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Woody Allen retorna ao mundo literário com o lançamento de “Gravidade zero”

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Capa do livro.

O diretor, roteirista e ator Woody Allen está de volta às prateleiras das livrarias com sua mais recente incursão pela literatura: “Gravidade zero”. Reunindo oito histórias publicadas na revista The New Yorker e outras onze inéditas, a coletânea promete cativar os leitores com a verve humorística de suas narrativas envolventes. O lançamento da Nova Fronteira, selo do Grupo Ediouro, estará disponível nas livrarias a partir do dia 29 de setembro.

Com sua escrita afiada, Allen explora temas como o amor, a morte, a filosofia, a arte e o absurdo do cotidiano. De forma singular, ele combina a profundidade dos textos com sua divertida ótica sobre a fragilidade humana, enraizada na rica tradição do humor judaico. O escritor oferece um delicioso mergulho nas situações mais absurdas e hilárias da vida com pitadas de sarcasmo e observações inteligentes.

“Gravidade zero” é a quinta coletânea de histórias de humor de Allen após um longo hiato. A edição traz o prefácio original da crítica norte-americana Daphne Merkin e também um exclusivo para edição brasileira assinado pelo dramaturgo, crítico e roteirista Rodrigo Fonseca. “Woody ensinou o audiovisual a entender a dimensão cinemática da palavra falada, extraindo dela poética, indo além do patético que há de inerente à comédia. A lição que ele dá à literatura é igualmente encantadora: a certeza de que cada parágrafo pode ser um plano-sequência num filme por escrito, feitos com letras, tintas e imaginação”, afirma Fonseca em seu texto.

Os amantes da literatura, fãs do cineasta e todos aqueles que buscam histórias que provocam risos e reflexões vão encontrar uma incrível jornada literária pelas páginas do livro. “Gravidade zero” mais uma vez demonstra a destreza e a versatilidade artística de Allen, que conquista corações e mentes com sua prosa espirituosa, original e sempre fantástica.

Sobre o autor | Woody Allen é escritor, diretor e ator, além de ter trabalhado como comediante de stand-up. Vive em Manhattan há mais de duas décadas com sua esposa, Soon-Yi, e suas duas filhas, Manzie e Bechet. É um grande entusiasta do jazz e fã de esportes. Em suas próprias palavras, ele se arrepende de nunca ter feito um grande filme, embora afirme que segue tentando.

Detalhes do Livro

Editora: ‎Nova Fronteira

Tradutora: Regina Lyra

Capa: 208 páginas ‎

ISBN-13: 978-65-5640-732-6

Dimensões:‎ 13,5 x 20,8cm.

(Fonte: MNiemeyer Assessoria de Comunicação)

Osesp interpreta obra de Henri Dutilleux dedicada a Anne Frank

São Paulo, por Kleber Patricio

Osesp, Hough e Fischer em foto de Laura Manfredini.

Dando continuidade à Temporada 2023 – Sem Fronteiras, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp se apresenta entre 28 e 30/set sob a regência de seu Diretor Musical e Regente Titular Thierry Fischer e recebendo pela última semana o Artista em Residência deste ano, o pianista britânico Sir Stephen Hough. O repertório inclui as peças “Les Offrandes Oubliées – Meditações Sinfônicas”, de Olivier Messiaen, “As Sombras do Tempo – Cinco Episódios para Orquestra”, de Henri Dutilleux, e o Concerto nº 3 para Piano de Sergei Rachmaninov – com Hough. A obra de Dutilleux, cujo episódio central é dedicado a Anne Frank (1929–1945), será apresentada com três vozes do Coro Infantil da Osesp: Stephanie Airi, Bárbara Boanerges e Anna Beatriz Smith. Vale lembrar que a apresentação de sexta (29/set) às 20h30 terá transmissão digital no canal da Osesp no YouTube.

