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Galeria apresenta projeto solo de Raphael Cruz na primeira edição da ArPa

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação.

Para a primeira edição da ArPa, feira de arte que reabre o estádio do Pacaembu após 16 anos, Bianca Boeckel apresenta trabalhos do artista plástico e visual Raphael Cruz.

A convite de Ana Beatriz Almeida, curadora do setor UNI da nova feira de arte, Bianca idealizou um projeto especial com 10 obras do artista. Serão apresentadas seis pinturas, três fotografias e uma escultura de contas de acrílico e madeira.

Raphael Cruz, artista carioca de projeção internacional, está em cartaz na exposição coletiva “Hu – A Minha Alegria Atravessou o Mar”, no Museu de Arte Contemporânea de Niterói, e em julho participa de mostra coletiva em Paris. Seu compromisso com a arte está diretamente conectado à valorização e resgate da cultura brasileira. A espiritualidade ancestral, a música e as manifestações culturais brasileiras de matriz africana são as principais referências de seu trabalho. Segundo Cruz, sua obra “busca se aproximar o máximo possível da estética da brasilidade e raízes africanas – sem a interferência do eurocentrismo”.

Nas palavras de Ana Beatriz, “A obra de Cruz é um sankofa do que somos agora obrigados a retomar, um traço de tudo que queríamos esquecer, o rosto de todos nós”.

Raphael Cruz participou das exposições coletivas “Vazar o Invisível” no Studio OM.Art; no Jockey Club Brasileiro, “Crônicas Cariocas”; no Museu de Arte do Rio – MAR e está em cartaz na mostra “Hu – A Minha Alegria Atravessou o Mar”, no Museu de Arte Contemporânea de Niterói, com curadoria de Ana Beatriz Almeida. Vive e trabalha no Rio de Janeiro.

Serviço:

ArPa 2022

Datas e horários:

Quarta – 1º de junho – abertura para convidados das 13h às 20h30

Quinta a sábado – 2 a 4 de junho – visitação das 13h às 20h30

Domingo – 5 de junho – visitação das 11 às 18h

Local: Complexo do Pacaembu, São Paulo, Brasil

(Fonte: Priscila Monteiro Assessoria)

Coro do Conservatório de Tatuí apresenta “Bach in concert”

Tatuí, por Kleber Patricio

Foto: Arquivo/Conservatório de Tatuí.

O Conservatório de Tatuí anuncia uma série de concertos do Coro da instituição em igrejas da cidade. Com tema “Bach in concert”, os concertos serão realizados aos sábados, às 20h, nos dias 4 de junho (Igreja da Santa Cruz) e 11 de junho (Paróquia Nossa Senhora das Graças). O repertório traz peças de Johann Sebastian Bach, cuja obra ressoa para além dos textos bíblicos musicados com maestria e que revelam o mundo religioso do luteranismo da Alemanha da primeira metade do século XVII. A série teve início no último sábado, 28 de maio, na Igreja Matriz de Tatuí.

O Coro do Conservatório de Tatuí tem 34 anos de existência e reúne cerca de 20 vozes. Regido pelo sopranista Marcos Baldini, o grupo destaca-se por trabalhar um repertório variado, que inclui peças a capella, música brasileira, repertório sinfônico e óperas. Marcos Baldini é formado em Canto Lírico e Regência Coral no Conservatório de Tatuí, graduado em Licenciatura em Música pela Universidade Metropolitana de Santos, com pós-graduação em Docência no Ensino Superior.

A programação de ‘Bach in Concert’ inclui obras vocais do compositor alemão, conhecido pela exímia habilidade de transcendência, segundo o regente. “O coro busca honrar a obra de Bach, conduzindo o público à experiência com o que, no cotidiano da vida, nos escapa a atenção: aquilo que está para além da materialidade”, comenta. “Um dos maiores aspectos da música de Bach é o quanto sua música soa moderna. Ele estende os limites da Forma, da Composição, da maneira como utiliza a voz e o instrumento para o qual compõe. O controle habilidoso da harmonia fez com que ele se colocasse acima dos demais compositores de sua época, consolidando um século e meio de ideias musicais que foram desenvolvidas por seus antecessores. Poder interpretar – dar voz e sentimento – a qualquer obra deste célebre compositor é um privilégio incomensurável”, acrescenta Marcos Baldini.

Serviço:

Coro do Conservatório de Tatuí – “Bach in concert”

Data: 4 de junho, sábado

Horário: 20h

Local: Igreja Santa Cruz – Rua Santa Cruz – Centro, Tatuí (SP)

Data: 11 de junho, sábado

Horário: 20h

Local: Paróquia Nossa Senhora das Graças – Rua Maj. Martiniano Soares – Vila Dr. Laurindo, Tatuí (SP).

