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Lazer & Gastronomia

Indaiatuba

Cinco restaurantes de luxo no mundo com hortas próprias e menu “do campo para a mesa”

por Kleber Patrício

Em um mundo cada vez mais consciente da importância da procedência dos alimentos, a culinária ‘farm to table’ tem ganhado destaque, unindo ingredientes frescos e sazonais diretamente do campo para a mesa. Nessa jornada gastronômica, os sabores autênticos se encontram com a excelência culinária, resultando em experiências únicas e memoráveis. Confira aqui 5 sugestões no […]

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Projeto “Clássicos em Cena” realiza concerto gratuito com o Grupo La Follia dia 7 de julho em Campinas

Campinas, por Kleber Patricio

Foto: divulgação.

Um dos mais destacados grupos brasileiros de música de câmara, que é o termo usado para a música erudita executada em formações menores, o La Follia completou 10 anos de atividade no ano passado e, em comemoração, tem circulado pelo interior paulista com concertos gratuitos por meio do projeto ‘Clássicos em Cena’.

No dia 7 de julho, o La Follia se apresenta às 20h na Capela Militar Santo Tomás de Aquino, localizada na Av. Papa Pio XII, 350, junto à ExPCEx – Escola Preparatória de Cadetes do Exército, no Jardim Chapadão. A entrada é gratuita.

Formado pela cravista Helena Jank, Rogério Peruchi na flauta, Glaucia Pinotti no violino, e Cristina Geraldini no violoncelo, o La Follia formou-se em circunstâncias que remetem a um período específico da música europeia. Follia é um termo usado para uma modalidade musical do período barroco, que surgiu em Portugal na segunda metade do século XV, ligada a eventos cantados e dançados. A música era baseada em uma estrutura muito simples, sobre a qual músicos improvisavam livremente ou seguiam indicações de improvisação fornecidas pelos compositores.

Assim como na história, o grupo La Follia é formado por músicos experientes e entusiasmados que se encontraram em circunstância não planejada para fazer música em conjunto.  A sintonia, o prazer em pesquisar um repertório variado e a alegria em compartilhar esta experiência com o público tornaram-se o mote condutor deste trabalho, cujo repertório abrange não só o período barroco e pré-clássico, mas também obras contemporâneas.

O maestro Parcival Módolo, conhecido por seu trabalho como criador e apresentador do “Clássicos em Cena”, acompanha o concerto, intercalando os números musicais com breves comentários sobre os compositores, contexto e história da música, de forma bastante envolvente e descontraída.  O projeto “Clássicos em Cena” foi criado por ele em 2000, em parceria com o produtor cultural Antoine Kolokathis, fundador da Direção Cultura, justamente para difundir música clássica e instrumental de forma gratuita e acessível ao público em geral.

Professor e regente com carreira internacional, Parcival Módolo tem mestrado em música dos séculos XVII e XVIII na Alemanha e doutorado pela University of Southern California, em Los Angeles. Foi maestro titular e diretor artístico da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas e Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto e atualmente é coordenador geral da Divisão de Arte e Cultura do Instituto Presbiteriano Mackenzie em São Paulo, além de atuar regularmente como regente convidado em várias orquestras brasileiras e no exterior.

A edição Clássicos em Cena – La Follia tem patrocínio do banco Itaú Unibanco, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e, antes de Campinas, já passou pelas cidades de Indaiatuba, Piracicaba e Rio Claro.

Integrantes do La Follia

Helena Jank (Cravo) – Iniciou seus estudos em São Paulo. Fez o curso de graduação em cravo e foi convidada a continuar os estudos de pós-graduação em Munique, ao mesmo tempo em que integrava a Orquestra Bach de Munique. Recebendo o título de Meister em cravo, iniciou uma fase intensa de apresentações e concertos por várias cidades da Europa. Retornando ao Brasil, coordenou o grupo Musicamara de São Paulo, com o qual viajou pelo Brasil divulgando a música barroca. Atualmente após vários mandatos em cargos de coordenação e direção na Unicamp, retorna às atividades artísticas, com especial dedicação ao repertório de música brasileira – tanto do Brasil colonial, quanto da produção contemporânea –, além do estudo das obras tradicionais para cravo solo e de música de câmara.

