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Acafi está com inscrições abertas para Cameratas Aprendiz e Jovem e novas oficinas culturais

Indaiatuba, por Kleber Patricio

A Camerata Filarmônica de Indaiatuba está com inscrições prorrogadas até 6 de março para processo seletivo para prática orquestral na Camerata Aprendiz e Camerata Jovem e também para novas oficinas culturais, com formação de Coro Infanto-Juvenil, Coro Adulto e Grupo de Percussão. As ações contam com apoio da Secretaria Municipal de Cultura.

O trabalho das orquestras consiste em prática orquestral com músicos profissionais, que realizam a monitoria com repertório próprio e temporada de concertos para 2022. Os Coros e Grupo de Percussão são dirigidos por maestros profissionais e professores e também terão repertório selecionado com agenda de apresentações.

A Camerata Aprendiz compreende interessados de 7 a 17 anos, com vagas para violino, viola clássica, violoncelo e contrabaixo acústico. É preciso ter, ao menos, um ano de estudo do instrumento e também ter instrumento próprio.

A Camerata Jovem é voltada para músicos de 15 a 35 anos, com vagas para violino, viola clássica, violoncelo, contrabaixo acústico, flauta transversal, clarineta e trompa. Para se inscrever, é preciso ter, ao menos, dois anos de estudo do instrumento e possuir instrumento próprio.

Oficinas culturais | As oficinas culturais são voltadas a diversas faixas etárias e não há pré-requisitos para participação. São três opções: Coro Infanto-Juvenil, de 7 a 14 anos, com 40 vagas; Coro Adulto, a partir de 15 anos, com 60 vagas e Grupo de Percussão, de 12 a 18 anos, com 20 vagas.

O interessado deve preencher o formulário, onde consta ainda o calendário de audições. A realização é da Associação Camerata Filarmônica de Indaiatuba (Acafi), que fica na Rua Hércules Mazzoni, 873, Centro. Mais informações podem ser obtidas pelo WhatsApp (19) 98303-7213 ou pelo e-mail contato@cameratafilarmonica.org.

Inscrições:

Cameratas Aprendiz e Jovem – Formulário: https://forms.gle/3GzqVdT9RZFGuJQL9

Oficinas Culturais – Formulário: https://forms.gle/5k2sxzT6eVWDfSfRA.

(Fonte: Assessoria de Imprensa | Prefeitura Municipal de Indaiatuba)

Últimas semanas para visitar a exposição de Jacques Douchez e Norberto Nicola no MAM SP

São Paulo, por Kleber Patricio

Exposição de Jacques Douchez e Norberto Nicola. Crédito das fotos: Karina Bacci.

A tridimensionalidade une novamente os artistas Jacques Douchez (Macôn-França, 1921 – São Paulo, 2012) e Norberto Nicola (São Paulo, 1931-São Paulo, 2007) em “Os pássaros de fogo levantarão voo novamente”. As formas tecidas de Jacques Douchez e Norberto Nicola, em cartaz até o dia 13 de março no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Estreando oficialmente como curador, assume vivid astro focus/avaf propõe uma reaproximação póstuma entre os artistas. Além disso, a exposição lança luz sobre importantes sucessores do movimento modernista.

A partir de um conjunto de 26 obras em tapeçaria, 13 de cada artista, é possível um resgate dos laços profissionais e afetivos entre Douchez e Nicola, amigos que tiveram um atelier juntos entre 1959 e 1980, mas não expuseram mais em conjunto após desfazerem a sociedade. Uma das propostas da mostra é traduzir essa conexão ao criar uma união emocional e física dos trabalhos de ambos.

O aspecto tridimensional, caraterística marcante nas criações, entendidas pelos próprios artistas como “formas tecidas”, é refletido também na expografia, co-assinada pelo arquiteto Eduardo Chalabi e assume vivid astro focus. As tapeçarias suspensas no teto e as paredes recobertas de espelhos reforçam esse jogo de dimensões. “Neste espaço átmico, se busca contar uma história, sem tratar de ser histórica ou retrospectiva, dedicada a obras tecidas por eles”, declara o curador. Para além disso, ele afirma que a expografia foi pensada de forma que os artistas fossem recontextualizados em um ambiente da arte contemporânea.