(Fonte: Maquina Cohn Wolfe)

SescTV exibe série “Guarany – Histórias do Circo dos Pretos” na programação de junho

São Paulo, por Kleber Patricio

Cena da série “Guarany — Histórias do Circo dos Pretos”. Crédito: Thyago Ribeiro.

O SescTV apresenta “Guarany – Histórias do Circo dos Pretos” na programação do mês de junho. Com produção da Di Ôio Produções, a série documental, dirigida por Mariana Gabriel, foi dividida em quatro episódios e conta as histórias do Circo Teatro Guarany, que durante uma década – de 1948 a 1958 – alegrou várias gerações pelas periferias de São Paulo, liderado por João Alves e tendo como estrela maior o Palhaço Xamego. A exibição será toda sexta-feira, a partir do dia 3 de junho, às 19 horas, e os episódios também estarão disponíveis sob demanda no site do canal.

A série integra a programação dos 13 aos 20 (Re)Existência do Povo Negro, apresentando conteúdos sobre personalidades negras. A ação se refere aos marcos 13 de maio e 20 de novembro e tem como objetivo o fortalecimento e reconhecimento das lutas e conquistas, assim como as manifestações do povo negro, bem como o fomento à igualdade, contribuindo para uma sociedade livre do racismo e de outras formas de dominação.

“Guarany – Histórias do Circo dos Pretos” apresenta, por meio de depoimentos, entrevistas e imagens, a história de João Alves da Silva, fundador do Circo Teatro Guarany. Ele foi um dos primeiros empresários negros no Brasil; era filho de ex-escravos e foi pai do Palhaço Xamego, interpretado pela artista Maria Eliza, conhecida como a primeira palhaça negra mulher de que se tem notícia.

Cena da série “Guarany – Histórias do Circo dos Pretos”. Crédito: Thyago Ribeiro.

No primeiro episódio, “A Filha do Palhaço”, a narrativa resgata, pela memória de Daise Gabriel, filha de Maria Eliza, as histórias do circo e visita os diferentes lugares de São Paulo por onde ele passou. Daise conta do sucesso que a mãe fazia com o público, especialmente com as mulheres, que até lhe enviavam presentes por acreditar que o palhaço era interpretado por um homem.

O capítulo retrata as memórias dos números circenses e o imaginário de antigas crianças que hoje são adultos; as transformações pelas quais as cidades passaram também fazem parte da narrativa. Lembranças que permaneceram nos corações estão presentes na condução feita por Mariana Gabriel, diretora do filme, filha de Daise e neta do Palhaço Xamego.

Em “A Vida na Cidade”, o segundo episódio da série, discutem-se as relações do circo com São Paulo e as mudanças ocorridas com o tempo – como o aumento populacional, que teve um salto de 2,2 milhões de habitantes em 1950 para 12,3 milhões em 2020. O Circo Guarany viajava no bairro do Piqueri, no Moinho Velho, no Ipiranga, na Penha e em muitas periferias da cidade.

“Nosso Circo é um Filme”, na sequência, traz comentários de Daise Gabriel sobre a habilidade de Maria Eliza com a palhaçaria e a grandeza de seu palhaço Xamego a partir de relatos e recordações de outros personagens que tiveram contato com o célebre personagem.

O último episódio, “As Pazes com Xamego”, conta as histórias do Circo Teatro Guarany pela Cidade Dutra e Itaim Paulista, os anos finais do circo e o legado do Palhaço Xamego para sua família. Daise relata que, no tempo de seu avô, havia números com gatos, cachorros e elefantes adestrados, que se exibiam no picadeiro. E salienta a comunicação imediata entre Maria Eliza, as pessoas e os animais, “porque para ela, o mundo era como um picadeiro”.

Serviço:

“Guarany – Histórias do Circo dos Pretos”, no SescTV

Exibição no canal entre os dias 3 e 24 de junho, sextas-feiras, às 19 horas

Disponível sob demanda no site

Episódios:

A filha do palhaço – (20 minutos) – 3 de junho

A vida na cidade – (20 minutos) – 10 de junho

Nosso circo é um filme – (21 minutos) – 17 de junho

As pazes com Xamego – (22 minutos) – 24 de junho

Dir.: Mariana Gabriel | Brasil | 2021 | Documentário | Livre

Dia 3 de junho, sexta-feira, às 19 horas. Grátis.