Gláucia Pinotti (Violino) – Natural de Piracicaba (SP), concluiu seu curso técnico em Música-Violino na classe de Celisa Frias e Elisa Fukuda, e de música de câmara com Ernst Mahle na Escola de Música de Piracicaba. Bacharel em Violino pela faculdade Mozarteum de São Paulo, foi professora de violino na Escola de Música de Piracicaba, no Conservatório do Brooklin Paulista em São Paulo e na Escola Americana de Campinas. Integrou as Orquestras de Câmara e Sinfônica da Escola de Música de Piracicaba, Sinfônica de Americana, Sinfônica de Santo André, Sinfônica de São Bernardo do Campo, Sinfonia Cultura (Orquestra da Rádio Cultura de São Paulo) e Sinfônica de São José dos Campos. É professora membro associada da Associação Suzuki das Américas (SAA). Atualmente é violinista nas Orquestras Sinfônica Municipal de Campinas e Municipal de Jundiaí.

Rogério Peruchi (Flauta) – Natural de Americana (SP), estudou no Conservatório Musical Carlos Gomes, em Campinas (SP) e posteriormente na Unicamp, onde concluiu seu bacharelado em flauta. Trabalhou com flautista e piccolista nas Orquestras Sinfônica de Americana, Sinfônica Experimental de Repertório (SP), Sinfônica de São José dos Campos e também como músico convidado nas Orquestras Sinfônica da USP, Sinfônica Municipal de Ribeirão Preto e Orquestra Jovem do Mercosul, entre outras. Desenvolve também atividade camerística para flauta e piccolo em suas diversas formações, tendo se apresentado no Brasil e exterior. Atualmente é flautista e piccolista nas Orquestras Sinfônica Municipal de Campinas e Sinfônica da Unicamp, além de exercer atividade pedagógica na Escola Livre de Música da Unicamp.

Cristina Geraldini (Violoncelo) – Iniciou seus estudos musicais no Conservatório de Tatuí-CDMCC. É Bacharel em Música pela Unicamp, vencedora de vários prêmios em concursos, como Concurso de Jovens instrumentistas do Brasil – Piracicaba, Concurso Estímulo para Jovens Instrumentistas – São Paulo, Prêmio Eldorado de Música- São Paulo, Concurso de Jovens Solistas da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, Concurso de Música de Câmara da Unicamp – Campinas. Integrou a Orquestras Nova Filarmonia Portuguesa, em Portugal, Orquestra Sinfônica da Unicamp, Orquestra de Violoncelos de São Paulo Cello em Sampa, Orquestra Barroca Armonico Tributo e Orquestra Sinfônica de Santo André. Participa como instrumentista convidada de várias Orquestras e atualmente é membro das Orquestras Sinfônica Municipal de Americana; Sinfônica de Piracicaba e Filarmônica de Rio Claro.

Sobre a Direção Cultura | Sediada em Campinas desde 1999, a Direção Cultura presta consultoria e desenvolve projetos culturais, sociais e esportivos em parceria com empresas, artistas, ONGs e órgãos públicos. Aliados a ações de responsabilidade social, educação, meio ambiente e cidadania, os projetos do grupo – que inclui também a empresa Kalithéa, em São Paulo – alcançam diversos públicos e promovem o desenvolvimento com resultados efetivos e transparentes.

Serviço:

Projeto Clássicos em Cena apresenta La Follia em Campinas

Entrada Franca

Data: 7 de julho de 2023 (6ªf)

Horário: 20h

Local: Capela Militar Santo Tomás de Aquino, localizada na Av. Papa Pio XII, 350, no Bairro Jardim Chapadão – Campinas/SP.

Patrocínio: Banco Itaú Unibanco.

(Fonte: A2N Comunicação)

Inhotim inaugura Galeria Yayoi Kusama

Brumadinho, por Kleber Patricio

Fachada da Galeria Yayoi Kusama, no Instituto Inhotim. Foto: Ícaro Moreno.

O Instituto Inhotim inaugura, a partir do dia 16 de julho, a sua vigésima galeria permanente, dedicada a Yayoi Kusama (Matsumoto, Japão, 1929), uma das mais renomadas e emblemáticas artistas da atualidade. A Galeria Yayoi Kusama abriga duas de suas obras: “I’m Here, But Nothing” (2000) e “Aftermath of Obliteration of Eternity” (2009), trabalhos pertencentes à Coleção do Instituto Inhotim adquiridos em 2008 e 2009, respectivamente.

