Pesquisadores da USP e do Hospital Sírio-Libanês alertam para impactos da pandemia e recessão no cenário atual


São Paulo
Trilha Cachoeira da Torre – Parque Caminhos do Mar. Fotos: Danieli Mendes.
Para os amantes de ecoturismo e esportes mais radicais, o Parque Caminhos do Mar anuncia a inauguração oficial de uma das trilhas mais radicais em São Paulo, com duração média de 5 a 6 horas, a trilha Cachoeira da Torre. São cerca de 9 quilômetros ida e volta entre a cachoeira e o Centro de Visitantes do parque, em São Bernardo do Campo. Com elevação variando entre 680 e 785 metros de altitude, tem inclinações de até 33%. Quem quiser visitar, já pode preparar a garrafa d’água, protetor solar, repelente e roupas e calçados confortáveis e fazer o agendamento da visita.
O total de aproximadamente sete morros, considerados os mais significativos em relação ao grau de inclinação, deu à trilha o apelido de “Trilha dos Sete morros”. Ela começa em uma estrada de terra Mata Atlântica adentro, passando por vegetações rasteiras em campos em áreas planas, bosques em topos de morros, com arvoretas de pequeno porte e arbustos e trechos de floresta densa, com a presença de bromélias, orquídeas e cipós (lianas). Durante todo o trajeto, é possível contemplar as aves que cantarolam pelo meio do caminho, além de várias pegadas marcadas na lama dos muitos animais que por ali passam.
Ao chegar à cachoeira, é possível avistar quedas d’água impressionantes que, se somadas, podem superar os 130 metros de altura, já nas bordas da Serra em direção às planícies do litoral em Cubatão. Aí, basta aproveitar os dois poços – um para se banhar e outro, só para apreciar e a vista deslumbrante de alguns pontos da Baixada Santista, cercada por morros, vales, escarpas e cobertos pela vegetação de Mata Atlântica da Serra do Mar Paulista.
Considerado o maior corredor biológico da Mata Atlântica no Brasil, com 1361 espécies de animais e 1200 tipos de plantas registradas, segundo dados do Ibama, o Parque Caminhos do Mar está inserido em uma unidade de conservação que faz parte do Parque Estadual da Serra do Mar, sob recente concessão à Parquetur.
Sobre o Parque Caminhos do Mar | Considerado um importante corredor ecológico, que liga as porções norte e sul desses remanescentes de Mata Atlântica, o Caminhos do Mar é uma unidade de conservação que faz parte do Parque Estadual da Serra do Mar, sob recente concessão à Parquetur, e tem como princípio promover a conservação ambiental, por meio de educação ambiental para a conscientização da população sobre a importância da natureza.
Serviço:
Agendamento para trilha das torres: obrigatório, pelo e-mail caminhosdomar@parquetur.com.br ou WhatsApp (11) 97279-5616. Necessário acompanhamento de monitor do parque.
Distância: 9 km (ida e volta)
Duração total: 6 horas
Horário: início às 08h e retorno às 13h
Ponto de encontro: Centro de Visitantes São Bernardo do Campo
Nível de dificuldade da trilha: Intermediário
Funcionamento: de 4ª feira a domingo e feriados, das 8h às 17h
Saiba mais em:
Site: www.caminhosdomar.com.br
Instagram: https://www.instagram.com/parquecaminhosdomar
Facebook: https://www.facebook.com/parquecaminhosdomar.
(Fonte: Ela Comunica)
A TV Cultura, uma das principais emissoras públicas do Brasil, anuncia expansão internacional e distribuição de seus canais e alguns de seus conteúdos de maior sucesso para todas as idades em parceria com a Stenna, holding referência no mercado audiovisual, telecomunicações e entretenimento.
Produções originais, como o sucesso “Cocoricó” e os concertos da Brasil Jazz Sinfônica – uma das mais importantes orquestras do País, que é gerida pela emissora –, além da programação dos canais TV Cultura e TV Rá Tim Bum, passarão a fazer parte de operadoras de TV por assinatura e plataformas de streaming internacionais localizadas na América Latina e México, regiões selecionadas para esta primeira fase de expansão.
