Iniciativa acontece durante a 23ª Semana Nacional de Museus e convida o público a refletir sobre inclusão e criatividade


São Paulo
Fotos: Reginaldo Azevedo.
A 29ª edição do Passo de Arte Grand Prix, competição internacional de dança que reuniu cerca de três mil bailarinos em Indaiatuba (SP), definiu seus vencedores, que receberam premiações em dinheiro e bolsas de estudos em renomadas escolas de outros países. O evento foi realizado entre os dias 8 e 17 de julho no Ciaei (Centro Integrado de Apoio à Educação e Cultura) e contou com competidores de vários estados do Brasil e países da América Latina.
Premiação
A mostra competitiva, dividida em duas fases, beneficiou bailarinos das escolas Ballet Marcia Lago (SP), Ello Escola de Dança (SP), Instituto Marco de Dança (SP) e Ballet Monica Luiza (CE) com bolsas de estudos internacionais nas escolas Mosa Ballet School (Bélgica), Cairo Opera Ballet (Egito), Canada National Ballet School (Canadá) e Academy Princess Grace (Mônaco), respectivamente. Além disso, os 12 melhores trabalhos – que ganham o título de Grand Prix – foram contemplados com premiações em dinheiro, totalizando R$25 mil. Confira a relação completa dos vencedores:
Fase A Grand Prix – de 8 a 12/7 – gêneros: sapateado, jazz, estilo livre, danças urbanas e contemporâneo
Melhor bailarino | Prêmio Toshie Kobayashi/Só Dança: Federico Fleitas – Expressarte (Paraguai) – R$3 mil
Melhor bailarina | Prêmio Toshie Kobayashi/Só Dança: Isabella Grecco – Espaço de Arte Simone Capucci (Jacareí – SP) – R$3 mil
Melhor grupo (Pré/Juvenil): Workaholic – Equipe Elite Acrodance (Divinópolis – MG) – R$1 mil
Melhor grupo (Adulto/Avançado): ID – Avant Scène CIA de Dança (Sorocaba – SP) – R$4 mil
Melhor coreógrafo: Wesley Puff – Studio Arte Dança (Divinópolis – MG) – R$1 mil
Revelação: Giovana Gifoni – Engenharia da Dança (Santos – SP) – R$500
Fase B Grand Prix – de 13 a 17/7 – gêneros: ballet clássico, ballet de repertório e danças populares
Melhor bailarino | Prêmio Toshie Kobayashi/Só Dança: João Massei – Instituto Marco de Dança (São José dos Campos – SP) – R$3 mil
Melhor bailarina | Prêmio Toshie Kobayashi/Só Dança: Luiza Lisboa – Balé Jovem de São Vicente (São Vicente – SP) – R$3 mil
Melhor grupo (Pré/Juvenil): IAD – Lina Penteado (Campinas – SP) – R$1 mil
Melhor grupo (Adulto/Avançado): Lapidari CIA de Dança (Praia Grande – SP) – R$4 mil
Melhor coreógrafo: Junior de Souza – Ballet Thatiana Orithe (São Paulo – SP) R$ 1mil
Revelação: Sofia Yamazaki – Lapidari CIA de Dança (Praia Grande – SP) R$500
Bolsas de estudos
Mosa Ballet School (Bélgica) 2023/2024: Wendel Teles – Ballet Marcia Lago (SP)
Cairo Opera Ballet (Egito): Anna Giulia Toffoli – Ello Escola de Dança (SP)
Canada National Ballet School (Canadá): João Massei – Instituto Marco de Dança (SP)
Academy Princess Grace (Mônaco): Ruan Santiago – Ballet Monica Luiza (CE)
Bolsas de estudos de curto período – Academy Princess Grace (Mônaco)
Marilia Paixão – Ballet Vortice (MG)
Giovana Niquerito Chauar – Sheila’s Ballet (SP)
Sophia Heringer – Ballet e Classe (MG)
Laura França Portassio – (SP)
Isadora Sandrini Soares – Cenarium Escola de Dança (SC)
Amabile Guidotti – Lapidari Cia de Dança (SP).
Sobre o Instituto Passo de Arte
Os vencedores da edição 2022.