Composta em 1930, “Les Offrandes Oubliées” foi a primeira peça orquestral importante do jovem Olivier Messiaen (1908–1992), recém-formado no Conservatório de Paris. Destinadas a evocar – conforme seus comentários à partitura – “o esquecimento do homem diante do sacrifício de Cristo”, a obra resgata uma forma historicamente carregada de simbolismo religioso, o tríptico, sendo dividida em três partes: “A Cruz”, “O Pecado” e “A Eucaristia”.

Solistas do Coro Infantil da Osesp. Foto: Laura Manfredini.

Já idoso e muito doente, Henri Dutilleux (1916 –2013) escreveu com grande sofrimento uma de suas obras sinfônicas mais comoventes, “As Sombras do Tempo”, em 1997. Essa longa meditação é composta por cinco episódios interligados cujos títulos evocam diferentes aspectos do problema. O longo episódio central, dedicado “a Anne Frank e a todas as crianças inocentes do mundo”, recorre a três vozes infantis para recuperar a terrível “Memória das Sombras”, com as insistentes perguntas: “por que nós?” e “por que a estrela?”.

Convidado para se apresentar pela primeira vez em Nova York em 1909, Rachmaninov (1873–1943) atravessou o oceano ensaiando seu Terceiro Concerto para Piano. A crítica aplaudiu o pianista, mas novamente se dividiu sobre o compositor, considerando a obra longa demais e destinada, sobretudo, à exibição do virtuosismo sobre-humano do solista. Com o passar dos anos, o concerto se consolidou como um dos grandes desafios do repertório pianístico, gerando até mesmo um filme sobre o enorme esforço físico e emocional exigido pela obra, “Shine” [1996], baseado na triste história do pianista australiano David Helfgott. Manter o equilíbrio entre orquestra e solista é um desafio para os intérpretes, pois as texturas criadas pelo piano correm o risco de desaparecer sob a orquestração suntuosa.

Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp

Criada em 1954, é uma das mais importantes orquestras da América Latina e desde 1999 tem a Sala São Paulo como sede. O suíço Thierry Fischer é seu Diretor Musical e Regente Titular desde 2020, tendo sido precedido, de 2012 a 2019, pela norte-americana Marin Alsop, que agora é Regente de Honra. Em 2016, a Osesp esteve nos principais festivais da Europa e, em 2019, realizou turnê pela China. No mesmo ano, estreou projeto em parceria com o Carnegie Hall, com a Nona Sinfonia de Beethoven cantada ineditamente em português. Em 2018, a gravação das Sinfonias de Villa-Lobos, regidas por Isaac Karabtchevsky, recebeu o Grande Prêmio da Revista Concerto e o Prêmio da Música Brasileira.

A Sala São Paulo. Foto: Mariana Garcia.

Thierry Fischer | Desde 2020, o suíço Thierry Fischer é Diretor Musical e Regente Titular da Osesp, cargo que também assume na Orquestra Sinfônica de Castilla y León, na Espanha. Desde 2009, é Diretor Artístico da Sinfônica de Utah, da qual se tornará Diretor Artístico Emérito a partir do segundo semestre de 2023. Foi Principal Regente Convidado da Filarmônica de Seul (2017-20) e Regente Titular (agora Convidado Honorário) da Filarmônica de Nagoya (2008-11). Já regeu orquestras como a Royal Philharmonic, a Filarmônica de Londres, as Sinfônicas da BBC de Boston e Cincinnatti e a Orchestre de la Suisse Romande. Também esteve à frente de grupos como a Orquestra de Câmara da Europa, a London Sinfonietta e o Ensemble Intercontemporain. Thierry Fischer iniciou a carreira como Primeira Flauta em Hamburgo e na Ópera de Zurique.

