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Lazer & Gastronomia

Indaiatuba

Cinco restaurantes de luxo no mundo com hortas próprias e menu “do campo para a mesa”

por Kleber Patrício

Em um mundo cada vez mais consciente da importância da procedência dos alimentos, a culinária ‘farm to table’ tem ganhado destaque, unindo ingredientes frescos e sazonais diretamente do campo para a mesa. Nessa jornada gastronômica, os sabores autênticos se encontram com a excelência culinária, resultando em experiências únicas e memoráveis. Confira aqui 5 sugestões no […]

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Manoela Medeiros abre exposição individual na Galeria Nara Roesler São Paulo

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação.

A Galeria Nara Roesler São Paulo anuncia “O carnaval da substância”, primeira individual da artista Manoela Medeiros na galeria. Acompanhada de texto de Luisa Duarte, a exposição apresenta trabalhos recentes da artista, além de uma intervenção site specific inédita e concebida especialmente para a ocasião. A mostra abriu para visitação do público no último dia 26 e segue em exibição até 21 de janeiro de 2023.

Em “O carnaval da substância”, Medeiros apresenta trabalhos que derivam de  sua pesquisa sobre a análise e a compreensão da dimensão temporal da vida. Em sua produção, tão importante quanto o conceito de ruína, é aquele de entropia, grandeza da física que visa quantificar a desordem em um sistema termodinâmico. O caos, para a artista, evoca a imagem do carnaval, um evento revelador das ambivalências da vida: a alegria da fantasia e a realidade cotidiana, a liberdade da festa e a opressão social. Acima de tudo, lembra Medeiros, o carnaval é o encontro de corpos, de matérias que se chocam, dispersam, dançam, se contaminam e se transformam.

Um dos trabalhos em exposição é o inédito “Entropia suspensa”, escultura feita em 2015 que apresenta um tempo em suspenso, o instante antes de um acontecimento irreversível: o da fusão entre a areia e a água. Ainda nesta sala, Medeiros dispõe trabalhos tridimensionais de diferentes momentos de sua produção, oferecendo um breve panorama de sua obra. O elemento em comum entre os trabalhos é a materialidade, ou a “substância”, segundo a artista. Além de trabalhos como “Eclipse” (2018) e “Hiatos” (2015), em que a artista cria formas que, apoiadas na parede, dialogam com escavações feitas sobre ela, Medeiros apresenta também a instalação escultórica “Still Life” (2022).

Em 2017, a artista havia realizado um primeiro grupo de trabalhos com o mesmo título dessa instalação, para sua exposição individual na Double V Gallery, em Marselha, na França. Baseando-se na Cité Radieuse projetada por Le Corbusier, Medeiros criou estruturas modulares que evocavam edifícios ao mesmo tempo em que se revelam meros materiais de construção organizados em diferentes arranjos. Em “O carnaval da substância”, a artista carioca faz uso de materiais usados na construção civil brasileira para desenvolver novos exemplares da série.

A arquitetura vernacular brasileira é o tema da segunda sala da exposição, onde Medeiros irá desenvolver uma instalação com nove pinturas recentes cujo formato encena uma arquitetura em ruínas. Dispostas na parede em diferentes posições, as telas dialogam com intervenções in situ da artista, pinturas, rasuras e escavações feitas diretamente na parede da galeria, de modo a recriar uma arquitetura fantasma. A ideia da artista é evocar a empena de prédios em que se encontram gravados restos de uma estrutura anterior, já inexistente, demolida. Esses rastros indiciais tomam a forma de escadas, paredes e outras divisões – espaços que convidam nossa imaginação a desvendar as possíveis vidas que anteriormente ali se desenharam.

O formato das telas incorpora essa arquitetura ausente, empregando chassis com recortes de degraus, portas e fragmentos de azulejos. O interesse da artista repousa principalmente no caráter social da arquitetura. Em especial, Medeiros faz uso, em seu repertório, de técnicas provenientes da arquitetura popular, ressaltando o caráter manual da construção civil, tal como a mistura de gesso e pigmento em pó, muitas vezes utilizada na coloração de casas no interior do Brasil.