Segundo o vice-presidente da TV Cultura, Carlito Camargo, a criação da TV Cultura Internacional e da TV Rá Tim Bum Internacional em parceria com a Stenna possibilitará que estrangeiros e brasileiros de diversos países tenham acesso a produções da emissora, que são reconhecidas por sua excepcional qualidade. “A programação da TV Cultura já ganhou mais de 400 prêmios, incluindo quatro Emmys. Queremos que o mundo conheça e se encante com nossas produções”, declara.
Carolina Vargas, CEO da Stenna, enfatiza o marco da expansão internacional na história de todo o povo brasileiro. “A TV Cultura é um patrimônio nacional. Crescemos acompanhando suas produções que ajudaram a entender a história do nosso Brasil, nossas raízes, ajudando na formação do nosso conhecimento, valores e caráter humano. Ficamos emocionados com a responsabilidade de participar desse novo marco e levar adiante este legado tão importante para o mundo inteiro ser impactado também”.
Os canais e conteúdos da TV Cultura serão apresentados pela primeira vez ao mercado internacional pela Stenna no estande da SES – empresa líder no mercado de satélites e soluções broadcasting – na Andina Link 2022, prestigiada feira de telecomunicações e tecnologias que acontecerá entre os dias 8 e 10 de março em Cartagena, na Colômbia. O evento reunirá operadoras de TV por assinatura internacionais, grandes empresas do setor e seus tomadores de decisões para relacionamento comercial e rodadas de negócios.
A TV Cultura
Atual, atrativa, crítica, democrática e inovadora, a TV Cultura é um modelo de emissora pública brasileira. Com programação premiada e voltada para diversos públicos e faixas etárias, destaca-se no cenário nacional pelo conteúdo dedicado ao desenvolvimento do cidadão.
Desde sua criação, em 1969, conquistou mais de 400 prêmios nacionais e internacionais, incluindo quatro Emmy Awards e mais de 10 troféus Prix Jeunesse. Além disso, é tida como a segunda melhor emissora do mundo em qualidade de programação, atrás apenas da BBC One, de acordo com pesquisa encomendada pela BBC.
A Stenna
A Stenna é uma holding que reúne diferentes segmentos para atender as necessidades do mercado audiovisual, telecomunicações e entretenimento a nível global. Presente no mundo inteiro, também é o único grupo de desenvolvimento e distribuição de mídia independente do Brasil e líder em cases de lançamentos de canais de TV, conteúdos, plataformas e projetos do setor.
Pioneira na entrega completa do entretenimento, representa mais de 35 canais lineares mundialmente, contando com profissionais de mais de 15 anos de experiência em consultoria, representação comercial, desenvolvimento e junção de novos negócios e viabilização de diferentes processos e projetos no mercado.
(Fonte: Assessoria de Imprensa | TV Cultura)
Foto: StockSnap/Pixabay.
O Funssol (Fundo Social de Solidariedade de Indaiatuba), realiza a Campanha Páscoa Solidária até o dia 31 de março. O objetivo é arrecadar uma caixa de chocolate para repassar aos projetos sociais do município. As doações podem ser entregues em três pontos de coletas: Funssol, Espaço Bem Viver e Shopping Jaraguá.
De acordo com a presidente do Funssol, Maria das Graças Araújo Mássimo, a campanha tem a finalidade de contribuir com as crianças e famílias que estão em vulnerabilidade social. “Já começamos as arrecadações a partir do inicio desta semana. As pessoas que quiserem realizar podem levar uma caixa de chocolate nos pontos de coletas. Nosso foco é que possamos cumprir a meta de atender 3.400 crianças no município e levar a alegria da páscoa para cada pessoa que for beneficiada pela campanha”, relata.
Para mais informações, (19) 3834-9235.
(Fonte: Assessoria de Imprensa | Prefeitura de Indaiatuba)
Cena de “O Passe e o Gol”. Foto: Shinji Nagabe.
