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Seis em cada dez brasileiros não praticam atividade física no tempo livre, aponta pesquisa

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: arek adeoye/Unsplash.

Seis entre dez brasileiros adultos não seguem as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) de 150 minutos semanais de prática de atividades físicas no tempo livre. Entre os idosos, a partir de 65 anos, essa taxa aumenta para sete em cada dez. O levantamento, feito por pesquisadores do Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com instituições dos Estados Unidos e Noruega, está publicado na edição de sexta (11) da revista “Epidemiologia e Serviços de Saúde”.

O artigo apontou que cerca de 60% das pessoas são inativas fisicamente, ou seja, não praticam nenhuma atividade física. Entre os idosos com 65 anos ou mais, quase 4% pratica alguma atividade de fortalecimento muscular. Cerca de um quarto (26%) dos adultos é fisicamente ativo e o restante (14%) é insuficientemente ativo. A análise usou dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019, feita pelo Ministério da Saúde com uma amostra de 88.513 participantes. Esse levantamento utiliza a mesma metodologia do Censo Demográfico, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, ou seja, é representativa da população brasileira.

Com base nos dados da PNS, os cientistas avaliaram a porcentagem de brasileiros que segue as recomendações da OMS de praticar atividades físicas aeróbicas, como caminhada, corrida ou andar de bicicleta, e de fortalecimento muscular, como musculação, Pilates ou yoga. Segundo a organização, 150 minutos semanais destas práticas podem contribuir para a redução da mortalidade por doenças metabólicas, cardiovasculares e alguns tipos de câncer (como mama, endométrio e próstata), além de contribuir também para o controle de peso, redução da ansiedade e outros problemas de saúde mental.

Além de não praticar as atividades recomendadas no tempo livre, um terço da população tem uma rotina sedentária: passa seis horas ou mais por dia sentada usando celulares, tablets, computadores ou na frente da televisão. “Ficar muito tempo parado traz muitos prejuízos para a saúde”, avalia Arão Oliveira, epidemiologista e aluno de pós-doutorado no Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica do Hospital Universitário da USP, primeiro autor do artigo. “Existem dados robustos sobre benefícios para a saúde como a prevenção de doenças crônicas e redução de mortalidade precoce para quem cumpre as recomendações de atividades físicas da OMS”, aponta o pesquisador.

Oliveira ressalta que, por causa da pandemia, a prática de atividade física tenha caído ainda mais na população brasileira. “É uma observação com base em algumas pesquisas online, sem amostras representativas da população, mas que mostraram que as pessoas fizeram ainda menos atividade física, o que pode impactar até mesmo na mortalidade de maneira geral, não só relacionada à Covid-19, mas também por doenças crônicas”, diz o epidemiologista.

Mesmo quando a pessoa tem um trabalho fisicamente ativo, é importante se exercitar no tempo livre. “A modalidade de atividade física que tem mais evidências de benefícios para a saúde é aquela praticada no tempo livre”, diz. Na análise, Oliveira e seus colegas observaram que mulheres são ainda mais inativas do que homens. Entre a população feminina, 63% é fisicamente inativa, enquanto na população masculina, 56% não se exercita. “Isso acontece, possivelmente, por questões socioculturais relacionadas ao trabalho, afazeres domésticos e à maternidade”, pontua.

No artigo, os pesquisadores apontam que é preciso investir em ações e programas de educação na atenção primária de saúde, promovendo e prescrevendo atividades físicas nas comunidades, cidades e municípios. “Esses programas precisam ser subsidiados”, diz Oliveira. Em um estudo multicêntrico, publicado por pesquisadores de instituições do Brasil e Estados Unidos, em 2014, apenas 40% de todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do país apresentavam programas de promoção de atividades físicas.

(Fonte: Agência Bori – pesquisa indexada no Scielo)

Encontro de Regência do Conservatório de Tatuí promete aprimorar habilidades dos maestros musicais

Tatuí, por Kleber Patricio

Foto: divulgação.