Em “Os pássaros de fogo levantarão voo novamente – as formas tecidas de Jacques Douchez e Norberto Nicola”, o MAM amplia as reflexões em relação ao movimento modernista e evidencia, dessa vez, os artistas que vieram depois dele. “Dando continuidade às reflexões que promoveu ao longo do ano de 2021 sobre o centenário da Semana de Arte Moderna de São Paulo de 1922, o MAM desdobra sua programação agora discutindo artistas das gerações seguintes que tiveram atuações significativas. O espaço concebido para a mostra traz espelhos e cores que rompem com o tradicional cubo branco e reinventam o ambiente expositivo”, comenta Cauê Alves, curador da instituição. “A mostra sobre as formas tecidas de Jacques Douchez e Norberto Nicola, além de dar visibilidade a artistas tão relevantes que sucederam aos primeiros artistas modernistas, valoriza a arte da tapeçaria, até há pouco vista como menor em relação à pintura e à escultura”, endossa Elizabeth Machado, presidente do MAM.

Sobre os artistas

Jacques Douchez (Macôn, França 1921 – São Paulo, 2012) e Norberto Nicola (São Paulo, 1931 – São Paulo, 2007) integraram nos anos 1950 o Atelier-Abstração, de Samson Flexor (1907-1971). O artista romeno, inclusive, influenciou os trabalhos dos dois, com seus ideais estéticos e vanguardistas.

Em 1959, criaram juntos o Atelier Douchez-Nicola, que mantinha a individualidade e a liberdade criativa de cada um. Nicola realizava obras lírico-oníricas e selváticas e Douchez, obras austeras e ascéticas. O encerramento das atividades do Atelier aconteceu em 1978 sem que fizessem uma exposição juntos.

Na mostra, “se poderão ver obras que foram confeccionadas no decorrer da existência do Atelier, bem como obras urdidas após o desfecho de uma intrincada e singular amizade que mostram sobretudo um vocabulário feérico que desvela em cada fibra a energia luminosa de ambas naturezas”, afirma assume vivid astro focus.

Sobre assume vivid astro focus | assume vivid astro focus/avaf é um coletivo de artistas fundado em 2001. avaf pode assumir diferentes formações, dependendo dos diferentes projetos em que estão envolvidos. avaf trabalha em uma vasta gama de mídias, incluindo instalações, pintura, tapeçaria, néon, papel de parede, música etc. Com frequência confronta arraigados códigos culturais, questões de gênero e política por meio de uma superabundância de cores e formas. O pseudônimo é parte fundamental no seu processo de trabalhar “coletivamente”: O intuito central de seus projetos é sempre a criação de um Gesamtkunstwerk (“obra total de arte”) onde o espectador se torna um com trabalho de arte. Ser inclusivo é peça chave para a realização de suas obras – avaf usa a cor como linguagem universal com a intenção de garantir a participação e entrega do espectador. O público sempre é centerpiece em todos seus projetos.

Sobre o MAM São Paulo | Fundado em 1948, o Museu de Arte Moderna de São Paulo é uma sociedade civil de interesse público, sem fins lucrativos. Sua coleção conta com mais de 5 mil obras produzidas pelos mais representativos nomes da arte moderna e contemporânea, principalmente brasileira. Tanto o acervo quanto as exposições privilegiam o experimentalismo, abrindo-se para a pluralidade da produção artística mundial e a diversidade de interesses das sociedades contemporâneas.

O Museu mantém uma ampla grade de atividades que inclui cursos, seminários, palestras, performances, espetáculos musicais, sessões de vídeo e práticas artísticas. O conteúdo das exposições e das atividades é acessível a todos os públicos por meio de visitas mediadas em libras, audiodescrição das obras e videoguias em Libras. O acervo de livros, periódicos, documentos e material audiovisual é formado por 65 mil títulos. O intercâmbio com bibliotecas de museus de vários países mantém o acervo vivo.