Reapresentações:

Domingos, 15h30

Terças, 11h30

Quartas, 0h30 e 18h

Sextas, 4h e 13h

Ficha técnica:

Direção: Mariana Gabriel

Produção, roteiro e pesquisa: Daise Gabriel e Roberto Salim Gabriel

Produtora: Di Ôio Produções

Realização: SescTV.

Sobre SescTV | O SescTV é um canal de difusão cultural do SESC em São Paulo, distribuído gratuitamente, que tem como missão ampliar a ação do SESC para todo o Brasil. Sua programação é constituída por espetáculos, documentários, filmes e entrevistas. As atrações apresentam shows gravados ao vivo com variadas expressões da música e da dança contemporânea. Documentários sobre artes visuais, teatro e sociedade abordam nomes, fatos e ideias da cultura brasileira em conexão com temas universais. Ciclos temáticos de filmes e programas de entrevistas sobre literatura, cinema e outras linguagens artísticas também estão presentes na programação. Conheça o acervo no site.

Para sintonizar o SescTV:

Ao vivo e também disponível sob demanda no site

Redes do SescTV:

Twitter: @sesctv

Facebook: /sesctv

Instagram: @sesctv.

(Fonte: Agência Lema)

Na Semana do Meio Ambiente, Parque Caminhos do Mar cria painel de resíduos encontrados em suas trilhas

São Paulo, por Kleber Patricio

Lata de bebida descartada em 1990 e que hoje ainda tem pouquíssimos sinais de decomposição. Foto: divulgação.

Dia 5 de junho é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente, data criada pela ONU que é um relevante chamado a toda a população para os problemas ambientais. Este ano, o tema mundial é “Uma só Terra” e, no Parque Caminhos do Mar, pertinho do centro de São Paulo, Cubatão e da Baixada Santista, um painel mostrará parte do lixo encontrado nas trilhas, como garrafas de vidro, latinhas de refrigerantes, embalagens plásticas, entre outros. Os ingressos variam de preço. Para quem vai quarta ou quinta-feira, o valor inteiro é de R$40 e, meia entrada, de R$20. Já quem deseja ir sexta a domingo pagará R$50 inteira ou R$25 meia, no período entre 1/5 a 5/6. No passeio, os visitantes poderão ver, por exemplo, uma lata de bebida descartada em 1990 e que hoje ainda tem pouquíssimos sinais de decomposição.

Para a Parquetur, gestora do Parque desde junho de 2021, a visitação é a melhor forma para preservar a natureza. “Nosso objetivo é fazer a sensibilização e conscientização das pessoas que visitam o Parque, para mostrar a importância da preservação da Mata Atlântica, que vem sendo degradada ano após ano”, comenta Carolina Bonafé, gerente de Marketing da Parquetur. Segundo ela, o Parque é muito mais do que a lugar onde está a famosa Estrada Velha de Santos. “Ali há uma diversidade incrível de espécies, além de paisagens e vistas incríveis que são únicas do Parque Caminhos do Mar”, complementa.

A Mata Atlântica, bioma do entorno do Parque, já sofreu com a poluição oriunda das indústrias localizadas na cidade de Cubatão. Mas, graças a projetos de recuperação ambiental, atualmente o espaço oferece um ambiente agradável, livre de qualquer tipo de poluição e perfeito para visitas e prática de esportes. Por isso, a Parquetur aplica novos hábitos e ações sustentáveis diariamente, sempre com base nas leis e normas de proteção ambiental.

“O Dia Mundial do Meio Ambiente é uma oportunidade para refletirmos quanto aos impactos negativos da ação humana sobre o meio ambiente e da necessidade urgente de sermos mais sustentáveis no nosso cotidiano”, lembra Bonafé. “Mas todo dia é dia de cuidar do meio ambiente. Cada um de nós pode fazer a sua parte. No nosso dia a dia devemos, por exemplo, evitar o desperdício de água, dar a destinação correta ao lixo que geramos e contribuir para a preservação das matas e florestas”, conclui.

Sobre a Parquetur

A Parquetur é uma empresa brasileira gestora de parques naturais e, além da concessão do Parque Caminhos do Mar, atua também na gestão e operação da Chapada dos Veadeiros, em Goiás. A proposta da Parquetur é (re) encantar as pessoas a partir de uma abertura gentil e imersiva da natureza, promovendo maior acessibilidade ao público visitante destas áreas, conservando a biodiversidade.