O Conservatório de Tatuí abre as inscrições gratuitas para o 2º Encontro de Regência, que promete aprimorar as habilidades e conhecimentos dos participantes na arte de reger um conjunto musical. Com inscrições abertas até o dia 10 de agosto, o evento é destinado a estudantes do curso de Iniciação à Regência da própria instituição e ao público externo interessado(a) no tema. Os(as) interessados(as) podem inscrever-se de forma on-line.

O curso, ministrado pelo maestro e flautista Homero de Magalhães Filho, será realizado em duas partes e abordará tanto as técnicas gestuais do regente quanto as estratégias de ensaios para a preparação e condução de performances musicais. Na primeira parte, os(as) participantes serão apresentados a um verdadeiro “dicionário” de comunicação não verbal à disposição dos regentes, incluindo batidas dos diferentes compassos, partidas, finais, fermatas, fraseados, dinâmicas e staccato/legato, entre outros aspectos fundamentais para a expressão musical. A segunda parte do encontro será dedicada às técnicas e estratégias de ensaios, abordando a preparação de partituras e a realização de exercícios com o conjunto musical, bem como a análise e crítica do trabalho realizado.

O evento também visa ser uma excelente oportunidade para aqueles que têm interesse em ingressar no mundo da regência de orquestra e conjuntos instrumentais. Dessa forma, além dos estudantes do curso de Iniciação à Regência, o encontro é aberto a regentes de coro, monitores vocais, cantores e professores de canto interessados pela regência coral, pianistas, cravistas, organistas, professores de música (solfejo, teoria musical) e professores de instrumento interessados em aprofundar seus conhecimentos na regência coral.

As vagas são limitadas e a seleção dos participantes será feita por ordem de inscrição. Os interessados em participar do 2º Encontro de Regência devem realizar suas inscrições até o dia 10 de agosto. Aqueles que se inscreverem receberão um e-mail de confirmação sobre a aceitação da inscrição no dia 14 de agosto.

Sediado no Conservatório de Tatuí, o encontro proporcionará um ambiente enriquecedor para o aprendizado e troca de experiências entre regentes e futuros regentes. Para mais informações, os interessados podem acessar o site oficial do Conservatório de Tatuí.

Serviço:

2º Encontro de Regentes

Prazo de inscrição: até 10 de agosto

Inscrições (gratuitas)

Mais informações ou dúvidas: (15) 3205-8443/(15) 3205-8447/(15) 3205-8448/WhatsApp: (15) 99815-1665.

(Fonte: Máquina Cohn&Wolfe)

Exposição celebra trajetória da designer artista Etel Carmona em diálogo com David Almeida e Alberto da Veiga Guignard

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Ruy Teixeira.

Para celebrar os 30 anos de carreira da designer, artista e fundadora da ETEL Etel Carmona, a exposição ‘Paisagem Interior’ surge como uma produção artística onde a memória se torna visível por meio da materialidade poética. A mostra propõe a aproximação entre Etel Carmona, David Almeida e Alberto da Veiga Guignard, com curadoria de Ana Carolina Ralston e projeto expositivo assinado pelo escritório entre terras. Do dia 27 de junho a 16 de setembro, as histórias dos três artistas se entrelaçam na Casa Zalszupin – sob gestão conjunta da ETEL e Almeida & Dale Galeria de Arte, imbuídas pela potência arquitetônica de seu espaço. Por lá, destrincham-se as paisagens vividas e vistas por eles por meio de pinturas, esculturas e mobiliários que reconstroem a brasilidade latente do interior do país.

Em um processo de retomada ao início e às origens, a exposição celebra a inspiração de Etel Carmona, que nasce no campo e desenvolve-se por meio dele. A natureza que habita seu mundo interior ganha espaço e interpretações a partir de suas mãos. Artista autodidata nascida no interior de Minas Gerais, Etel encontrou na madeira sua matéria-prima primordial, trabalha em sintonia com o manejo sustentável e atrelada aos ensinamentos provenientes dos povos originários.

