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MAM se expande pelo Parque Ibirapuera com exposição inédita em realidade aumentada

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Luis Felipe Abbud.

Explorar o diálogo entre o virtual e o físico, perceber a realidade ao redor de outra maneira e interagir com as dimensões de uma mesma experiência — esse é o convite que a nova exposição do Museu de Arte Moderna de São Paulo traz ao público. Em cartaz a partir de 22 de julho, “Realidades e Simulacros” apresenta obras inéditas em realidade aumentada no Jardim de Esculturas e em diferentes pontos do Parque Ibirapuera. A iniciativa é realizada pelo MAM e conta com patrocínio da 3M por meio da Lei de Incentivo à Cultura, parceria com a Urbia e apoio da Africa Creative.

Com curadoria de Marcus Bastos, artista e pesquisador na convergência entre audiovisual, arte e novas mídias, e de Cauê Alves, curador-chefe do MAM, a exposição reúne obras do Coletivo Coletores, Daniel Lima, Dudu Tsuda, Eder Santos, Fernando Velazquez, Giselle Beiguelman, Katia Maciel, Lucas Bambozzi, Paola Barreto e Regina Silveira. Cada artista recebeu convite da curadoria para criar experiências digitais, obras virtuais em realidade aumentada que integram o jogo de multiplicidades que é a exposição.

“As obras criadas especialmente para a exposição permitem o contato com diferentes realidades e/ou simulacros e propõem um jogo de tensões que sobrepõe camadas de informação e realidade. Um jogo entre o factual e o fabulatório, entre o visto e o imaginado, entre o concreto e o inventado”, refletem os curadores no texto que acompanha a mostra.

“O MAM é uma instituição conectada às possibilidades oferecidas pelas novas tecnologias e busca, por meio de diferentes ações, democratizar o acesso à arte. A realização da exposição ‘Realidades e Simulacros’ acontece nesse contexto. É mais uma iniciativa do museu para expandir sua atuação para além dos limites físicos e alcançar públicos diversos”, diz Elizabeth Machado, presidente do MAM.

“É uma satisfação realizar essa exposição com o Museu de Arte Moderna e dar ao público a oportunidade de explorar os principais pontos do Parque Ibirapuera, de forma diferenciada e totalmente conectada com a nova realidade tecnológica do mundo, sem perder os encantos da beleza natural e incomparável que o lugar proporciona a quem o frequenta. A Urbia mantém iniciativas de democratização do acesso à arte e essa mostra em parceria com o MAM vem ao encontro dos valores da empresa, que acredita que a cultura e o lazer são componentes essenciais para o desenvolvimento humano”, comenta Samuel Lloyd, diretor Comercial da Urbia.

Obra digital, experiência presencial

No entorno do MAM, no Jardim de Esculturas, um disco voador paira sobre os visitantes. Trata-se de “Rasante” (2023), obra de Regina Silveira. A artista dialoga com o imaginário da ficção científica, muito presente em filmes e histórias em quadrinhos, e cria um disco voador que se coloca em relação à arquitetura de Oscar Niemeyer no Parque Ibirapuera. “A sobreposição entre a realidade e a ficção ecoa a combinação entre o radio teatro e a notícia jornalística. Em 1938, uma transmissão de rádio do diretor de cinema norte-americano Orson Welles causou pânico ao dramatizar ‘A Guerra dos Mundos’, de Herbert George Wells. Entretanto, no século XXI, o trabalho de Regina Silveira tende a gerar mais fascínio do que medo”, comentam os curadores.

Sombras pouco nítidas sugerem um percurso por uma floresta de sons plantada no entorno da Praça da Paz. Em “RevoAR :: a Vida é uma Utopia” (2023), Dudu Tsuda convida o visitante a utilizar fones de ouvido para adentrar uma paisagem sonora que mistura sons da Mata Atlântica originalmente existente na região do Ibirapuera com sons de animais da região, de espíritos da floresta e de entidades fantásticas criadas a partir das cosmovisões dos povos originários brasileiros.

Alinhadas entre o MAM São Paulo, a Oca e o Pavilhão da Bienal de São Paulo, uma escultura digital do Coletivo Coletores reúne corpos que representam três povos: latinos, africanos e resistentes de outras partes do globo. “Monumento à Resistência dos Povos” (2023) apresenta figuras brancas como o mármore em posição de defesa e aborda a ideia de contra monumentos ao problematizar questões sobre a cidade, a memória e a violência cotidiana sofrida pela população.

Em “Rádio Detín” (2023), Paola Barreto leva ao entorno da Oca imagens de um manto branco que carrega sons gravados pela artista em uma viagem ao Benim. A obra é um convite para interagir com as árvores do Ibirapuera pelas lentes de uma experiência visual e sonora que oscila entre o documental e o poético. O percurso permite refletir sobre um espectro amplo de sentidos da ancestralidade. A natureza e as culturas que antecederam o colonialismo são entendidas pela artista como vetores que permitem pensar um tempo que está além da duração da vida humana.