“A inauguração da Galeria Yayoi Kusama cumpre uma ambição artística central no Inhotim em relação à obra de uma das artistas mais visionárias de nosso tempo”, diz Allan Schwartzman, cofundador do Inhotim. “Essa ocasião permite-nos oferecer uma presença permanente para três das obras mais emblemáticas da artista, cada uma delas incorporando uma expressão ambiental nitidamente diferente do universo criativo da artista: a transformação ótica de um espaço escuro em um lugar psicológico de sobrecarga sensorial; um espaço infinito contemplativo e um jardim de flutuação suspensa composto por inúmeras esferas metálicas pairando sobre a paisagem natural do Inhotim. A Galeria Yayoi Kusama incorpora os mais altos objetivos do Inhotim de oferecer ambientes únicos para a experiência de obras de arte excepcionais em grande escala para um público amplo e diversificado”.

Yayoi Kusama é reconhecida mundialmente pelo seu trabalho, caracterizado por uma imaginação criativa e cativante com diversidade de suportes e linguagens, sobretudo nas instalações imersivas, que convidam o espectador a adentrar em seu universo, aguçando a sua percepção. Happenings, performances, pinturas, esculturas, instalações, trabalhos literários e filmes fazem parte do acervo criativo da multiartista. A participação coletiva em suas instalações de imersão dá sentido às suas obras, concretizando uma experiência sem limites, sem bordas, com cores, contrastes, luzes e sombras.

I’m Here, But Nothing (2000). Foto: Daniel Mansur.

O projeto arquitetônico da Galeria Yayoi Kusama foi desenvolvido pelos arquitetos Fernando Maculan (MACh) e Maria Paz (Rizoma), com uma área de 1.436,97 m² localizada no Eixo Laranja, próxima à Galeria Cosmococa e ao Jardim Veredas. A proposta da arquitetura da galeria pensa não somente em um espaço protegido para receber as instalações, mas também para o seu público, trabalhando com a ideia da espera e da permanência em um espaço de convívio. “Dada a relevância do trabalho de Yayoi Kusama e a conhecida atratividade de grandes públicos, o projeto da galeria conta com um amplo espaço de espera e preparação”, explicam os arquitetos.

O paisagismo da Galeria Yayoi Kusama traz um caminho sinuoso feito de pedras que desvela a galeria ao público, perante as curvas do caminho, despertando a curiosidade de quem chega. O projeto paisagístico foi realizado por Juliano Borin, curador Botânico do Inhotim, Geraldo Farias, da equipe do Jardim Botânico do Inhotim, com contribuições de Bernardo Paz. O jardim planejado é inspirado em um jardim tropical multicolorido, com um toque de psicodelia, onde foram plantadas mais de 4 mil bromélias e apresenta a linguagem paisagística já consolidada do museu e jardim botânico, mas remete também a ligação de Yayoi Kusama à sua origem japonesa e aos dots que se repetem em sua obra.

Sobre a artista

Os padrões repetitivos marcam a trajetória de Yayoi Kusama desde os seus desenhos feitos na infância, mesmo período em que, devido ao seu quadro de saúde mental, ela começa a apresentar alucinações envolvendo pontos e círculos – polka dots – constantes. O desejo de se tornar artista, paralelamente aos conflitos familiares e à falta de apoio nessa empreitada, fez com que Kusama se mudasse para os Estados Unidos no final da década de 1950. Foi em uma de suas primeiras exposições em Nova York que a artista ficou conhecida por suas pinturas de grande escala, com infinitos pontos monocromáticos sobre a tela. Conforme experimentava uma série de suportes e linguagens, Yayoi Kusama elaborava projetos artísticos cada vez mais audaciosos para o contexto conservador da época, se manifestando politicamente e propondo a libertação do corpo por meio de happenings e performances.

Aftermath of Obliteration of Eternity (2009). Foto: Cortesia de Bellagio Gallery of Fine Art in Las Vegas.

Há, na obra de Kusama, uma ideia geral que conecta o conjunto de seus trabalhos e a acompanha durante toda a sua carreira – o conceito de auto-obliteração [Self-Obliteration], que consiste na abolição da individualidade para se tornar um com o universo, e se encontra no título de uma das obras que estão na nova galeria no Inhotim. É dessa maneira que Kusama nos lembra que somos conectados por algo maior e que fazemos parte de um todo. Essa sensação de auto obliteração se dissolve e acumula; prolifera e separa, ao mesmo tempo em que nos integra ao ambiente, na busca de alcançar o infinito pela repetição das formas.