Segundo a curadora Ana Carolina Ralston, a iconografia do Brasil profundo perpassa o trabalho de Etel, das floradas de maria-sem-vergonha ao carro de boi, sempre sobreposta às oníricas paisagens, cenas estas captadas com louvor por Guignard e também por David Almeida nas mesmas regiões – ambos falam do Bucólico, do interior e da memória, dialogando com a região onde Etel nasceu. Guignard apresenta obras pouco vistas; algumas delas consideradas até mesmo exclusivas, de médio e grande porte, fugindo um pouco do comum. Já David produziu obras inéditas especialmente para a exposição. Em uma das sincronicidades que selaram o encontro entre Etel e David, descobriu-se uma conexão com a cidade de Pindamonhangaba, local em que David pintou grande parte de suas obras – o mesmo onde a mãe de Etel morou durante toda sua vida. Seu trabalho foi todo realizado na região da Mantiqueira, com a principal fonte de inspiração na Etel.

Amigo de longa data de Etel Carmona, Zalszupin compartilhava com ela o amor pelo ofício e principalmente pela natureza e pelo cuidado do impacto ambiental. As peças da amiga e seus processos encontrassem organicamente um espaço certeiro em ambientes da casa na qual por tantas décadas viveu Zalszupin e sua família. É a transmissão de tal legado que transforma vivência em experiência. E é dessa forma que tal experiência se aprimora e fortifica usando da união desses tentáculos vernaculares de criação.

Serviço:

Casa Zalszupin

De terça a sexta, das 10h às 18h, e aos sábados das 14h às 16h

Fechados domingo e segunda-feira

Ingressos: gratuitos mediante agendamento prévio no site

Sem estacionamento

Contato: eventos@casazalszupin.com

Jardim Europa – SP

Sobre Etel Carmona

Designer autodidata, começou sua trajetória profissional na década de 1980 restaurando peças de época em seu sítio no interior de São Paulo. Descobria, por trás da pintura e do verniz, madeiras maravilhosas e peças com uma construção ímpar. Apaixonou-se. Desde então adotou como filosofia a madeira brasileira como joia, que merece ser valorizada e preservada. A designer resgatou as técnicas clássicas da marcenaria tradicional para assim deixar à vista a beleza dos encaixes, dos malhetes. Para a designer, a fabricação de peças sólidas, de construção rigorosa, desperta nas pessoas um sentimento de memória, às raízes do autêntico mobiliário brasileiro e garantem a formação de uma dialética com desenho de nosso tempo.

 

Em 1988 fundou a ETEL, empresa destinada à fabricação de mobiliário assinado por renomados designers e artistas, sendo a única empresa brasileira a trabalhar a reedição de mobiliário modernista brasileiro, contribuindo para a preservação e valorização deste legado.

Desde 1999, Etel está envolvida em projetos sustentáveis com madeira de manejo florestal na região amazônica e também com a capacitação profissional dos povos da floresta. Em 2001 a ETEL foi uma das primeiras empresas moveleiras do Brasil a conquistar a certificação do FSC – Forest Stewardship Council. Em 2002 fundou a AVER Amazônia, instalada na cidade de Xapuri, no estado do Acre, onde confecciona acessórios.

Sobre ETEL

Com seu trabalho pioneiro de reedições, a ETEL dá nova luz a desenhos primorosos da produção moderna no Brasil, descoberta tardiamente e hoje considerada uma das mais relevantes do período no mundo. Uma produção caracterizada pelo fazer artesanal e uso de matérias-primas preciosas, criada por arquitetos e artistas empenhados em evidenciar a cultura local sob influência das vanguardas internacionais.