Flutuando no Parque e refletindo seu entorno, entre o MAM e o pavilhão da Bienal de São Paulo, a enorme “Bolha” (2023), de Katia Maciel, apresenta um aspecto lúdico. Em geral, as bolhas duram pouco. Elas estouram quando a elasticidade que surge da junção das moléculas de detergente e água se rompe com a evaporação. Mas na obra “A Bolha”, esse momento é alargado, o instante em que a bolha estoura parece nunca chegar. Para os curadores, “no sentido metafórico, estourar a bolha é também alargar nossos horizontes, é nos relacionarmos com realidades diversas. A artista nos faz pensar que talvez a bolha em que vivemos seja mais resistente do que imaginamos, já que o dentro e o fora da bolha, o simulacro e a realidade, permanecem”.

Lucas Bambozzi explora processos de reconhecimento de padrões por meio de “Incerteza artificial” (2023), obra realizada a partir de inteligência artificial que escaneia a região entre a Ponte Metálica, a Praça da Paz e seu entorno no Ibirapuera, nomeando o que encontra. Mas, para os algoritmos, as coisas nem sempre parecem ser o que são. Neste processo, os equívocos geram instabilidades resultantes dos limites da capacidade que as máquinas têm de identificar seres ou coisas.

Em “Brejo das delícias” (2023), Giselle Beiguelman faz uma incursão na história do Parque Ibirapuera a partir de uma pesquisa das espécies nativas anteriores à sua urbanização. Com base em estudos botânicos da flora paulistana, foram identificadas cerca de 50 espécies que habitavam sua área originalmente alagadiça. Inspiradas em ilustrações botânicas, as criaturas aqui apresentadas foram feitas com inteligência artificial, fundindo as espécies originárias em novos seres vegetais que ganham vida por meio de recursos de realidade aumentada. Dessa forma, abordam também a diversidade das imagens técnicas que povoam nossas noções de natureza e paisagem.

Logo em frente ao Planetário do Ibirapuera, Eder Santos posiciona a pirâmide nomeada “Ouragualamalma” (2023). A pirâmide é uma ligação entre o céu e a terra, uma arquitetura que conecta ambos, é uma imagem ancestral que se refere tanto a uma realidade anterior à colonização, quanto a uma realidade decolonial.

Fernando Velázquez leva ao Lago do Ibirapuera uma criatura feita de elementos orgânicos, vegetais e minerais. Com “Górgona 01” (2023), o artista reflete sobre um modo de viver em um planeta reconfigurado por suas catástrofes. A aparição da criatura no Lago pode surpreender tanto pelo caráter quimérico quanto pelo aspecto de porvir, refletindo sobre os caminhos por onde o antropoceno pode levar à vida.

Em outro ponto do Lago, próximo ao Portão 09 do Ibirapuera, Daniel Lima apresenta uma réplica da embarcação usada por Pedro Álvares Cabral na invasão da América em 1500. Reconstruída pelo governo brasileiro para homenagear os 500 anos de descobrimento do Brasil, por erros no projeto e problemas técnicos, ela naufragou e não participou do evento oficial em Porto Seguro, no ano 2000. Com seu “Monumento à Colonização” (2023), o artista propõe, não sem ironia, um “monumento inverso” que aponta para o modo como esse tipo de celebração revela nossa mentalidade colonizada e incapaz de projetar um futuro emancipado para o país.

A jornada de visitação pode ser realizada de diferentes formas e trajetos. É possível fazer o percurso andando a pé, de bike ou com o Ibira Tour, um passeio feito em carrinhos elétricos com guias da Urbia. Mais informações no site da empresa.

Dentro do Parque haverá, também, sinalizações físicas instaladas em locais próximos às obras para otimizar o percurso do público. Ainda que as obras sejam digitais, a exposição foi desenvolvida para ser vista presencialmente no Parque, com o uso do celular, pelos mais de 55 mil visitantes que transitam diariamente ali.

Nem site, nem aplicativo

O conjunto de obras em realidade aumentada foi instalado em diferentes pontos do Ibirapuera por meio de georreferenciamento – um processo de sistema de referência – e pode ser acessado pelo celular por meio de uma plataforma criada para a exposição.

A plataforma realizada para a mostra não é um site e nem um aplicativo, é um meio que conecta o virtual ao físico. Não é necessário fazer download para acessar, pois ela está integrada ao site do museu e também pode ser acessada pelo celular direto no link MAM.

O projeto expográfico digital foi pensado a partir do conceito do cubo branco e concentra elementos que ajudam na jornada de visitação: a lente, uma espécie de câmera pela qual o visitante pode ver e fotografar as obras; o mapa, que apresenta a localização das obras no Parque e ajuda o visitante a chegar até os pontos; e a ficha catalográfica, que concentra sinopses das obras, informações sobre os artistas e referências utilizadas no processo de pesquisa e criação dos trabalhos.

O desenvolvimento de “Realidades e Simulacros” contou com uma equipe técnica formada por Luís Felipe Abbud, do Estúdio Hiper-Real, responsável pelos modelos 3D e animações das obras; Bruno Favaretto e Renato de Almeida Prado, do Museu.io, que realizaram a programação da exposição, e Celso Longo e Daniel Trench, do cldt design, que assinam a identidade visual.

Sobre a expografia digital, Bruno Favareto e Renato de Almeida Prado explicam: “buscamos assim uma estética minimalista que auxiliasse os visitantes em seu fluxo pelo Parque e no uso da tecnologia em si, mas que ao mesmo tempo permitisse a experiência com a obra de forma isolada ou com o mínimo de informação desejada”.

