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Arte & Cultura

Campinas

Centro Cultural Casarão será palco do Festival Arreuní! 2024

por Kleber Patrício

O Festival Arreuní! 2024 trará músicos, cantadores e compositores ao Centro Cultural Casarão, em Barão Geraldo, Campinas (SP) para uma série de apresentações a partir de 5 de maio (domingo), às 15h, com entrada gratuita. A proposta é divulgar as diferentes vertentes da música tradicional brasileira, reunindo artistas de culturas distintas para compartilhar a diversidade e […]

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Pesca sem controle diminuiu drasticamente populações de peixes de recifes em seis décadas

Brasil, por Kleber Patricio

Pesquisa identificou 110 espécies de ecossistemas de recifes no desembarque de pescarias de 1950 a 2015. Foto: Francini Filho/Arquivo pesquisadores.

Ao longo de seis décadas, o Brasil tem reduzido as populações de peixes que habitam a costa do país, por conta do impacto das pescas em recifes. A constatação foi feita pelo grupo ReefSyn, que reúne pesquisadores de nove universidades públicas brasileiras, entre elas, a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), a partir da análise de um banco de dados de pesca em recifes de 1950 e 2015. Os principais diagnósticos da pesca predatória no Brasil estão descritos em artigo científico publicado no dia 2 de janeiro na revista “Reviews in Fish Biology and Fisheries”.

O trabalho identificou 110 espécies de ecossistemas de recifes no desembarque de pescarias neste período. Só em 2015, aproximadamente 50 mil toneladas de peixes de espécies com valor comercial foram pescadas, entre elas, budiões (gênero Sparisoma), vermelhos e guaiubas (gênero Lutjanus). A região Nordeste foi a que mais capturou peixes recifais no período, seguida pelas regiões Sudeste e Norte. A falta de gerenciamento e de fiscalização da atividade pesqueira, segundo os pesquisadores, provocou o declínio de várias populações de peixes principalmente a partir dos anos 2000, momento em que houve um pico de capturas destas espécies.

O estudo também identificou que, ao longo dos anos, cada vez mais espécies passaram a ser capturadas pelos pescadores. “Elas têm as mais variadas funções e importância dentro dos ecossistemas”, alerta Mariana Bender, bióloga do Departamento de Ecologia e Evolução da UFSM e autora sênior do artigo.

Os pesquisadores também identificaram, nas quatro regiões estudadas, de norte a sul do país, um processo conhecido no meio científico como pesca através da cadeia alimentar – onde se capturam desde organismos predadores de topo até os que ocupam níveis inferiores na teia alimentar. “Ao longo desses 65 anos, as pescarias atingiram também peixes herbívoros, como é o caso dos budiões no Nordeste, além de peixes de tamanho pequeno”, comenta a autora. “Estamos explorando uma grande variedade de espécies, consumindo praticamente todo e qualquer recurso marinho, sem reconhecer os efeitos da perda da biodiversidade”.

O impacto da pesca predatória no Brasil tende a ser pior do que o abordado pela pesquisa, pois não há dados governamentais atualizados sobre a atividade após 2015. Sem eles, é impossível entender, por exemplo, o fluxo comercial da pesca em recifes. “Sabemos que o mercado internacional tem impulsionado o aumento da atividade pesqueira e a quantidade de espécies pescadas. Um dos principais países importadores são os Estados Unidos, mas não temos detalhamentos importantes, como as espécies mais exportadas em cada região”, pontua Bender. O número de pescadores associados diretamente aos ecossistemas recifais também não está disponível.

O Brasil possui mais de oito mil quilômetros de costa heterogênea e 4,5 milhões de quilômetros quadrados de Zona Econômica Exclusiva (ZEE), um recorte territorial de domínios marítimos mantidos sob soberania territorial nacional conhecido como “Amazônia Azul”. Apesar da extensão territorial e da importância dos recursos marinhos para a população que vive nas regiões costeiras, o país não tem, tradicionalmente, uma continuidade de investimentos para a proteção oceânica. Estimativas de estudos recentes apontam que apenas 4% desse território conta com algum grau de proteção ambiental.

