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O gibi que abriu cabeças e despertou a ira conservadora

São Paulo, por Kleber Patricio

Capa do gibi. Imagens: divulgação.

Com seu despretensioso livro de estreia, que começou a ser feito numa aula de faculdade para explicar sua identidade de gênero e sua sexualidade para os amigos, Maia Kobabe desencadeou um debate que incendiou os Estados Unidos. “Gênero queer” chega ao Brasil no Mês da Visibilidade LGBTQIA+ para qualificar o debate em torno da teoria de gênero e estimular o acesso de jovens brasileiros a narrativas escritas por pessoas LGBTQIA+.

“Não quero ser menina. Também não quero ser menino. Tudo o que eu quero é ser eu.”

Quando Maia Kobabe nasceu, no fim dos anos 1980, nas imediações de San Francisco, foi identificade como menina. Desencanada e hippie, sua família não parecia se preocupar muito com os códigos de gênero na educação dos filhos. Assim que passou a conviver com outras crianças, Maia notou que nada daquilo que teimava em encaixar seu corpo e personalidade no gênero feminino — roupas, brinquedos, gestos, pronomes — correspondia à sua autoimagem. Por que uma menina não pode nadar sem camiseta?

Na adolescência, Maia percebeu que o seu desejo também não seguia o roteiro-padrão das descobertas sexuais: sentia uma inexplicável atração por colegas andrógines e não conseguia ficar com ninguém. Esse e outros dilemas da adolescência — Maia não sabia por que “precisava” raspar os cabelinhos da perna ou usar maiô, sentia pânico diante da menstruação e das primeiras consultas no ginecologista, descobriu tardiamente seu gosto pela leitura (e logo depois se apaixonou pela literatura queer) — são narrados no livro em tom afetivo e sincero, que nos transporta para perto de Maia.

Maia saiu do armário duas vezes: primeiro, como bissexual, durante o ensino médio. Mais tarde, na faculdade, como assexual (alguém que não sente ou sente pouca atração sexual por outra pessoa, independentemente de gênero), queer e não binárie (que não se identifica com o gênero masculino nem com o feminino). Nesta HQ autobiográfica, Maia narra esse processo de questionamento dos padrões de gênero, transição e afirmação, até adotar o gênero queer — palavra que perdeu seu primeiro sentido, de “não convencional, excêntrico”, para abarcar inúmeras possibilidades.

“Gênero queer” percorre cada etapa dessa jornada ao som de David Bowie e One Direction, com muito Tolkien, Harry Potter e fanfics. Em meio a uma profusão de saborosas referências pop e nerds, acompanhamos a educação sentimental de ume jovem na Califórnia da virada do século, em um ambiente de liberdade nos costumes, efervescência cultural, curiosidade intelectual e profundas dúvidas sobre gênero e sexualidade — muitas delas, exatamente as mesmas que todes temos na adolescência.

“Gênero queer” se filia à linhagem das grandes graphic novels de não ficção de nossa época, como “Maus”, de Art Spiegelman, “Persépolis”, de Marjane Satrapi, e “Fun Home”, de Alison Bechdel — notáveis por sua capacidade de levar o leitor a uma jornada de conhecimento de um novo universo cultural por meio de uma narrativa magnética e vibrante.

Prêmios e boicotes

Desde sua publicação original, em 2020, o gibi de Maia Kobabe abriu cabeças, se tornou best-seller — as diferentes edições já lançadas superam os 100 mil exemplares vendidos — e recebeu prêmios: ganhou o Alex Award, concedido pela ALA, a Associação Norte-Americana de Bibliotecas, e foi finalista do Stonewall Book Award, que premia narrativas LGBTQIA+. Mas “Gênero queer” também despertou a ira dos moralistas: em 2021 e 2022, foi o título mais ameaçado por movimentos de banimento de livros em bibliotecas nos Estados Unidos, segundo levantamento da ALA. O ano passado também registrou um aumento de 40% nos títulos sob ataque — 2.571 livros foram ameaçados, dos quais 40% tinham protagonistas negros e 20% debatiam questões raciais, segundo dados do PEN America, instituto que monitora ameaças à liberdade de expressão. O debate sobre gênero também está no foco dos movimentos de censura, e “Gênero queer” foi um dos alvos.