Localizado no Parque Ibirapuera, a mais importante área verde de São Paulo, o edifício do MAM foi adaptado por Lina Bo Bardi e conta, além das salas de exposição, com ateliê, biblioteca, auditório, restaurante e uma loja onde os visitantes encontram produtos de design, livros de arte e uma linha de objetos com a marca MAM. Os espaços do Museu se integram visualmente ao Jardim de Esculturas, projetado por Roberto Burle Marx para abrigar obras da coleção. Todas as dependências são acessíveis a visitantes com necessidades especiais.

Serviço:

“Os pássaros de fogo levantarão voo novamente – as formas tecidas de Jacques Douchez e Norberto Nicola”

Local: Museu de Arte Moderna de São Paulo

Curadoria: assume vivid astro focus

Período expositivo: Até 13 de março de 2022

Endereço: Parque Ibirapuera (Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Portões 1 e 3)

Horários: terça a domingo, das 10h às 18h (com a última entrada às 17h30)

Telefone: (11) 5085-1300

Ingresso: Agendamento prévio necessário

Ingressos disponibilizados online

Acesso para pessoas com deficiência

Restaurante/café

Ar-condicionado.

(Fonte: a4&holofote comunicação)

Sommelière Bia Amorim lança ‘Guia da Sommelieria de Cervejas’

Ribeirão Preto, por Kleber Patricio

Bia Amorim, sommelière de cervejas. Foto: Hugo Battaglion.

O “Guia da Sommelieria de Cervejas”, livro referência para profissionais e amantes da área, foi lançado oficialmente na sexta-feira, 18, no Speakeasy do Empório Toscana, em Ribeirão Preto.

Lançado pela Editora Krater, o Guia conta com participantes emblemáticos, como o escritor inglês Martyn Cornell, um dos maiores especialistas do mundo em cerveja, que escreveu a seção dedicada à Escola Britânica. Além de Cornell, Daiane Colla, Fernanda Meybom, Guto Procópio, Marcio Beck e Sady Homrich estão entre os autores convidados.

O material serve como um manual prático, visando complementar a formação dos sommeliers e sommelières de cerveja brasileiros. A obra traz orientações sobre atendimento e serviço, condução de treinamentos de equipe, desenvolvimento e gerenciamento de uma boa carta de cervejas e de chopes, história e cultura, entre outros.

Brasil é o nº 1 em formação de profissionais

O Brasil, atualmente, é o país que mais forma sommeliers de cervejas no mundo anualmente. Cada vez mais profissionais ocupam posições em bares, lojas especializadas, distribuidoras, importadoras e cervejarias. Para Bia, que acompanha a evolução da profissão no Brasil desde 2010, o Guia vem, de forma importante, suprir a carência desse tipo de literatura no país.

Apesar de já se dedicar à escrita em sua revista digital, a Farofa Magazine, há seis anos, Bia comemora a publicação do primeiro livro de sua carreira. “Já tinha pensado em escrever um livro antes e estou sempre entre os artigos de opinião sommelier e algumas crônicas mais ébrias, mas nunca tinha imaginado participar de uma obra coletiva, um Guia. Quando o Diego e o Pedro da Krater me fizeram o convite para ser a organizadora desta obra, fiquei refletindo sobre o propósito do livro e senti que seria um grande desafio e por isso aceitei”.

A sommelière reforça ainda o compromisso de lançar um trabalho dedicado a profissionais e feito por profissionais. “Este não é um livro escrito por escritores. É um livro escrito por referências na área, onde cada um, em seu tema, trouxe sua perspectiva e entendimento. A base do nosso trabalho como sommeliers é servir a outros paladares e transformar o consumo do mercado para melhor, não importa em que etapa, do campo ao copo”, diz.