O estudo alerta para a necessidade urgente de políticas regionais para o gerenciamento da pesca, já que os recifes brasileiros possuem características distintas em cada área do país. Segundo os pesquisadores, dados atualizados sobre a pesca recifal no Brasil são fundamentais para a gestão da atividade – e, consequentemente, para a proteção da biodiversidade dos recifes. Por isso, eles enfatizam a necessidade de investimento por parte do governo na obtenção, sistematização e integração destas informações em todo o país.

(Fonte: Agência Bori/Coleção Ressoa Oceano)

Indaiatuba está entre as cidades paulistas com melhor avaliação no Índice de Efetividade de Gestão Municipal

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Indaiatuba conquistou nota “B” (efetiva) e está entre as 52 cidades com melhor avaliação do Estado de São Paulo. Foto: Eliandro Figueira.

O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), principal órgão fiscalizador da aplicação dos recursos públicos, divulgou o Índice de Efetividade de Gestão Municipal (IEG-M) de 2023, referente a 2022. Indaiatuba conquistou nota “B” (efetiva) e está entre as 52 cidades (8%) com melhor avaliação do Estado. Indaiatuba também está acima da média geral das 644 cidades paulistas auditadas pela Corte. Nenhum outro o município atingiu as notas B+ e A. A ação tem como objetivo medir o desempenho das prefeituras em relação a eficiência da utilização do orçamento.

Para o prefeito Nilson Gaspar (MDB) Indaiatuba receber essa avaliação favorável há tantos anos é extremamente gratificante. “A construção do nosso orçamento é realizada tomando por base uma previsão mais próxima da realidade possível, dentro da arrecadação própria e repasses de verbas estadual e federal. O importante é aplicar os recursos com austeridade e de forma programada e é assim que conseguimos oferecer serviços com qualidade para a população. Porque o principal objetivo da gestão do recurso público é atender às pessoas em suas necessidades oferecendo, entre outras coisas, Segurança, Educação, Saúde, Habitação, Infraestrutura e cuidado social. O resultado é atração de novos investimentos, geração de emprego e renda, mais qualidade de vida. Esse resultado demonstra que Indaiatuba é diferenciada e por isso temos orgulho de viver e construir nossa família aqui”, ressalta Gaspar.

O IEG-M foi criado em 2015 pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo para medir a eficiência dos gastos municipais e políticas públicas do gestor municipal. Os sete pilares avaliados são: Educação, Saúde, Planejamento, Gestão Fiscal, Meio Ambiente, Cidades Protegidas e Governança em Tecnologia da Informação. Os dados são coletados anualmente por meio de questionários eletrônicos. Dos 644 municípios paulistas, 52 obtiveram nota “B” (efetiva), 223 municípios nota “C+” (em fase de adequação) e 369 tiveram IEM-G C (baixo nível de adequação).

(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)

TV Cultura estreia série documental com histórias de pessoas que vivem da reciclagem

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação.

A TV Cultura acaba de estrear a série documental “Reciclagem & Transformação: Memórias da Vida”. A produção é concebida a partir de uma parceria entre o Museu da Pessoa, a Secretaria Especial de Cultura do Ministério do Turismo (pela Lei Federal de Incentivo à Cultura – ProNAC 20.4741) e a Tetra Pak e será exibida no canal por meio da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura.

Entre janeiro e maio, a TV Cultura exibirá diariamente dois episódios da série documental com aproximadamente 3 minutos cada, que serão veiculados às 12h45 e após a faixa de programação das 22h da emissora. Todo o conteúdo ficará disponível, ainda, no App Cultura Play.

“Inclusão e comprometimento com a sustentabilidade do planeta fazem parte dos princípios da programação da TV Cultura. ‘Reciclagem & Transformação: Memórias da Vida’ é um conteúdo que sintetiza essas e outras premissas da nossa emissora. Parabenizamos os envolvidos”, diz Enéas Pereira, vice-presidente da Fundação Padre Anchieta.

Sobre “Reciclagem & Transformação: Memórias da Vida”

Mosaico da TetraPak.

Histórias de personagens como Maria Aparecida, Elismaura, Renilda, Wilza, Rosa Maria, Renata, João Paulo, Windson, Sandra, Danilo, Vinicius e Ivan representam o cotidiano de diferentes trabalhadores da cadeia da reciclagem. São catadores autônomos e de cooperativas, recicladores, educadores, aparistas e até consumidores finais que abriram suas trajetórias de vida, conquistas e desafios, sonhos e motivações, convidando quem assiste a refletir sobre o quanto é importante a valorização de cada um desses trabalhos ao passo que se reconhece as transformações que eles geram para a sociedade e para o planeta.