Em uma performance em 1967, durante a apresentação do filme Self-Obliteration [Auto-Obliteração], Yayoi Kusama usou pela primeira vez tinta e lâmpada fluorescentes para tornar visível sua percepção de mundo que passa pela repetição de elementos como pontos e partes do corpo. Depois de usar pessoas como telas para suas pinturas, a artista passa a transformar a percepção por meio de ambientes imersivos, como em “I’m Here, But Nothing”.

Sobre as obras  

Totalmente Iluminado por luz negra, um ambiente doméstico comum é tomado por inúmeros pontos brilhantes coloridos. Os móveis e os objetos que compõem “I’m Here, But Nothing” (2000) são corriqueiros de uma casa, como sofá, televisão, mesa, cadeiras, porta-retratos, tapetes e mais objetos de decoração. Os pontos em tinta fluorescente são adesivos espalhados pelas paredes, por todos os objetos, no teto e no chão. Com a luz negra (UV-A, ultravioleta), esses pontos coloridos cintilam ao olhar do espectador, transformando o espaço, ativando a percepção e, de certa maneira, preenchendo um vazio. A obra pode ser percebida também como parte do conceito da artista da auto obliteração, no sentido da dissolução da pessoa espectadora no próprio ambiente – que, para algumas pessoas, pode trazer uma sensação de segurança, por estar em contato com objetos e mobílias reconhecíveis, enquanto para outras pode trazer uma sensação mais relacionada à ausência, como sugere o título da obra.

“Aftermath of Obliteration of Eternity” (2009), criada quando Yayoi Kusama já tinha 80 anos, parte dos princípios da filosofia de auto obliteração pensada pela artista, do desejo de negar a sua existência se unindo ao infinito, como parte de um todo. Nesse ambiente imersivo, a proposta é que o espectador seja conduzido a um universo completamente diferente do exterior, um cosmo transcendental. O aspecto da obra nos remete a uma miragem contínua iluminada por lanternas, que vai se esmaecendo à medida que a nossa percepção se afasta da realidade. Na tradição japonesa, esse tipo de iluminação está ligado à espiritualidade, uma conexão com os ancestrais, inspirada na cerimônia tradicional japonesa Tooro nagashi.

“Nas duas obras, com aspectos distintos, Yayoi Kusama parte do conceito da auto obliteração, que a artista investiga em seu trabalho há muitas décadas. A ideia é pensar a dissolução do individualismo, buscando uma comunhão com o universal, borrando os limites do que é obra, espaço, corpo e paisagem”, explica Douglas de Freitas, curador do Inhotim. “Em ‘I’m Here, But Nothing’, um espaço doméstico reconhecível é o ponto de partida para uma alteração na percepção do espaço através da luz e de adesivos de bolinhas com tinta fluorescente. Já em ‘Aftermath of Obliteration of Eternity’, a artista cria um espaço avesso ao reconhecível da outra obra. O jogo de espelhos e luz cria um cosmo, uma imagem de vazio que aos poucos se ilumina e se reflete infinitamente”, finaliza o curador.

Sobre o projeto arquitetônico  

Para a Galeria Yayoi Kusama, foram criados pequenos largos com bancos de madeira, como um convite à permanência daqueles que visitam a galeria ou que estão apenas desfrutando da ambiência e da vista. Se visto por cima, como uma intervenção de cor na paisagem, o projeto conecta dois momentos da vegetação existente – a mata espontânea e o jardim planejado – e parece ocultar um mundo mágico a ser descoberto pelas pessoas que visitam o parque. “Nosso projeto se sintetiza em duas ações sobre esta paisagem já alterada: a criação de uma cobertura leve para sombreamento de toda a área e a inserção de um edifício longilíneo que se estende em todo o limite da praça com a mata, ancorado nos dois taludes laterais”, especificam Fernando Maculan e Maria Paz.

Sobre toda a extensão da praça e da galeria, uma tela metálica flexível dá suporte para o crescimento de uma vegetação de origem asiática – Congea tomentosa – tipo de planta trepadeira de ampla cobertura vegetal com floração densa que costuma ocorrer após o inverno. A Congea atribui a noção de tempo e de transformação contínua ao projeto da Galeria Yayoi Kusama, alternando a coloração de sua inflorescência em tons de branco, rosa, lilás e cinza.