Para além das paredes do museu

“Realidades e Simulacros” é mais uma iniciativa do Museu de Arte Moderna de São Paulo para expandir suas fronteiras físicas e proporcionar experiências que utilizem linguagens contemporâneas para impactar públicos diversos, traduzindo poéticas artísticas e cultura por meio da tecnologia digital.

A exposição dialoga conceitualmente e dá continuidade aos pensamentos das ações realizadas em 2020 e 2021. No primeiro, o MAM levou obras emblemáticas de seu acervo para as ruas de São Paulo por meio de projeções em grande escala em empenas cegas de edifícios da cidade. A iniciativa surgia como resposta às dinâmicas sociais impostas pela pandemia de Covid-19 e buscava democratizar o acesso à arte. Já em 2021, em parceria com Microsoft e a Africa Creative, o museu lançou um projeto educativo inédito no jogo Minecraft: “MAM no Minecraft”, uma combinação de arte, educação e games com reproduções do espaço do museu e de obras do acervo, jogos pedagógicos, atividades lúdicas e propostas de aulas.

“Realidades e Simulacros” integra a programação comemorativa dos 75 anos do MAM e 30 anos do Jardim de Esculturas. No decorrer do período expositivo, serão anunciadas ativações na exposição realizadas pelo Educativo do museu, como visitas mediadas, oficinas a partir dos temas e obras e outros.

Sobre o MAM São Paulo

Fundado em 1948, o Museu de Arte Moderna de São Paulo é uma sociedade civil de interesse público, sem fins lucrativos. Sua coleção conta com mais de cinco mil obras produzidas pelos mais representativos nomes da arte moderna e contemporânea, principalmente brasileira. Tanto o acervo quanto as exposições privilegiam o experimentalismo, abrindo-se para a pluralidade da produção artística mundial e a diversidade de interesses das sociedades contemporâneas.

O Museu mantém uma ampla grade de atividades que inclui cursos, seminários, palestras, performances, espetáculos musicais, sessões de vídeo e práticas artísticas. O conteúdo das exposições e das atividades é acessível a todos os públicos por meio de visitas mediadas em libras, audiodescrição das obras e videoguias em Libras. O acervo de livros, periódicos, documentos e material audiovisual é formado por 65 mil títulos. O intercâmbio com bibliotecas de museus de vários países mantém o acervo vivo.

Localizado no Parque Ibirapuera, a mais importante área verde de São Paulo, o edifício do MAM foi adaptado por Lina Bo Bardi e conta, além das salas de exposição, com ateliê, biblioteca, auditório, restaurante e uma loja onde os visitantes encontram produtos de design, livros de arte e uma linha de objetos com a marca MAM. Os espaços do Museu se integram visualmente ao Jardim de Esculturas, projetado por Roberto Burle Marx e Haruyoshi Ono para abrigar obras da coleção. Todas as dependências são acessíveis a visitantes com necessidades especiais.

Serviço:

Realidades e Simulacros

Mostra coletiva com Coletivo Coletores, Daniel Lima, Dudu Tsuda, Eder Santos, Fernando Velazquez, Giselle Beiguelman, Katia Maciel, Lucas Bambozzi, Regina Silveira e Paola Barreto.

Curadoria: Cauê Alves e Marcus Bastos

Abertura: 22 de julho, sábado, às 11h

Período expositivo: 23 de julho a 17 de dezembro de 2023

Local: entorno do Jardim de Esculturas, Praça da Paz e região dos Lagos do Ibirapuera

Endereço: Avenida Pedro Álvares Cabral, s/nº – Entrada gratuita pelos portões 1, 3, 9 e 10

Mais informações: MAM

MAM São Paulo

www.instagram.com/mamsaopaulo www.youtube.com/@mamsaopaulo.

(Fonte: A4&Holofote Comunicação)

Instituto Anelo volta ao Arcevia Jazz Feast, na Itália

Arcevia, por Kleber Patricio

Alline Ribeiro e Paula Lins. Fotos: Levi Macedo.

O Instituto Anelo, associação sem fins lucrativos que oferece aulas de música no Distrito do Campo Grande, periferia de Campinas (SP), participa pela sexta vez do Arcevia Jazz Feast, na cidade italiana de Arcevia. O evento ocorre entre 30 de julho e 5 de agosto de 2023, já estando em sua 25ª edição. A dupla que vai embarcar para a Europa e representar o Anelo no festival é formada por Alline Ribeiro, professora de Violino, e Paula Lins, professora de violão. Os custos da viagem aérea estão sendo arcados com a realização da venda de souvenirs e arrecadação de doações. Para o custeio das passagens de avião, a entidade continua recebendo doações. As pessoas interessadas em contribuir podem realizar a doação por meio de transferência bancária ou PIX.

O retorno ao festival, tão esperado, é comemorado por todos os integrantes do Anelo, que já se planejam para fortalecer os laços e receber artistas em breve.  Em 2023, a organização do festival concedeu ao Instituto Anelo duas bolsas de estudo, que incluem o custeio da inscrição para os cursos do festival, hospedagem e alimentação.

Alline Ribeiro.