Fundado em 1985 pelos publicitários William Romão Costa e Juliano Rubens de Carvalho como Star’s Dance, empresa pioneira no Estado de São Paulo a atuar na área de produção e fomento da dança, tornou-se um dos maiores incentivadores de festivais e veículos de informações do setor. O know-how adquirido ao longo das últimas décadas, aliado à mudança da direção, que passou a contar com a experiência da ex-bailarina Marisa Pivetta, resultou em, entre outras iniciativas, no projeto Passo de Arte, que produz competições de dança pelo Brasil, como representante oficial do concurso Tanzolymp, em Berlim na Alemanha, garantindo oportunidades para bailarinos brasileiros que atuam em quase todas as companhias de dança do mundo, sendo que muitos deles ocupam cargo de primeiro bailarino e primeiro solista.
Site: www.passodearte.com.br | Facebook/Instagram: passodearte | Youtube: passoarte.
(Fonte: Armazém da Notícia)
“Pamelão”, 2022 | Daniel Lannes.
O Paço Imperial apresenta a exposição “Jaula”, do artista carioca Daniel Lannes, com curadoria e texto crítico de Lilia Schwarcz, de 20 de julho a 23 de outubro de 2022.
Daniel Lannes nasceu em Niterói em 1981, e vive e trabalha em São Paulo. O artista é mestre em Linguagens Visuais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2012) e Bacharel em Comunicação Social pela PUC-Rio (2006).
Lannes protagonizou exposições em grandes instituições nacionais e internacionais, como as individuais ‘Pernoite’, na Galeria Kogan Amaro, São Paulo (2020), ‘A luz do fogo’, na Magic Beans Gallery, Berlim (2017), ‘Republica’, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (2011), e ‘Midnight Paintings’, no Centro Cultural São Paulo (2007).
A exposição conta com a produção recente do artista, marcada por pinturas a óleo que retratam hipóteses históricas do Brasil através de uma perspectiva subjetiva e transfigurada. Lannes foi vencedor do Prêmio Marcantonio Vilaça, o mais importante prêmio de Artes Visuais do país, e teve uma tela adquirida para o acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo neste ano.
Suas obras integram importantes coleções como do Museu de Arte do Rio de Janeiro (MAR), Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM), Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto, entre outros.
‘Jaula’ (Lilia Moritz Schwarcz)
‘Jaula’, a nova exposição do consagrado artista carioca, Daniel Lannes, é um convite a um passeio devidamente desviado pelas tintas que interferem e alteram o documento oficial. Nas pinturas aqui apresentadas, a história serve de pretexto para novas traduções políticas e sociais, realizadas com um traço poderoso e apurado senso plásticos e estéticos. Trata-se, assim, de uma “contra história visual” desse país que recriou seu passado sob o signo da concórdia e da harmonia. Uma monarquia tropical e depois uma república que escondiam seus alicerces: a permanência do escravismo e depois da desigualdade. Por isso, os pincéis de Lannes, borram, esfumaçam e confundem.
‘Jaula’ também desestabiliza o retângulo mágico da pintura; as limitações que a tela branca impõe, seus constrangimentos espaciais e possibilidades imaginativas. Muitas vezes imensas, as pinturas de Daniel Lannes se recusam a se confinarem aos espaços a elas originalmente destinados. Vazam sempre e dessa maneira desconcertam.
‘Jaula’ homenageia, ainda, no mesmo movimento que traduz e atualiza, a janela renascentista, com a retomada dos modelos clássicos, da visão subjetiva e ao mesmo tempo racional, feitas das linhas da geometria e da proporção racional presentes nas obras. A figuração aqui engana a jaula, pois deturpa, decompõe, desalinha.
‘Jaula’ é igualmente uma metáfora para pensar no lugar do Museu, essa instituição das artes que inova, mas também regula; abre-se para o novo ao mesmo tempo em que canoniza e torna rotina.
‘Jaula’ é por fim uma referência ao “cubo branco”, uma crítica sensível ao lado opressivo e ao caráter racista da história e da crítica de arte brasileiras, bem como ao perfil de monumentalização que ganham as exposições produzidas no país e que acabam por construir uma história da arte ainda muito colonial, europeia e masculina. Nesse sentido, ‘Jaula’ é a Casa Grande, o trono dos monarcas e seu dossel, a postura dos dominantes, as próprias amarras e utopias que conformam esse país. ‘Jaula’ é nossa limitação cultural, nossa tentativa de racializar o outro e de entender a branquitude como universal. É essa democracia brasileira incompleta, que diz incluir quando exclui, secularmente.