O trabalho de Medeiros referencia à ideia de entropia, utilizada pelo artista norte-americano Robert Smithson, um dos fundadores da land art na década de 1960. Smithson escreveu sobre o tempo e sua irreversibilidade, assim como as relações entre cultura e natureza. Inspirada por seu antecessor, Medeiros cria trabalhos que se apropriam da ruína enquanto forma estética, criando sobreposições de camadas e fragmentos que funcionam como uma arqueologia de técnicas e métodos empregados na arquitetura vernacular. Aparecem formas de edificação e decoração populares muitas vezes renegadas pela cultura erudita. Nesse sentido, seus trabalhos nos convidam a refletir sobre aquilo que construímos e destruímos, lembrando-nos que a forma é apenas um estado de configuração da matéria e que, tal como o carnaval, tudo tem seu fim.

Serviço:

“O carnaval da substância”, individual de Manoela Medeiros

De 26 de novembro de 2022 a 21 de janeiro de 2023

Galeria Nara Roesler | São Paulo

Av. Europa, 655 – Jardim Europa – São Paulo – SP

T. 55 (11) 2039-5454

info@nararoesler.art

Seg a Sex | 10h–19h

Sáb | 11h–15h.

(Fonte: Pool de Comunicação)

São Paulo sediará 52ª edição do festival oriental Toyo Matsuri

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação.

Nos dias 3 e 4 de dezembro, a capital paulista sediará um dos maiores festivais orientais de rua do Brasil, que está em sua 52ª edição: o Toyo Matsuri. O evento cultural acontece na Praça da Liberdade-Japão, no bairro da Liberdade, e recebe mais de 200 mil pessoas de toda parte do país. Os visitantes participam de uma programação cultural gratuita, repleta de apresentações musicais, danças típicas, além de oficinas de origami, mangá, ikebana, entre outros temas para aprenderem gratuitamente.

A festividade é realizada há mais de 50 anos pela ACAL – Associação Cultural e Assistencial da Liberdade sempre no início de dezembro como forma de agradecimento pelo ano vivido e de boas-vindas ao próximo ciclo. Para isso, a organização decora as ruas do bairro da Liberdade com Noboris, bandeiras típicas com mensagens de Boas Festas e esperança. Elas permanecem na cidade até dia 25 de janeiro, quando é celebrado o aniversário de São Paulo.

Uma das novidades da 52ª edição será o enfeite Tsuru da sorte. É um origami tradicional que pode ser pendurado no carro ou em qualquer ambiente de casa ou do trabalho. Ele será confeccionado em cores diferentes, representando os desejos para 2023, como: branco – paz, amarelo – dinheiro, verde – esperança, vermelho – paixão, rosa – amor e azul – proteção. E todos os Tsurus passarão por uma cerimônia xintoísta para receberem uma bênção e serem comercializados durante o Toyo Matsuri por valor simbólico.

Além das atividades do festival, o visitante encontrará a Feira de Artesanato da Liberdade e as barracas de alimentação típica, que já se preparam especialmente para atender o público e aos turistas que passeiam pelas ruas da região nesse período.

“Nosso objetivo é proporcionar alegria, esperança e compartilhar das tradições culturais orientais com os visitantes que prestigiam o bairro da Liberdade. Promovemos há mais de 50 anos esse evento e outros grandes festivais, como o Tanabata Matsuri, também para milhares de pessoas”, comenta Tetuya Fujimoto, atual presidente a ACAL.

A Associação é internacionalmente reconhecida por sua atuação cultural e social, bem como pela melhoria das condições de vida de sua comunidade. O empresário Fujimoto lembra que este vem sendo um ano repleto de desafios. “Além da superação da pandemia pela Covid-19, perdemos o presidente da nossa entidade, Hirofumi Ikesaki, e seguiremos na sua batalha pelo bairro da Liberdade, que completou 117 anos”, finaliza.

Mais informações pelo site www.acalliberdade.org.br.

Serviço:

Toyo Matsuri – Festival Oriental

Dias 3 e 4 de dezembro de 2022 (sábado e domingo)

Programação gratuita

Horários: das 10h às 18h

Endereço: Praça da Liberdade-Japão e Avenida Liberdade, Rua Galvão Bueno, Rua dos Estudantes, São Paulo – SP

Facebook e Instagram: @toyomatsuri.

