um levou o conceito de corpo-paisagem para a sua composição e explorou isso de uma maneira diferente, trazendo essa confluência de temas.

Isso rendeu aos quatro vídeos da série estilos bem diferentes. Em alguns, o marco histórico aparece por meio de imagens inseridas numa fenda. Em outro, ele surge por meio de objetos, no estudo literal do seu significado ou na memória de um corpo negro e toda a representação que ele traz. O grupo traduz a intervenção urbana em corpos-paisagens virtuais, movendo a fronteira do espaço público e os encontrando dentro de casa.

Para Everton Ferreira, o Parque da Independência é retratado a partir da controversa história ali colocada em forma de monumento, seja pela ausência de homenagens aos corpos negros que navegaram por mares incertos e ainda assim edificaram cidades, mas que não têm seus nomes e seus bustos ali representados. Já na Estação da Luz, Maria Basulto questiona se o local não poderia ir além da função de servir ao transporte às multidões, mas ser também uma estação para viajar pela luz diante da escuridão. O Pátio do Colégio vem em cena por meio de suas manifestações coletivas, seja pelos corpos ocupando aquele espaço em carnavais passados ou pelos corpos que ali estão, atualmente, sem moradia no vídeo que traz Iolanda Sinatra. E quanto à Biblioteca Mário de Andrade, Carolina Canteli encontra o espaço em cada empilhamento de prédio e de livros da cidade, a cada janela de vidro que deixa entrar a luz e a cada palavra num livro. Entre a paisagem de sua janela e o próprio entorno da Biblioteca, move-se por ideias, cores e palavras.

Grupo Meio | Meio é um grupo de jovens criadores dirigido e performado por Carolina Canteli, Everton Ferreira e Iolanda Sinatra e conta com a participação dos artistas Lucas Reitano e Maria Basulto. Tem como foco atual pensar a dança enquanto campo ampliado, explorando sua intersecção com a linguagem audiovisual, a arquitetura e o urbanismo. É essencial para o grupo o exercício de habitar a urbe, as ruas, os palcos e espaços cênicos com o mesmo comprometimento ético e estético, desejando revelar, em atos coreográficos, possíveis modos de existir na cidade, com o intuito de reformular a compreensão da subjetividade imposta pelo senso de “normalidade” e criando outras ficções ou mesmo questionando as várias coreografias do dia a dia. Em maio de 2018, estrearam a intervenção urbana de dança 180 pela programação Cartografia do Possível do Centro de Referência da Dança da Cidade de São Paulo. Ainda em 2018, foram selecionados no Circuito Vozes do Corpo 2018 e no Festival do Instituto de Artes 2018 com a mesma intervenção. Em novembro de 2019, realizaram a residência Corpos-paisagens: corpos que atravessam os fluxos da cidade no SESC Pinheiros, convidando os artistas da residência a performarem o trabalho 180 no Largo da Batata, em Pinheiros. No final de 2020, foram contemplados pelo 28º Fomento à Dança com o projeto Corpos-paisagens: corpos que atravessam os fluxos da cidade, que está em execução de modo virtual por meio de ações de formação e criação artística.

Serviço:

Matérias movediças – ação acoplamento

De 20 a 23 de maio, às 20h no YouTube do Grupo Meio

20/5 – Corpo-paisagem de Carolina Canteli para Biblioteca Mário de Andrade

21/5 – Corpo-paisagem de Maria Basulto para Estação da Luz

22/5 – Corpo-paisagem de Everton Ferreira para Parque da Independência

23/5 – Corpo-paisagem de Iolanda Sinatra para Pátio do Colégio.

Ficha técnica

Direção Artística: Carolina Canteli, Everton Ferreira e Iolanda Sinatra

Direção Audiovisual: Lucas Reitano

Pesquisa e Criação: Carolina Canteli, Everton Ferreira, Iolanda Sinatra, Lucas Reitano e Maria Basulto

Edição de som: Olívia Fiusa

Produção: Tetembua Dandara

Artistas Colaboradores: Gustavo Ciríaco, Maitê Lacerda e Nina Giovelli

Designer Gráfico: João Brito

Duração: aprox. 10 minutos.

Frio chegando — como não pensar em fondue?

Região Metropolitana de Campinas, por Kleber Patricio

Restaurantes da região já começam a oferecer a iguaria, que, além de deliciosa, ainda tem um quê de romantismo e cumplicidade pela forma como é consumida. Fotos: divulgação.

Com os termômetros finalmente em queda, chega a hora da fondue — um dos pratos da gastronomia mais apreciados pelo consumidor brasileiro. Restaurantes da região já começam a oferecer a iguaria, que, além de deliciosa, ainda tem um quê de romantismo e cumplicidade pela forma como é consumida.

No Distrito de Joaquim Egídio, em Campinas, o restaurante Vila Paraíso traz de volta seu tradicional Festival de Fondue, evento interrompido em 2020 por conta da pandemia. A temporada começa em maio e ficará no cardápio até agosto, nas noites de quinta a sábado, seguindo os horários do Plano São Paulo.

Localizado em uma região cercada por mata protegida pela Área de Proteção Ambiental (APA) e temperaturas baixas das montanhosas, propícias para quem curte a gastronomia, especialmente a de inverno, o Vila Paraíso tem ainda como atrativo um ambiente aquecido por lareiras e música ao vivo todas as noites.

Durante o Festival, os frequentadores do Vila poderão escolher entre “combos” disponíveis. O tradicional de carne em cubos de filé mignon frescos (feito no óleo – R$105); ao Vinho – carne preparada com vinho e caldo de carne (R$115 por pessoa) –  e somente de chocolate. Nestes dois combos acompanham queijo e chocolate, à vontade, com reposição ilimitada. Também são servidos acompanhamentos salgados (pães artesanais – italiano e mandioca), legumes gratinados, batata noisete e molhos (mostarda, madeira, funghi e vinho) e doce (churros, palitinhos de bolo de cenoura, banana, uva, morango e abacaxi). As duas versões também estão disponíveis para crianças com idade entre 2 e 7 anos, com valores diferenciados (R$60).

Em Indaiatuba, o Le Triskell Bistrô oferece as fondues Savoyarde (R$188) – de queijo suíço radicional – e a Fondue aux cèpes et huille de truffes (R$218) – fondue de queijo suíço com funghi porcini e azeite trufado (ambas para duas pessoas), além da opção de Bouquet de crevettes grilées (R$58 – 12 unidades de camarões rosa médios) e Cubes de boeuf grilées (R$42 – 200 g de cubos de filé mignon grelhados) para por na fondue.

Serviço:

Festival do Fondue do Vila Paraíso

De maio até agosto, nos jantares de quinta a sábado

Rua Heitor Penteado, 1716, Distrito de Joaquim Egídio, Campinas/SP

Telefone: (19) 3298-6913