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Orquesta Anelo encerra Mês da Música e Meio Ambiente com apresentação gratuita em Campinas no dia 30

Campinas, por Kleber Patricio

Orquestra Anelo. Foto: Edis Cruz.

A Orquestra Anelo fará uma apresentação especial e gratuita no CEU Florence, em Campinas, no dia 30 de setembro, às 11h. O evento marca o encerramento do Mês de Música e Meio Ambiente promovido pelo Instituto Anelo desde o dia 2 de setembro. No mesmo dia, a comunidade também poderá participar do plantio de 30 árvores nativas em diferentes pontos do CEU Florence, a partir de 9h, com o facilitador Aparecido David. As atividades são abertas ao público.

O repertório da Orquestra Anelo contará com uma seleção de clássicos da música brasileira mesclada com composições autorais da orquestra. Um dos destaques é a canção “Vento no Canavial”, de João Donato e Lisyas Ênio, que será uma homenagem ao compositor e mestre da Bossa Nova e MPB João Donato, que faleceu recentemente.

Os 19 instrumentistas da Orquestra Anelo também interpretam as canções “Milagre dos Peixes”, de Milton Nascimento e Fernando Brant; “Conversa de Botequim”, de Noel Rosa e Vadico; “Valsa de uma Cidade”, de Antonio Maria e Ismael Netto e “Na Baixa do Sapateiro”, de Ary Barroso. Entre as composições autorais estão “Garbosa” e “Sambo Sim”, de Guilherme Ribeiro, regente da Orquestra Anelo, e “Sem Perder Tempo”, do saxofonista Marcelo Louback.

Ações uniram a prática musical e a educação socioambiental

Foto: Edis Cruz.

O Instituto Anelo realizou diferentes ações ao longo de setembro. A iniciativa visou contextualizar os participantes sobre a questão da mudança climática, analisar as condições socioambientais do território de vivência dos adolescentes e jovens e propiciar a reflexão sobre o papel da música na mobilização da agenda socioambiental.

Cerca de 200 pessoas da comunidade participaram das diferentes atividades da programação do mês de Música e Meio Ambiente, que contou com apresentação da Rádio Sucata – com o show “Reciclando a MPB” –, oficinas de construção de instrumentos musicais com materiais recicláveis, oficinas de composição musical, oficina de horta e compostagem, palestra e também uma roda de conversa sobre meio ambiente e o impacto socioambiental e até a construção de parquinho infantil com pneus velhos.

“Nossa proposta foi unir a música e conscientização ambiental, utilizando a capacidade de comunicação e sensibilização das práticas musicais para reforçar a reflexão sobre temáticas tão fundamentais e atuais, ao mesmo tempo em que as atividades convidaram a pensar no meio ambiente ou na sustentabilidade ambiental como matéria-prima e inspiração para o fazer musical”, completa Fernando Meloni, coordenador do projeto.

Patrocínio

O Mês da Música e do Meio Ambiente do Instituto Anelo é uma ação patrocinada pela Flex Foundation, organização privada que concede doações a iniciativas filantrópicas apoiadas pela Flex. Fundada em 2002, a fundação apoia e promove mudanças positivas nas comunidades onde a Flex, seus clientes, fornecedores e parceiros operam globalmente. A estratégia de doações e voluntariado da Flex Foundation está alinhada com quatro dos objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU, abrangendo boa saúde e bem-estar, trabalho decente e crescimento econômico, consumo e produção responsáveis e ação climática.

Instituto Anelo

A Horta do Instituto Anelo. Foto: Cláudio Alvim.

O Instituto Anelo é uma associação civil sem fins lucrativos formalmente constituída em maio de 2000 a partir do trabalho iniciado por jovens da comunidade do Jardim Florence I, distrito do Campo Grande, município de Campinas, São Paulo, Brasil, em 1997. Instalado em uma área distante do centro da cidade com graves problemas de estrutura urbana e grande população de baixa renda – onde as oportunidades de acesso à cultura e lazer são muito escassas –, oferece educação musical para crianças, adolescentes e adultos que moram nos bairros da região com o objetivo de promover a cidadania e o desenvolvimento pessoal, social e cultural por meio da arte.