Em um artigo sobre seu livro, Maia conta que estava em casa em 23 de setembro de 2021 quando começou a receber notificações no celular. Havia sido marcade num vídeo do Instagram. “Parecia ser uma filmagem de uma reunião do conselho municipal e uma mulher discursava com raiva diante de um suporte para ler livros. Não liguei o som. ‘Esses são os doentes que escrevem esses livros horrorosos’, alguém comentou ao marcar o meu perfil”. Um protesto de pais exigia o banimento de livros da biblioteca escolar local.

“Na manhã seguinte, acordei e vi vários e-mails de jornalistas da Associated Press e de agências de notícias de Washington”. O movimento de perseguição a seu livro — que havia sido lançado com tiragem modesta e sem alarde no ano anterior — tinha se alastrado pelo país e ainda não dá sinais de recuar.

Ex-bibliotecárie e professore de quadrinhos para adolescentes, Maia se preocupa com a restrição de acesso de jovens como elu a livros fundamentais para compreenderem a si mesmes. “Não raro”, escreve Maia, “jovens queer não têm opção senão procurar fora de casa e do sistema educacional as informações sobre quem são. Banir ou restringir livros queer em bibliotecas e escolas é como privar jovens queer de coletes salva-vidas, jovens que talvez ainda nem saibam quais palavras devem digitar no Google para descobrir mais sobre o seu próprio corpo, sua identidade e sua saúde”.

Símbolo de resistência

Num movimento de reação a essa onda de censura, “Gênero queer” acabou se tornando um símbolo da resistência de bibliotecáries e ativistas pela liberdade de expressão, que vêm adotando estratégias de guerrilha para garantir a jovens do interior dos Estados Unidos o acesso a narrativas LGBTQIA+. Bibliotecas improvisadas e clubes de leitura relâmpago surgem de um dia para o outro para furar a censura em pequenas localidades que tiveram suas bibliotecas escolares esvaziadas. Nesses espaços de leitura subversivos, “Gênero queer” faz parte do kit de sobrevivência.

O governador da Carolina do Sul, o republicano Henry McMaster, chegou a tachar o livro de “obsceno e pornográfico” e “provavelmente ilegal” — embora as poucas cenas de sexo do livro sejam retratadas sempre em chave afetiva e não tenham nenhum tipo de violência. O presidente Joe Biden chamou os movimentos pró-banimento de livros de “extremistas do Make America Great Again”. A ALA indica o livro para pessoas a partir dos 12 anos.

Sobre os banimentos, Maia afirmou, em ensaio publicado no site da NPR, a National Public Radio, que procura “encarar tudo isso, se não como um elogio, ao menos como uma espécie de confirmação da potência de minha obra”. Elu só reforçou seu compromisso de continuar escrevendo histórias centradas em personagens trans, queer e não binárias. “Tudo bem se alguns locais do país estão obcecados por censurar meu trabalho, mas me recuso a fazer o mesmo”.

Linguagem não binária

A pedido de Maia Kobabe, a tradução brasileira, de Clara Rellstab, dedicou um cuidado especial ao uso da linguagem não binária, isto é, sem o uso automático da flexão masculina — como na palavra “todes”, por exemplo.

A linguagem, afinal, é um dos temas principais do livro. Da insatisfação com o tratamento sistemático no feminino, ainda em sua infância, à descoberta do sistema anglófono de pronomes Spivak, que acabou adotando, Maia explica por que palavras erradas ou descuidadas podem ofender. Ao mesmo tempo, elu reconhece como é difícil mudar, na família, entre amigos e na sociedade, práticas tão enraizadas. A solução que encontra dá o tom geral de “Gênero queer”: corrigir e explicar, com paciência e generosidade, cada escorregão pronominal, para que a linguagem não binária seja de fato compreendida e utilizada no cotidiano por nós todes.

Mas como isso se aplica na tradução de uma história em quadrinhos? Se no inglês o sexismo se manifesta basicamente nos pronomes, nas línguas neolatinas a flexão de gênero recai também sobre artigos, adjetivos e substantivos, o que acrescenta algumas camadas de complexidade. Na falta de um sistema equivalente ao escolhido por Maia, o Spivak (no qual os pronomes he, she, his, him e her são substituídos por e, eim, eir), a revisão técnica da tradução, assinada por be rgb, tradutorie e editorie de livros, adotou em “Gênero queer” o sistema brasileiro elu/delu, o mais corrente na atualidade.

