Pesquisadores da USP e do Hospital Sírio-Libanês alertam para impactos da pandemia e recessão no cenário atual


São Paulo
Foto: divulgação.
O Brasil possui quase 30 mil crianças e adolescentes vivendo em casas de acolhimento e instituições públicas, sendo 28% só no Estado de São Paulo. Em destaque, estão os jovens com mais de 16 anos, representando 20,6%, segundo dados do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA) do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ao completarem 18 anos, os jovens já são considerados adultos e não podem mais permanecer nestes lares, chegando então a hora de seguirem novos caminhos e tomarem suas vidas e sustento nas próprias mãos. Ao encontro destes jovens, ainda em busca de uma perspectiva concreta de autonomia, chega o Chef Aprendiz, convidando-os a entrar em sua Casa, que pela primeira vez recebe um ciclo de oficinas do projeto, a edição Chef Aprendiz Fraternidade.
A Casa Chef Aprendiz, localizada em Santo Amaro (zona sul de São Paulo), promove atividades relacionadas à cultura, educação e cidadania, como também realiza workshops gastronômicos, eventos e atendimento psicoterapêutico aos jovens que já passaram pelo processo de formação e precisam de apoio, produção de conteúdos audiovisuais para marcas e rodas de conversas, deixando as portas sempre abertas para os ex-alunos, parceiros e apoiadores.
“Até este momento, o Chef Aprendiz sempre foi até os jovens, dentro de suas respectivas comunidades na cidade de São Paulo. Agora, estamos também abrindo a nossa Casa para receber uma edição com muita alegria e satisfação. O espaço possui toda a estrutura para realizar o ciclo de oficinas gastronômicas e proporcionar encontros calorosos, onde as relações, a escuta verdadeira e o vínculo genuíno possam resultar nas melhores e mais saborosas receitas de transformação social e empoderamento”, apresenta Beatriz Mansberger, fundadora do Projeto Chef Aprendiz.
Os participantes têm entre 17 e 24 anos e residem ou já viveram em diferentes lares ou SAICAS (Serviço de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes). Neste sentido, foi preciso unir forças e divulgar a iniciativa junto às organizações que conhecem e trabalham com este público específico, além de incluir no orçamento da edição o transporte dos jovens até a sede do projeto e cestas básicas mensais para os participantes. A associação Abadhs e as empresas Bauducco e Panasonic apostaram na edição como patrocinadores e a Oster® como apoiadora na premiação da competição final.
“Realizar uma edição junto a organizações que acreditam em nosso trabalho e querem unir forças para impactar mais jovens sempre esteve em nossos planos. Sempre fizemos as edições nas comunidades porque, dentro da proposta, é importante que estejamos no ambiente dos jovens que passam pelo processo de formação. Porém, esta possibilidade de realizar o ciclo de oficinas dentro da nossa Casa fez muito sentido, tendo em vista que os participantes desta edição estão em mais de um território. Trazer uma edição para dentro da Casa Chef Aprendiz trouxe ainda mais propósito para o dia a dia da equipe e mais sentido para a existência da nossa sede”, ressalta Beatriz Mansberger.
Com duração de aproximadamente seis meses, as 40 oficinas têm atividades voltadas para introdução ao universo da gastronomia, técnicas culinárias, habilidades socioemocionais, trabalho em equipe e mercado de trabalho. Uma competição final coloca à prova os conhecimentos adquiridos durante o processo e finaliza o ciclo com chave de ouro. Para fazer parte do corpo de jurados, foram convidados chefs e estabelecimentos parceiros que oferecem vagas de empregos disponíveis aos jovens que querem iniciar uma carreira como auxiliar de cozinha. “O projeto visa democratizar o acesso de jovens em situação de vulnerabilidade social a oficinas que proporcionem perspectivas concretas de possibilidades de emprego, mas que trabalhem também o ser humano de forma integral. Assim sendo, o currículo foi desenvolvido de modo a contribuir com a ampliação do capital social e cultural de cada indivíduo mobilizando habilidades e temas transversais à cozinha de forma interessante e estimulante, envolvendo e preparando esses jovens para ingressarem no mundo do trabalho com maior autonomia, confiança e empatia”, explica Beatriz.
Considerando o cenário atual, onde 31% dos jovens entre 18 e 24 anos estão em busca de trabalho e 78% desta população não está fazendo nenhum tipo de curso para conseguir oportunidades de trabalho, o Chef Aprendiz, além de preparar para a entrada no mercado formal, encaminha os participantes para vagas em estabelecimentos parceiros.