“Acreditamos que, ao contar histórias inspiradoras de pessoas que transformam suas vidas e de suas famílias por meio da reciclagem, fortalecemos o valor desse ecossistema e damos voz a pessoas que são essenciais em nossa sociedade. Ter essas histórias contadas em TV aberta, na TV Cultura e com o apoio de instituições de peso ligadas à cultura e educação é, sem dúvidas, um passo relevante na ampliação de mensagens voltadas para conscientização da importância da reciclagem e fortalece nosso propósito de proteger e cuidar dos alimentos, das pessoas e do planeta”, ressalta Valéria Michel, diretora de sustentabilidade da Tetra Pak Brasil e Cone Sul.

O Museu da Pessoa é responsável por captar os registros presentes na série. “O Museu da Pessoa tem trabalhado com a temática ‘Qual é o seu legado’ e, dentro dessa provocação, nos questionamos sobre como as nossas ações ajudam a construir esse mundo e o que a gente quer deixar para o futuro. E não tem como falar de legado sem falar do processo de reciclagem, da sustentabilidade. Nesse sentido, escolhemos entrevistar pessoas cujas vidas são impactadas por todo esse processo para contar um pouquinho para o público sobre essa transformação e sobre a importância do catador na cadeia de reciclagem”, explica Lucas Lara, diretor de museologia do Museu da Pessoa.

Uma observação interessante do Museu é que, em boa parte dos casos, foi percebido que a reciclagem e o processo de coleta seletiva acabaram transformando a vida das pessoas entrevistadas ao possibilitar uma fonte de renda segura.

Mosaico da TetraPak.

“No Museu da Pessoa a gente acredita que alguma coisa muda dentro da gente quando a gente ouve a história do outro. E o mesmo acontece quando a gente para contar nossa própria história. Muitas vezes a gente acha que as nossas vivências não têm tanto valor, que são histórias comuns, e, quando a gente vê a nossa história alçada a uma peça de museu e percebe que outras pessoas estão aprendendo a partir das nossas vivências, isso faz com que eu valorize cada vez mais a minha trajetória e perceba o potencial da minha narrativa. Toda história de vida importa e toda pessoa é fundamental para a transformação que a gente quer ver no mundo”, reflete, ainda, o diretor do Museu.

Sobre a TV Cultura/Fundação Padre Anchieta | Há 54 anos, a TV Cultura é reconhecida como a principal emissora pública do país, sustentada por três pilares: Cultura, Educação e Informação. Com programação premiada e voltada para diversos públicos e faixas etárias, destaca-se no cenário nacional pelo conteúdo atual, atrativo, crítico, democrático e inovador, dedicado ao desenvolvimento do cidadão.

Desde sua criação, em 1969, conquistou mais de 400 prêmios nacionais e internacionais, incluindo quatro Emmy Awards e mais de 10 troféus Prix Jeunesse. Além disso, foi tida como a segunda melhor emissora do mundo em qualidade de programação – atrás apenas da BBC One. Hoje, a Cultura está presente em todos os estados brasileiros. Na TV aberta, são mais de 200 canais próprios no Estado de São Paulo e no Distrito Federal, 65 afiliadas geradoras e 350 retransmissoras espalhadas pelo Brasil. Na TV por assinatura, são mais de 11 milhões de assinantes.

Sobre o Museu da Pessoa | O Museu da Pessoa (www.museudapessoa.org) é um museu virtual e colaborativo fundado em São Paulo em 1991 com o objetivo de registrar, preservar e transformar histórias de vida de toda e qualquer pessoa em fonte de conhecimento, compreensão e conexão. O Museu da Pessoa conta com um acervo de mais de 18 mil depoimentos em áudio, vídeo e texto e cerca de 60 mil fotos e documentos digitalizados de brasileiros e brasileiras de todas as regiões, idades, classes e atividades. Desde seu início, sua plataforma virtual contabiliza mais de 2.500.000 acessos únicos. O projeto educativo já alcançou 1455 escolas públicas, impactando mais de 56 mil alunos em 69 municípios do Brasil. O Museu possui 96 livros publicados com mais de 76 mil exemplares distribuídos. Sua sustentabilidade financeira é mantida através do planejamento e produção de mais de 300 projetos de memória desenvolvidos para instituições e empresas.