Desde a sua fundação, a organização já impactou mais de 10 mil pessoas com aulas de música, acesso à cultura e formação de público. Em 2023, só no primeiro semestre a entidade somou 932 alunos matriculados.

Programação do encerramento do Mês da Música e Meio Ambiente

30 de setembro de 2023 (sábado)

9h – Plantio de árvores nativas – CEU Florence – Facilitador: Aparecido David

Público: Livre

Duração:  2h

Local CEU Florence

11h – Apresentação musical – Orquestra Anelo

Público: Livre

Duração:  1h

Local: CEU Florence

O CEU Florence fica na Rua Lasar Segal, 110 – Jardim Florence 1 – Campinas – SP.

(Fonte: Boas Histórias Comunicação)

Novos tipos de bioplásticos podem sofrer decomposição total no solo em quatro meses

Curitiba, por Kleber Patricio

Em 135 dias, duas amostras de bioplásticos de diferentes espessuras foram 100% biodegradadas. Foto: Karolina Grabowska/Pexels.

Pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) testaram novos tipos de compostos bioplásticos que se biodegradam rapidamente nas diferentes condições ambientais do solo brasileiro e, assim, agridem menos o meio ambiente. Em um relatório-síntese lançado na sexta (29), eles descrevem um filme compostável que pode ser completamente degradado em até quatro meses, gerando nutrientes para o solo.

Os resultados foram obtidos analisando os processos de biodegradação de cinco amostras de matérias-primas de plástico certificadas como seguras cedidas por empresa do ramo. As amostras tinham diferentes espessuras e formulações e foram observadas durante seis meses. Além disso, eram formadas por materiais de dois tipos de fontes – renováveis e biodegradáveis. Em quatro meses, duas amostras foram 100% degradadas por micro-organismos do solo, enquanto as outras três apresentaram percentual de biodegradação de 30%, 60% e 50% em seis meses. Em termos de comparação, bioplásticos feitos com poliácido lático (PLA), mais usuais no mercado, demoram de 20 a 30 anos para biodegradarem.

A degradação nas amostras acontece porque esse tipo de plástico, que contém poliéster alifático, tem uma estrutura molecular fraca o suficiente para ser quebrada em estruturas menores quando exposto à umidade e ao calor. Como resultado, são produzidos dióxido de carbono (CO2), água, biomassa e minerais que podem ser consumidos com mais facilidade por micro-organismos encontrados em ecossistemas aquáticos e terrestres, além de servirem de nutrientes para o solo.

Segundo Fábio Fajardo, idealizador dos compostos, e Michele Spier, cientista da UFPR e autora do estudo, a intenção é encontrar alternativas ao plástico convencional. “Nossas pesquisas são realizadas com base em estudos de países como Alemanha, EUA e França, que já adotam bioplásticos seguros e que garantem que eles não gerem ao meio ambiente os microplásticos e nanoplásticos”, explica Spier.

Apesar de mais caros em comparação aos plásticos convencionais, os bioplásticos podem ser utilizados em sacolas de compras, embalagens de entregas, talheres e sacos para dejetos de animais. Os materiais são úteis para descarte de resíduos orgânicos domésticos porque evitam que recicladores entrem em contato direto com substâncias em decomposição ao separar a sacola plástica dos dejetos para a reciclagem. “É importante que o consumidor possa entender quais são os tipos de plásticos que estão à sua disposição. Os convencionais podem ficar destinados a embalagens de xampu e garrafas de água, por exemplo, pois são mais simples de serem reciclados”, esclarece a pesquisadora.

A partir de agora, os pesquisadores continuam com os estudos e novos testes no laboratório na UFPR, aproveitando que a biodiversidade do Brasil pode servir de fonte de matérias-primas para produzir bioplásticos biodegradáveis e compostáveis. Utilizar esses materiais leva a uma redução do preço do produto final para o consumidor. “Sabemos que é apenas um pontapé inicial, mas já começamos a nossa corrida contra os materiais que causam mais danos ao meio ambiente. É preciso seguir buscando alternativas e apresentando ao consumidor produtos acessíveis e amigáveis ambientalmente”, comemora Spier.