Nesse sistema, palavras que ganhariam a flexão “natural” no masculino recebem uma terminação neutra: “escritor” ou “escritora” viram “escritorie” (plural “escritories”), por exemplo, e os artigos “a” e “o”, que geralmente marcam o gênero, são substituídos por “u” e “e”, dependendo da palavra; por exemplo, no plural “os vizinhos” se tornam “us vizinhes”. A revisão também buscou evitar palavras masculinizantes, como “pais” para traduzir parents (ficou “minha família”).

O uso da flexão de gênero não binária na tradução acompanha o processo de descoberta de Maia, que é tratade como menina até o momento em que, já adulte, ume artiste queer abre seus olhos para um novo universo, simbolizado por seus novos pronomes. Ou seja, ninguém nasce sabendo linguagem não binária, nem mesmo Maia, mas podemos aprender. E, de certa forma, acabamos evoluindo nesse aprendizado junto com elu ao longo da leitura.

O Brasil ainda está iniciando o debate sobre linguagem não binária nas escolas, na imprensa, na vida privada e no debate público. “Gênero queer” é uma leitura fundamental para quem se interessa pelo tema ou deseja entender melhor esse fenômeno linguístico. Vale observar que o portal jornalístico AzMina produziu um Manual para Uso de Linguagem Não Binária para uso de jornalistas: https://azmina.com.br/reportagens/manual-para-comunicacao-neutra/.

A HQ foi parcialmente financiada pelo programa de patronos da Tinta-da-China Brasil.

“Gênero Queer” n’A Feira do Livro 2023

Inspirado num trecho do HQ de Maia, a editora Tinta-da-China Brasil preparou uma ação em sua tenda durante A Feira do Livro 2023, que acontece na Praça Charles Miller, em São Paulo, entre os dias 7 e 11 de junho. No estande, adesivos com os pronomes Spivak serão distribuídos gratuitamente.

Maia Kobabe na POC CON

Maia Kobabe está entre us convidades da POC CON – Feira LGBTQ+ de Quadrinhos e Artes Gráficas, que aconteceu nos dias 9 e 10 de junho no Centro Cultural São Paulo. A participação de Maia foi virtual, em uma conversa gravada previamente com Lino Arruda, autor transmasculino premiado no Prêmio Mix Literário, que vai lançar a HQ “Cisforia” no evento. A conversa, com legenda em português, será transmitida no canal do YouTube da POC CON (youtube.com/c/PocCon) em data a ser confirmada.

Gênero Queer — Memórias

Maia Kobabe

Cores: Phoebe Kobabe

Tradução: Clara Rellstab

Revisão técnica em linguagem não binária: be rgb

Editora Tinta-da-China Brasil

240 páginas | 14 x 21 | R$99,00.

Sobre Maia Kobabe

Nascide em 1989, fez pós-graduação em quadrinhos pelo California College of The Arts. Trabalhou como bibliotecárie por muitos anos e hoje ministra aulas de quadrinhos em escolas e outros espaços educativos. Publicado nos Estados Unidos em 2019, “Gênero queer” tem edições em francês, espanhol, italiano, alemão, japonês, coreano, checo e holandês.

Sobre a Tinta-da-China Brasil

A Tinta-da-China Brasil é uma editora de livros independente, que publica o melhor da literatura clássica e contemporânea, além de livros de história, jornalismo, humor, literatura de viagem, ensaios, fotografia, poesia, a edição em língua portuguesa da mais importante revista literária da era moderna — a britânica Granta — e a mais bonita coleção de Fernando Pessoa em qualquer língua.

Fundada em 2005 em Portugal, a editora aportou no Brasil em 2012 e desde 2022 é controlada pela Associação Quatro Cinco Um, organização sem fins lucrativos dedicada à difusão da cultura do livro.

Tinta-da-China Brasil | Associação Quatro Cinco Um

Largo do Arouche, 161, sl. 2 – República – São Paulo (SP)

tintadachina.com.br

(Fonte: A4&Holofote Comunicação)

Fernanda Figueiredo constrói memória pública dos ataques de 8 de janeiro em exposição na OMA Galeria

São Paulo, por Kleber Patricio

“Marx abatido”, de Fernanda Figueiredo. Imagens: divulgação/OMA.

A OMA Galeria inaugurou no dia 2 de junho “Passado, passado, futuro”, exposição individual de Fernanda Figueiredo com curadoria de Paula Borghi. As oito pinturas inéditas apresentadas foram inspiradas pelos principais acontecimentos políticos do país nos últimos tempos, culminando nos ataques à Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro deste ano.