Sobre o Parque Caminhos do Mar

Considerado um importante corredor ecológico que liga as porções norte e sul desses remanescentes de Mata Atlântica, o Caminhos do Mar é uma unidade de conservação que faz parte do Parque Estadual da Serra do Mar, sob recente concessão à Parquetur, e tem como princípio promover a conservação ambiental por meio de educação ambiental para a conscientização da população sobre a importância da natureza. Indicado para todas as idades em razão do fácil acesso através da estrada, o passeio inicia-se em uma trilha com 9 km de extensão com nível de dificuldade fácil que atravessa a velha Estrada de Santos (fechada para tráfego desde 1985) e que conta com 9 monumentos levantados em comemoração aos 100 anos da Independência, em 1922. Uma das atrações é a Calçada do Lorena, trilha de pedras por onde dom Pedro I passou para proclamar a Independência, em 1822. É o primeiro caminho pavimentado com rochas ligando o planalto ao litoral, cujo objetivo era o tráfego de mercadorias (algodão, tabaco, anil, açúcar e café) no período colonial e que hoje está aberto para passeio e visitação.

Saiba mais:

Site: www.caminhosdomar.com.br

Instagram: https://www.instagram.com/parquecaminhosdomar

Facebook: https://www.facebook.com/parquecaminhosdomar.

(Fonte: Ela Comunica)

Artigo: “A desglobalização on-line”, por Paulo Sandroni

Mundo, por Kleber Patricio

Foto: Mathias Reding/Pexels.

Entre a metade do século XIX e a Revolução Russa, em 1917, o mundo experimentou um extraordinário processo de integração. Avanços científicos e tecnológicos como as invenções do telégrafo, do cabo submarino ligando continentes, do rádio, do telefone, da energia e da luz elétrica moldaram essa integração. A expansão das ferrovias e do transporte marítimo impulsionada pela abertura dos canais de Suez e do Panamá permitiu um desenvolvimento sem precedentes do comércio internacional e das articulações financeiras correspondentes. A oferta de ouro aumentou: descobertas na Califórnia, no Alasca e na África do Sul azeitaram e lastrearam o vertiginoso crescimento das transações comerciais e financeiras. O aumento do desempenho industrial e da produtividade elevou a riqueza material (embora mal distribuída) a níveis dificilmente imagináveis no início do século XIX.

Em 1917, inaugurando o primeiro país socialista no mundo, a Revolução Russa provocou uma ruptura nessa trajetória e isolou a Rússia Soviética, processo acentuado com a crise de 1929. A criação do bloco soviético após a Segunda Guerra Mundial, com a incorporação dos países do Leste Europeu, e a Revolução Chinesa, em 1949, completou um quadro de separação de dois mundos, enfraquecendo os vínculos comerciais e financeiros mantidos até então. Na década de 1950, o mundo talvez tenha atravessado o período de menor integração. O cenário de isolamento do bloco soviético em razão da Guerra Fria e da China comunista desvinculada dos grandes circuitos comerciais e financeiros contrastava com a maior integração entre os Estados Unidos, a Europa e o Japão.

A queda do Muro de Berlim, em 1989, unificando outra vez a Alemanha, a dissolução da União Soviética e, pouco depois, as transformações capitalistas na China e no Leste Europeu desaguaram na reintegração desses países nos circuitos globais do comércio e das finanças de forma surpreendente. O processo de reglobalização acentuou-se e, a partir de 1985, o impulso proporcionado pelo global sourcing promoveu extraordinário aumento da produtividade, embora também tenha expandido os riscos da exacerbação da interdependência.

Com o início da pandemia, em 2020, provocou-se o primeiro golpe nas cadeias produtivas e no fluxo internacional de pessoas, provocando recessão em escala global. O mundo restabelecia-se desse abalo quando a invasão da Ucrânia pela Rússia e as sanções impostas pelos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) a esta última iniciaram um processo de desglobalização. A ruptura comercial e financeira vem isolando a Rússia dos mais importantes mercados comerciais e financeiros dos países desenvolvidos. Consequências imediatas: fortes pressões inflacionárias em escala global, queda da produtividade pelo aumento do custo dos combustíveis, diminuição da produção de alimentos e uma recessão cuja duração é difícil de prever.

As atrocidades cometidas na Ucrânia não serão facilmente esquecidas e qualquer que seja o desenlace dessa tenebrosa guerra manterá a Rússia em prolongada quarentena, de modo que sua economia sofrerá mais do que as demais, com exceção da própria Ucrânia, que está devastada. Os estragos desse jogo perde-perde são enormes e podem aumentar na razão direta da duração do conflito. O impacto na economia brasileira será a intensificação do binômio indesejável: recessão e inflação.

(Fonte: Agência Bori)