Criada em 1991 em homenagem a Ilo Krugli, do Teatro Vento Forte, a Cia. Grande Urso Navegante dá a largada em sua temporada de apresentações pelo interior paulista no dia 12 de março, com a proposta de circular por sete cidades e fazer 24 apresentações gratuitas abertas ao público de todas as idades, além de 14 sessões exclusivas para instituições assistenciais e sete oficinas de teatro. A 2ª edição do projeto “Hoje tem teatro? Tem, sim, senhor!” é viabilizada pelo ProAC ICMS/SP da Secretaria de Estado da Cultura, com patrocínio das empresas Tigre e Urbano Alimentos. As sessões acontecem em espaços públicos e em entidades assistenciais.
A turnê segue até 24 de abril e leva na bagagem dois espetáculos – “O Passe e o Gol”, baseado no livro do jornalista esportivo Juca Kfouri; e a “A Pipa e a Flor”, adaptado por Laerte Asnis do livro do escritor, educador e psicanalista Rubem Alves. O roteiro inclui as seguintes cidades: Porto Ferreira (dias 12 e 13 de março), Guarulhos (dias 18, 19 e 20/3), Rio Claro (dias 26 e 27/3), Cordeirópolis (dias 2 e 3 de abril), Sumaré (dias 9 e 10 de abril), Brotas (dias 16 e 17/4) e Jacareí (dias 23 e 24/4).
Literatura como fonte
A primeira peça adaptada pelo ator, diretor e produtor da Cia. Grande Urso Navegante, Laerte Asnis, foi “O Barquinho”, de Ilo Krugli, logo após sua saida do grupo Vento Forte, onde permaneceu de 1985 a 1990. A partir do momento em que criou sua próprioa trupe, se especializou em adaptar para o teatro livros de nomes da literatura infantil, o que se tornou marca registrada do Urso Navegante – construir seu repertório baseado em livros de autores de destaque do cenário literário e educacional. Além de Rubem Alves (i.m.), Juca Kfouri e Regina Drummond, Laerte tem parceria com Sandra Branco, Oswaldo Cassilha, Paulo Riani, Editora Cortez. Construir seu repertório baseado em livros de autores de destaque do cenário literário e educacional é característica do Grande Urso Navegante.
Cena de “O Passe e o Gol”. Foto: Shinji Nagabe.
“O Passe e o Gol” | Peça teatral baseada no livro homônimo de Juca Kfouri, conta a história de dois irmãos gêmeos, Joãozinho e Marinho que se dão muito bem, mas não quando o assunto é futebol. Os conflitos entre os dois se agravam quando são coinvidados para jogar no time da escola no campeonato da cidade. Muitas surpresas acontecem. Há 14 anos no repertório do grupo, aborda o relacionamento entre irmãos gêmeos e a rivalidade comum entre eles. A partida de futebol, momento em que os irmãos gêmeos jogam pelo mesmo time, introduz a questão tão presente no cotidiano de cada um de nós, que é saber ganhar e saber perder.
“A Pipa e a Flor” | O texto de Rubem Alves trata da valorização das relações humanas, fala de amor e também de seus agravantes, como a inveja e o ciúme. Discute o relacionamento entre uma pipa e uma flor e nos conduz a alguns questionamentos: como acontece uma relação? Quem tem razão? Como posso aceitar o outro? Como compartilhar experiências conjuntas? Perguntas que nos permitem refletir sobre a importância que cada um desempenha dentro de uma relação, seja no âmbito amoroso, familiar ou no ambiente de trabalho, e perguntas que nos permitem entender a necessidade de se contar com todos, com suas habilidades individuais, emocionais e criativas para que a vida seja simplesmente vivida.
O encontro com Rubem Alves
Cena de “A Pipa e a Flor”. Foto: Prodbill.
