Iniciativa acontece durante a 23ª Semana Nacional de Museus e convida o público a refletir sobre inclusão e criatividade


São Paulo
As onças estilizadas por artistas patrocinados pela ISA CTEEP, líder no setor de transmissão de energia do País, em parceria com a Jaguar Parade, intervenção artística urbana que reúne esculturas de onças-pintadas, estão disponíveis para compra em leilão on-line até 26 de outubro. Toda a receita arrecadada será destinada a projetos de preservação da espécie e seu habitat em diversos países da América Latina.
As obras, que encantaram moradores e turistas de São Paulo entre maio e agosto e viajaram aos principais pontos turísticos de Nova York, em setembro, são a materialização do papel-chave da onça para os ecossistemas e da preocupação ambiental da humanidade.
No total, cerca de 40 esculturas foram produzidas para o evento cultural internacional. Dessas, 11 foram assinadas por artistas convidados pela ISA CTEEP: Petterson Silva, Rafael Jonnier, Kássia Rare, Luc Sousa, Celair Ramos (Buga Peralta), Vanessa Alexandre, Sophie Reiterman, Irmãs Gelli, Lettice, Ju Barros e Luiz Escañuela. Todas estarão disponíveis para compra por meio de leilão on-line até 20 de outubro, nos Estados Unidos, e 26 de outubro, no Brasil.
Conexão Jaguar
O apoio a iniciativas como a Jaguar Parade está em linha com a estratégia de sustentabilidade da ISA CTEEP, como o Programa Conexão Jaguar, desenvolvido desde 2019 no Brasil, em conjunto com o aliado técnico South Pole.
O Programa tem como objetivo promover a conservação da biodiversidade e a mitigação das mudanças do clima, por meio da implementação de projetos florestais em áreas prioritárias para a proteção, recuperação e conexão do habitat e corredores da onça-pintada. Atualmente, contribui para a conservação de mais de 135 mil hectares na Serra do Amolar, no Pantanal, em parceira com o Instituto Homem Pantaneiro (IHP).
Saiba mais sobre o Programa Conexão Jaguar: acesse aqui.
Serviço:
Leilão On-line no Brasil
Aberto para lances em: https://www.iarremate.com/iarremate2/051
Término: 26 de outubro de 2022, às 20h
Obras à venda: esculturas expostas exclusivamente em São Paulo
Local de coleta: São Paulo, SP
ONGs beneficiadas: Onçafari, Panthera, WWF, WCS e The Lion’s Share.
Leilão On-line nos EUA
Aberto para lances em: https://event.gives/jaguarparade
Leilão ao vivo: 20 de outubro de 2022, às 19h
Obras à venda: esculturas expostas em Nova York
Local de coleta: Nova Jersey, EUA
ONGs beneficiadas: Panthera, WWF, WCS e The Lion’s Share.
(Fonte: RPMA Comunicação)
A peça “E Lá Fora o Silêncio” é o terceiro trabalho do LABTD (Laboratório de Técnica Dramática) baseado em pesquisas documentais sobre a ditadura civil-militar brasileira. Concebido por Ave Terrena, Diego Moschkovich e Diego Chilio, o espetáculo encerra a trilogia “Mural da Memória” e se apresenta no Teatro Cacilda Becker (Rua Tito, 295 – Lapa, São Paulo), em uma temporada de 21 de outubro a 13 de novembro de 2022. A entrada é gratuita.
Com dramaturgia de Ave Terrena e direção de Diego Moschkovich, o trabalho retoma a memória da ditadura brasileira a partir da história de Crístofer, que está de mudança e encontra cartas enviadas de dentro da prisão para sua irmã na época em que esteve encarcerado.
Escritas em código, como forma de burlar a repressão, essas correspondências narram a vida de presas políticas com quem ele convivia no presídio, até que os fragmentos começam a se embaralhar e criam uma confusão entre tempos. “A peça é sobre o encontro, no presídio feminino, entre dois grupos invisíveis, silenciados e perseguidos pela ditadura: as mulheres cisgêneras participantes da resistência política e as pessoas transmasculinas”, revela Ave Terrena. “A peça também é sobre o encontro entre a memória, caracterizada por essas mulheres e o personagem de Crístofer, e o contemporâneo, na figura do sobrinho, Diego Chilio, e no slam de Jessica Marcele”, completa.