(Fonte: Agência Bori)

Prefeitura de Indaiatuba lança novas ferramentas de acessibilidade

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Foto: Sergio Gatolini.

Na manhã da última terça-feira (26), a Secretaria de Relações Institucionais e Comunicação de Indaiatuba lançou as ferramentas de acessibilidade Segurança Acessível, Ledor do Site da Prefeitura, alto contraste e tamanho de fontes para Deficientes Visuais em evento realizado no Bosque do Saber. Na ocasião, a Secretaria de Educação também realizou o 2º “Piquenique em Libras” que reuniu estudantes surdos usuários de libras da rede municipal, professores interlocutores de libras, contando com o apoio da coordenação das escolas envolvidas, orientação pedagógica e do núcleo de educação especial.

O evento foi realizado em alusão ao Dia Nacional dos Surdos, comemorado dia 26 de setembro, bem como o Setembro Azul, que celebra o mês que marca as conquistas dos surdos ao longo dos anos até o momento. O prefeito de Indaiatuba, Nilson Gaspar, ressalta a importância das novidades implantadas. “Estamos aqui trazendo essas inovações, que surgiram das demandas apresentadas pela comunidade surda na comemoração de dois anos da Central de Libras, no meu gabinete. A partir daí, realizamos estudos para viabilizar as melhorias a fim de oferecer cada vez mais acessibilidade ao município. Foi então que focamos na segurança com o Whatsapp exclusivo para surdos. Depois vimos que poderíamos melhorar o site e, para isso, convidamos membros da Associação da ADVI para pontuar o que seria necessário e podermos entender como tornar o site ainda mais acessível. Desta forma, acrescentamos as ferramentas de ledor, alto contraste e alteramos o tamanho e coloração das fontes. Nosso objetivo é que a inclusão seja cada vez mais comum em nossas ações”, explica.

Segurança Acessível | O projeto, realizado por meio de parceria da Secretaria de Relações Institucionais e Comunicação com a Secretaria de Segurança Pública, tem como objetivo melhorar a comunicação da comunidade surda de Indaiatuba com o COI (Centro de Operações e Inteligência) da Guarda, criando um meio de comunicação direto com essa população por meio do aplicativo de mensagens Whatsapp. Para isso, foi disponibilizado o número (19) 99783-2927, que pode ser acionado sempre que um surdo precisar falar com a Guarda Civil. “Foi um desafio que o prefeito passou para desempenharmos. Para conseguirmos executar toda essa proposta, tivemos que conversar com a nossa intérprete de Libras, a Débora, que foi nosso elo com a comunidade surda para que pudéssemos ter assertividade no projeto. Depois de reuniões com o secretário de Segurança Pública, conseguimos disponibilizar esse serviço com algumas regras. Apenas surdos poderão se utilizar deste serviço e só podem ser enviadas  mensagens de textos e fotos. Os demais recursos são proibidos, pois atrapalham a agilidade e compreensão do atendimento”, explica a secretária de Relações Institucionais e Comunicação, Dra. Graziela Milani.

Ledor do site da Prefeitura | O site da Prefeitura de Indaiatuba conta agora com o serviço de ledor, por meio de uma tecnologia avançada que auxilia as pessoas com baixa visão ou cegas. Consiste no acesso ao conteúdo escrito da página por meio da leitura realizada por um aplicativo instalado no site de inteligência artificial.

Alto Contraste e Tamanho das fontes | Já a ferramenta alto contraste permite ao usuário inverter as cores do primeiro plano e do plano de fundo, o que geralmente ajuda o texto a se destacar melhor, facilitando a navegação pelo conteúdo da página pelos deficientes visuais.  O tamanho das fontes aumenta de acordo com a necessidade do leitor, podendo ser ajustado a fim de garantir a qualidade da leitura.