O resgate é baseado em metodologia rigorosa, fidelidade aos originais e intenso diálogo com institutos e famílias que representam obras. Compõem a coleção, curada por Lissa Carmona, peças de Oscar Niemeyer, Lina Bo Bardi, Jorge Zalszupin, Sergio Rodrigues, Oswaldo Bratke, Branco & Preto e Giuseppe Scapinelli, entre outros. A continuidade do legado moderno se dá por preeminentes criadores contemporâneos; entre eles, Isay Weinfeld, Arthur de Mattos Casas, Claudia Moreira Salles, Carlos Motta, Etel Carmona, Lia Siqueira e Dado Castello Branco.

Sobre Casa Zalszupin

Projeto idealizado pela Lissa Carmona, CEO da ETEL, com o objetivo preservar e difundir o legado do grande designer, arquiteto e artista Jorge Zalszupin, além de promover exposições e diálogos que permeiam os campos da arquitetura, design e arte. A casa projetada pelo próprio Jorge Zalszupin na década de 1960, onde ele trabalhou e também viveu por mais de 60 anos, metamorfoseou-se em espaço cultural com a primeira exposição “Entre (Tempos): Tributo a Jorge Zalszupin”. Organizada pela ETEL e com curadoria do premiado Studio MNMA em junho de 2021, quando Jorge completaria 99 anos, marcando história.

Graças à importante repercussão na mídia nacional e internacional, além do impacto em grupos influentes da arquitetura, design e arte, foi possível dar continuidade ao projeto. Hoje administrado pela ETEL em parceria com a Almeida e Dale Galeria de Arte, a Casa Zalszupin segue viva através de novas e intimistas exposições renovadas a cada 45 dias, com renomados curadores, sempre permeando a proposta original de diálogo entre a arquitetura, design e arte.

Sobre Almeida & Dale Galeria de Arte

Fundada em 1998 com o objetivo de divulgar as obras de artistas brasileiros, a Almeida e Dale tornou-se em mais de duas décadas uma das mais importantes galerias do Brasil. Ao longo de sua trajetória, a galeria foi responsável pela inserção de artistas fundamentais para a história da arte brasileira em importantes coleções privadas e em acervos públicos nacionais e internacionais. Nos últimos anos, com Antônio Almeida e Carlos Dale como responsáveis por sua direção, a galeria revisitou a obra de expoentes de nossa arte por meio de exposições retrospectivas, concebidas por curadores convidados envolvidos com a pesquisa da obra do artista.

Produzidas com apuro museológico, as exposições foram acompanhadas de publicações reconhecidas pelo ineditismo dos ensaios acadêmicos e pelo resgate de textos históricos. Nos últimos anos, foram montadas-com empréstimos de instituições e colecionadores- exposições individuais de Willys de Castro, Di Cavalcanti, Flávio de Carvalho, Mestre Didi, Ismael Nery, Alberto da Veiga Guignard, Alfredo Volpi, Jandira Waters e Roberto Burle Marx, estimulando um renovado interesse da crítica e do público no Brasil e no exterior. Aliado à constante promoção de exposições e publicações, a Almeida e Dale ampara projetos de preservação e difusão de artistas brasileiros. Em convergência com a atuação na preservação de acervos, desde 2020 a galeria representa o espólio do artista Luiz Sacilotto, grande figura da arte concreta brasileira.

(Fonte: Index – Estratégias de Comunicação)

Complexo Cultural Viber recebe alunos das oficinas culturais a partir do dia 1º de agosto

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Complexo tem intuito de oferecer espaço mais amplo e aumentar a oferta de vagas nas oficinas. Fotos: Eliandro Figueira.

Com o intuito de oferecer um espaço mais amplo e aumentar a oferta de vagas, os alunos que frequentavam as oficinas no Centro Cultural Wanderley Peres, no Centro, passam a fazer aula, a partir do dia 1º de agosto, no Complexo Cultural Viber – Vicente Bernardinetti, anexo ao Espaço Viber. No total, o polo deve receber cerca de 2,5 mil alunos por semana, em diversos horários.