Sobre o projeto paisagístico

No jardim planejado da Galeria Yayoi Kusama, a matiz avermelhada da estrutura de aço corten existente no edifício principal da Galeria Yayoi foi seguida na escolha de bromélias verdes, amarelas e avermelhadas – muitas delas apresentam círculos naturais em suas folhas, referenciando o trabalho da artista. Para destacar o amplo vão sem colunas do espaço da galeria, foram escolhidas plantas de baixo porte. Já o uso do arbusto Conchocarpus macrophyllus, espécie nativa da Mata Atlântica, traz a única verticalidade das plantas para alinhar com o piso e com as chapas metálicas do revestimento da galeria.

“Usamos muitas plantas da família Marantaceae, com suas folhas que parecem pintadas à mão, tornando o jardim mais onírico”, comenta Juliano Borin, curador botânico do Jardim Botânico do Inhotim. As pedras usadas na área do jardim da galeria são pedras do minério de ferro em blocos maciços que, segundo Borin, trazem uma identidade do Inhotim e da própria galeria. Em outra referência ao país de origem da artista, a posição das pedras aponta para o Japão.

De Yayoi Kusama, o Inhotim já exibe a obra “Narcissus Garden Inhotim” (2009), que faz referência ao mito de Narciso, aquele se encanta pela própria imagem refletida na água. “Narcissus Garden Inhotim” reúne 750 esferas de aço inoxidável sobre um espelho d’água no terraço do Centro de Educação e Cultura Burle Marx, prédio desenhado pelos Arquitetos Associados. Nas palavras da artista, a obra se comporta como “um tapete cinético”, dada a ação do vento, que cria diferentes agrupamentos das esferas em meio à vegetação aquática. Esta obra é uma versão da escultura apresentada pela primeira vez na 33ª Bienal de Veneza (1966). Nesta ocasião, Yayoi Kusama, clandestinamente, colocou à venda 1500 esferas distribuídas ao lado do pavilhão Itália com duas placas com os dizeres: “Seu narcisismo à venda” e “ Narcissus Garden, Kusama”.

A Galeria Yayoi Kusama conta com o patrocínio da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Serviço:

Galeria Yayoi Kusama 

Obras presentes na Galeria Yayoi Kusama: “Aftermath of Obliteration of Eternity” (2009), espelho, madeira, plástico, acrílico, LED, alumínio. “I’m Here, But Nothing” (2000), adesivos, lâmpadas fluorescentes ultravioleta, mobília, objetos domésticos, dimensões variáveis.

Data de inauguração: 16 de julho de 2023, domingo.

Localização: Eixo Laranja, G24, Instituto Inhotim.

Clique aqui para saber mais sobre a operação especial de visitação das obras.

Informações gerais 

Horários de visitação: de terça a sexta-feira, das 9h30 às 16h30, e aos sábados, domingos e feriados, das 9h30 às 17h30.

Entrada: R$50,00 inteira (meia-entrada válida para estudantes identificados, maiores de 60 anos e parceiros). Crianças de até cinco anos não pagam entrada.

Localização: O Inhotim está localizado no município de Brumadinho, a 60 km de Belo Horizonte (aproximadamente 1h15 de viagem). Acesso pelo km 500 da BR381 – sentido BH/SP. Também é possível chegar ao Inhotim pela BR-040 (aproximadamente 1h30 de viagem). Acesso pela BR-040 – sentido BH/Rio, na altura da entrada para o Retiro do Chalé.

Opções de transporte regular:

Transfer – a Belvitur, agência oficial de turismo e eventos do Inhotim, oferece transporte aos sábados, domingos e feriados, partindo do hotel Holiday Inn Belo Horizonte Savassi (Rua Professor Moraes, 600, Funcionários, Belo Horizonte). É preciso comparecer 15 minutos antes para o procedimento de embarque e conferência do voucher. Veja mais informações sobre o transfer clicando aqui. Ônibus Saritur – saída da Rodoviária de Belo Horizonte de terça a domingo, às 8h15 e retorno às 16h30 durante a semana e às 17h30 aos fins de semana e feriados. R$51,75 (ida), R$46,05 (volta), R$97,80 (ida e volta).