(Fonte: Secretaria de Relações Institucionais e Comunicação/Prefeitura de Indaiatuba)

Joana Vasconcelos expõe no MAAT, em Lisboa

Lisboa, por Kleber Patricio

Obra “Valkyrie Octopus”, 2015. Foto: Luís Vasconcelos.

Depois de se consagrar na cena mundial de arte contemporânea, a premiada artista portuguesa Joana Vasconcelos retorna ao seu país apresentando “Plug-in”, uma exposição individual ambiciosa, no Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), situado à beira do Rio Tejo, em Lisboa. Com inauguração no próximo dia 29, a mostra reunirá obras inéditas e icônicas produzidas pela artista desde 2000, além de peças da Coleção de Arte Fundação EDP, estabelecendo um diálogo entre o patrimônio da eletricidade, a tecnologia e as artes plásticas.

“Plug-in” ocupará tanto o edifício MAAT Central quanto o MAAT Gallery. O primeiro apresentará a “Árvore da Vida” (2023), criada no contexto da Temporada Cruzada Portugal-França e adaptada agora à Sala dos Geradores da Central Tejo. Já, no MAAT Gallery serão expostas sete obras: a inédita “Drag Race” (2023), que estabelece um diálogo com “War Games” (2011); duas viaturas convencionais transformadas em obras de arte — uma completamente ornamentada com talha dourada e plumas e, a outra, coberta com espingardas de brinquedo e recheada com bonecos de pelúcia; a máscara de espelhos “I’ll Be Your Mirror” (2019) e o gigantesco anel “Solitário” (2018), na área externa do museu — ambas as peças marcaram presença no Guggenheim de Bilbao, no País Basco, e estarão pela primeira vez na região lisboeta – e por fim, direto da Ásia e estreando na Europa, a tentacular escultura têxtil “Valkyrie Octopus” (foto de capa), criada em 2015 para o MGM Macau, que ficará suspensa na Galeria Oval.

“War Games”, 2011. Foto: DMF Lisboa.

Juntam-se a essas obras, outras de produções mais antigas, como “Stangers in the Night” (2000), que tem um caráter simbólico por ter integrado Medley, a primeira retrospectiva de Joana Vasconcelos, quando da sua conquista da primeira edição do Prêmio Novos Artistas Fundação EDP, em 2000. Pertencente à Coleção de Arte Fundação EDP, a peça permite relembrar a história da artista sem nunca perder a ligação elétrica, que acompanha o mote da exposição.

Biografia 

Nascida em 1971, Joana Vasconcelos é uma artista plástica portuguesa reconhecida pelas suas esculturas monumentais e instalações imersivas. Ao descontextualizar objetos do cotidiano e atualizar o movimento de artes e ofícios para o século XXI, estabeleceu um diálogo produtivo entre a esfera privada e o espaço público; a herança popular e a alta cultura. Com 30 anos de carreira, humor e ironia, questiona o estatuto da mulher, a sociedade de consumo e a identidade coletiva. O sucesso internacional chegou em 2005 com “A Noiva”, na primeira Bienal de Veneza curada por mulheres, onde voltou outras sete vezes ao leme do Trafaria Praia, enquanto Pavilhão de Portugal, o primeiro flutuante do certame.

Joana Vasconcelos. Foto: Arlindo Camacho for Atelier Joana Vasconcelos.

Em 2012, foi a mais jovem e primeira artista mulher a expor no Palácio de Versalhes, na França, tendo batido o recorde de exposição mais visitada do país, com a adesão de 1,6 milhão de visitantes. Em 2018, tornou-se a primeira artista portuguesa a ter uma individual no Guggenheim de Bilbao, consagrando-se como a quarta melhor daquele ano para The Art Newspaper e a terceira mais visitada da história do museu. Suas obras de arte integram exposições e coleções nos quatro continentes, tais como as das fundações Calouste Gulbenkian, Louis Vuitton e François Pinault.

Acumulando mais de 30 prêmios ao longo da carreira, em 2009, recebeu o grau de Comendadora da Ordem do Infante D. Henrique, pela Presidência da República Portuguesa e, em 2022, tornou-se Oficial da Ordem das Artes e Letras pelo Ministério da Cultura Francês.