(Fonte: Infato)

Três experiências diferentes e sustentáveis para conhecer na Amazônia

Amazônia, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação.

A maior floresta tropical do mundo se estende por nove estados do Brasil e faz parte de outros oito países da América do Sul. Com um território de 6,7 milhões de quilômetros quadrados, a Amazônia possui uma biodiversidade impressionante com 40 mil espécies vegetais, 427 mamíferos, 1.294 aves, 378 répteis, 427 anfíbios e cerca de 3 mil peixes, contribuindo de maneira decisiva para o Brasil ter a maior biodiversidade do mundo. Para conhecer uma região tão grande e tão importante para o Brasil e para o mundo, existem diferentes formas e locais, cada um com particularidades muito específicas. Para facilitar esse tipo de viagem, a Vivalá – Turismo Sustentável no Brasil oferece três experiências incríveis que ressignificam totalmente a relação das pessoas com a Amazônia e suas comunidades tradicionais.

As vivências são dividas em três estados: Amazonas, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Negro; no Acre, dentro da terra indígena Katukina Kaxinawá; e no Pará, em Alter do Chão e na Floresta Nacional dos Tapajós.

“Acreditamos que manter a floresta em pé tem infinitamente mais valor do que se devastá-la e que o turismo sustentável é um dos caminhos para isso, por valorizar o meio ambiente, incentivar ribeirinhos e indígenas por meio do turismo de base comunitário, enaltecendo sua cultura, saberes tradicionais e geração de renda, além de permitir que viajantes das grandes cidades estabeleçam uma conexão profunda com este bioma, aumentando sua consciência ambiental e percepção social do Brasil profundo”, explica Daniel Cabrera, cofundador e diretor executivo da Vivalá.

A viajante Thaissa de Albuquerque Sá teve experiências tão marcantes que, em um intervalo de menos de um ano e meio, esteve em todos os três destinos da Vivalá na Amazônia. Segundo a viajante, ela escolheu a Vivalá por sentir segurança – mais de dois terços das viajantes são mulheres – em toda a credibilidade da empresa e pela profundidade de cada roteiro criado em destinos tão especiais. “Eu queria ter um contato com a cultura real. Sem ser aquele turismo forçado. Eu queria realmente ter uma conexão com a comunidade e eu encontrei na Vivalá uma forma de fazer isso me sentindo muito segura. Além disso, senti que eu poderia promover um impacto muito positivo através de um turismo com propósito”.

Para Thaissa, as expedições contribuíram bastante com seu enriquecimento pessoal. “Todas as experiências foram mágicas. Desde o grupo que se forma, a maneira que é conduzida toda a viagem, o planejamento, as atividades que temos e até o contato com as comunidades. Todas as que eu fiz foram extremamente intensas e ricas, de muito aprendizado. Achei que foi uma troca muito grande de ambos os lados”, explica.

Mesmo com três roteiros trazendo uma natureza exuberante, incrível conexão cultural através da imersão em comunidades tradicionais e impacto positivo pelo turismo de base comunitária, cada destino possui uma experiência completamente diferente da outra.

Rio Negro (AM): diversão e cultura junto aos povos ribeirinhos

A expedição para o Rio Negro inicia com todo o grupo se encontrando em Manaus (AM) e é bastante equilibrada em termos de natureza e cultura, já que possui um contato intenso com a população local – os ribeirinhos – e diversas oficinas de saberes tradicionais, como: aprender a fazer artesanato com sementes nativas, dançar carimbó, doces típicos com frutas da Amazônia, culinária local, ervas medicinais e muito mais. A trilha com técnicas de sobrevivência é de baixo nível de dificuldade, sendo acessível para adultos e crianças maiores de seis anos.

O grupo fica hospedado em pousadas de selva que oferecem quartos com banheiros privativos, camas e ar condicionado. Desde o embarque no porto de Manaus até o retorno para este mesmo local, todo o transporte é feito por canoas e barcos, tornando a vivência ainda mais imersiva. Outro destaque deste roteiro é a culinária: os viajantes podem provar os famosos peixes amazônicos, como o tambaqui e o pirarucu, em receitas exclusivas e premiadas – sempre com versões vegetarianas, veganas e para outros tipos de restrições.