Até hoje, considerando as nove edições já realizadas, a iniciativa conta com 136 jovens impactados diretamente pelo projeto, sendo que 43% estão atualmente trabalhando em restaurantes, hotéis e confeitarias parceiras, 24% seguiu no mercado de trabalho em outras áreas e 7% está contando com o apoio do projeto para se recolocar no mercado de trabalho.
Para acompanhar o trabalho e as novidades, siga o Chef Aprendiz no Instagram: @chefaprendiz – https://www.instagram.com/chefaprendiz/.
Fonte: painel de acompanhamento do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA) do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) – (atualizado em 13/7/2022) https://paineisanalytics.cnj.jus.br/single/?appid=ccd72056-8999-4434-b913-f74b5b5b31a2&sheet=4f1d9435-00b1-4c8c-beb7-8ed9dba4e45a&opt=currsel&select=clearall
Fonte: Agência Brasil (7/3/2021) – https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2021-03/o-desafio-para-jovens-nao-adotados-que-completam-18-anos
Fonte: Pnad Contínua Trimestral (3º tri/21) IBGE – https://static.poder360.com.br/2021/05/pnad-trimestral-27mai2021.pdf
Fonte: Pnad Contínua Trimestral (4º tri/21) IBGE – https://ftp.ibge.gov.br/Trabalho_e_Rendimento/Pesquisa_Nacional_por_Amostra_de_Domicilios_continua/Trimestral/Novos_Indicadores_Sobre_a_Forca_de_Trabalho/pnadc_202104_trimestre_novos_indicadores.pdf
Fonte: CNDL/SPC Brasil (12/3/2020) – https://www.spcbrasil.org.br/pesquisas/pesquisa/7257.
Sobre o projeto Chef Aprendiz
Atuando desde 2015 em comunidades da capital paulista, já impactou 576 pessoas das regiões de Paraisópolis, Campo Limpo, Glicério, Jd. Colombo, Valo Velho, Capão Redondo, Chuvisco, Liberdade e Vila Andrade. As quatro primeiras edições aconteceram com financiamento coletivo, e em 2019 passou a realizar o projeto com auxílio de leis de incentivo, como Proac e Promac. Esta é a primeira edição a ser realizada com patrocínio privado.
Durante quase seis meses, aproximadamente 20 jovens, de 17 a 24 anos, vivenciam aulas teóricas e práticas sobre gastronomia e autodesenvolvimento de modo a prepará-los para o mercado e para a vida. São 40 oficinas, realizadas na comunidade atendida, divididas em três eixos:
– Meu mundo interno: alfabetização emocional, autoconhecimento, meditação, apoio psicológico, dinâmicas de psicodrama, além de outras dinâmicas psicoterapêuticas em grupo;
– Mundo do trabalho: educação financeira, preparo para entrevistas de emprego, elaboração de CV, carreira e outros temas relacionados ao universo profissional;
– Mundo da cozinha: técnicas básicas, história da gastronomia, nutrição, receitas práticas, legislação e conteúdos do Ensino Médio aplicado.
Uma competição final coloca à prova os conhecimentos adquiridos durante as oficinas, e encerra o processo com chave de ouro. Os jurados presentes oferecem vagas de empregos para os jovens que querem iniciar uma carreira como auxiliar de cozinha.
90% dos alunos receberam pelo menos uma oportunidade na área. Alguns iniciaram carreira na cozinha e seguiram por outros caminhos, como enfermagem, engenharia e psicologia. Temos aproximadamente 74% dos jovens trabalhando ou participando de entrevistas de emprego em gastronomia. Para saber mais: assista o vídeo e visite o site.
Sobre a Casa Chef Aprendiz
Inaugurada oficialmente em outubro de 2021, a Casa Chef Aprendiz funciona como escritório para a equipe, conta com uma sala de terapia para atender os jovens, sala de reunião, duas cozinhas e um quintal delicioso para realização de pequenos eventos sociais.
Com o intuito de trazer maior sustentabilidade financeira, foi projetada de modo a viabilizar a produção de conteúdos digitais em uma cozinha estúdio, realizar workshops e dinâmicas culinárias, produção de pequenos eventos e garantir a execução do serviço do buffet social. As empresas Wickbold, Panasonic, Philadelphia, Oster e St. Marche apostaram nessa construção e foram fundamentais para a concretização desta nova etapa do projeto.
(Fonte: Visar Planejamento)
Fotos: divulgação.