Stephen Hough | Nomeado pela The Economist como um dos Vinte Polímatas Vivos, o britânico Sir Stephen Hough combina uma notável carreira como pianista com a de compositor e escritor. Em 2010, foi eleito melhor instrumentista do ano pela Royal Philharmonic Society. É autor de diversos textos sobre música publicados nos jornais The Times, The Guardian, The Independent e The Telegraph. Por sua visão artística e também por seus escritos, recebeu a prestigiosa MacArthur Fellowship em 2001. Com mais de 70 álbuns gravados, já acumulou vários prêmios Diapason d’Or, Grammy e Gramophone e lançou o elogiado aplicativo para iPad The Liszt Sonata (Touch Press, 2013). Nomeado Commander of the Order of the British Empire em 2014, foi agraciado em 2022 com o título de Cavaleiro pela Rainha Elizabeth II. É professor visitante na Royal Academy of Music, em Londres, e professor na Juilliard School, em Nova York. Como Artista em Residência da Temporada Osesp, Sir Stephen Hough interpreta o ciclo completo de obras concertantes de Rachmaninov para o piano, além de se apresentar em recital solo na Sala São Paulo.

Anna Beatriz Smith | Paulistana, atualmente com 13 anos, aos nove começou a cantar em igrejas católicas do bairro onde mora, iniciando seus estudos de piano, violão, ukulelê e canto popular na escola Espaço Viola em São Paulo. Em 2020 foi admitida no coral Palavra Cantada, sob a regência do maestro Eduardo Boletti. Em 2022, incentivada por seu professor Gabriel Soares, tenor do Coro Acadêmico da Osesp, foi aprovada na seleção para o Coro Infantil dessa mesma instituição, da qual ainda é integrante, participando, em 2023, da Sinfonia nº 3 de Mahler, da Danação de Fausto, de Berlioz, sendo ainda solista no projeto Coro na Capital, com a música Lovely Is the Dark Blue Sky, de Kim André Arnesen. Segue seus estudos de piano, violão e canto atualmente com o professor de canto e pianista Renato Barbosa.

Osesp e Stephen Hough. Foto: Laura Manfredini.

Bárbara Boanerges | Aos nove anos de idade, passou a integrar o coral da igreja que frequenta. Incentivada pelos dois coordenadores do grupo, inscreveu-se no Coro Infantil da Osesp, do qual faz parte desde 2018. Após ganhar um teclado de seus padrinhos, interessou-se pelo instrumento, passando a ter aulas no Guri, programa de educação musical da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo. Entre 2020-22, fez parte do coral Palavra Cantada. Agora, aos 15 anos, retornou às aulas no Coro Juvenil da Osesp.

Stephanie Airi | Iniciou seus estudos de música aos quatro anos, voltando-se ao violino no Instituto Fukuda. Ingressou na Escola Municipal de Música de São Paulo para continuar os estudos desse instrumento em 2019, passando a integrar também o Coro Infanto-juvenil dessa instituição, coordenado pela maestrina Regina Kinjo. Também participou do grupo do coral Herdenchor. Sempre apaixonada pelo canto, em 2022, começou a focar no estudo de canto lírico com a professora Andreia Abreu. Desde outubro de 2022, faz parte do Coro Infantil da Osesp sob a regência da maestra Érika Muniz. Em 2023, foi uma das solistas dos concertos da série Coro na Capital, junto ao Coro da Osesp e ao maestro William Coelho.

PROGRAMA

TEMPORADA OSESP: THIERRY FISCHER E STEPHEN HOUGH

ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

THIERRY FISCHER regente

SIR STEPHEN HOUGH piano

STEPHANIE AIRI voz infantil

BÁRBARA BOANERGES voz infantil

ANNA BEATRIZ SMITH voz infantil

Olivier MESSIAEN | Les Offrandes Oubliées – Meditações Sinfônicas

Henri DUTILLEUX | As Sombras do Tempo – Cinco Episódios para Orquestra

Sergei RACHMANINOV | Concerto nº 3 para Piano em Ré Menor, Op. 30.

Serviço:

28 de setembro, quinta-feira, às 20h30

29 de setembro, sexta-feira, às 20h30 – Concerto Digital

30 de setembro, sábado, às 16h30

Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16

Taxa de ocupação limite: 1.484 lugares

Recomendação etária: 7 anos

Ingressos: Entre R$39,60 e R$258,00 (valores inteiros)

Bilheteria (INTI): neste link

(11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h.

Cartões de crédito: Visa, Mastercard, American Express e Diners.

Estacionamento: R$28,00 (noturno e sábado à tarde) e R$16,00 (sábado e domingo de manhã) | 600 vagas; 20 para pessoas com deficiência; 33 para idosos.