Inhotim Loja Design | A loja do Inhotim, localizada na entrada do Instituto, oferece itens de decoração, utilitários, livros, brinquedos, peças de cerâmica, vasos, plantas e produtos da culinária típica regional, além da linha institucional do Parque. É possível adquirir os produtos também por meio da loja online.

(Fonte: Instituto Inhotim)

Sinfônica se apresenta na abertura do Festival de Inverno de Indaiatuba

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Sinfônica faz concerto na abertura do Festival de Inverno de Indaiatuba. Foto: Rafael Ré.

A Orquestra Sinfônica de Indaiatuba (OSI) se apresenta, no dia 7 de julho, na abertura do Festival de Inverno – evento promovido pela Prefeitura de Indaiatuba – ao lado da Gâmbia Rock. O Rock Sinfônico acontece a partir das 20h, no palco externo, montado ao lado da concha acústica, no Parque Ecológico. A entrada é gratuita e por ordem de chegada.

Esta não será a primeira vez que OSI e Gâmbia Rock realizam o Rock Sinfônico, mas será a primeira em que estarão no mesmo palco, já que o concerto anterior, realizado há três anos, ainda durante a pandemia da Covid-19, foi em formato online e garantiu mais de 5,5 mil visualizações.

No repertório deste encontro, não faltarão clássicos do rock internacional, como “Best for You”, “You Give Love a Bad Name”, “Beautiful Day”, “Perfect Strangers”, “Don’t Wanna Miss a Thing” e “Wish you were here”, entre outros sucessos, além de músicas autorais da banda, como “O amanhã” e “Nanquim”. Os arranjos são de Emanuel Massaro e a direção artística e regência, do maestro Paulo de Paula. O concerto terá duração de 1h15.

OSI e Gâmbia Rock se apresentam no dia 7 de julho. Foto: divulgação.

A Orquestra Sinfônica de Indaiatuba já figura entre as maiores do Estado de São Paulo e se apresenta sob a regência do maestro Paulo de Paula. Na cidade, tem realizado intenso trabalho de formação de público por meio de concertos comentados, tornando a música clássica acessível a uma grande parte da população.

Gâmbia Rock | Desde sua criação, em 2017, a banda realizou mais de 100 shows em capitais como São Paulo e Rio de Janeiro, além de cidades do interior paulista; entre elas, Campinas e Sorocaba. A banda, que é originária de Indaiatuba, se destaca e traz aos palcos uma energia contagiante, compartilhando com o público experiências por meio da música.

O concerto tem realização da Associação Mantenedora da Orquestra Jovem de Indaiatuba em parceria com a Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Cultura.

Serviço:

Festival de Inverno – Rock Sinfônico

Data: 7 de julho l Horário: 20h

Endereço: Circuito próximo à Concha Acústica – Parque Ecológico

Entrada gratuita.

(Fonte: Armazém da Notícia)

Instituto Argonauta libera Baleia-jubarte presa em cabo de pesca em Ilhabela

Ilhabela, por Kleber Patricio

Cabo estava preso na cauda da Jubarte e foi cortado pela equipe do Instituto Argonauta. Fotos: Instituto Argonauta.

Uma baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae) ficou presa em um apetrecho utilizado em pesca de espinhel e foi desemalhada em Ilhabela, litoral norte de São Paulo, na tarde desta terça-feira (27) pela equipe do Instituto Argonauta.

A ação contou com o apoio da embarcação Pontoporia da Terramare e o acionamento foi feito pelas equipes da embarcação Megafauna e do VIVA Instituto Verde Azul, que avistou a baleia pela manhã e solicitou apoio da Megafauna, que estava na região observando baleias, a bordo com equipes dos Projetos Baleia à Vista e Mantas de Ilhabela, além de fotógrafos.

Segundo informações da equipe de desemalhe do Instituto Argonauta, a baleia que estava emalhada tinha um tamanho aproximado de oito a nove metros. Ela estava arrastando um cabo de nylon com poita (peso para manter o petrecho no fundo), que estava preso a sua cauda, medindo cerca de 80 metros e espessura de 8 a 10mm. Esse é um tipo de apetrecho utilizado em pesca de espinhel – formado pela linha principal, linhas secundárias (alças) e anzóis.