A peça tem a forma de uma apresentação de rodada de negócios, em que Cristofer e seu sobrinho tentam vender uma série audiovisual a potenciais financiadores do projeto. Além das cartas apresentadas e lidas para o público, as personagens Silaine, Iucatã e Alice se relacionam com as outras em forma de projeção. Suas histórias foram baseadas nas mulheres que tomaram parte da resistência armada contra a ditadura. “A ideia é que essas personagens apresentem, além do plano poético, trazido pelo texto da Ave, um plano documental-performativo. Elas não são apenas vozes do passado, mas imagens-fantasmas transversais do tempo”, afirma Diego Moschkovich.
Pesquisa
Como referência inicial na construção da peça, a dramaturga trouxe a pesquisa da professora Jaqueline Gomes de Jesus (IFRJ), que entende a memória em sua dimensão coletiva e seu caráter de seleção e reconstrução contínua, e o livro “Mulheres na luta armada” (2018), de Maria Claudia Badan Ribeiro. Além disso, o grupo também entrevistou mulheres que integraram organizações de resistência à repressão.
O projeto procurou referências de relatos publicados de pessoas LGBTQIA+ encarceradas, como por exemplo “A Princesa”, de Fernanda Farias de Albuquerque (1994). A peça destaca a memória de homens trans e transmasculines, tão invisibilizades quanto as mulheres cisgêneras da luta armada e pouco reconhecidas como vítimas da ideologia reacionária e patriarcal da ditadura militar. A dramaturgia foi construída com base no livro “A Queda para o Alto”, de Anderson Herzer (1981) e nas entrevistas de História Oral de Vida realizadas pela dramaturga com o ator Leo Moreira Sá, que iniciou no projeto como entrevistado e hoje é um dos atores do elenco.
Além do presente trabalho, a pesquisa dramatúrgica do grupo, recriada continuamente em processo colaborativo, já mergulhou anteriormente em documentos históricos como os da Comissão Nacional da Verdade (CNV), Comissão da Verdade do Estado de São Paulo ‘Rubens Paiva’, em livros como “Ditadura e Homossexualidades”, organizado por James Green e Renan Quinalha, nas edições do jornal Lampião da Esquina e na História Oral de Vida de Neon Cunha.
A terceira peça do LABTD, “E Lá Fora o Silêncio”, passou por um longo período de leituras coletivas e entrevistas com mulheres que integraram organizações de resistência à repressão. Algumas delas integram o espetáculo em vídeos gravados nas cenas criadas a partir de seus depoimentos: Ana Maria Ramos, Crimeia Almeida e Dulce Muniz interpretam o texto em versos de Ave Terrena. O contemporâneo tensiona os vídeos de inspiração documentária recriados na cena transtemporal do LABTD.
Sobre o LABTD – Mural da Memória
O Laboratório de Técnica Dramática (LABTD) é um grupo de teatro da cidade de São Paulo que existe desde 2015. Atualmente, seus integrantes são a dramaturga Ave Terrena, o ator Diego Chilio e o diretor Diego Moschkovich, com produção de Iza Marie Miceli.
O grupo já encenou as peças “O Corpo que o Rio Levou” (2017), que também foi publicada pela Editora Giostri, e “As 3 uiaras de SP city” (2018), premiada pela IV Mostra de Dramaturgia do CCSP, ambas com perspectivas sobre o período histórico da ditadura brasileira. “E Lá Fora o Silêncio”, premiada no edital TUSP Peças em Processo – agora com o Prêmio Zé Renato da Secretaria Municipal de Cultura – encerra a trilogia “Mural da Memória”. As peças já circularam em teatros, ocupações de luta por terra e moradia, bibliotecas municipais e instituições de acolhimento à população LGBT.
O grupo também participou da Feira Paulista de Opinião, organizada em comemoração aos 50 anos da 1ª Feira Paulista de Opinião, com o texto “A Grande Exposição”.
A cada trabalho, o núcleo do grupo cria parcerias com artistas convidadas, fincando o pé nos processos colaborativos e ampliando suas metodologias de pesquisa e as intersecções poéticas e política dentro e fora da sala de ensaio. Até o fim de 2022, o projeto ganha um site que abrigará os materiais de todas as peças do grupo.