Financiamento coletivo

O projeto do Guia foi viabilizado por meio de uma campanha de financiamento coletivo, conhecida como crowdfunding, e foi um sucesso absoluto. A meta estabelecida para o projeto foi batida nas primeiras 24h. Esse é um modelo de financiamento cada vez mais popular entre pequenas empresas, especialmente editoras independentes como a Krater, e ajudou muitas marcas a se manterem durante a pandemia.

Com projeto gráfico especial, capa dura e colorido, o Guia da Sommelieria de Cervejas tem tiragem limitada. O livro está à venda no site da Krater. Em março, o livro terá um evento de autógrafos para o mercado paulistano.

(Fonte: ESC Conteúdo)

Casa de Cultura do Parque inaugura projeto ‘No Deck’

São Paulo, por Kleber Patricio

“Chumbo (figura N⁰ 3)”, de Frederico Ravioli.

A Casa de Cultura do Parque, centro cultural localizado em frente ao Parque Villa-Lobos, estabelece uma nova relação com a natureza que está em seu entorno por meio do novo projeto expositivo “No Deck”. A iniciativa, localizada no deck externo da Casa, é inaugurada com a instalação “Chumbo (figura N⁰ 3)” de Frederico Ravioli, em cartaz desde 19 de fevereiro.

O espaço escolhido tem como propósito receber instalações de artistas contemporâneos que sejam capazes de se estabelecer ao ar livre e dialoguem com questões relativas ao meio ambiente criando interfaces entre a arte, a natureza e as ciências. “Por ser um local que se lança para fora da Casa, o No Deck cria um diálogo direto com o entorno da Casa, como o Parque Villa-Lobos, além de possibilitar a interação das obras com elementos como o ar, o vento, a terra e a chuva”, pontua o diretor artístico Claudio Cretti.

Para a estreia do projeto, o artista Frederico Ravioli desenvolveu uma escultura de grandes dimensões composta por lona plástica, chumbo e ventoinha, formando um inflável que remete a frutos exóticos, espermatozoides, casulos, ovos ou um sistema respiratório. “’Chumbo (figura n° 3)’, faz parte de uma série, são infláveis que jogam com relações de opostos e complementações, como o dentro e o fora, a pressão e o vazio, a forma e a deformação, a transparência e a cor”, explica Ravioli.

O artista trabalha com a lona plástica e o vento desde 2016, quando, junto com outros artistas, construiu um rato inflável de 5 metros de altura para levar às manifestações contra e a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Roussef. Atualmente, Frederico Ravioli desenvolve esculturas de ar de proporções gigantes e chamativas que são abstratas, como a “Chumbo (figura n° 3)”.

O projeto No Deck tem como premissa receber trabalhos inéditos e específicos para o espaço da Casa durante o período de aproximadamente dois meses. Ainda neste ano, nomes como Laura Belém e Leandro Muniz tomam o espaço com suas exposições ao ar livre.

Durante a abertura do projeto, uma oficina educativa que dialoga com a escultura de Frederico Ravioli é desenvolvida pela coordenadora do setor educativo do Centro cultural Mayra Oi, a partir das 15h. A atividade é voltada para pais e filhos e não é necessário inscrições prévias, apenas comparecer à sala da atividade.

A Casa de Cultura do Parque segue com três exposições do Ciclo Expositivo vigente em cartaz: “De Terra e Gás”, que reúne trabalhos de Germana Monte-Mór, Paulo Monteiro e Solange Pessoa, com ênfase na pesquisa tridimensional e pictórica; a individual “Gargalo”, de Luís Teixeira, com objetos e imagens estáticas em busca de movimento e Pepinos, e “Sad & Brazilian”, que apresenta pinturas feitas com feltros coloridos em série carregada de humor e ironia de Estela Sokol.

Sobre Frederico Ravioli | Frederico Ravioli é artista plástico e professor na Arco Escola-Cooperativa. Trabalha com instalações infláveis de lona plástica, escultura e performance, várias vezes levando seus trabalhos para o interior de manifestações e protestos.