*Estudantes, pessoas acima dos 60 anos, jovens pertencentes a famílias de baixa renda com idade de 15 a 29 anos, pessoas com deficiências e um acompanhante e servidores da educação (servidores do quadro de apoio – funcionários da secretaria e operacionais – e especialistas da Educação – coordenadores pedagógicos, diretores e supervisores – da rede pública, estadual e municipal) têm desconto de 50% nos ingressos para os concertos da Temporada Osesp na Sala São Paulo mediante comprovação.

A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.

(Fonte: Fundação Osesp)

Gastronomia suburbana: tempero da periferia traz laços culturais e renda por meio da comida

Salvador, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação.

O subúrbio de Salvador, especialmente no bairro de Itacaranha, emana a cultura sensorial da gastronomia por meio da história do restaurante Cabana do Camarão, existente desde o ano de 2006. É através da herança familiar passada pela matriarca, a professora aposentada Aldeyda Conceição, e de suas vivências ao longo dos anos, que a chefe Bárbara Ramos desmistifica que comida na periferia não é boa, mas sim, excelente e de altíssimo padrão. Os seus pratos refletem suas experiências no bairro que possui uma história singular, banhada pela Baía de Todos os Santos e recheada de manifestações culturais, além de sua gastronomia peculiar, trazendo consigo a validação do aporte acadêmico para o fortalecimento da credibilidade do restaurante.

O restaurante Cabana do Camarão dialoga para além de divisões geográficas – a experiência gustativa de seus pratos revela um sabor da Bahia, com periferia e centro mantendo o mesmo padrão e posições igualitárias no quesito comida. “Provocar transformações sociais através da gastronomia” é uma das missões da empresa, hoje composta por uma equipe de funcionários predominantemente residentes no entorno do Comércio.

A chef Bárbara Ramos tem como principal estratégia a ser seguida à risca no restaurante: a “gourmetização acessível”, os processos que envolvem a circulação da comida e seu acesso. “Eu procuro transitar por diversos mundos da gastronomia e busco fazer a ponte entre eles. Isso já é transformador”, comenta.

Trajetória

A história da chef Bárbara Ramos no restaurante Cabana do Camarão está relacionada à trajetória e às experiências de laços afetivos. Ao lado de sua mãe, ela descobriu o prazer pela arte de cozinhar desde a adolescência, ainda sem a formação acadêmica na área. A sua primeira experiência profissional foi na área de Serviço Social em Programas Ambientais relacionados ao Saneamento Básico. Em 2013, voltou a sua vida para a área da gastronomia, assumindo o comando da empresa familiar ao lado da sua mãe, que mais tarde passaria o bastão para filha. Mesmo com suas habilidades na cozinha, Bárbara sentiu a necessidade de ampliar seus conhecimentos e buscou então estudar gastronomia, especializando-se e procurando enriquecer ainda mais os pratos servidos no restaurante.

Todo o esforço tem o objetivo de dar visibilidade à empresa e despertar os olhares do público que busca um novo roteiro gastronômico em Salvador. O atendimento ao público não está restrito ao espaço físico do restaurante – a empresa oferece também o seu serviço com a qualidade do cardápio em eventos particulares.

Mas engana-se quem pensa que o restaurante Cabana do Camarão é somente a biografia de Bárbara Ramos – o negócio é formado pelas pitadas e pelos aromas que cada um de seus funcionários deixa no dia a dia de trabalho. “Acho que as experiências de todos contribuem. O fato de estar na periferia, ter um ambiente acolhedor e levar uma experiência única em um dos momentos mais prazerosos da vida, desperta o interesse das pessoas para conhecer nosso restaurante”, afirma a chef Bárbara Ramos, que agrega ao negócio seus conhecimentos enquanto gestora, gastróloga e assistente social.

“Mulheres precisam ver mulheres comandando seus negócios. Cozinhar é uma arte. É preciso dar visibilidade cada vez mais a essa arte. Eu me inspiro e tenho muitas referências, sendo que a primeira delas foi a minha mãe”, finaliza Bárbara.