(Fonte: Néctar Comunicação Corporativa)

Zeca Pagodinho celebra quatro décadas de carreira em turnê especial na cidade de Campinas

Campinas, por Kleber Patricio

Fotos: Guto Costa.

Zeca Pagodinho está pronto para protagonizar um marco notável em sua carreira. Um dos maiores nomes da história do samba comemora 40 anos de sucesso ininterruptos e 65 anos de vida com a realização de uma turnê especial. No dia 27 de julho, o artista chega à cidade de Campinas, interior do Estado de São Paulo, para uma apresentação memorável. O show vai acontecer no Royal Palm Hall. Os portões abrem às 19h30. Os ingressos podem ser adquiridos pelo site Ticket 360 https://www.ticket360.com.br/ingressos/28427/ingressos-para-zeca-pagodinho-40-anos-em-campinas. A realização do evento é da Oceania.

Ao longo de quatro décadas, o artista consolidou seu lugar como uma figura emblemática na música brasileira, conquistando corações com sua voz única e talento inigualável. Para celebrar essa impressionante trajetória, o embaixador de Xerém anunciou uma série de mega shows pelo país, que promete atrair fãs de todas as idades. Esta é uma realização com assinatura da Opus Entretenimento e Lado B Produções.

Zeca Pagodinho 40 Anos

A turnê “Zeca Pagodinho 40 Anos” levará o público a uma viagem musical repleta de sucessos que marcaram época, além de grandes clássicos de seu repertório, que compõem a riqueza do samba brasileiro.

Além de sua carreira musical, Zeca também é reconhecido por seu compromisso com a preservação e promoção do samba. Ele se tornou um defensor incansável da cultura brasileira, mantendo vivas as tradições do segmento e inspirando novas gerações a se conectarem com suas raízes.

Zeca Pagodinho iniciou sua carreira nas rodas de samba do subúrbio do Rio de Janeiro com a lendária roda do Cacique de Ramos. Desde criança, circulava entre sambistas de sua geração e das anteriores, até ter o talento revelado pela cantora Beth Carvalho, na década de 1980. O sucesso foi rápido e, em poucos anos, já era detentor de diversos prêmios, inclusive 4 Grammys Latinos. No ano de 2021, foi eleito pela revista Veja um dos 30 cariocas que mudaram a história da cidade nas últimas três décadas.

Zeca, que já gravou 24 álbuns de carreira e tem mais de 12 milhões de cópias vendidas, é famoso também por seu carisma e irreverência, sendo reconhecido pelo público e pela crítica como um dos maiores sambistas do Brasil. Além disso, o cantor está vivendo momentos intensos desde fevereiro do ano passado, quando foi enredo da Acadêmicos da Grande Rio e também escolheu 2023 para consolidar seu trabalho no exterior. No final de maio, ele embarcou para uma turnê pelos Estados Unidos e, em outubro, tocou em vários países da Europa, como Portugal, Inglaterra, Espanha e Suíça.

Para além da celebração dos 40 anos de carreira, essa tournée especial marca um testemunho do legado duradouro de Zeca Pagodinho. Sua inestimável contribuição para o samba e a música brasileira transcende gerações e será eternizada neste capítulo marcante de sua história.

Serviço:

Show Zeca Pagodinho

Data: 27 de julho

Horário: 19h30

Local: Royal Palm Hall – Rua Monsenhor Luís Fernandes de Abreu, 311 – Jardim do Lago Continuação – Campinas/SP

Mais informações: https://www.ticket360.com.br/ingressos/28427/ingressos-para-zeca-pagodinho-40-anos-em-campinas.

(Fonte: Estrategic Assessoria e Comunicação)

Núcleo Musical Nabor Pires Camargo abre matrículas gratuitas para sete instrumentos

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Desde 2022, Núcleo Nabor vem formando novos músicos e proporcionando vivências culturais e artísticas. Fotos: divulgação.

Criado para promover o ensino musical como forma de valorizar, difundir e preservar a cultura local relacionada ao choro, jazz, samba e MPB (Música Popular Brasileira) e ainda homenagear um dos autores do Hino Indaiatubano, o Núcleo Musical Nabor Pires Camargo foi criado em 2022. Desde então, vem formando novos músicos e proporcionando vivências culturais e artísticas.