Essa experiência garante momentos marcantes na imensidão natural às margens do Rio Negro e permite conhecer a fundo a comunidade local e viver momentos inesquecíveis, seja observando o nascer do sol dentro de canoas ou participando de visitas disponíveis no destino.

Shanenawa (AC): imersão na cultura indígena

O destino Amazônia Shanenawa é uma imersão na cultura indígena desta etnia, com contato com a incrível integração dos Shanenawa com a natureza, o uso de medicinas tradicionais, temas sociais, históricos de como é e foi a vida de sua comunidade e antepassados, além de muita diversão com as brincadeiras. O ponto de encontro é em Rio Branco (AC), lugar onde o grupo seguirá para a aldeia. Ao chegar à comunidade, os viajantes se emocionam ao serem recepcionados com cantos e danças, além de poderem participar de uma noite com fogueira e música, pintura corporal, banhos tradicionais da cultura local, trilhas e oficinas.

Durante quase uma semana, o grupo estará em total comunhão com o modo de vida dos indígenas Shanenawa, dormindo em barracas ou redes, comendo dos mesmos alimentos, participando das ritualísticas e vivendo como uma única família.

A comunidade foi criada pelo cacique Teka Shanenawa há 13 anos e há menos de um ano estabeleceu sua primeira parceria da história para receber visitantes com a Vivalá. “As expedições trouxeram uma oportunidade inédita para nosso povo. Estamos divulgando nossa cultura, fortalecendo nossa comunidade e gerando emprego e renda dignos. O turismo sustentável da Vivalá veio somar. Nenhuma outra instituição construiu tanto e tão rapidamente conosco”, afirma Teka.

Rio Tapajós (PA): natureza e praias paradisíacas de Alter do Chão

O Rio Tapajós possui uma natureza única, combinando a floresta amazônica com as praias paradisíacas e mundialmente reconhecidas de Alter do Chão. Durante a expedição, que se inicia com todos se encontrando em Alter, o viajante tem uma plena conexão com a natureza, com os sabores únicos da culinária paraense e aproveita para embarcar em uma jornada de navegação em um barco privativo através das águas do Rio Tapajós.

As atrações culturais incluem oficinas de seringa e borracha, artesanato com sementes da floresta e carimbó, além de café da manhã, almoço e jantar feitos com ingredientes nativos e pratos típicos da região.

Grande parte da viagem acontece na Unidade de Conservação da Floresta Nacional dos Tapajós, onde o grupo fica hospedado em uma Pousada e Redário familiar das comunidades ribeirinhas. Os quartos são equipados com camas, ventiladores e banheiros e ainda há a opção de dormir em redes para aproveitar ainda mais a natureza.

Há, ainda, duas trilhas floresta adentro, uma de 10 km e outra de 14 km de extensão. Nas paradas, os viajantes aprendem com os guias locais sobre as propriedades medicinais da flora local, ouvem histórias e lendas como a do curupira, visitam mirantes com vistas para o Rio Tapajós e a floresta, curtem mergulhos refrescantes em igarapés e, no ponto alto da caminhada, encontram-se com as gigantescas e milenares Samaúmas.

As expedições e o volunturismo

As viagens podem durar de quatro a oito dias, com a opção de participar de programas em grupos em datas já estipuladas ou em saídas privativas ao longo de todo o ano. As modalidades também variam, entre Turismo de Base Comunitária (TBC) e o Volunturismo, que combina o TBC com o trabalho voluntário, podendo neste caso ter duração de 1 a 4 semanas. Em todos os destinos e durante todo o tempo, os viajantes Vivalá são acompanhados pelo time de facilitadores e condutores residentes dos estados visitados e membros das comunidades tradicionais, o que faz com que a experiência seja muito mais enriquecedora.

O volunturismo atualmente está disponível para o destino Amazônia Rio Negro (AM), mas deve ser estendido em breve para os demais, e permite que o viajante atue nas áreas de saúde, educação, meio ambiente ou bioeconomia, sendo esta uma experiência ainda mais imersiva e de maior impacto socioambiental positivo junto à população local.