Leitor de Rubem Alves, Laerte morava em São Carlos em 1999 quando conheceu o autor na livraria de uma grande amiga que convidara o escritor para uma palestra na cidade. “Acabei levando Rubem Alves para Campinas, após a palestra, e no carro perguntei se ele me autorizava adaptar para o teatro seu livro ‘A Pipa e a Flor’. Ele respondeu: ‘Ficarei honrado’. Em 23 de dezembro de 1999, a peça estreou em Campinas, com a presença do Rubem, que no final disse para a plateia: ‘A peça ficou muito melhor que o livro’. Choradeira geral. Desde então já são 23 anos encenando esta peça em mais de 1600 apresentações pelo Brasil e Portugal. Rubem Alves,a exemplo do Ilo, é uma manifestação viva da poesia. Sempre nos prestigiou durante os 15 anos em que convivemos com ele, de 1999 a 2014, ano de sua morte. Continuaremos encenando ‘A Pipa e a Flor’, pois seu texto continua atual, mesmo sendo o livro de 1985.”
O encontro com Juca Kfouri
“Consultando o site de uma livraria, vi que o livro mais vendido era ‘O Passe e o Gol’, de Juca Kfouri. Imediatamente considerei a ideia de adaptar o livro para o teatro, mesmo sem conhecer a obra. Arrisquei enviar um email e não é que funcionou? Fiz a proposta e ele prontamente aceitou. Isso foi em 2007. Durante um ano preparei a montagem e, em fevereiro de 2008, fizemos a estreia na capital, com a presença de Juca Kfouri e seu editor. Desde então, encenamos a peça em várias cidades do Brasil. Sempre que apresentamos na capital, Juca prestigia.”
O começo no Vento Forte e a ida para o interior
Laerte Asnis tirou a ideia para o nome do grupo de um dos personagens da peça “Os Dois Irmãos ou O Pássaro de Ouro”, baseada em conto dos Irmãos Grim, escrita e dirigida por Ilo Krugli, do grupo de teatro Vento Forte, do qual pareticipou de 1985 a 1990. Influenciado pelo mestre (“tudo que sei sobre teatro, aprendi com Ilo”), Laerte criou a Cia Teatro do Grande Urso Navegante em homenagem a Krugli e ao Vento Forte “para minimamente oferecer através do teatro a poesia que tanto se faz necessária para a vida de qualquer ser humano”. Depois do Vento Forte, Laerte participou de um projeto com o grupo de dança Marzipan, sobre a vida de Oswald de Andrade para a Secretaria de estado da Cultura/SP. “Me inscrevi para participar do processo de escolha do elenco e para minha surpresa fui um dos 18 selecionados”. Durante um ano, ensaiou a peça “Fui, Vim , Voltei”, sob direção de Renata Melo, Lúcia Merlino e Luca Baldovino. Durante o processo tomou aulas com a nata da dança: Antonio Nóbrega, Marize Matias, Eduardo Marlot, Denilto Gomes e Tica Lemos.
Cena de “A Pipa e a Flor”. Foto: Prodbill.
Em seguida, foi convidado pelo então diretor do departamento de formação cultural da Secretaria de Cultura para ministrar oficinas de teatro, na recém-inaugurada Oficina Cultural Sérgio Buarque de Holanda, em São Carlos, e também em Ribeirão Preto e Bauru. A partir daí, resolveu continuar no interior, permanecendo dois anos em São Carlos. Em 1993, contratado pelo Teatro Popular do SESI, precisamente pela então Divisão Cultural do SESI, na época dirigida pelo diretor Chiquinho Medeiros e tendo à frente do projeto NAC (Núcleo de Artes Cênicas), Acácio Vallim e Sonia Azevedo, assumiu o recém-criado Núcleo de Artes Cênicas do SESI como Orientador de Artes Cênicas, na cidade de Rio Claro. “Nossa proposta é e sempre foi levar teatro para populações que nunca viram teatro na vida. Na capital atuamos pouco. Não tenho necessidade de estar na capital, na capital tem muitas cias. teatrais se apresentando; já pelo interior, nem tanto. E instituições da capital nos ignoram quase totalmente.”