“Estamos muito felizes e com muita gratidão, por poder retomar este projeto com o Arcevia Jazz Feast, com quem temos parceria desde 2015 e para onde já pudemos mandar cerca de 40 pessoas, com bolsas de estudo oferecidas pelo festival, entre músicos e estudantes, ao longo dos anos. Esta é a primeira vez que estamos enviando um time só de mulheres para o festival e isto é muito representativo. Torço e sei que elas vão aproveitar o máximo possível e nos ajudar a fortalecer esta parceria que é tão importante”, considerou Luccas Soares, fundador e coordenador geral do instituto.

Soares aponta que a parceria, de mão dupla, vai render ainda a recepção de alunos do evento de Arcevia, no Festival Transforma, que será realizado pelo Instituto Anelo em outubro deste ano. “Por aqui vamos receber os estudantes de Arcevia que se destacarem no festival. Estes estudantes virão ao Brasil e terão uma vivência musical Anelo, em outubro. Será mais uma vez, uma experiência muito rica e gratificante”, afirmou.

Expectativas

Alline Ribeiro, professora de violino, aponta que a oportunidade de representar o Instituto Anelo no festival é um grande marco em sua carreira artística. “É a primeira vez que eu vou sair do país e essa oportunidade é algo muito significativo e veio como um combo: sair do país para tocar violino e ainda ter a honra de representar o Instituto Anelo. Eu estou muito feliz e cheia de expectativas. Esta oportunidade ainda me dá a chance de levar a música e cultura brasileira para outro país, fazer trocas culturais e fortalecer a parceria do Anelo com o festival”, apontou Alline.

Paula Lins.

Para Paula Lins, professora de violão, a viagem possibilitará um cenário de muito compartilhamento e conexões. “Esta parceria tem de ser sempre preservada e cultivada, é algo muito potente para todos os envolvidos. Estou com muita expectativa de compartilhar uma parte rica da cultura brasileira, que é o forró. É uma experiência única e me dá a chance também de aprimorar minha experiência em jazz e improvisação”, comemorou Paula.

Alline Ribeiro | Alline Ribeiro, natural de Campinas e integrante do corpo docente do Instituto Anelo, é violinista, tem formação em Música pela Faculdade Nazarena do Brasil e cursa pós-graduação em Gestão Cultural do Senac. Atuou como violinista na Orquestra Jovem de Paulínia, atua como violinista na Orquestra Filarmônica de Valinhos e, no Anelo, além de professora, é também coordenadora musical, assistente de patrimônio e produtora de eventos.

Paula Lins | Natural de São Paulo, SP- Brasil, é professora de violão no Instituto Anelo, estudou Licenciatura em Música na Unicamp e trabalhou como educadora no Projeto Primeira Nota, nas Escolas Maple Bear de Valinhos e Vinhedo. Coordenou o projeto de música e arte para crianças Patuscanto. Atua como cantora, percussionista e violonista em grupos de forró e MPB.

Arcevia Jazz Feast

O festival é um seminário de jazz e improvisação que oferece atividades de aprendizado intenso, integrando alunos e professores de música do mundo inteiro. O Arcevia Jazz Feast é realizado desde 1998, durante o verão europeu, na cidade italiana de Arcevia, a 240 quilômetros da capital, Roma.

A cidade está localizada na região montanhosa de Marche, Província de Ancona. Arcevia tem pouco mais de cinco mil habitantes e é muito conhecida por ainda manter diversos castelos medievais para visitação. Fundada entre o final do século VIII e início do século IX, a cidade preserva suas construções e é rodeada por sítios arqueológicos.

Para doar:

Opção 1 – Via PIX – Código PIX CNPJ: 05.896.161/0001-29

Dados de conferência: Conta vinculada ao Banco do Brasil. Agência 3551-3

Opção 2 – Via depósito bancário em nome do Instituto Anelo, CNPJ 05.896.161/0001-29, no seguinte banco:

Banco do Brasil

Agência 3551-3

Conta corrente 11379-4

Opção 3 – Via PagSeguro: basta acessar o site do Instituto Anelo (anelo.org.br), clicar no ícone DOE, escolher a uma opção de valor e concretizar a doação pela plataforma PagSeguro.

Para outros tipos de doação, é possível entrar em contato com o Instituto Anelo:

– Por telefone (19) 3227-6778

– Por e-mail contato@anelo.org.br

– Ou pessoalmente na sede da entidade (Avenida Vicente de Marchi, 718, Jardim Florence, Campinas/SP).

(Fonte: Yeux Comunicação)

Jardinópolis: ‘Capital da Manga’ mantém tradição de se comer a fruta no pé

Jardinópolis, por Kleber Patricio

Foto: Fábio Gallacci.

A pessoa chega e, com orgulho, se define como “boca-amarela”. Tenha certeza de que ela só pode ter vindo de um lugar: a simpática Jardinópolis. O município de 45 mil habitantes na Região Noroeste do Estado – que está a 331 quilômetros da Capital – é conhecido como a “Capital da Manga”. A Lei Estadual 4.722/1985, aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, oficializou esse título, que segue sendo defendido com empenho por produtores, grupos de preservação da memória local e a população em geral.

A presença do fruto na rotina das pessoas de lá remonta ao início do século passado, época em que a manga respondia de forma importante na economia local. Novas culturas ganharam espaço e relevância – como o abacate, cana-de-açúcar, milho e soja – mas a deliciosa fruta amarelada segue presente no dia a dia e nas raízes de quem vive ali.