As obras são parte da série “País do futuro”, iniciada pela artista em 2020, ainda durante o governo Bolsonaro. Partindo de notícias de jornal, televisão e lives no YouTube, Figueiredo coloca as obras de arte, elementos arquitetônicos, artefatos, tapeçarias e outros objetos localizados nos prédios governamentais de Brasília como testemunhas oculares da história que ali é construída.

Nas pinturas mais recentes, a artista se debruça sobre os acontecimentos de 8 de janeiro, quando os edifícios do Supremo Tribunal Federal, do Palácio do Planalto e do Congresso Nacional foram invadidos e depredados. Durante os ataques, diversas obras de arte foram danificadas – como resultado, além de espectadoras, a artista coloca algumas obras também como vítimas: caso de “Programa de proteçāo à testemunha”, que retrata “As Mulatas” de Di Cavalcanti, pintura que recebeu facadas dos invasores.

Detalhe de “Programa de proteção à testemunha”.

Fernanda pretende provocar o pensamento crítico sobre questões políticas e sociais do país. Entre as referências retiradas das obras danificadas pelos invasores estão muitos elementos ligados a religiões de matriz africana, personagens negras e do sexo feminino, promovendo reflexões sobre o racismo, o machismo e o preconceito religioso tão presentes no governo Bolsonaro.

Através da pintura, a artista cria uma memória coletiva da história política do país, mais perene que as notícias de jornal. Segundo Fernanda, “Com a série ‘País do Futuro’, ofereço ao público registros sensíveis dessa história para começar uma conversa, para pensar junto e para não perder a memória”.

Sobre a OMA Galeria | A OMA Galeria foi fundada em 2013 como o primeiro e único espaço privado de artes visuais do ABC, sob os cuidados do galerista Thomaz Pacheco. Em 2022, a galeria inaugurou sua segunda unidade, expandindo suas atividades para o bairro dos Jardins, em São Paulo. Em pouco tempo, a OMA tornou-se referência, destacando-se no circuito das artes visuais por seus projetos culturais promovidos pelo OMA Educação e OMA Cultural. Atualmente, a galeria representa os artistas Andrey Rossi, Fernanda Figueiredo, Fernando Velázquez, Júlio Vieira, Michel Cena7, Mônica Ventura, MOOLA, Nario Barbosa, Paulo Nenflidio e Renan Marcondes.

Serviço: 

Passado, passado, futuro

Local: OMA Galeria

Endereço: Rua Pamplona, 1197, casa 4 – Jardins – São Paulo, SP

Visitação: até 24/6/2023

Horário: terça a sexta-feira das 14h às 19h e sábados das 10h às 15h

Entrada gratuita.

(Fonte: OMA Galeria)

Coala Festival reúne Marina Lima e Fernanda Abreu na nona edição

São Paulo, por Kleber Patricio

Cartaz do show.

Se tem uma coisa que o Coala Festival garante em todas as edições é a tríade “música, letra e dança”. Neste ano, a dose dessa equação vem em dobro: a carioca Marina Lima, que tem a carreira marcada com sucessos como “Fullgás”, é mais uma das atrações confirmadas para o evento e divide o palco com Fernanda Abreu que, por sua vez, celebra mais de 30 anos de baile e fervura de “Rio 40 graus”. Com o anúncio, a programação da nona edição do Coala Festival, marcada para os dias 15, 16 e 17 de setembro, no Memorial da América Latina, em São Paulo, se solidifica como um palco de encontros potentes. Tudo porque estão ainda no line-up BaianaSystem + Olodum (OlodumBaiana) – projeto que une o poder percussivo dos grupos, se apresentando pela primeira vez em São Paulo –, Martinho da Vila e João Donato; Angela Ro Ro e Letrux; Fafá de Belém convida Johnny Hooker, Suraras do Tapajós e Lucas Estrela. O festival ainda apresenta um espetáculo exclusivo de Baby do Brasil, Pepeu Gomes e Paulinho Boca de Cantor no marco de 50 anos dos Novos Baianos. Os ingressos estão disponíveis (acesse aqui) e mais atrações serão anunciadas.

Marina Lima. Foto: divulgação.

É a primeira vez que Marina Lima e Fernanda Abreu sobem ao palco juntas, em um show criado exclusivamente para o Coala Festival com as artistas entregando um diálogo musical profundamente celebrativo. Duas potências femininas da música brasileira e sinônimos de inventividade, ambas são do Rio de Janeiro e traduzem bem suas raízes – enquanto Fernanda é um dos nomes do pop funk soul, Marina abriu caminhos para a conversa entre o rock e a MPB (ainda no começo dos anos 1980).