Serviço:

Restaurante Cabana do Camarão

Funcionamento: segunda a quinta, das 11h30 às 18h, sexta das 11h30 às 22h30, sábado, das 11h30 às 23h30 e, domingo, das 11h30 às 18h

Endereço: Av. Afrânio Peixoto, s/n – Itacaranha, Salvador (BA)

Mais informações: (71) 3218-7107/98275-3160

Instagram: @cabanadocamarao.

(Fonte: Biz Comunicação)

Cinemateca Brasileira apresenta 2ª edição da mostra Espetáculo Polêmica Cultura

São Paulo, por Kleber Patricio

De 28 de setembro a 8 de outubro, a Cinemateca Brasileira realiza a segunda edição da mostra “SAC: Espetáculo Polêmica Cultura”, celebrando o gosto pela cinefilia e a histórica e bem-sucedida parceria com a Sociedade Amigos da Cinemateca (SAC). A mostra, que teve sua 1ª edição em 2022, por ocasião dos 60 anos da SAC, reúne 25 filmes de importância histórica e estética.

A continuidade da Mostra SAC é uma oportunidade de celebrar não apenas filmes importantes para a formação da cultura cinematográfica, mas também reafirmar a relação simbiótica entre a Cinemateca e a SAC. Essa associação permitiu ao longo de décadas a consecução de importantes projetos de mediação entre as atividades de preservação e difusão do nosso cinema e audiovisual, além do desenvolvimento técnico e material da Cinemateca Brasileira.

Os cinemas e auditórios programados pela SAC desde 1962 sempre foram reconhecidos como singulares centros de formação cultural. Gerações de artistas, intelectuais e cinéfilos frequentaram esses espaços e puderam conhecer e tomar gosto pelos filmes de arte e, ao mesmo tempo, reconhecer a importância da Cinemateca Brasileira e seu acervo-repertório na formação de uma sólida cultura cinematográfica.

A mostra SAC recupera essa tradição exibindo filmes que marcaram as programações das salas de cinema da SAC-Cinemateca em diferentes décadas. Nesta edição, a mostra se divide em três programas com títulos nacionais e internacionais e mesas de debate, incluindo uma homenagem ao cineasta Djalma Limongi Batista, falecido em fevereiro de 2023.

A mostra abre com uma sessão ao ar livre do longa “Os incompreendidos” (1959), de François Truffaut, no dia 28 de setembro, às 20h. Mais cedo, a partir das 18h, haverá um brinde abertura para o público. Durante toda a mostra, também haverá a distribuição gratuita de um catálogo. A programação é gratuita e os ingressos são distribuídos uma hora antes de cada sessão.

Filmes nacionais | A seleção conta com filmes brasileiros exibidos pela SAC em suas diversas salas, todos atualmente preservados pela Cinemateca Brasileira. Serão exibidas cópias em 35mm, DCP e HDCAM de algumas obras restauradas pela instituição. A programação dos títulos é possível graças aos esforços da Cinemateca Brasileira em preservar as matrizes e confeccionar cópias de acesso e difusão, além das atividades de pesquisa e catalogação audiovisual e preservação de uma gama variada de documentos relacionados à filmografia brasileira.

Destaque para o programa nacional com os filmes “ABC da greve” (1979-1990), “O caso dos irmãos Naves” (1967) e “Os fuzis” (1963) e os curtas-metragens de Joaquim Pedro de Andrade, que serão exibidos em versões restauradas pela Cinemateca Brasileira em projetos apoiados pela SAC. O programa recupera a importância da SAC no apoio à difusão do audiovisual no Brasil.

Filmes internacionais | O programa internacional contou com a parceria de arquivos de cinema internacionais: Arquivo Nacional de Cinema da República Tcheca (Národní filmový archiv); Fundação Japão em São Paulo; Arquivo de Cinema da China (中国电影资料馆); Filmoteca Nacional da Polônia – Instituto Audiovisual (Filmoteka Narodowa – Instytut Audiowizualny); Belas Artes Grupo; Instituto Nacional de Cinema Húngaro (Nemzeti Filmintézet); Adhemar Oliveira e Renata de Almeida.