Atualmente gere o Atelier Joana Vasconcelos, fundado em 2006 em Lisboa, que conta com cerca de 50 colaboradores e, em 2012, criou a Fundação Joana Vasconcelos, que visa conceder bolsas de estudo, apoiar causas sociais e promover a arte para todos.

Sobre o Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT)

Inaugurado em outubro de 2016 no contexto da política de mecenato cultural assumida pela Fundação EDP, o MAAT é uma instituição internacional que se dedica a promover o discurso crítico e a prática criativa com vista a suscitar novos entendimentos sobre o presente histórico e um compromisso responsável para com o futuro comum. Situado na frente ribeirinha da zona histórica de Belém, em Lisboa, o campus da Fundação EDP abrange uma área de 38 mil m² que engloba uma central termoelétrica reconvertida – a Central Tejo, edifício emblemático da arquitetura industrial, construído em 1908 – e um novo edifício desenhado pelo estúdio de arquitetura londrino AL_A (Amanda Levete Architects). Ambos acolhem exposições e eventos e estão ligados por um jardim projetado pelo arquiteto paisagista libanês Vladimir Djurovic. Mais informações: www.maat.pt.

“Solitário”, 2018. Foto: Bas Czerwinski/courtesy Kunsthal Rotterdam.

Sobre a Associação Turismo de Lisboa (ATL) | Fundada em 1998, a ATL é uma organização sem fins lucrativos constituída por meio de uma aliança entre entidades públicas e privadas que operam no setor do turismo. Atualmente, conta com cerca de 900 associados, tendo como principal objetivo melhorar e incrementar a promoção de Lisboa como destino turístico e, consequentemente, aprimorar a qualidade e competitividade. Informações: www.visitlisboa.com | https://www.instagram.com/visit_lisboa/ | https://www.facebook.com/visitlisboa.

Serviço:

Plug-In/Joana Vasconcelos

Curadoria: João Pinharanda

Exposição: de 29/9/2023 a 25/3/2024

Funcionamento: de quartas às segundas-feiras, das 10 às 19 horas

MAAT Central e MAAT Gallery

Av Brasília, Belém, 1300-598 – Lisboa – Portugal.

(Fonte: Mestieri Relações Públicas)

Livraria da Vila recebe lançamento de livro póstumo da jornalista Cristiana Lôbo

São Paulo, por Kleber Patricio

Nesta sexta-feira (29), será lançado, na Livraria da Vila do Shopping Pátio Higienópolis, “O que vi dos presidentes – Fatos e Versões”, livro escrito por Cristiana Lôbo, finalizado por Diana Fernandes e publicado pela Editora Planeta. O evento, gratuito e aberto ao público, terá início às 19h e contará com a presença de Diana e Murilo Lôbo.

A jornalista política Cristiana Lôbo – a Lôba ou Cris, como era carinhosamente conhecida entre os amigos –, sempre foi uma fiel observadora daquilo que move as pessoas. Pioneira na forma de comentar e noticiar os acontecimentos e uma das primeiras mulheres a cobrir política, tornou-se referência na imprensa como uma das maiores analistas do cenário político nacional. Reverenciada pela maneira elegante com que interagia com figurões da política e dona de histórias singulares, suas ricas memórias estão agora eternizadas no livro. A obra apresenta os perfis de todos os presidentes eleitos, direta ou indiretamente, após o fim da ditadura militar no Brasil.

Por entre detalhes curiosíssimos de cada período presidencial – dos pães de queijo para conquistar a atenção de Itamar Franco e receitas trocadas com Dilma Rousseff ao tratamento frio e impessoal destinado à imprensa por Michel Temer e Jair Bolsonaro –, Cristiana convida os leitores a desvendar como o temperamento e a personalidade de oito presidentes moldaram seus governos em 37 anos de democracia no país. Enquanto apresenta detalhes fundamentais de cada governo para acompanhar os desdobramentos do Brasil ao longo desses anos, a autora traz informações sobre o perfil de cada político.