“Gosto da Fernanda desde o primeiro disco dela; ela tem muito suingue e temos um lado bem parecido, sabe? Vários músicos tocaram comigo e com ela”, conta Marina Lima. “Vai ser o máximo esse show no Coala; são duas virginianas a fim de fazer um negócio lindo para o festival. Estamos pensando em músicas das duas e também de algumas paixões que temos em comum, como Erasmo Carlos, Rita Lee. São coisas que têm frescor e que podem dar uma pegada especial para o show”, explica a cantora.

A parceria artística entre elas, portanto, passa não só pelo funk e pelo suingue em comum, mas pela liberdade discursiva que fizeram as duas alcançarem o posto de ícones da música brasileira. “Para o Coala, pretendo levar na minha participação a mistura do início da música dançante – já que, há 30 anos, a imprensa me batizou como a ‘mãe do pop dançante brasileiro’ – com o funk carioca. Essa é a estética que criei e que desenvolvi nesses anos de carreira. E, claro, estar com Marina vai ser maravilhoso; sou muito fã dela desde o primeiro disco que lançou, a gente é praticamente contemporânea e temos muitas coisas em comum; uma delas é usarmos linguagem eletrônica, de baterias, por exemplo, com música orgânica, com sonoridade brasileira. Por isso, esse encontro tem muito a ver”, completa Fernanda Abreu.

Fernanda Abre. Foto: Murilo Alvesso.

O Coala Festival 2023 tem patrocínio da Natura. A cerveja oficial do evento é Amstel e o apoio é de Jameson e Chilli Beans. Assim como nos outros anos, o evento mantém o compromisso de ter ingressos acessíveis de R$160,00 (meia-entrada | para um dia) a R$490,00 (passe para três dias). Há ainda a opção do mini passe coalático, uma entrada para dois dias de festival combinados, de R$330,00. Confira o line-up já confirmado a seguir:

15 de setembro (sexta-feira)

Fafá de Belém com part. Johnny Hooker

FBC

OlodumBaiana

Péricles

16 de setembro (sábado)

João Donato e Martinho da Vila

Novos Baianos 50 anos

Simone

Suraras do Tapajós com part. Lucas Estrela

17 de setembro (domingo)

Angela Ro Ro e Letrux

Marina Lima e Fernanda Abreu

Coala Festival 2023

Datas: 15, 16 e 17 de setembro de 2023

Local: Memorial da América Latina

Endereço: Av. Mário de Andrade, 664 – Barra Funda, São Paulo (SP)

Ingressos:

Passe Coalático (entrada para os três dias de festival) | R$490,00

Mini Passe Coalático (entrada para dois dias combinados) | R$330,00

Inteira (entrada para um dia) – Lote 1 | R$320,00

Solidária (entrada para um dia) – Lote 1 | R$240,00

Meia-entrada (entrada para um dia) – Lote 1 | R$160,00

Site de venda: Total Acesso.

(Fonte: Trovoa Comunicação)

Com mais de 150 envolvidos, espetáculo “A Ressurreição” é atração nos dias 17 e 18 de junho em Indaiatuba

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Atores gravando as vozes para o espetáculo. Fotos: divulgação.

Com mais de 150 envolvidos, o espetáculo “A Ressurreição” é atração nos dias 17 e 18 de junho, sempre a partir das 19 horas, em palco montado em frente à Prefeitura de Indaiatuba. O espetáculo irá narrar a história de Jesus Cristo de Nazaré, que veio à Terra para nos salvar, mas foi torturado e crucificado pelos mesmos homens aos quais estendia suas as mãos para a cura. A realização é da Prefeitura de Indaiatuba, por meio da Secretaria Municipal de Cultura.

Será da visão de quatro jovens perante assuntos da atualidade que o espetáculo se desenvolverá. Participam da encenação 94 bailarinos e dançarinos alunos das oficinas da Secretaria Municipal de Cultura, além de 50 atores vindos das oficinas e de voluntários que se inscreveram para as audições. Participam ainda os professores Daniela Candello, Danielle Ianes, Dênis Ramos, Daniela Barbosa, Victor Tegério, Raul Leme, Priscila Carotti, Priscila Granja, Thais Lopes, Junior Grotto e Bbeth Forini, que também atua como assistente de direção, junto com Nina Vinagre.