Conta a história oral que as primeiras mangas foram trazidas da Bahia pela família do primeiro prefeito de Jardinópolis, Dr. João Muniz Sapucaia, na década de 1890. Os caroços dessas mangas foram plantados em um sítio, um deles vingou e daí começou o cultivo da fruta na cidade. Nessa época, os caroços de manga tinham “preço de ouro” e eram comercializados para posterior plantio. Na cidade, as mangueiras tiveram solo fértil e clima ideal.

Estradas de ferro

Já na década de 1910, com a fama da qualidade se espalhando, as mangas jardinopolenses passaram a ser exportadas para São Paulo e, de lá, para outros centros do Brasil. Tudo pelas estradas de ferro, já que o município era cortado pelas linhas da antiga Companhia Mogiana.

Geralmente, os exportadores arrendavam o pomar de manga de um produtor, a colhiam, embalavam com muito cuidado – em alguns casos, até mesmo em papel seda – e as remetiam para a Capital paulista, o grande centro comercial do produto. A partir de 1940, um empresário local criou uma transportadora específica para levar as mangas de Jardinópolis/SP para São Paulo e Rio de Janeiro. Desta vez, de caminhão. Dali pra frente, o modal rodoviário passou a ser a principal forma para escoar a produção.

Segredo de qualidade

Uma das técnicas da época para garantir a qualidade elevada do produto vindo de Jardinópolis era a colheita e o embalo das frutas com boa parte de seu talo. Eles eram removidos apenas na chegada ao destino, garantindo que as mangas permanecessem frescas durante o trajeto. Com tamanho cuidado e vocação, Jardinópolis despontou, na primeira metade do século passado, como grande produtora e exportadora de mangas do Estado.

Avó de Portinari

Curiosamente, a pessoa considerada a primeira grande exportadora de mangas de Jardinópolis foi a avó materna do pintor Candido Portinari, dona Maria Sandri Torquato, a “nonna de Jardinópolis”. A atividade era tão importante na família que o renomado pintor retratou sua avó no ofício de encaixotar mangas. Uma reprodução do desenho “Nonna Encaixotando Mangas”, de 1956, se encontra no hall de entrada da Câmara Municipal de Jardinópolis atualmente.

Logo depois de Maria Sandri, surgiram outros produtores e exportadores de mangas na cidade. Outro que merece destaque é Crescêncio Avino, que herdou o ofício do pai, cuja safra de mangas de 1933 está retratada na mesma tela de Portinari.

Vale lembrar que a cidade tem em sua história uma bem-vinda diversidade de povos; talvez, o mesmo espírito que possibilitou que as primeiras mangas baianas encontrassem abrigo, espaço e dedicação para se multiplicarem em terras paulistas. Formada originalmente por imigrantes italianos, portugueses, sírio-libaneses, japoneses e espanhóis, chegados ao Brasil entre o final do século 19 e início do século 20, Jardinópolis também recebeu famílias advindas das regiões Norte, Nordeste e outras cidades do Sudeste brasileiro.

Boca amarela

A fama de produzir mangas inigualáveis fez com que os moradores da cidade ficassem conhecidos como “boca-amarela”. Mesmo com o passar do tempo, ainda se usa esse termo quando se deseja indicar algo que seja genuinamente jardinopolense.

E não para por aí. Realizada anualmente a partir de 1973 – até meados da década de 1990 – a Festa Municipal da Manga marcou época e era momento importante no calendário oficial do município.

Ainda no auge da produção, em 1986, foi implantada no plano viário da cidade a Avenida das Mangueiras, com árvores da fruta plantadas em toda a sua extensão. Hoje, a via e o seu prolongamento têm o nome Prefeito Newton Reis. O lugar é frequentado diariamente pela população para a prática de atividades esportivas, como caminhada e ciclismo. Mesmo com seu nome original modificado, alguns hábitos não mudam nunca: em época de produção de mangas, é muito comum ver pessoas colhendo as frutas neste lugar. Como era de se esperar, e celebrar, a avenida se transformou em um grande pomar público.

Hino, brasão e o Manguito

O cultivo da manga é tão marcante em Jardinópolis que a fruta aparece até mesmo no hino da cidade. Sua letra apresenta a cidade como “Capital da Manga, com louvor”. Uma manga também foi inserida no Brasão de Armas do Município, representando a “delícia da fruta tropical, nativa em nossa terra e responsável por grande parte da economia de nosso Município”.

Para as crianças de todas as idades, na década de 1990, foi criado o mascote do município, o “Manguito”, presente em eventos realizados pela Prefeitura. Esta foi mais uma forma de valorizar o fruto que alimentou a economia e as tradições da acolhedora população de Jardinópolis por tantas décadas. Saiba mais sobre Jardinópolis pelo https://www.youtube.com/@descobrindojardinopolis.

(Fonte: Alesp)

Inhotim inaugura Galeria Yayoi Kusama

Brumadinho, por Kleber Patricio

Fachada da Galeria Yayoi Kusama, no Instituto Inhotim. Foto: William Gomes.