Entre os recortes da produção internacional, estão o primeiro filme chinês distribuído no Brasil – “Sacrifício do ano novo” (1956), e a estreia nacional de um filme polonês de 1946 (“The Great Way”), além do checo “Um dia, um gato’ (1963) e do húngaro ‘Vermelhos e brancos” (1967).

Homenagem a Djalma Limongi Batista

Haverá uma homenagem ao cineasta Djalma Limongi Batista (1947–2023), falecido em fevereiro deste ano. O programa exibe seu primeiro curta-metragem “Um clássico, dois em casa, nenhum jogo fora” (1968) e os três longas que realizou em sua carreira, com destaque para “Bocage, o triunfo do amor”, cuja pré-estreia foi promovida pela SAC no Cine Bristol, em 1997.

Além das sessões, a programação contará também com duas mesas: “Pesquisa e crítica no cinema”, com Eduardo Morettin e Luiz Zanin, e “O cinema de Djalma Limongi Batista”, com Ismail Xavier. Djalma, além de um artista inovador, foi membro do conselho consultivo da Cinemateca Brasileira por mais de vinte anos.

A Sociedade Amigos da Cinemateca

A Sociedade Amigos da Cinemateca foi fundada em 1962 com o objetivo de articular o apoio dos poderes públicos e da iniciativa privada para obter os recursos materiais necessários para o desenvolvimento dos trabalhos da Cinemateca Brasileira. No núcleo dessa empreitada estavam Dante Ancona Lopez, Florentino Llorente e Paulo Sá Pinto – empresários do ramo de exibição cinematográfica de São Paulo – e Rudá de Andrade, conservador-adjunto da Fundação Cinemateca Brasileira.

“Foi criada a Sociedade Amigos da Cinemateca (sede: Rua 7 de Abril nº 381, tel.: 33-1466) cujo objetivo é dar maior expansão e organicidade à difusão do cinema artístico e cultural na cidade de São Paulo. Isso por um lado. Ao mesmo tempo, a SAC pretende auxiliar os trabalhos de preservação de filmes e documentos empreendidos pela Fundação Cinemateca Brasileira. A iniciativa de criar a SAC deve-se a Dante Ancona Lopez e Florentino Llorente, aos quais logo se vinculou Paulo Sá Pinto, sendo este núcleo o trio exponencial do comércio cinematográfico paulista. A ideia recebeu logo o apoio de figuras dos mais diversos setores como os deputados Abreu Sodré e Cunha Bueno, Rui Nogueira Martins, as Senhoras Ligia Freitas Valle Jordan e Maria Serafina Vilela de Andrade, o diretor teatral Flavio Rangel e muitas outras figuras de primeiro plano dos meios literários, científicos, políticos e artísticos da cidade.” (Carta de Paulo Emílio Sales Gomes enviada para o jornalista Jean Mellé, em julho de 1962).

A proposta de Dante Ancona Lopez era oferecer filmes de arte “que geram polêmica, que possuem um valor estético e apresentam um testemunho político-social”. Daí, o slogan “Espetáculo Polêmica Cultura”, que reforçava o perfil da sala como um espaço de estímulo mais amplo à cultura cinematográfica.

Cinemateca Brasileira

Largo Senador Raul Cardoso, 207 – Vila Mariana – São Paulo (SP)

Horário de funcionamento

Espaços públicos: de segunda a segunda, das 8 às 18h

Salas de cinema: conforme a grade de programação

Biblioteca: de segunda a sexta, das 10h às 17h, exceto feriados

Sala Grande Otelo (210 lugares + 4 assentos para cadeirantes)

Sala Oscarito (104 lugares)

Retirada de ingresso 1h antes do início da sessão

Confira a programação em www.cinemateca.com.br.

(Fonte: Trombone Comunicação)

Tragédia em São Sebastião completa 7 meses e animais continuam à espera de um novo lar

São Sebastião, por Kleber Patricio

Compadecida aguarda um lar. Foto: Confraria Miados e Latidos.