Sobre a Cia. Grande Urso Navegante | Grupo criado e dirigido por Laerte Asnis, ator e diretor, com foco no público infantil. A principal característica do grupo é montar e encenar peças com recursos simples, que possam ser apresentadas em qualquer tipo de espaço e eventos. Outra característica do grupo reside em seu repertório teatral, sempre baseado em livros de grandes personalidades do cenário literário e educacional. A Cia. tem em seu repertório musical músicas do cancioneiro universal interpretadas ao vivo pela pianista e educadora musical Valéria Peres (de 1992 a 2019) e, desde 2019, pelo músico Guilherme Ambrózio. Utiliza recursos artesanais na confecção dos elementos cênicos.
(Fonte: Arteplural)
Fotos: Marco Aurélio Olímpio.
Nos seus 35 anos de trajetória, o Grupo Sobrevento nunca deixou de lado sua característica inicial: pesquisar linguagens para a cena. “Pérsia”, que estreia agora dia 11 de março, às 20h30, no Espaço Sobrevento, celebra a data e mantém a ideia de seus fundadores, Sandra Vargas e Luiz André Cherubini, de contar histórias a partir de investigações para a dramaturgia. A peça, criada ao longo de 2021, procura estabelecer conexões entre a cultura brasileira e a persa, especialmente nos campos do teatro e da música, e busca enxergar, em um espelho iraniano, o nosso reflexo. A montagem fica em cartaz até 1º de maio, com apresentações sextas e sábados, às 20h30 e, domingos, 20h. A entrada é gratuita e é possível reservar ingressos pelo e-mail info@sobrevento.com.br. Este projeto foi Contemplado pela 35ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo — Secretaria Municipal de Cultura.
Ao misturar depoimentos do elenco e de imigrantes iranianos, a dramaturgia revela anseios comuns de liberdade, de comunhão e de alegria. “No Irã, apesar do autoritarismo, algumas coisas se preservam graças a uma bagagem cultural enorme que o país tem, ao culto da poesia, da arte. Apesar da tensão, essa violência não entrou dentro de casa. O mote do espetáculo é esse”, revela Sandra. “Nós percebemos que a direita avança no Brasil amparada pelo fundamentalismo, mas nós também temos a arte, a cultura forte dentro de nós”, completa.
A música está presente ao longo do espetáculo e a pesquisa também apontou diversas aproximações entre as manifestações dos dois países. “Às vezes, temos a impressão de que a música persa é muito exótica, mas temos a mesma relação com ela, com a poesia”, diz Luiz André Cherubini. “Nós buscamos orientação de músicos iranianos em várias áreas, usamos instrumentos persas e brasileiros. E o espetáculo busca conexões por meio dessas pontes, tanto fazendo música brasileira tocada com esses instrumentos persas, quanto fazendo música persa tocada com instrumentos brasileiros”, coloca.
A encenação
O cenário é árido, apenas uma árvore seca, e representa um deserto, um sertão. Ao redor dela, os atores contam as histórias de iranianos que precisaram deixar seu país, por diferentes motivos e encontraram no Brasil um novo lar. As personagens que, como aves migratórias, atravessam continentes em busca de novas paisagens, confessam seus medos, seus sonhos, suas aflições, em palavras ditas e cantadas. Em cena, a casa é o único objeto que evoca as tantas moradas que deixaram para trás e que ainda carregam consigo.
Ao longo do espetáculo – e dos relatos –, os atores e as atrizes preenchem o deserto de suas memórias com pequenas casas, que lembram casas de passarinhos, e criam pequenos mundos: podem ser um bairro, uma cidade ou um país. Em uma atmosfera mais íntima, o espaço teatral está configurado em uma arena e os figurinos de João Pimenta – premiado estilista que é parceiro do grupo há quase dez anos – carregam elementos de ambas as culturas.