A equipe especializada do Instituto Argonauta, com os biólogos Marcelo Rezende e Vinicius Damasceno, seguindo todo o protocolo exigido para a operação, conseguiu efetuar com sucesso o corte do cabo e a liberação do animal. Durante a ação, outra baleia jubarte menor, que media de 6 a 7 metros, acompanhava a baleia emalhada. A equipe observou que o cabo preso à jubarte estava muito pesado e que ficou surpresa como o cetáceo estava conseguindo nadar com o apetrecho enroscado.

O desemalhe de uma baleia é uma atividade extremamente arriscada, que precisa ser feita seguindo protocolos específicos e regulamentados no Brasil pelo CMA-ICMBIO e por uma equipe técnica capacitada e treinada para evitar ao máximo o risco a vida da equipe de salvamento. A capacitação e o uso de equipamentos corretos e adequados para este tipo de atividade são muito importantes para o sucesso da operação.

O desemalhe de uma baleia segue protocolos específicos e deve ser realizado somente por uma equipe técnica capacitada e treinada.

“Quando as pessoas tentam, nas melhores das intenções, fazer o desemalhe para ajudar o animal, acabam se colocando em risco e comprometendo, na maioria das vezes, a operação. As equipes utilizam equipamentos específicos para minimizar o risco da baleia causar ferimentos às pessoas que estão tentando ajudar. Importante também lembrar que, não se deve, em hipótese alguma, entrar na água para tentar desemalhar o animal”, enfatiza o biólogo do Instituto Argonauta Manuel da Cruz Albaladejo.

Diretora executiva do Instituto Argonauta, a bióloga Carla Beatriz Barbosa explica o motivo desses animais aparecerem na região. “As baleias-jubartes migram da Antártica para a costa sul da Bahia durante o inverno para reprodução e amamentação. Durante seu deslocamento, são avistadas na região do Litoral Norte – um dos caminhos da sua longa trajetória”, comenta.

A baleia-jubarte recentemente foi enquadrada no status segura/pouco preocupante ou, em inglês, Least Concern (LC), de acordo com a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas (em inglês IUCN Red List ou Red Data List). Isso porque, depois que sua caça foi proibida, a população das Jubartes no Oceano Atlântico sul ocidental está em plena recuperação.

No entanto, a espécie sofre com outras ameaças, como a pesca incidental. “É quando esses animais acabam se enroscando em algum apetrecho de pesca que não era destinado a elas. Não é o objetivo dos pescadores que a baleia se emalhe, pois acabam perdendo seus petrechos, mas é um dos grandes desafios de gestão das áreas marinhas. Elas ainda podem ser atropeladas por lanchas, barcos ou navios e tem também as pessoas que não respeitam as normas de avistamento, o que pode causar o molestamento desses animais”, alerta Carla.

O Instituto Argonauta, que atua em todo litoral norte do Estado de São Paulo, tem em seu histórico, conjuntamente com Aquário de Ubatuba e Projeto Tamar, o resgate de uma baleia jubarte no ano de 2000 que encalhou na Praia do Bonete em Ubatuba e que foi reavistada em Abrolhos com comportamento normal de reprodução oito anos depois.

Na ponta do cabo havia uma poita – peso para manter o apetrecho no fundo.

Segundo o oceanógrafo e presidente do Instituto Argonauta Hugo Gallo Neto, “Um dos momentos mais importantes e mais realizadores de todo trabalho de resgate e reabilitação de fauna que já executamos ao longo destes 25 anos em toda a região é justamente quando conseguimos liberar um animal tão especial quanto uma baleia e descobrir que ele vai poder continuar a sua trajetória de vida por mais tempo na natureza. Nestes momentos, eu chego a pensar que, pelo menos um pouco, nós estamos tentando e conseguindo reverter o grande impacto que a atividade humana causa na fauna marinha”.

Sobre o Instituto Argonauta

O @institutoargonauta foi fundado em 1998 pela Diretoria do Aquário de Ubatuba (@aquariodeubatuba.oficial) e reconhecido em 2007 como Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público). O Instituto tem como objetivo a conservação do Meio Ambiente, em especial dos ecossistemas costeiros e marinhos. Para isso, apoia e desenvolve projetos de pesquisa, resgate e reabilitação da fauna marinha, educação ambiental e resíduos sólidos no ambiente marinho, dentre outras atividades.