A executiva Hilda Raquel Guiaro também já visitou todos os destinos da Vivalá para a Amazônia, além de ter participado de mais quatro expedições para outras regiões. Uma de suas viagens foi com volunturismo. “Ir para a Amazônia em 2018 foi um marco de mudança da minha vida. Estava em uma nova fase e abrindo espaço para a descoberta do Turismo de Base Comunitária e pronta para trabalhar com o Volunturismo”.

Hilda conta que, após realizar muitas viagens luxuosas, hoje valoriza mais as relações com pequenas comunidades. “Durante muito tempo, viajei visitando pontos turísticos, grandes restaurantes e museus, ficando em hotéis cinco estrelas. Não posso dizer que foi ruim, mas hoje valorizo muito mais a vivência com as comunidades, as histórias e os aprendizados, a forma de vida simples e fazer parte deste movimento de desenvolvimento das regiões. Fico sem palavras para descrever esta emoção. Vivo a essência da vida em paisagens paradisíacas e um povo cheio de amor. Posso dizer que hoje sou uma eterna viajante Vivalá”.

Faça sua viagem com propósito

No mês de novembro a Vivalá está celebrando seu aniversário e lançou a promoção “7 Anos Vivalá”, com descontos de até R$1.320 e Expedições a partir de R$2.210, incluindo hospedagens, refeições, transportes locais, todas as atrações do roteiro, seguro-viagem e time de facilitação e condução presente ao longo do roteiro. Não estão inclusas passagens aéreas até os pontos de encontro em Manaus (AM), Santarém (PA) e Rio Branco (AC) e compras pessoais. Para mais informações sobre as expedições para a Amazônia e outros destinos, acesse o link https://vivala.com.br/expedicoes/.

Sobre a Vivalá

A Vivalá Turismo Sustentável no Brasil surgiu com a missão de ressignificar as relações das pessoas com o Brasil através do Turismo Sustentável, empoderando comunidades e ajudando na conservação da maior biodiversidade do mundo.

A organização é especializada em expedições em unidades de conservação com profunda interação com a natureza e imersão nas comunidades tradicionais locais através do Turismo de Base Comunitária. A Vivalá recebeu 11 prêmios e reconhecimentos nacionais e internacionais importantes em sua trajetória, sendo convidada para compor a rede Young Leaders of Américas do Departamento de Estado Americano, premiada por dois anos consecutivos como uma das organizações mais sustentáveis do Brasil pela ONU, Organização Mundial do Turismo e Braztoa, além de ter sido escolhida pela Fundação Grupo Boticário, Aceleradora 100+ da Ambev e PPA e iniciativa global da Yunus & Youth para fazer parte de seus programas de aceleração para negócios de impacto socioambiental..

Até outubro de 2022, a Vivalá já realizou 93 Expedições com 1.425 viajantes de 10 países, somando 7.496 horas de voluntariado, muitas delas voltadas à mentoria de 198 pequenos negócios familiares, e injetou R$1,365 milhão em economias locais. Para mais informações, acesse www.vivala.com.br.

(Fonte: DePropósito Comunicação de Causas)

Hortas urbanas geram renda para sobreviventes de violência doméstica em SP, aponta livro

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: FreePik.

Tomada por carros, rodovias e prédios altos, parece difícil de imaginar áreas de cultivo de alimentos em uma cidade como São Paulo, mas elas existem. O livro “Agricultura na Cidade: o cultivo de alimentos e do comum pelas mulheres”, lançado no dia 26 de novembro pela editora Ícone, mostra que estes espaços não apenas existem, mas também dão oportunidade para formação política e geração de renda de mulheres em situação de vulnerabilidade.

A obra é fruto da tese de doutorado da socióloga Laura Carvalho, defendida na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) em 2021. Carvalho investigou projetos de agricultura urbana na zona leste de São Paulo e em bairros sociais de Lisboa, em Portugal. “Agricultura na Cidade” amplia o trabalho de Carvalho em parceria com a professora Márcia Tait, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Juntas, elas contextualizam o surgimento de hortas nas cidades, os problemas que as propriedades familiares enfrentam e trazem três exemplos chefiados por mulheres em São Paulo.