Já o trabalho de Daniel Lannes, como seus pinceis irreverentes – esteticamente sedutores –, entra em todas essas estruturas para delas sair: desmonta, desorganiza, inverte. O artista relê por dentro essa história potencial, que se inscreve pela contraposição, por ironia fina, através de uma arte que domina o traço e as técnicas acadêmicas, mas que dá a eles um outro destino. Invade a Jaula.
Serviço:
‘Jaula’ – Daniel Lannes
Quarta-feira, 20 de julho
12 às 18 horas
Paço Imperial – Rio de Janeiro
Praça XV de Novembro, 48
Entrada gratuita
Visitação:
20 de julho a 23 de outubro de 2022
Terça a sexta, 12 às 18 horas
Finais de semana e feriados, 12 às 17 horas.
(Fonte: Olivia Tavares)
Foto: divulgação/CMVL.
A Sociedade Mantenedora da Corporação Musical Villa-Lobos está com inscrições abertas para o Festival Professor Moacyr Martins, voltado a alunos do projeto Banda Escola, promovido pela entidade, além de pessoas com conhecimento musical prévio no instrumento de escolha. A inscrição é gratuita e a iniciativa conta com apoio da Prefeitura de Indaiatuba por meio da Secretaria Municipal de Cultura.
As inscrições terminam no dia 24 de julho e devem ser realizadas por formulário online. A divulgação dos selecionados acontece no dia 25, por e-mail e pelas redes sociais da Corporação. As aulas e ensaios acontecem de 28 a 31 de julho no Casarão Cultural Pau Preto e na Estação Musical.
Moacyr Martins com o prefeito Nilson Gaspar em homenagem na abertura do 25º Maio Musical. Foto: Eliandro Figueira.
Para participar, é preciso ter no mínimo 12 anos. “Existem duas formas de participar do Festival: como aluno ativo ou ouvinte. Todos são bem-vindos”, destaca o maestro Samuel Nascimento. Os alunos receberão certificado de participação com frequência igual ou superior a 75% das atividades.
Um dos expoentes do choro em Indaiatuba por mais de 50 anos, Moacyr Martins faleceu em 3 de maio de 2021, aos 88 anos de idade. Em 2017, foi homenageado no 25º Maio Musical, promovido pela Secretaria Municipal de Cultura.
O concerto de encerramento do Festival Professor Moacyr Martins acontece dia 31 de julho na Estação Musical com entrada franca.
Serviço:
Festival Professor Moacyr Martins
Data: 28 a 31 de julho
Locais:
Casarão Cultural Pau Preto – Rua Pedro Gonçalves, 477, Centro
Estação Musical – Rua Convenção, 1, Jardim Pompeia
Inscrições: https://forms.gle/JdtF1Mhhj1XEszov8
Material didático: https://drive.google.com/drive/folders/1aIOLUvWyC762FA0Wj0tDRq-5nXnx4mb6
PROGRAMAÇÃO
28 de julho
18h às 19h, no Casarão
Ensaio de Naipe – Metais
Aula – Flauta, Carinete e Saxofone
18h às 19h, na Estação Musical
Aula – Percussão
19h às 20h, no Casarão
Ensaio de Naipe – Madeiras
Aula – Trompete, Trompa e Metais Graves
19h às 20h, na Estação Musical
Aula – Percussão
20h às 21h, na Estação Musical
Ensaio Tutti – Banda Acadêmica
21h às 22h, na Estação Musical
Ensaio Tutti – Banda Jovem
29 de julho
18h às 19h, no Casarão
Ensaio de Naipe – Metais
Aula – Flauta, Clarinete, Saxofone
18h às 19h, na Estação Musical
Aula – Percussão
19h às 20h, no Casarão
Ensaio de Naipe – Madeiras
Aula – Trompete, Trompa, Metais Graves
19h às 20h, na Estação Musical
Aula – Percussão
20h às 21h, na Estação Musical
Ensaio Tutti – Banda Acadêmica
21h às 22h, na Estação Musical
Ensaio Tutti – Banda Jovem
30 de julho, na Estação Musical
8h às 12h
Ensaio Geral – Banda Acadêmica e Banda Jovem
12h às 13h
Intervalo
13h às 16h
Ensaio CMVL + Banda Acadêmica + Banda Jovem
31 de julho, na Estação Musical
8h às 10h30
Passagem de som
10h30 às 12h
Concerto de encerramento do Festival Prof. Moacyr Martins.