O Sobrevento e o Irã
O Grupo Sobrevento esteve em Teerã em 2010, em um dos maiores festivais de Teatro do mundo, o Fajr Festival (Festival Liberdade). Naquela ocasião, o grupo conheceu a vitalidade do teatro naquele país, com uma cultura milenar de origem persa que brilha em cada canto da cidade: no hotel que tem nome de poeta, na poesia que está na boca das pessoas, nos milhares de jovens na praça diante do centro cultural, nas longas filas para os teatros, na produção de conhecimento histórico e artístico dos já antigos cursos de teatro e de teatro de bonecos (e de música internacional e de música tradicional iraniana) da importante Universidade de Teerã, na alma artística, culta, esperançosa e ansiosa por liberdade de todo um povo.
“Em um momento em que vemos a censura voltar a mostrar as suas garras, em que os artistas são atacados, em que ressurgem o dirigismo, a arbitrariedade e a intolerância, em que verdades de uns querem suplantar as verdades dos outros, o espelho iraniano lembra que uma cultura de raízes profundas vinga mesmo no terreno mais árido, que a desertificação não seca a humanidade de um povo, que a guerra não arrasa a história de uma civilização, que decretos restringem gestos, mas não têm poder sobre consciências”, refletem os diretores.
35 anos | Em 2022, o Sobrevento comemora 35 anos dedicados exclusivamente ao teatro. No seu percurso, com mais de 25 peças montadas e apresentadas no Brasil e em diversos países, consolidou-se, internacionalmente, como um dos mais destacados especialistas em teatro de animação e de objetos. Inquieto, arrisca-se constantemente em pesquisas insuspeitas e pioneiras, que ajudam a criar diversidade no fazer teatral, a valorizar o Teatro de Animação sob diferentes formas, a difundir um Teatro de Bonecos e Objetos para adultos e um Teatro para a primeira Infância e a descentralizar a produção artística no Brasil e no mundo. Ainda este ano, o grupo estreia um segundo espetáculo – para todo o público –, apresenta mostras de seu repertório, promove festivais de teatro de bonecos e teatro para bebês e realiza uma turnê pelas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
FICHA TÉCNICA
Criação: Grupo Sobrevento
Direção: Sandra Vargas e Luiz André Cherubini
Dramaturgia: Sandra Vargas (a partir de depoimentos recolhidos junto a imigrantes iranianos e aos atores)
Canção “Fez-se Água”: Daniel Viana
Elenco: Sandra Vargas, Luiz André Cherubini, Maurício Santana, Sueli Andrade, Liana Yuri e Daniel Viana
Iluminação: Renato Machado
Figurino: João Pimenta (estilista) | Danielle Kina (assistente) | Neide Brito, Noel Alves e Magna Almeida Neto (piloteiros) | Marcia Almeida (contra mestre)
Cenografia: Luiz André Cherubini e Mandy
Cenotecnia: Agnaldo Souza e Mandy
Pintura Foyer: Luiz André Cherubini, Leandro Triviño e Agnaldo Souza
Adereços: Sueli Andrade e Liana Yuri
Letras e Adaptação das canções: Luiz André Cherubini
Direção Musical: William Guedes
Supervisão Música Persa: Arash Azadeh
Orientação Tambur: Elnaz Mafakheri
Orientação de sorna e dozaleh: Ehsan Abdipour e Kaveh Savarian
Orientação Viola: Márcio de Camillo
Estagiários: Leandro Triviño e Rafael Carmo
Técnico de Som: Agnaldo Souza
Técnico de Iluminação: Marcelo Amaral
Registro em vídeo dos ensaios: Milena Moura
Assessoria de Imprensa: Márcia Marques – Canal Aberto.
Serviço:
Espaço Sobrevento
Rua Coronel Albino Bairão, 42 – Metrô Bresser, São Paulo, SP
De 11 de março a 1 º de maio de 2022
Sextas e sábados, 20h30; domingos, às 20h
Gratuito
Reservas de ingressos pelo e-mail info@sobrevento.com.br – a bilheteria abre com 1h de antecedência.
(Fonte: Canal Aberto Assessoria de Imprensa)