As matrículas para o Núcleo Musical Nabor Pires Camargo tiveram início na quarta-feira, dia 24, e seguem até às 16h do dia 23 de fevereiro. Serão oferecidas aulas gratuitas para sete modalidades de instrumentos: bandolim, cavaquinho, clarineta, flauta transversal, percussão, saxofone e violão 7 cordas.

“Fechamos 2023 com 100 alunos ativos no Núcleo Nabor, todos aprendendo mais sobre os instrumentos escolhidos e também participando das Rodas de Choro, que já se tornaram uma tradição em nossa cidade, além de outros eventos”, destaca a secretária municipal de Cultura, Tânia Castanho. “Queremos ampliar estas participações e seguir aumentando o ensino musical de qualidade em Indaiatuba”.

Roda de Choro formada por professores e alunos do Núcleo Nabor participa de diversos eventos.

Para efetuar a inscrição, é preciso se dirigir ao Casarão Pau Preto de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h30. As matrículas são realizadas por ordem de chegada e para participar, é preciso ter a idade mínima de 10 anos e apresentar RG, CPF ou CNH e comprovante de residência atualizado. No caso de menores de idade, a matrícula deverá ser feita pelos pais ou responsáveis legais, que também devem apresentar seus documentos pessoais. Vale destacar que, para participar das aulas, o interessado deverá possuir o instrumento da modalidade escolhida.

Além das aulas de instrumentos, os alunos do Núcleo aprendem Teoria Musical e Prática de Conjunto (Repertório). O Casarão Pau Preto está localizado na Rua Pedro Gonçalves, 477. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (19) 3816-6961.

Nabor Pires Camargo

Nabor Pires Camargo nasceu em 9 de fevereiro de 1902 no município de Indaiatuba, mais precisamente na casa número 16 da Rua 15 de Novembro. Já em 1912, foi admitido como clarinetista da banda infanto-juvenil regida pelo maestro José Lopes dos Reis, o “Dunga”, durante a administração do prefeito Major Alfredo Camargo Fonseca e, sete anos depois, Nabor tornou-se maestro da banda. Em 1921, transferiu-se para São Paulo e ali deu início aos estudos de música no Conservatório Dramático-Musical de São Paulo.

Nos primeiros tempos na capital, foi clarinetista da Banda do 4º B.C. do Exército (durante o serviço militar); empregado da Companhia de Estrada de Ferro Santos-Jundiaí (a “Inglesa”); clarinetista da Banda da Lapa e clarinetista da orquestra do Cine São Bento e do Cinema Olímpia. Fez amizade com o jornalista e poeta Dieno Castanho, iniciando com ele, a partir do maxixe “Mamãe Me Leva”, uma longa parceria em suas composições.

Em 1923, passou a atuar em programas na Rádio Record. Em 1930, foi escolhido Melhor Clarinetista de 1930, prêmio concedido pela Gazeta Esportiva. Gravou seu primeiro disco no estúdio da Victor da Praça da República, com as composições “Matando Saudades” e “Caindo das Nuvens”.

Na década de 1930, intensificou suas atividades como músico nas emissoras de rádio: entre 1933 e 1937, participou da orquestra e do grupo regional de música da Rádio Educadora; em 1937, integrou a Orquestra Sinfônica da Rádio Tupi. Também foi músico na Rádio Gazeta e na Rádio e Televisão Nacional.

Além disso, integrou a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo (oficializada no final da década de 1940). Também em 1930, junto a Acrísio de Camargo compôs o Hino Indaiatubano em homenagem ao primeiro centenário de Indaiatuba.

Em 1947, iniciou os primeiros entendimentos com a Editora Irmãos Vitale para a elaboração e publicação de um método para clarineta. Este método é utilizado até os dias de hoje entre os professores e estudantes desse instrumento.

Em 1967, aposentou-se pelo Departamento de Cultura do Município de São Paulo, órgão ao qual estava subordinada a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo. Retornou a Indaiatuba em 1985, aqui permanecendo até o final daquela década, quando transferiu-se para Mococa. Faleceu em 3 de outubro de 1996, aos 94 anos, deixando a esposa, Dona Cleonice (com quem se casou em 1934) e a filha única Marizaura.

(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)