A direção e roteiro são de Rogério Barbatti, em colaboração com o padre Jonas Barbosa da Silva, pároco da Paróquia Nossa Senhora Perpétuo Socorro, de Indaiatuba. Lucas Bueno será Jesus Cristo. As cantoras Nicoly Stefany e Amanda Wolf também integram a equipe do espetáculo.

“Estamos sempre em busca de novidades e este espetáculo surgiu do envolvimento e dedicação de todos os envolvidos”, destaca a secretária municipal de Cultura, Tânia Castanho. “A Cultura preza pelo crescimento por meio da aprendizagem colaborativa e este espetáculo traz este novo formato em um novo local. Esperamos que a população aprecie”.

O diretor explica que a união da dança, canto e teatro transformará a forma com que o público acompanha esta história universal. “Nossa missão é encantar e impactar o público por meio destes talentos que temos hoje nas oficinas da Cultura”, enfatiza Barbatti. “Neste período de ensaios, houve uma troca muito rica entre bailarinos, atores e cantores e pudemos descobrir juntos que sempre temos muito a aprender uns com os outros”.

O formato do espetáculo também promete surpreender o público. “Será um espaço inédito, uma espécie de teatro de arena montado em frente à Prefeitura, que permitirá um espetáculo mais imersivo e contemporâneo”, revela o diretor. “Mas sem se esquecer do principal objetivo, que sempre será tocar a alma do público”.

Serviço:

A Ressurreição

Datas: 17 e 18 de junho

Horário: 19 horas

Local: Alça Nilson Cardoso de Carvalho (em frente à Prefeitura de Indaiatuba)

Endereço: Avenida Engenheiro Fábio Roberto Barnabé, 2.800, Jardim Esplanada

Aberto ao público.

(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)

Secretaria de Cultura abre Edital de Chamamento Público para projetos musicais no 5º Festival de Inverno

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Foto: Eliandro Figueira.

Está aberto o Edital de Chamamento Público para credenciamento de projetos musicais destinados ao 5º Festival de Inverno de Indaiatuba, que acontece nos dias 7, 8, 9, 14, 15 e 16 de julho. As inscrições devem ser realizadas pelo site da Prefeitura de Indaiatuba até o meio-dia do próximo dia 16 de junho. Podem participar projetos solo, duos, trios, quartetos e bandas. O regulamento completo pode ser conferido na edição 2.654 da Imprensa Oficial do Município.

“O Festival de Inverno cresce a cada edição e para que todos os nossos artistas possam se habilitar a participar deste grande evento, abrimos um Edital de Chamamento Público para credenciamento de projetos musicais”, destaca a secretária municipal de Cultura, Tânia Castanho. “É importante conferir o regulamento com atenção e para qualquer dúvida, nossa equipe está à disposição para ajudar na inscrição para o edital”.

Foto: Fábio Alexandre.

Podem se inscrever projetos solos, em que o artista deve ser comprovadamente residente em Indaiatuba, duos, em que um dos integrantes deve ser residente em Indaiatuba, e trios, quartetos e bandas, em que pelo menos 50% dos integrantes devem ser residentes na cidade. Caso o número dessa divisão não seja inteiro, considera-se o número inteiro imediatamente superior ao resultado.

Cada proponente poderá concorrer com um projeto e o formulário de inscrição está disponível no site da Prefeitura de Indaiatuba em www.indaiatuba.sp.gov.br/cultura/concursos/festival-de-inverno/. Além dos documentos necessários para efetivar a participação, os proponentes devem gravar e enviar um vídeo exclusivamente para este Edital.

Avaliação

Serão selecionados até 20 projetos musicais, que serão avaliados por uma comissão indicada pela Secretaria Municipal de Cultura. Os critérios considerados para seleção serão qualidade artística e cultural, impacto cultural para o município, factibilidade, técnica e a originalidade apresentada nos vídeos.

Foto: Eliandro Figueira.

A lista dos projetos habilitados será publicada no site da Prefeitura e na Imprensa Oficial do Município no dia 22 de junho. Os valores dos cachês artísticos serão de R$700 (solo), R$1.400 (duo/dupla), R$2.100 (trio), R$2.800 (quarteto) e R$3.500 (banda).

Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (19) 3875-6144 e 3834-3824 ou pelo e-mail festivaisculturais@indaiatuba.sp.gov.br. A Secretaria Municipal de Cultura está localizada na Rua das Primaveras, 210, no Jardim Pompeia.

(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)