O foco no trabalho e geração de renda por mulheres não era a ideia inicial do projeto, mas foi uma questão imposta durante o andamento da pesquisa. “Todas tinham histórias de violência, então fui entender as origens disso”, conta Carvalho. “Atuar nessas hortas permitiu a elas se desvencilharem de situações de muita violência, seja do marido, do namorado ou de um terceiro”, aponta a socióloga. No livro, as autoras exploram apenas hortas urbanas com práticas agroecológicas chefiadas por mulheres. No cotidiano, são raros os casos em que há ajuda de parceiros, mas outros membros da família também atuam na produção, classificada como agroecologia familiar.

Uma das características que as autoras observam nessas famílias é a maioria ser composta por pessoas de outras regiões do país, principalmente do Nordeste, que vieram para São Paulo em busca de trabalho. Assim, o cultivo se torna um negócio. Carvalho considera que existe um componente de empreendedorismo na prática da agroecologia urbana, principalmente entre as mulheres. Além disso, elas encontram também uma maneira de resgatar suas origens rurais, comuns entre os que chegam à capital paulista. “Elas têm uma memória afetiva com a agricultura, muitos vêm de fazendas, chácaras, da roça”, diz Carvalho.

Nos últimos anos, essas mulheres viram a demanda por alimento aumentar durante a pandemia. Em parceria com ONGs e empresas privadas, elas conseguiram se articular para oferecer assistência. Os problemas enfrentados pela agricultura familiar urbana durante a crise sanitária também é abordado em “Agricultura na Cidade”. “A fome piorou nesse período, as pessoas da região também estão em extrema vulnerabilidade nutricional e insegurança alimentar”, observa Carvalho.

Para manter as hortas em funcionamento, a dupla destaca a importância de políticas públicas voltadas para a agroecologia urbana. “A prática é muito mais do que um método de produção de alimentos. Trabalha com questões estruturais, sociais, históricas, se articula em redes, promove a emancipação”, enumera a socióloga. “De fato transforma vidas das mulheres e de suas famílias”, afirma.

(Agência Bori)

Museu de Arte Sacra apresenta exposição “Vai na Fé”

São Paulo, por Kleber Patricio

Obra de Matheus Chiaratti que faz parte da mostra. Fotos: divulgação.

O Museu de Arte Sacra de São Paulo, em parceria com a Companhia do Metropolitano de São Paulo, abre no próximo sábado, 26 de novembro, a mostra coletiva “Vai na Fé”, com os artistas Andrey Koens, Heitor Ramalho, Jocarla, Massuelen Cristina, Matheus Chiaratti e Pablo Vieira, que exibem oito trabalhos em conexão com algumas obras do acervo. Os trabalhos dos artistas em início de carreira desenvolvem, cada um à sua maneira – instalações, vídeo e esculturas –, modos de representação e temas encontrados nos presépios. A curadoria está sob a tutela do trio Daisy Estrá, Lucas Goulart e Thaís Rivitti (os dois últimos vinculados ao espaço independente de arte Ateliê397). A ideia central da curadoria, ao trazer a fé em seu sentido mais cotidiano, é permitir novas leituras de obras do acervo, em conexão com o pensamento de uma geração de artistas jovens e atuantes na cena artística hoje. “Vai na Fé” fica em cartaz até 8 de janeiro de 2023.

Andrey Koens.

O conceito da mostra nasce da opção por criar possíveis diálogos entre uma representação da Natividade (presépio) e questões atuais presentes na arte contemporânea. A escolha dos curadores recai sobre o conjunto conhecido como Presépio Napolitano, em exposição nas dependências do MAS/SP para dar início à jornada pensada. “Trata-se de um grande diorama que apresenta, além da cena da natividade, a paisagem urbana numa imensa riqueza de detalhes: a arquitetura, interiores de ambientes domésticos e comerciais, e diversas cenas do cotidiano, dando a ver a ocupação e circulação naquela cidade por diferentes personagens e estratos sociais”, explicam os curadores. O “Presépio Napolitano”, com 1620 peças do século XVIII, o terceiro maior do mundo em exibição permanente, é doação do empresário e mecenas Ciccilo Matarazzo. As cenas retratadas propiciam uma verdadeira viagem no tempo e no espaço. Além da tradicional representação da natividade de Jesus de Nazaré, as peças simulam diversos profissionais urbanos (ferreiro, sapateiro, barbeiro e verdureiro, entre tantos), pastores, homens do campo, além de objetos, utensílios e móveis, com expografia própria e cenário que preenche área de 110 m².