Em setembro completam-se sete meses da tragédia que devastou o Litoral Norte de São Paulo, em São Sebastião. Além de trazer prejuízos financeiros, com os deslizamentos de terra, também causou a morte de mais de 60 pessoas e destruiu centenas de casas na região. E uma dessas casas destruídas pertencia a uma acumuladora de animais – nome comumente usado para referir-se a pessoas que sofrem de um transtorno psiquiátrico chamado de Síndrome de Noé, que causa uma compulsão em abrigar mais e mais animais, sem perceber as condições insalubres às quais acumulador e acumulados estão submetidos. Tatiana Sales, presidente da ONG Confraria dos Miados e Latidos, afirma que só quem já entrou em uma casa de acumulador consegue compartilhar a sensação: “É muito difícil colocar em palavras. A parte mais impressionante costuma ser o cheiro. Anos e anos de urina e fezes acumuladas, restos de ração e por vezes até corpinhos que não resistiram à disputa pelos poucos recursos. É um cenário devastador”.

Já tendo sofrido uma vez pelo abandono e uma segunda vez ao serem “resgatados” por uma pessoa que não tinha condições de lhes oferecer uma vida digna, um grupo de 17 gatos sofreu um terceiro golpe: se viram do dia pra noite sem um teto e rodeados de água. Em uma ação coordenada por várias entidades da Proteção Animal, o Grupo de Resgate Animais em Desastres (GRAD) resgatou e deu uma nova chance a essas 17 pequenas vítimas, quase invisíveis em meio a tanta comoção. A professora Vânia Plaza Nunes, presidente e fundadora do GRAD, explica a principal função da entidade. “O GRAD existe justamente com o objetivo de promover ajuda humanitária aos animais e pessoas em circunstâncias de vulnerabilidade em desastres, com equipe técnica qualificada e capacitada para atuar em diferentes situações”.

Falta de informação sobre a FIV ainda é barreira

Dos 17 gatos trazidos pelo GRAD, nove foram assumidos pela ONG Confraria Miados e Latidos; destes, apenas quatro ainda não ganharam um lar, pois testaram positivos para FIV – a AIDS Felina. “A FIV não é uma sentença de morte. A maioria dos gatinhos chega a viver vidas longas, felizes e saudáveis. Porém, como ela é transmissível, os gatinhos FIV positivos só podem ser doados para lares em que não haja outros gatos negativos para a doença. Isso acrescenta uma camada adicional de dificuldade na hora de promover a adoção”, acrescenta Tatiana, da Confraria dos Miados e Latidos.

Conheça abaixo os quatros gatinhos que sobreviveram ao abandono, uma vida em situação de acumulação, um desastre ambiental e a uma doença crônica – e que agora só precisam de uma família para chamar de sua:

Cabo 70: https://www.miadoselatidos.org.br/product-page/cabo70

Compadecida: https://www.miadoselatidos.org.br/product-page/compadecida-1

Bolinha: https://www.miadoselatidos.org.br/product-page/bolinha

Teperoá: https://www.miadoselatidos.org.br/product-page/tepero%C3%A1.

Para adotar um deles, é só escrever para o e-mail queroadotar@miadoselatidos.org.br ou pelo Whatsapp (11) 2341-9870.

Sobre a Confraria Miados e Latidos | Fundada em 2007, em São Paulo (SP) e, em 2010, em Nova Friburgo (RJ), a Confraria Miados e Latidos é uma organização sem fins lucrativos que atua no resgate de animais abandonados com a missão de proporcionar bem-estar e qualidade de vida à maior quantidade possível de cães e gatos. Para isso, a ONG atua com ações de castração, resgate, adoção e conscientização da sociedade por meio da produção e compartilhamento de materiais informativos, palestras e eventos. Até o momento, já foram resgatados cerca de 4 mil animais, realizadas mais de 3 mil doações e cerca de 15 mil castrações. Para saber mais, acesse www.miadoselatidos.org.br.

(Fonte: DePropósito Comunicação de Causas)