(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)
Interior da nova unidade. Fotos: divulgação.
Após conquistar inúmeros fãs por meio do delivery com sua primeira sede na zona sul de São Paulo, o chef Gabriel Pita decidiu expandir a Doceria Zucker acaba de inagurar ao público a nova unidade na famosa e tradicional Rua Augusta. Com ambiente moderno, matérias-primas de alta qualidade e paixão pela confeitaria, o chef traz inovação, receitas e produtos riquíssimos em sabor inspirados na confeitaria clássica.
Com investimento que chega a quase duzentos mil reais, o chef aposta no empreendimento por sua longa trajetória no mundo da culinária, que começou quando ainda era muito pequeno e observava sua avó na cozinha. Mas somente teve certeza de que era aquilo que ele havia nascido para fazer quando realizou renomados cursos internacionais como o Le Cordon Bleu Ottawa e a Escola Laurent Suadeau.
Cada vez mais imerso no mundo da confeitaria, Gabriel teve a oportunidade de ser um dos participantes do programa Bake Off Brasil – Mão na Massa SBT, em 2020, em sua 6ª temporada do reality-talent show culinário, quando teve um ótimo desempenho e o levou a ter a iniciativa de, em fevereiro de 2020, abrir a primeira sede da Doceria Zucker no formato Dark Kitchen, para então poder continuar realizando o que ama.
Em abril de 2021, a Doceria Zucker recebeu o selo de “super restaurante” no Ifood (aplicativo de delivery), onde permanece até hoje, recebendo este mês pela 15ª vez consecutiva, com mais de 50 mil pedidos concluídos, nota 4,9 de 5,0 e mais de cinco mil avaliações, demonstrando preocupação e qualidade no serviço entregue. Além desse prêmio, já receberam mais de 10 premiações do Rappi Awards. Segundo o chef Gabriel, “minha missão é poder levar sobremesas clássicas com um toque especial para o público, tentando disponibilizar um preço acessível para que todos possam viver essa experiência Zucker”.
No cardápio, é possível encontrar grandes variedades de doces, que vão desde aos carros chefes (brownie e banoffee) a tortas, cheesecakes com variedades de coberturas, mousse de chocolate, pudim e muitas outras receitas de tirar o fôlego.
Sobre o chef | Premiado como 8°melhor confeiteiro do Brasil, Gabriel Pita é natural de Ribeirão Preto, a “Capital do Café”, no Interior de São Paulo. A infância de Gabriel foi adoçada pelos doces que sua avó Gessi fazia para a família, aguçando sua curiosidade por essas sobremesas que despertaram sua paixão pela Confeitaria. Gabriel Pita foi também selecionado como um dos 10 chefs-iniciantes no Campeonato Mundial Yocuta: Jovens Talentos da Cozinha Brasileira 2019, para formação junto de Chef Laurent Suaudeau em parceria com a Nestlé. Realizou também cursos como Le Cordon Bleu Ottawa e Senac.
(Fonte: TAG Comunicação)
‘Descer da nuvem #1’, 2022 | Leila Danziger. Fotos: Wilton Montenegro.
A partir do dia 30 de julho, o Museu Judaico de São Paulo apresenta “Descer da Nuvem”, exposição de Leila Danziger no espaço do Mezanino, local dedicado às mostras que se relacionam com o acervo do museu. A exposição conta com curadoria de Felipe Chaimovich, diretor de Curadoria e Participação do museu. Em “Descer da Nuvem”, a artista, poeta, professora e pesquisadora Leila Danziger explora a coleção de livros, fotografias e antigos documentos do Centro de Memória da instituição, o maior acervo existente sobre a imigração e presença judaica no Brasil. A artista agrupou lembranças de pessoas desconhecidas com objetos de sua própria família, combinando figuras políticas com alguns personagens de ficção. A intenção de seu trabalho é fazer com que o público reflita sobre sua própria história por meio de retratos, recordações e identidades.