A proposição sugere que se inicie a visita por esse conjunto de peças que está representado nos demais trabalhos. “Alguns deles atualizam a discussão da paisagem para além de sua forma representativa mais tradicional. Outras propõem cenas, narrativas e diálogos em consonância com as urgências do presente”, explica o trio de curadores. “Vai na Fé” foi pensada para ser visitada em trânsito: o Presépio Napolitano, a Sala MAS/Metrô – Estação Tiradentes, o estacionamento e o Jardim do Claustro do MAS/SP.

Com visão contemporânea e artistas, em sua maioria, recém-chegados à cena cultural, as representações contidas em “Vai na Fé” têm como foco primeiro a relação entre a vida cotidiana e religiosidade. Segundo dos curadores, na Sala MAS/Metrô – Estação Tiradentes, Pablo Vieira cria, à maneira dos presépios, cenas urbanas trazendo um pouco das histórias dos arredores da região da Luz. Já Andrey Koens reflete sobre êxodo, migração e diásporas a partir do trajeto percorrido por José e Maria antes do nascimento de Jesus. Enquanto isso, Massuelen Cristina mostra a vida de uma senhora que vive na cidade histórica mineira de Sabará, cercada pelo passado colonial, pela paisagem cortada pelo Rio da Velhas e por uma série de rituais religiosos incorporados em seu cotidiano.

Matheus Chiaratti.

Ao chegar à área de estacionamento da sede do MAS/SP, Heitor Ramalho apresenta sua Catedral: um carro popular que emite, de hora em hora, o som de um sino. Uma catedral móvel, que carrega, em seus quilômetros rodados, uma memória do espaço urbano e marca um tempo socialmente partilhado. Adentrando-se no prédio de 242 anos de construção, no jardim central – Jardim do Claustro – Jocarla traz o tema da maternidade em diálogo direto com os trabalhos do acervo do MAS/SP como Santana Mestre, Nossa Senhora do Leite e Nossa Senhora do Ó e Matheus Chiaratti apresenta objetos em cerâmica que partem da iconografia católica, refletindo sobre sua simbologia, significação e endereçamento.

“Ao mostrar desdobramentos contemporâneos a partir desta significativa obra – Presépio Napolitano –, pretende-se que o público retorne a ela, em visitas futuras, com um repertório amplo de questões a serem consideradas. Assim, acreditamos que a exposição cumpre um objetivo central para a curadoria, qual seja, qualificar a relação do público com a arte” –  Daisy Estrá, Lucas Goulart e Thaís Rivitti.

Exposição “Vai na Fé”

Artistas: Andrey Koens, Heitor Ramalho, Jocarla, Massuelen Cristina, Matheus Chiaratti, Pablo Vieira

Curadoria: Daisy Estrá, Lucas Goulart, Thaís Rivitti

Abertura: de 26 de novembro – sábado – das 11h às 14h

Período: de 27 de novembro de 2022 a 8 de janeiro de 2023

Local: Sala MAS/Metrô – Estação Tiradentes e Museu de Arte Sacra de São Paulo

Endereço: Av. Tiradentes – Luz, São Paulo (SP) – grátis para usuários do Metrô

Número de obras: 18

Técnica: objetos, instalações, esculturas, vídeos, cerâmica e peças do acervo da instituição

Dimensões: variadas

Museu de Arte Sacra de São Paulo | MAS/SP

Endereço: Avenida Tiradentes, 676 – Luz, São Paulo (SP) – ao lado da estação Tiradentes do Metrô

Estacionamento gratuito/alternativa de acesso: Rua Jorge Miranda, 43 (sujeito à lotação)

Tel.: (11) 3326-5393 – informações adicionais

Horários: de terça-feira a domingo, das 9 às 17h

Ingresso: R$6,00 (Inteira) | R$3,00 (meia entrada) | grátis aos sábado.

(Fonte: Balady Comunicação)