“As oficinas culturais crescem a cada ano e o Complexo Cultural Viber chega para oferecer um polo moderno e mais amplo aos nossos alunos”, destaca a secretária municipal de Cultura, Tânia Castanho. “Além disso, temos uma parceria com a Secretaria Municipal de Esportes e uma de nossas salas receberá as aulas do projeto piloto de Esgrima, que já é um sucesso”.

Com um total de nove salas, o Complexo Cultural Viber receberá oficinas de ballet infantil, juvenil; pintura em tecido e em tela; desenho artístico adulto, juvenil e infantil; arte criativa e infantil; coral infantil; danças urbanas adulto, juvenil e infantil; grafitti; violão nível 1 e 2; jazz infantil e juvenil; customização; teatro adulto, juvenil e infantil, além do Grupo de Referência em Artes Cênicas.

O espaço foi todo remodelado. “O prédio recebeu uma nova pintura e as salas foram adequadas para cada uma das oficinas, já que teremos ballet, jazz e danças urbanas, por exemplo”, destaca Tânia. “Nossa equipe já está no Complexo pronta para receber nossos alunos e mostrar todas as novidades do polo cultural”. A entrada do Complexo Cultural Viber está localizada na Rua Paraná, s/nº, Cidade Nova II. Mais informações pelo telefone (19) 3801-1340.

O Centro Cultural Wanderley Peres continuará recebendo as aulas do Coral da Terceira Idade e Coral Cidade de Indaiatuba, assim como das OSCs (Organizações da Sociedade Civil) que atuam no espaço com o ensino de música. O Projeto Guri, implantado pelo Governo do Estado de São Paulo em parceria com a Prefeitura de Indaiatuba, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, também será ampliado em breve.

Homenageado

Vicente Bernardinetti nasceu no dia 1º de maio de 1889 na cidade de Montenero di Sabino, província de Rieti, Itália, filho de Ângelo Bernardinetti e Faustina Gracioza. Chegou ao Brasil como imigrante em 1901 aos 12 anos de idade, na companhia de seu pai e seu irmão Romeu, de 17 anos, além de outros familiares, deixando na Itália suas duas irmãs: Rosália e Faustina.

Assim que desembarcaram no Brasil, Vicente e seus familiares foram trabalhar na lavoura de café na Fazenda Quilombo, em Campinas. Pouco tempo depois, seu pai faleceu e ele foi criado pelo seu parente mais próximo, Desidério Bernardinetti, com quem morou até seu casamento com Maria Cruz em 6 de maio de 1911, celebrado na Igreja da Candelária em Indaiatuba.

O casal foi morar na cidade de São Paulo, onde nasceram suas duas filhas, Justina e Faustina, que faleceram ainda bebês.  Pouco tempo depois, voltaram a Fazenda Quilombo, arrendaram terras na Fazenda Cruz Alta e se mudaram para lá, onde nasceram seus filhos José, João, Francisca, Eliza, Tercília e os gêmeos Otília e Nelson.

Vicente sempre foi muito preocupado com a educação de seus filhos e também com os filhos dos outros colonos, já que na aquela época não existia ainda uma escola no território rural da cidade. Por isso, contratou um professor particular para ministrar aulas duas vezes por semana para todas as crianças da colônia.

Com seu trabalho na lavoura, comprou uma propriedade rural no bairro Mato Dentro, onde nasceu sua última filha, Thereza. Nessa propriedade, com a ajuda dos filhos, iniciou a plantação de cereais e batatas.

Mais tarde comprou também uma propriedade na cidade, localizada entre as ruas Candelária, Onze de Junho e Pedro Gonçalves. E na esquina da Rua Candelária com a Onze de Junho construiu um prédio que era sua moradia, além de um armazém de secos e molhados, onde negociava os cereais e as batatas que produzia, junto com as mercadorias de outros lavradores.