A artista selecionou imagens de jovens, crianças e idosos com diversas vivências judaicas e tomou esse material como matéria-prima para sua criação, que se desenvolve em camadas com a superposição de elementos e matérias.
“Josephine #1”, 2022 – Leila Danziger – tinta gráfica (carimbo) sobre etiqueta e cartão, 102 x 76 cm.
Em outra criação, elaborou uma série de obras a partir de fotografias com importantes nomes de lideranças religiosas que lutaram nos movimentos por direitos civis de pessoas negras, como o Reverendo Martin Luther King e o Rabino Abraham J. Heschel, que, neste contexto de luta, proferiu a famosa frase: “senti que minhas pernas rezavam”.
A artista lembra também o encontro entre Clarice Lispector (1920-1977), nascida na Ucrânia e imigrada para o Brasil, e Carolina Maria de Jesus (1914-1977), mineira que vivia em São Paulo, registrando a admiração mútua de duas escritoras que marcaram a literatura do país na segunda metade do século vinte. “O que eu busco em cada documento é o que ele guarda ainda de futuro, é o que nele não foi realizado, o que ele pede a ser realizado, o que nele aguarda, como se cada documento estivesse esperando um gesto que ativasse nele algum potencial emancipatório”, comenta a artista Leila Danziger.
Entre o conjunto de obras está a tela “Andréa”, de 1909, pertencente à coleção do Museu, de autoria de Bertha Worms, pioneira no ensino e profissionalização de pintoras mulheres em São Paulo. E também está exposta uma pulseira que pertenceu à avó paterna de Leila Danziger, objeto trabalhado pela artista na obra intitulada “Balangandãs”, em que a joia é associada a uma aquarela brasileira do século dezenove.
Martin e Josephine, 2022, Leila Danziger – serigrafia, acrílica e tinta gráfica sobre papel, 50 x 65 cm. Foto: Wilton Montenegro.
Leila Danziger propõe uma reflexão sobre o “nome”, uma das primeiras ferramentas da linguagem humana. Para a sociedade judaica, a questão da linguagem é um dos temas do livro de Gênesis, pois nele o primeiro humano é capaz de nomear as criaturas no jardim do Éden. Para expressar essa pesquisa, a artista trouxe livros da biblioteca do Museu cujos títulos contêm a palavra “nome”. Todos estão disponíveis nas estantes da Biblioteca do Mezanino e o público pode consultar livremente.
O curador Felipe Chaimovich reforça: “Ao atribuirmos nomes a antigas memórias, somos capazes de enxergar diversos futuros possíveis. Assim, a artista costura velhas agendas vazias, uma sobre a outra, somando o calendário judaico ao gregoriano: se o tempo é uma dimensão humana, somos responsáveis pela nossa história”.
O Museu Judaico de São Paulo foi inaugurado em dezembro de 2021 e o seu Centro de Memória, hoje situado no bairro de Pinheiros, em breve será transferido para o museu. A nova mostra “Descer da Nuvem”, de Leila Danziger desperta reflexões acerca da identidade judaica, nomeação e memória, além de proporcionar ao público acesso à parte do acervo.
Sobre o Museu Judaico de São Paulo (MUJ) | Espaço que foi inaugurado após vinte anos de planejamento, é fruto de uma mobilização da sociedade civil. Além de quatro andares expositivos, os visitantes também têm acesso a uma biblioteca com mais de mil livros para consulta e a um café que serve comidas judaicas. Para os projetos de 2022, o MUJ conta com doação do Instituto Cultural Vale, Instituto CCR, Família Minev, Sotreq, Fundação Arymax, Dexco e Alfa Seguros.
Serviço:
“Descer da Nuvem”, Leila Danziger
Museu Judaico de São Paulo (MUJ)
Curadoria: Felipe Chaimovich
Período expositivo: de 30 de julho a 6 de novembro
Abertura: 30 de julho, das 11h às 14h
Local: Rua Martinho Prado, 128 – São Paulo, SP
Funcionamento: Terça a domingo, das 10 horas às 18 horas
Ingresso: R$20
Classificação indicativa: Livre
Acesso para pessoas com mobilidade reduzida.
(Fonte: a4&holofote comunicação)