Sobre a Casa de Cultura do Parque | A Casa de Cultura do Parque, localizada em frente ao Parque Villa-Lobos, no Alto de Pinheiros, em São Paulo, é um espaço plural que busca estimular reflexões sobre a agenda contemporânea promovendo uma gama de atividades culturais e educativas que incluem exposições de arte, shows, palestras, cursos e oficinas.

A Casa de Cultura do Parque tem como parceiro institucional o Instituto de Cultura Contemporânea – ICCo, uma OSCIP sem fins lucrativos. As duas iniciativas, de natureza socioeducativa, compartilham a mesma missão de ampliar a compreensão e a apreciação da arte e do conhecimento.

Serviço:

Inauguração No Deck | “Chumbo (figura n° 3)”, de Frederico Ravioli

Direção artística: Cláudio Cretti

Quando: 19 de fevereiro, das 11h às 18h

Período expositivo: 19 de fevereiro a 9 de abril de 2022

Local: Casa de Cultura do Parque – Av. Prof. Fonseca Rodrigues, 1300 – Alto de Pinheiros – São Paulo/SP

Horário: de quarta a domingo, das 11h às 18h

Entrada gratuita mediante apresentação de comprovante de vacina.

Site da Casa de Cultura do Parque | Instagram | Youtube | Facebook

(Fonte: Casa de Cultura do Parque)

Artigo: “Uma Amazônia sustentável é possível”

Amazônia, por Kleber Patricio

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil.

Por Leonardo Capeleto de Andrade — A Amazônia envolve nove países e nove estados brasileiros, cobrindo mais da metade do país – ou duas vezes a soma das regiões Sul, Sudeste e Nordeste. Apesar de esta região ter a menor densidade populacional do Brasil, milhões vivem ali.

As Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) surgiram com a proposta de manter os povos tradicionais, como os ribeirinhos amazônicos, nessas Unidades de Conservação. Com a preservação das áreas e um modo de vida tradicional e sustentável, estas reservas proporcionam uma melhor qualidade de vida para as suas populações. Além disso, as RDS também ampliam o alcance de metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).

As RDS Mamirauá e Amanã (AM) foram as duas primeiras deste tipo, sendo criadas respectivamente em 1996 e 1998. Os projetos desenvolvidos nestes mais de vinte anos nestas áreas atingiram diversas metas dos ODS. Mas para cada conquista, há outros desafios.

O manejo do pirarucu aumentou a renda e a disponibilidade de alimento para os ribeirinhos, mas a pesca ilegal ainda precisa ser controlada e o acesso a serviços básicos, ampliado. Com relação à saúde da população, a mortalidade infantil da região caiu e o acesso à educação aumentou, mas as longas distâncias dos centros urbanos são um desafio logístico.

As tecnologias sociais passaram a possibilitar o acesso a água e saneamento e energia em muitas comunidades, mas estas políticas públicas precisam chegar a todos locais. Além disso, o controle da caça ilegal e a conservação das espécies permitiram a recuperação de animais em risco de extinção nas reservas, mas a fiscalização e a ampliação dos mercados legais ainda são necessárias para amplificar os benefícios.

Os 17 ODS têm uma conexão clara com as Reservas de Desenvolvimento Sustentável na Amazônia Central. E, apesar das muitas conquistas ao longo dos anos, ainda há muitos desafios a serem alcançados – e após estes, novos surgirão. Os principais desafios atuais são ligados à realidade do meio rural e amplificados pelas longas distâncias amazônicas.

Sobre o autor | Leonardo Capeleto de Andrade é engenheiro ambiental, doutor em Ciência do Solo e pesquisador no Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá na área de Tratamento de Água para comunidades ribeirinhas amazônicas.

Glossário:

Povos e Comunidades Tradicionais: “grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social, que ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição” (Decreto nº 6.040/2007);

Ribeirinhos: povo tradicional que vive ao longo dos rios, geralmente em residências palafitas ou flutuantes, com atividades de pesca e agricultura;

Tecnologias Sociais: tecnologias que visam reaplicar soluções para resolver problemas sociais de forma participativa com as populações atendidas.

(Fonte: Agência Bori)