Seja um Argonauta

Também é possível baixar gratuitamente o aplicativo Argonauta, disponível para os sistemas operacionais iOS (APP Store) e Android (Play Store). No aplicativo, o internauta pode informar ocorrências de animais marinhos debilitados ou mortos em sua região, bem como informar ainda problemas ambientais nas praias, para que a equipe do Argonauta encaminhe a denúncia para os órgãos competentes.

Conheça mais sobre esse trabalho em www.institutoargonauta.org, www.facebook.com/InstitutoArgonauta e Instagram: @institutoargonauta.

(Fonte: Instituto Argonauta)

Abrasel desenvolve campanha para promover visibilidade e reconhecimento aos catadores de recicláveis em todo o Brasil

Campinas, por Kleber Patricio

Campanha da Abrase e Ancat visa valorizar profissionais da reciclagem. Foto: Glênio Campregher.

Coletar o que pode ser reaproveitado ou reciclado e reintegrar esses materiais à cadeia produtiva: o trabalho dos mais de 800 mil catadores que todos os dias cruzam ruas e cidades de norte a sul do Brasil vai muito além da logística reversa dessas embalagens e produtos – o que já não é pouca coisa. “Eles empreendem vida em nossas ruas, cuidam do nosso futuro”. É assim que Paulo Solmucci, presidente-executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), sintetiza a missão dos catadores, que prestam um serviço essencial para toda sociedade.

E é com objetivo de reconhecer e valorizar esse trabalho que a Abrasel, em parceria com a Associação Nacional dos Catadores (Ancat), lançou a campanha “De mãos dadas com os catadores”. “Queremos que eles sejam respeitados, acolhidos, reconhecidos e integrados à cadeia produtiva do nosso setor. São ações simples e acessíveis a qualquer um que queira apoiar nossa iniciativa. É um chamado para toda a sociedade”, convida Solmucci.

“Estamos confiantes de que esta campanha em parceria com a Abrasel promoverá a visibilidade dos catadores e catadoras, especialmente com o setor de bares e restaurantes, e o reconhecimento da prestação de serviços dos principais atores da cadeia da reciclagem, e que fazem a economia circular girar de verdade no Brasil”, destaca o catador e presidente da Ancat Roberto Rocha.

Simples e eficaz

A campanha conta com diferentes fases, cada uma delas destacando a integração e a colaboração entre catadores e o setor de bares e restaurantes. A primeira etapa tem foco em tirar esses trabalhadores da invisibilidade, com o chamado “Quem faz um trabalho de encher os olhos não pode ser invisível”. Na sequência, o objetivo é alertar a todos sobre os pequenos gestos que deveriam ser a tônica do relacionamento com esses trabalhadores. Dar bom dia, perguntar o nome e oferecer um copo d’água são bons exemplos. “Você consumiu, ele passou e a vida se renovou” dá o tom da terceira fase, cujo objetivo é integração desses profissionais a cadeia produtiva.

Para Getúlio Andrade, catador há 28 anos em Belo Horizonte, a campanha é uma oportunidade de reconhecimento ao trabalho realizado por ele e por milhares de catadores. “Muitas vezes somos julgados pelo trabalho que a gente presta, né? Então acho muito importante ser reconhecido por este trabalho. Chegar para recolher um material e a pessoa te oferecer uma água, perguntar se você está precisando de alguma coisa, motiva a gente a cada vez mais a estar imbuído nessa causa. Já vai proporcionando muita gente a entender a importância que é fazermos a reciclagem, até para termos um mundo melhor”, comenta.

Participe

A iniciativa é aberta a qualquer empresa, formador de opinião, organização ou cidadão que queira fortalecer o reconhecimento aos catadores. Para participar, basta entrar no site, baixar as peças gratuitamente e compartilhar nas redes sociais e em outros canais: https://materiais.abrasel.com.br/parceria-circular.

“Queremos, num futuro próximo, promover ganho de eficiência para catadores, para otimizar o tempo das coletas e a qualidade do material recolhido, por exemplo. Entendemos que o primeiro passo para isso é criar uma relação de gentileza, acolhimento e parceria entre esses profissionais e a nossa sociedade”, afirma Paulo Solmucci.

Para mais informações, acesse https://abrasel.com.br/noticias/noticias/abrasel-ancat/.

(Fonte: Assessoria de Imprensa Abrasel Regional Campinas)