O Instituto Inhotim inaugurou no dia 16 de julho a sua vigésima galeria permanente, dedicada a Yayoi Kusama (Matsumoto, Japão, 1929), uma das mais renomadas e emblemáticas artistas da atualidade. A Galeria Yayoi Kusama abriga duas de suas obras: “I’m Here, But Nothing” (2000) e “Aftermath of Obliteration of Eternity” (2009), trabalhos pertencentes à Coleção do Instituto Inhotim adquiridos em 2008 e 2009, respectivamente.

“A inauguração da Galeria Yayoi Kusama cumpre uma ambição artística central no Inhotim em relação à obra de uma das artistas mais visionárias de nosso tempo”, diz Allan Schwartzman, cofundador do Inhotim. “Essa ocasião permite-nos oferecer uma presença permanente para três das obras mais emblemáticas da artista, cada uma delas incorporando uma expressão ambiental nitidamente diferente do universo criativo da artista: a transformação ótica de um espaço escuro em um lugar psicológico de sobrecarga sensorial; um espaço infinito contemplativo e um jardim de flutuação suspensa composto por inúmeras esferas metálicas pairando sobre a paisagem natural do Inhotim. A Galeria Yayoi Kusama incorpora os mais altos objetivos do Inhotim de oferecer ambientes únicos para a experiência de obras de arte excepcionais em grande escala para um público amplo e diversificado”.

Yayoi Kusama é reconhecida mundialmente pelo seu trabalho caracterizado por uma imaginação criativa e cativante, com diversidade de suportes e linguagens, sobretudo nas instalações imersivas, que convidam o espectador a adentrar em seu universo, aguçando a sua percepção. Happenings, performances, pinturas, esculturas, instalações, trabalhos literários e filme fazem parte do acervo criativo da artista. A participação coletiva em suas instalações de imersão dá sentido às suas obras, concretizando uma experiência sem limites, sem bordas, com cores, contrastes, luzes e sombras.

“I’m Here, But Nothing” (2000). Foto: Daniel Mansur.

O projeto arquitetônico da Galeria Yayoi Kusama foi desenvolvido pelos arquitetos Fernando Maculan (MACh) e Maria Paz (Rizoma), com uma área de 1.436,97 m² localizada no Eixo Laranja, próxima à Galeria Cosmococa e ao Jardim Veredas. A proposta da arquitetura da galeria pensa não somente em um espaço protegido para receber as instalações, mas também para o seu público, trabalhando com a ideia da espera e da permanência em um espaço de convívio. “Dada a relevância do trabalho de Yayoi Kusama e a conhecida atratividade de grandes públicos, o projeto da galeria conta com um amplo espaço de espera e preparação”, explicam os arquitetos.

O paisagismo da Galeria Yayoi Kusama traz um caminho sinuoso feito de pedras que desvela a galeria ao público, perante as curvas do caminho, despertando a curiosidade de quem chega. O projeto paisagístico foi realizado por Juliano Borin, curador Botânico do Inhotim, Geraldo Farias, da equipe do Jardim Botânico do Inhotim, com contribuições de Bernardo Paz. O jardim planejado é inspirado em um jardim tropical multicolorido, com um toque de psicodelia, onde foram plantadas mais de quatro mil bromélias e apresenta a linguagem paisagística já consolidada do museu e jardim botânico.

Sobre a artista

Os padrões repetitivos marcam a trajetória artística de Yayoi Kusama desde os seus desenhos feitos na infância, mesmo período em que, devido ao seu quadro de saúde mental, ela começa a apresentar alucinações envolvendo pontos e círculos – polka dots – constantes. O desejo de se tornar artista, paralelamente aos conflitos familiares e à falta de apoio nessa empreitada, fez com que Kusama se mudasse para os Estados Unidos no final da década de 1950. Foi em uma de suas primeiras exposições em Nova York que a artista ficou conhecida por suas pinturas de grande escala com infinitos pontos monocromáticos sobre a tela. Conforme experimentava uma série de suportes e linguagens, Yayoi Kusama elaborava projetos artísticos cada vez mais audaciosos para o contexto conservador da época, se manifestando politicamente e propondo a libertação do corpo por meio de happenings e performances.

“Aftermath of Obliteration of Eternity” (2009). Foto: Daniel Mansur.

Há, na obra de Kusama, uma ideia geral que conecta o conjunto de seus trabalhos e a acompanha durante toda a sua carreira – o conceito de auto-obliteração [Self-Obliteration], que consiste na abolição da individualidade para se tornar um com o universo e se encontra no título de uma das obras que estão na nova galeria no Inhotim. É dessa maneira que Kusama nos lembra de que somos conectados por algo maior e que fazemos parte de um todo. Essa sensação de auto obliteração se dissolve e acumula, prolifera e separa, ao mesmo tempo em que nos integra ao ambiente na busca de alcançar o infinito pela repetição das formas.

Em uma performance em 1967 durante a apresentação do filme Kusama’s Self-Obliteration , Yayoi Kusama usou tinta e lâmpada fluorescentes para tornar visível sua percepção de mundo que passa pela repetição de elementos como pontos e partes do corpo. Depois de usar pessoas como telas para suas pinturas, a artista passa a transformar a percepção por meio de ambientes imersivos, como em “I’m Here, But Nothing”.