Os Red Hot Chili Peppers anunciaram que o novo álbum de estúdio, “Return of the Dream Canteen”, será lançado dia 14 de outubro pela Warner Records, com distribuição nacional Warner Music Brasil. O anúncio surpresa aconteceu no Empower Field, de Denver, e teve uma resposta arrebatadora durante a perna americana da turnê global da banda. A notícia foi ainda aclamada pela crítica e pela audiência ao vivo.
A notícia do lançamento iminente de “Return of the Dream Canteen” marca o lançamento do segundo álbum da banda em 2022, logo após o álbum de platina “Unlimited Love”, lançado em abril. Também será o segundo álbum da banda produzido por Rick Rubin em 2022 e reforça sua reputação como uma banda em seu auge absoluto, montando a crista de uma inegável onda criativa.
Continuando a conquistar o público por meio das gerações, a banda realizou uma série de datas esgotadas no Reino Unido no início deste ano, incluindo duas noites no London Stadium.
Capa do novo álbum.
“Fomos em busca de nós mesmos sendo a banda que de alguma forma sempre fomos. Só por diversão nós tocamos e aprendemos algumas músicas antigas e em pouco tempo começamos o misterioso processo de construção de novas músicas. Uma bela intromissão química que nos fez amizade centenas de vezes ao longo do caminho. Uma vez que encontramos esse fluxo de som e visão, continuamos a minerar. Com o tempo corrido, não tínhamos motivos para parar de escrever e tocar. Parecia um sonho. Quando tudo foi dito e feito, nosso amor temperamental um pelo outro e a magia da música nos presentearam com mais músicas do que sabíamos o que fazer. Bem, nós descobrimos isso. Dois álbuns duplos lançados consecutivamente. O segundo dos quais é facilmente tão significativo quanto o primeiro. ‘Return of the Dream Canteen’ é tudo o que somos e sempre sonhamos em ser. Está embalado. Feito com o sangue dos nossos corações, atenciosamente, os Red Hot Chili Peppers”.
(Fonte: Estar Comunicação)
Foto: Eliandro Figueira.
Com apoio da Prefeitura de Indaiatuba, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e do Departamento de Preservação e Memória, o Museu Municipal ‘Antônio Reginaldo Geiss’, no Casarão Pau Preto, recebe entre os dias 6 a 24 de agosto a exposição “Raízes”, com curadoria de Márcia Ribeiro. Organizado pelo projeto Semeando Arte, a exposição conta com 16 obras de arte em tela dos mais variados estilos. A entrada é franca.
O projeto Semeando Arte reúne um grupo de artistas de Indaiatuba e região que, por meio das telas e tintas, retrata sentimentos e mensagens com um propósito. São obras de diversos estilos, como pintura em acrílico, aquarela, grafitti, lettering e espatulado, entre outros.
Em ‘Raízes’, o coletivo reflete nas telas muitas cores e formas de tudo aquilo que os artistas vivenciaram na jornada das artes e na vida. Assim, propõe ao público uma reflexão: onde estão fincadas as suas raízes?
Participam da exposição os artistas Ana Luiza Basso (Indaiatuba), André Ramos (São Bernardo do Campo), Beatriz Guedes (Indaiatuba), Didi Pirinelli (Itupeva), Flávia Norte (Santo André), Francielle S. Xavier (Indaiatuba), Júlia Gaspar (Indaiatuba), Kaká Chazz (Minas Gerais), Karina Henriques (Indaiatuba), Larissa Fernandes (São Bernardo do Campo), Marcia Ribeiro (Indaiatuba), Monique Romeu Caporossi (Mogi Mirim), Natalia Munhos Bandeira (Indaiatuba), Nathaly Vieira (Indaiatuba), Pixote Mushi (Diadema) e Vitor Foco (Santo André).
A abertura da exposição acontece no dia 6 de agosto, às 14 horas, e as obras ficarão expostas no Museu Municipal ‘Antônio Reginaldo Geiss’ até o dia 24. O Casarão abre de terça a sábado, das 9h às 17h e, aos domingos, das 9h às 12h.
Serviço:
Exposição “Raízes”
Data: 6 a 24 de julho
Local: Museu Municipal ‘Antônio Reginaldo Geiss’ – Casarão Pau Preto
Endereço: Rua Pedro Gonçalves, 477, Centro
Informações: (19) 3875-8383.
(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)
Foto: Henrique Luz.