Foi responsável pelo abastecimento de trigo e querosene para o Quartel de Itu durante a Revolução de 1932.

Sendo um comerciante conceituado, contribuiu para o desenvolvimento da cidade. Foi um dos sócios-fundadores do Indaiatuba Clube, que funcionava no prédio da família D’Ercoli (Clube da Lita). Foi membro da comissão da Associação Pró Natal de Pirapitingui, de Indaiatuba, e conselheiro do Esporte Clube Primavera.  Faleceu no dia 19 de setembro de 1971, aos 83 anos de idade.

(Fonte: Secretaria de Relações Institucionais e Comunicação)

Mostra “Hospital de bonecas”, do artista visual Caio Borges, acontece no FONTE, em São Paulo

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação.

O artista visual Caio Borges apresenta a solo “Hospital de bonecas” a partir do dia 29 de julho de 2023 (sábado), 14h às 20h, no FONTE, em Pinheiros,  São Paulo. Com curadoria de Marcelo Amorim, a mostra expõe quatro séries de pinturas que variam de pequenos a grandes formatos, além de um vídeo, um livro, um site-specific e alguns objetos, que têm como principal temática o queer. A visitação, gratuita, segue até o dia 26 de agosto de 2023 e tem classificação etária de 18 anos.

As obras vasculham uma espécie de inconsciente coletivo pop, incorporando, sintetizando e agrupando por meio do procedimento de colagens de referências populares do cinema, publicidade, quadrinhos e artes visuais. Há uma sensibilidade Camp que atravessa o corpo da obra.

Fofo e porn

A mostra ainda conta com desdobramentos conceituais e estéticos do mundo “perverso e kawaii” de Borges. Serão apresentados: um vídeo – uma apropriação de um vídeo pornográfico russo dos anos 1980 e da canção “So this is love”, do desenho animado “Cinderela”, da Disney (com aplicações de desenhos); um livro – uma apropriação do livro infantil “O cobertor azul do coelhinho”, escrito por Tatyana Feeney (com aplicações de desenhos eróticos de prática BDSM); uma série de fotos onde o artista se fantasia de dois personagens (um cavalo e um unicórnio) voando num fundo de céu azul e um site-specific – um desenho em preto e branco numa parede (4,75m), como se fosse uma página de sketchbook.

Para completar, dois objetos são apresentados: uma boneca estilo Barbie, do personagem Alex Forrest, interpretado pela atriz Glenn Close no filme “Atração Fatal”, dirigido por Adrian Lyne em 1987, e cem sabonetes pintados à mão e instalados na parede.

Sobre o artista visual

Caio Borges nasceu em 1974, em São Paulo/SP, onde reside e trabalha. Desenvolveu carreira em ilustração editorial e publicitária e segue colaborando com a revista Piauí há mais de uma década. Possui bacharelado e licenciatura em educação artística (1998) pela Fundação Armando Álvares Penteado e pós-graduação lato sensu em imagem e styling de moda pelo Senac São Paulo, em 2006.

Em 2016, participou do workshop imersivo “Procedência e propriedade” com o professor e artista visual Charles Watson e considera essa uma virada de chave em sua produção. Frequenta o grupo de acompanhamento de Projetos do Hermes Artes Visuais, ministrado pelos artistas Marcelo Amorim, Nino Cais e Carla Chaim.

Principais exposições: “Muito além da Parada, Objectos do Olhar. Eu e Você somos Muitas”, no Edifício Virgínia/SP, em 2023; “O Tempo das Coisas”, no Edifício Virgínia/SP, em 2022; “Arte para Todos”, no Espacio Uruguay Banco República/SP, em 2018; Sétimo Salão Limeirense de Belas Artes, Espaço Cultural Engep, Limeira/SP, em 2017; Nono Salão de arte Bunkyo no Edifício Bunkyo/SP, em 2016; Quinto salão internacional de Artes Visuais Sinap-AIAP, Centro Cultural Mestre de Assis, Embu das Artes/SP e no Salão de Artes Plásticas de Arceburgo, Instituto Histórico de Arceburgo, Arceburgo/MG – todas realizadas em 2015.