Sobre as obras

Totalmente Iluminado por luz negra, um ambiente doméstico comum é tomado por inúmeros pontos brilhantes coloridos. Os móveis e os objetos que compõem “I’m Here, But Nothing” (2000) são corriqueiros de uma casa, como sofá, televisão, mesa, cadeiras, porta-retratos, tapetes e mais objetos de decoração. Os pontos em tinta fluorescente são adesivos espalhados pelas paredes, por todos os objetos, no teto e no chão. Com a luz negra (UV-A, ultravioleta), esses pontos coloridos cintilam ao olhar do espectador, transformando o espaço, ativando a percepção e, de certa maneira, preenchendo um vazio. A obra pode ser percebida também como parte do conceito da artista da auto obliteração, no sentido da dissolução da pessoa espectadora no próprio ambiente – que, para algumas pessoas, pode trazer uma sensação de segurança, por estar em contato com objetos e mobílias reconhecíveis, enquanto para outras pode trazer uma sensação mais relacionada à ausência, como sugere o título da obra.

“Aftermath of Obliteration of Eternity” (2009) parte dos princípios da filosofia de auto obliteração pensada pela artista, do desejo de negar a sua existência se unindo ao infinito, como parte de um todo. Nesse ambiente imersivo, a proposta é que o espectador seja conduzido a um universo completamente diferente do exterior, um cosmo transcendental. O aspecto da obra nos remete a uma miragem contínua iluminada por lanternas, que vai se esmaecendo à medida que a nossa percepção se afasta da realidade. Na tradição japonesa, esse tipo de iluminação está ligado à espiritualidade, uma conexão com os ancestrais.

“Nas duas obras, com aspectos distintos, Yayoi Kusama parte do conceito da auto obliteração, que a artista investiga em seu trabalho há muitas décadas. A ideia é pensar a dissolução do individualismo buscando uma comunhão com o universal, borrando os limites do que é obra, espaço, corpo e paisagem”, explica Douglas de Freitas, curador do Inhotim. “Em ‘I’m Here, But Nothing’, um espaço doméstico reconhecível é o ponto de partida para uma alteração na percepção do espaço através da luz e de adesivos de bolinhas com tinta fluorescente. Já em ‘Aftermath of Obliteration of Eternity’, a artista cria um espaço avesso ao reconhecível da outra obra. O jogo de espelhos e luz cria um cosmo, uma imagem de vazio que aos poucos se ilumina e se reflete infinitamente”, finaliza o curador.

Sobre o projeto arquitetônico

Para a Galeria Yayoi Kusama, foram criados pequenos largos com bancos de madeira, como um convite à permanência daqueles que visitam a galeria ou que estão apenas desfrutando da ambiência e da vista. Se visto por cima, como uma intervenção de cor na paisagem, o projeto conecta dois momentos da vegetação existente – a mata espontânea e o jardim planejado – e parece ocultar um mundo mágico a ser descoberto pelas pessoas que visitam o parque. “Nosso projeto se sintetiza em duas ações sobre esta paisagem já alterada: a criação de uma cobertura leve para sombreamento de toda a área e a inserção de um edifício longilíneo que se estende em todo o limite da praça com a mata, ancorado nos dois taludes laterais”, especificam Fernando Maculan e Maria Paz.

Sobre toda a extensão da praça e da galeria, uma tela metálica flexível dá suporte para o crescimento de uma vegetação de origem asiática – Congea tomentosa – tipo de planta trepadeira de ampla cobertura vegetal com floração densa que costuma ocorrer após o inverno. A Congea atribui a noção de tempo e de transformação contínua ao projeto da Galeria Yayoi Kusama, alternando a coloração de sua inflorescência em tons de branco, rosa, lilás e cinza.

Sobre o projeto paisagístico

Foto: Daniel Mansur.

No jardim planejado da Galeria Yayoi Kusama, a matiz avermelhada da estrutura de aço corten existente no edifício principal foi seguida na escolha de bromélias verdes, amarelas e avermelhadas – muitas delas apresentam círculos naturais em suas folhas, referenciando o trabalho da artista. Para destacar o amplo vão sem colunas do espaço da galeria, foram escolhidas plantas de baixo porte. Já o uso do arbusto Conchocarpus macrophyllus, espécie nativa da Mata Atlântica, traz a única verticalidade das plantas para alinhar com o piso e com as chapas metálicas do revestimento da galeria.

“Usamos muitas plantas da família Marantaceae, com suas folhas que parecem pintadas a mão, tornando o jardim mais onírico”, comenta Juliano Borin, curador botânico do Jardim Botânico do Inhotim. As pedras usadas na área do jardim da galeria são pedras do minério de ferro em blocos maciços que, segundo Borin, trazem uma identidade do Inhotim e da própria galeria.

De Yayoi Kusama, o Inhotim já exibe a obra “Narcissus Garden” (1966/2009), que faz referência ao mito de Narciso, aquele se encanta pela própria imagem refletida na água. “Narcissus Garden” (1966/2009) reúne 750 esferas de aço inoxidável sobre um espelho d’água, no terraço do Centro de Educação e Cultura Burle Marx, prédio desenhado pelos Arquitetos Associados. A obra se comporta como “um tapete cinético” dada a ação do vento, que cria diferentes agrupamentos das esferas em meio à vegetação aquática. Instalada no Inhotim em 2009, esta é uma versão da escultura apresentada pela primeira vez na 33ª Bienal de Veneza (1966). Na ocasião, Yayoi Kusama, clandestinamente, colocou à venda 1500 esferas distribuídas ao lado do pavilhão Itália com duas placas com os dizeres: “Seu narcisismo à venda” e “Narcissus Garden, Kusama”.