No ano em que o Brasil completa 200 anos de independência, o artista plástico Alex Flemming apresenta sua nova exposição em São Paulo: “Alex Flemming: O Mapa da Mina”. A partir de 30 de julho, a Biblioteca Mário de Andrade recebe a série de obras feitas em chapas de madeira, recortadas no formato do mapa do Brasil, cravejadas de pedras nativas como topázios, ametistas, citrinos, opalas, rodolitas, peridotos, rubilitas e kunzitas compondo uma cartografia visual que sustenta uma profunda potência estética e política.
A mostra exalta a riqueza e beleza gerada em nosso solo e traz um convite à reflexão sobre sua utilização: “Minha proposta com essas obras é discutir as riquezas do Brasil, a forma de extração e sua má distribuição. Desde nossa colonização o extrativismo gera fortunas que vão para os bolsos de uma minoria, escancarando a desigualdade da população”, explica Flemming.
A mostra carrega também uma carga simbólica de pertencimento e deslocamento que os mapas fazem emergir, o que sem dúvida dialoga muito com Alex Flemming – artista que divide seu tempo entre o Brasil, país de origem, e a Alemanha, onde reside desde 1991.
Flemming é um artista multimídia que transita pela pintura, gravura, instalação, desenho, colagem, esculturas, fotografia e objetos, com foco na “pintura sobre superfícies não tradicionais” como o próprio artista define. Foi professor da Kunstakademie de Oslo, na Noruega, entre 1993 e 1994 e em 1998 produz sua obra pública de maior impacto, na estação Sumaré do Metrô em São Paulo, com 44 retratos em vidro recobertos por poesia. Em 2016 inaugura mais 16 retratos em vidro colorido na Biblioteca Mário de Andrade, também em São Paulo.
A exposição “Alex Flemming: o Mapa da Mina” terá vernissage aberta ao público dia 30 de julho (sábado) às 11h, e poderá ser visitada até 28 de agosto das 11h às 18h.
Sobre Alex Flemming
Nascido em São Paulo, o artista reside na Alemanha desde 1991. Cursou Arquitetura na FAU-USP e frequentou o Curso Livre de Cinema na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), em São Paulo, entre 1972 e 1974.
Na década de 1970, realizou filmes de curtas-metragens e participou de inúmeros festivais de cinema. Em 1981, se muda para Nova York, onde permanece por dois anos e desenvolve projeto no Pratt Institute, com bolsa de estudos da Fulbright Foundation.
A partir dos anos 1990, realiza instalações em espaços expositivos (MASP e XXI Bienal Internacional de São Paulo) usando bichos empalhados pintados com fortes cores metálicas, inaugurando assim uma duradoura série de pinturas sobre superfícies não tradicionais. Posteriormente passa a utilizar como material suas próprias roupas, móveis, objetos utilitários e computadores. Flemming também cria silhuetas de aviões feitas com tapetes persas na série Flying Carpets e aborda os dilemas da guerra em fotografias de grandes dimensões na série Body-Builders, só para citar algumas de suas frentes de trabalho nos 40 anos em que atua como artista.
Em 2002, são publicados os livros “Alex Flemming”, pela Edusp, organizado por Ana Mae Barbosa, com textos de diversos especialistas em artes visuais; “Alex Flemming, uma Poética…”, de Katia Canton, pela Editora Metalivros; e, em 2005, o livro “Alex Flemming – Arte e História”, de Roseli Ventrella e Valéria de Souza, pela Editora Moderna. Em 2006 a editora Cosac & Naif publica “Alex Flemming” com texto e entrevistas produzidas pela jornalista e curadora Angélica de Moraes.
Em 2016 tem sua primeira retrospectiva no MAC-USP com Curadoria de Mayra Laudanna na exposição Retroperspectiva e livro Alex Flemming editado pela Martins Fontes. Em 2017 expõe a série Anaconda na Fundação Ema Gordon Klabin, e de dezembro de 2017 a fevereiro de 2018 tem sua segunda retrospectiva – de CORpo e Alma – no Palácio das Artes em Belo Horizonte, com curadoria de Henrique Luz. No ano de 2019, expõe a série Ecce Homo na Galeria Kogan Amaro, em São Paulo, e a série Apokalypse em uma grande individual na Kirche am Hohenzollernplatz em Berlim (Alemanha).
Em 2020, com a pandemia, Alex Flemming, em uma ação com a Companhia do Metrô de São Paulo ressignifica a sua mais conhecida obra pública, a estação Sumaré do Metrô. Para conscientizar a população sobre o uso de máscaras em espaços públicos, o artista aplica formas pentagonais de cores vibrantes que remetem à máscaras sobre os já conhecidos retratos da estação.