Falecida em novembro de 2021, Cristiana Lôbo não teve oportunidade de finalizar o livro, que foi concluído com a colaboração de Diana Fernandes, jornalista e amiga pessoal que a acompanhou por mais de três décadas ao longo de seus 43 anos de carreira.

Trechos do livro:

“A campanha de Collor era a mais organizada, totalmente estruturada de acordo com as normas do marketing político, que só se tornaria popular no Brasil nas eleições seguintes. O candidato tinha assessores específicos para cuidar da agenda, do relacionamento com a imprensa, da informática, da segurança, das finanças. Um ghost-writer (redator) para seus discursos. E até uma equipe própria para organizar os palanques, evitando presenças indesejáveis – os papagaios de pirata, que ele abominava.”

“O clima de animosidade não prejudicou a confecção e o sucesso do Plano Real. Anos depois, contudo, ainda causava rebuliço no grupo político de Itamar uma discussão sobre quem era, de fato, o pai do Plano Real: ele, o presidente da ocasião; ou Fernando Henrique, o ministro que coordenou a equipe. O próprio Itamar manifestou vez por outra sua mágoa por FHC ser considerado o autor do plano. Fernando Henrique sempre evitou essa polêmica e, por ocasião da morte de Itamar em 2011, disse: ‘Sem o apoio dele [Itamar] não teria Plano Real’.”

“Carlos Bolsonaro, ou Carluxo, assim chamado pelo pai e depois pelos políticos, assumiu o comando das redes sociais, abusando das fake news, que alimentariam, já no governo, o que passou a ser conhecido em Brasília como o ‘gabinete do ódio’ do Palácio do Planalto – produzindo vítimas até mesmo no grupo de apoiadores. As mídias sociais se tornaram a principal ferramenta de comunicação do governo Bolsonaro, que ignorou e desestruturou o sistema institucional em funcionamento.”

Sobre as autoras

Cristiana Lôbo começou sua carreira como estagiária em 1978 na Folha de Goiás em Goiânia, cobrindo Política até se tornar repórter da sucursal de Brasília, em 1979, onde permaneceu por 13 anos. De 1992 a 1998, foi colunista do jornal O Estado de S. Paulo. Em março de 1997, estreou na GloboNews integrando o time de comentaristas políticos do canal onde, seis anos depois, inaugurou o programa Fatos e Versões, que ficou no ar até 2020. Na internet, foi pioneira no jornalismo em tempo real, no Portal IG. Além de seu blog no site G1, sua conta no então Twitter chegou a ter mais de 1,5 milhão de seguidores. Como jornalista em Brasília, acompanhou de perto os bastidores do poder desde o fim da ditadura militar, em 1985, passando por todos os governos civis até 2021. Entre os diversos prêmios que recebeu, estão Mulher Imprensa, na categoria comentarista política; medalha de ouro no Prêmio Comunique-se; melhor programa de TV (Fatos e Versões) no Prêmio Engenho de Comunicação; +100 Admirados Jornalistas Brasileiros e melhor do Brasil em Política pelo TOP3 IBest 2021.

Diana Fernandes trabalhou como jornalista em Brasília por mais de três décadas, tendo passado a maior parte desse período, 27 anos, entre as redações dos jornais O Estado de S. Paulo e O Globo. Cobrindo política nacional, atuou como repórter, colunista e coordenadora de equipe nos dois veículos. Na segunda metade dos anos 1990, foi assistente e interina de Cristiana Lôbo na Coluna do Estadão. Em 2014, saiu do jornalismo diário para se dedicar a outros estudos e projetos.

Sobre a editora | Fundado há 70 anos em Barcelona, o Grupo Planeta é um dos maiores conglomerados editoriais do mundo, além de uma das maiores corporações de Comunicação e Educação do cenário global. A Editora Planeta, criada em 2003, é o braço brasileiro do Grupo Planeta. Com mais de 1.500 livros publicados, a Planeta Brasil conta com nove selos editoriais que abrangem o melhor dos gêneros de ficção e não ficção: Planeta, Crítica, Tusquets, Paidós, Planeta Minotauro, Planeta Estratégia, Outro Planeta, Academia e Essência.

(Fonte: Editora Planeta)