A Galeria Yayoi Kusama conta com o patrocínio da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Serviço:

Galeria Yayoi Kusama 

Obras presentes na Galeria Yayoi Kusama: “Aftermath of Obliteration of Eternity” (2009), espelho, madeira, plástico, acrílico, LED, alumínio. “I’m Here, But Nothing” (2000), adesivos, lâmpadas fluorescentes ultravioletas, mobília, objetos domésticos, dimensões variáveis.

Localização: Eixo Laranja, G24, Instituto Inhotim

Operação especial para visitação das obras.

Informações gerais 

Horários de visitação: de terça a sexta-feira, das 9h30 às 16h30, e aos sábados, domingos e feriados, das 9h30 às 17h30

Entrada: R$50,00 inteira (meia-entrada válida para estudantes identificados, maiores de 60 anos e parceiros). Crianças de até cinco anos não pagam entrada.

Localização: O Inhotim está localizado no município de Brumadinho, a 60 km de Belo Horizonte (aproximadamente 1h15 de viagem). Acesso pelo km 500 da BR381 – sentido BH/SP. Também é possível chegar ao Inhotim pela BR-040 (aproximadamente 1h30 de viagem). Acesso pela BR-040 – sentido BH/Rio, na altura da entrada para o Retiro do Chalé.

Opções de transporte regular

Transfer – a Belvitur, agência oficial de turismo e eventos do Inhotim, oferece transporte aos sábados, domingos e feriados, partindo do hotel Holiday Inn Belo Horizonte Savassi (Rua Professor Moraes, 600, Funcionários, Belo Horizonte). É preciso comparecer 15 minutos antes para o procedimento de embarque e conferência do voucher. Veja mais informações sobre o transfer clicando aqui. Ônibus Saritur – saída da Rodoviária de Belo Horizonte de terça a domingo, às 8h15 e retorno às 16h30 durante a semana e às 17h30 aos fins de semana e feriados. R$51,75 (ida), R$46,05 (volta), R$97,80 (ida e volta).

Inhotim Loja Design | A loja do Inhotim, localizada na entrada do Instituto, oferece itens de decoração, utilitários, livros, brinquedos, peças de cerâmica, vasos, plantas e produtos da culinária típica regional, além da linha institucional do Parque. É possível adquirir os produtos também por meio da loja online.

(Fonte: Inhotim)

Museu Republicano oferece palestra sobre história, política e cultura argentina

Itu, por Kleber Patricio

Foto: Rafael Leão/Unsplash.

O Museu Republicano de Itu oferece no dia 22 de julho, no auditório do seu Centro de Estudos (Rua Barão do Itaim, 140, Centro), a palestra “Editores, editoriales y cultura de izquierdas en la Argentina, 1930–1960”, que será ministrada pela Profa. Dra. Adriana Petra, da Universidad Nacional de San Martín, de Buenos Aires.

Historiadora e pesquisadora, ela se dedica à história intelectual, história das esquerdas e das culturas políticas. Atualmente é investigadora independente do Conselho Nacional de Investigações Científicas e Técnicas (Conicet) da Argentina, com sede no Laboratório de Investigações em Ciências Humanas (LICH).

Após a palestra, que será ministrada em espanhol, os participantes ainda terão a oportunidade de realizar uma visita técnica à Biblioteca Edgard Carone, mediada pelo bibliotecário José Renato Galvão, e uma visita guiada ao Museu Republicano, promovida pelo Serviço Educativo da instituição.

Gratuita, a palestra terá início às 10h e não é necessária inscrição prévia. Ao final, haverá emissão de certificado com carga horária para os participantes. Aos interessados, para mais informações a respeito, entrar em contato com o Museu Republicano por e-mail (biblmrci@usp.br) ou por telefone (11 4023-2525 menu 4).

História do Museu Republicano

O Museu Republicano “Convenção de Itu” foi inaugurado pelo então presidente do Estado de São Paulo, Washington Luis Pereira de Sousa, a 18 de abril de 1923 e, desde então, subordinou-se administrativamente ao Museu Paulista que, em 1934, tornou-se Instituto complementar da recém-criada Universidade de São Paulo e a ela se integrou em 1963.

É uma instituição científica, cultural e educacional, especializada no campo da História e da Cultura Material da sociedade brasileira, com ênfase no período entre a segunda metade do século XIX e a primeira metade do século XX, tendo como núcleo central de estudos o período de configuração do regime republicano no Brasil.

Encontra-se instalado em sobrado histórico em Itu, erguido nas décadas iniciais do século XIX, e que se tornou residência da família Almeida Prado. Foi nesse local que se realizou, em 18 de abril de 1873, uma reunião de políticos e proprietários de fazendas de café para discutir as circunstâncias do país e que, posteriormente, se transformou na famosa Convenção Republicana de Itu, marco originário da campanha republicana e da fundação do Partido Republicano Paulista.

(Fonte: Ex-Libris Comunicação Integrada)