Serviço:
Data: de 30 de julho a 28 de agosto de 2022
Horário: das 11h às 18h
Local: Biblioteca Mário de Andrade
Endereço: Rua da Consolação, 94 – República – São Paulo – SP – Brasil
Entrada gratuita.
(Fonte: Tudo Em Pauta)
Fotos: divulgação.
Niéde Guidon, a arqueóloga franco-brasileira que dedicou mais de cinco décadas de sua vida ao Parque Nacional da Serra da Capivara, será homenageada em evento promovido pela Ópera da Serra da Capivara, no anfiteatro da Pedra Furada do Parque Nacional da Serra da Capivara, entre os dias 28 e 30 de julho.
Após dois anos de interrupção devido à pandemia de Covid-19, a Ópera retorna para a quarta edição, desta vez contando a vida da arqueóloga em um evento multissensorial com música, dança, teatro, circo e tecnologia de ponta – reunindo projeções de laser, videomapping e inteligência artificial – harmonizando arte e tecnologia em um espetáculo emocionante.
Serão três dias de apresentação à beira do maior cartão postal da Serra da Capivara, que, além do ato principal narrando momento da trajetória de Guidon, será brindado com shows de artistas como Roberta Sá, Dona Onete, Cordel do Fogo Encantado, Cátia de França e Ostiga Júnior e a discotecagem com Gil Preto, do projeto Brasilidades.
A homenageada
Natural de Jaú, interior de São Paulo, Niéde é um dos grandes nomes da ciência no Brasil. Filha de pai francês e mãe brasileira, formou-se em História Natural pela Universidade de São Paulo em 1959. Fez doutorado em Pré-história pela prestigiada Universidade Sorbonne, em Paris. Ao longo de seus quase 90 anos, construiu uma história que se confunde com a do próprio Parque Nacional da Serra da Capivara e os importantes achados que ajudou a revelar para o mundo sobre a presença do homem pré-histórico nas Américas.
Seu primeiro contato com o que viria a ser o atual Parque Nacional foi em 1963. Durante um trabalho no Museu do Ipiranga, quando coordenava uma exposição de pinturas rupestres encontradas em Minas Gerais, o até então prefeito de Petrolina, Luiz Augusto Fernandes, entregou às mãos de Niède fotos de pinturas encontradas nos paredões da Serra da Capivara. De pronto, seduzida pelo que viu, ela programou uma viagem de carro para conhecer o local.
Entretanto, a viagem não pôde ser concluída devido às fortes chuvas da época, que destruíram o acesso à região dos achados. Logo em seguida, ela precisou deixar o Brasil às pressas por causa da ditadura militar, indo morar em Paris. Após o exílio na França, Guidon retornou ao Brasil em 1973. Com o aval e financiamento do governo francês, liderou uma missão arqueológica ao Piauí, enquanto pesquisadora do Centre National de La Recherche Scientifique, e nunca mais saiu da região de São Raimundo Nonato, no sudeste do estado.
Lá, ao longo da carreira de pesquisadora e diretora do então fundado Parque Nacional da Serra da Capivara, criou a Fundação Museu do Homem Americano (Fundham) — que administra o Parque em parceria com o ICMBio —, e dois museus: o do Homem Americano e o Museu da Natureza, este último fundado em 2018.
Parque Nacional da Serra da Capivara
Um dos maiores atrativos culturais e de natureza do país, o Parque é internacionalmente conhecido pelos registros rupestres pré-históricos datados entre 6 e 12 mil anos e que contam detalhes da vida de nossos ancestrais, como seus ritos, costumes e cultura, que habitaram a região durante muitos milênios. Ao todo, são mais de 1,3 mil registros pré-históricos da presença humana em mais de 100 mil hectares de área.
Em 1991, a Unesco incluiu o Parque na lista de Patrimônio Mundial por sua importância histórico-cultural e, posteriormente, em 1993, ele foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico e Nacional (Iphan).
Em reportagem do The New York Times publicada em janeiro de 2022, a Serra da Capivara foi o único destino turístico brasileiro citado dentre 52 lugares no mundo “imperdíveis” para se conhecer.
Serviço:
Ópera da Serra da Capivara – Ato Niéde
Quando: de 26 a 30 de julho de 2022 (programação completa aqui)
Onde: Parque Nacional da Serra da Capivara* (veja como chegar)
Ingressos: Os ingressos já estão à venda pela internet pelo Sympla
Mais informações em www.operadaserradacapivara.com.br.
(Fonte: Ópera Serra da Capivara)