Sobre o curador

Marcelo Amorim (Goiânia, 1977) é artista e curador independente radicado em São Paulo. Entre 2009 e 2016 dirigiu o Ateliê397 e, desde 2013, é diretor do Fonte, onde cria e organiza residências artísticas, exposições, debates e cursos relacionados à arte contemporânea. Paralelamente, também atua como orientador do grupo Hermes Artes Visuais.

Amorim realizou exposições individuais no MARP, Ribeirão Preto (2019); Sem Título, Fortaleza (2018); Zipper Galeria, São Paulo (2016); Paço das Artes, São Paulo (2014); Galeria Jaqueline Martins, São Paulo (2012); Galeria Oscar Cruz, São Paulo (2010) e Centro Cultural São Paulo, São Paulo (2008).

Seu trabalho foi apresentado em exposições coletivas; entre elas, destacam-se: ‘Sentido comum’- Anita Schwartz Galeria de Arte, Rio de Janeiro (2022), ’Dizer não’ – Ateliê397, São Paulo (2021), ‘Against, Again: Art Under Attack in Brazil’ – Anya and Andrew Shiva Gallery, Johnfoy College, Nova York (2020); ‘Memória seletiva’ – Galeria Aymoré, Rio de Janeiro (2019), ‘Ação e reação – Arte contemporáneo brasileño’ – Casa do Brasil, Madri, Espanha (2018); ‘São Paulo não é uma cidade: invenções do centro’ – Sesc 24 de Maio, São Paulo (2018).

Destacam-se na sua prática curatorial ‘Mar Rio Fonte’ (Galeria Karla Osorio, 2023), ‘Pieces of landscape’ (Profoundation, 2018), ‘Entrever Paisagens’, (Galeria da FAV, 2018), ‘Vá em Frente Volte pra Casa – Júnior Pimenta’ (Sem título, 2018), ‘Contraprova’ (Paço das Artes, 2015), ‘Lusco Fusco – Karlla Girotto’ (Ateliê397, 2015), ‘Pintar a China Agora – Brody & Paetau’ (Ateliê397, 2015), ‘É Fluido mas é Legível’ (Oficina Oswald de Andrade, 2014).

Sobre o espaço

Fundado em 2013 pelos artistas visuais Marcelo Amorim, Nino Cais e Simone Moraes, o FONTE é uma organização com sede em São Paulo que oferece residências para artistas internacionais, estadia para artistas de outros estados do país e ateliês temporários para jovens artistas.

Oferece uma programação pública e gratuita incluindo palestras, workshops, performances, projeções de videoarte e estúdios abertos. O espaço já recebeu artistas como Adrián Balseca (Equador), Nani Lamarque (Argentina), Pilar Quinteros (Chile), Sandra Gamarra (Peru), Gabrielle Goliath (África do Sul), os brasileiros Rodrigo Braga e Lyz Parayzo, e realizou parcerias com as instituições Associação Cultural Videobrasil, Paço das Artes e Instituto Tomie Ohtake, entre outras.

Serviço:

Mostra “Hospital de bonecas” do artista visual Caio Borges

O quê: pinturas, vídeo, livro, site specific, fotografias e objetos

Curadoria: Marcelo Amorim

Abertura: 29 de julho de 2023 (sábado)

Visitação: até 26 de agosto de 2023 (quinta a sábado, 14h às 19h)

Onde: FONTE – Rua Mourato Coelho, 751 – Pinheiros – São Paulo – SP

Quanto: gratuito

Classificação: 18 anos

Redes sociais:

Caio Borges: @caioborges.arte

Marcelo Amorim: @marcelimamorim

FONTE: @residenciafonte.

(Fonte: Marmiroli Comunicação)