Ficha Técnica
Idealização: Laboratório de Técnica Dramática [LABTD]: Ave Terrena, Diego Moschkovich e Diego Chilio
Texto: Ave Terrena
Direção: Diego Moschkovich
Atuação: Ana Maria Ramos Estevão, Criméia de Almeida, Diego Chilio, Dulce Muniz, Jessica Marcele e Leo Moreira Sá
Músicos em cena: Felipe Pagliato e Gabriel Barbosa
Iluminação e cenário: Wagner Antonio
Figurino: Diogo Costa
Criação em Vídeo e Projeção Mapeada: Amanda Amaral
Design visual: Rafael Cristiano
Transparências: Carla Miyazaka
Crítica em processo: Paloma Franca Amorim
Assistente de Direção: Rodolpho Corrêa
Operação de luz: Felipe Fly
Operação de vídeo e Projeção: GIVVA
Assessoria de imprensa e mídias sociais: Canal Aberto
Observadores-documentadores: Carla Miyazaka, Felipe Fly, Oru Florido, Raiane Souza, Rodolpho Corrêa
Estagiária: Thainá Teixeira
Produção Executiva: Lucas Leite
Direção de Produção: Iza Marie Miceli
Entrevistas de História Oral de Vida: Amelinha Telles, Ana Maria Ramos, Cida Costa, Crimeia Almeida, Guiomar Lopes e Leo Moreira Sá, além dos diálogos com a pesquisadora Maria Claudia Badan Ribeiro.
Com as vozes em cena de: Amanda Proetti, Sofia Botelho, Sophia Castellano, Fátima Sandalhel, Maria Emília Faganello, Verónica Valenttino, Raiane Souza, Thainá Teixeira, Carla Miyasaka, Ave Terrena, Rodolpho Corrêa, Givva, Kyem Araújo, Kairos Castro, Bernardo Gael, Felipe Fly, Miguel Ângelo, Marun Reis
Intervenção Núcleo Trans: GIVVA, Leo Moreira Sá, Rodolpho Corrêa, Oru Florido, Felipe Fly, Ave Terrena.
Este projeto foi contemplado pela 14ª Edição do Prêmio Zé Renato de Teatro para a Cidade de São Paulo – Secretaria Municipal de Cultura.
Serviço:
E Lá Fora o Silêncio
Duração: 70 Minutos Recomendação: 12 anos
Teatro Cacilda Becker
Rua Tito, 295 – Lapa (198 lugares) – São Paulo (SP)| Tel.: (11) 3864-4513
De 21 de outubro a 13 de novembro de 2022*
Sextas e sábados às 21h, domingos às 19h
Gratuito – Retirada de ingresso uma hora antes
* No dia 30 de outubro não haverá espetáculo. No dia 4 de novembro, haverá uma sessão extra às 17h.
(Fonte: Canal Aberto Assessoria de Imprensa)
O Theatro São Pedro estreia, no dia 20 de outubro, os três títulos criados pelos jovens selecionados para a primeira edição do Atelier de Composição Lírica, que tem como objetivo fomentar a composição de obras operísticas inéditas partindo de um programa de formação com professoras e professores que são referências no gênero.
Na primeira edição do Atelier foram selecionados, por meio de um edital, três compositores e três libretistas. Os seis participantes do programa passaram por uma formação que contemplou atividades teóricas e práticas com o objetivo de proporcionar uma perspectiva da ópera na contemporaneidade e prepará-los para discutirem e pensarem sobre o desenvolvimento da linguagem operística. Os compositores e libretistas do Atelier tiveram liberdade para escolher os temas e as histórias com as quais queriam trabalhar.
O corpo docente foi formado por Flo Menezes (composição), Alexandre Dal Farra e João Luiz Sampaio (dramaturgia e criação de libretos), além dos instrumentistas da Orquestra do Theatro São Pedro. Os participantes tiveram ainda workshops com cantoras e cantores profissionais.
De 20 a 23 de outubro, o público terá a oportunidade de assistir em um mesmo espetáculo os três títulos criados: “O Presidento”, “Entre (CAcOs)” e “A Fome dos Cães”. O compositor Gabriel Xavier e a libretista Lara Duarte assinam a primeira ópera a subir ao palco do Theatro São Pedro: “O Presidento”. Lara Duarte conta que o desejo de experimentar a linguagem operística foi o que guiou a sua criação. “Eu quis experimentar essa estrutura, a ideia da palavra cantada, a possibilidade de ter diferentes personagens cantando ao mesmo tempo e de poder alternar áreas com outros momentos nos quais o fluxo da narrativa é diferente”, afirma a libretista. Já o compositor Gabriel Xavier explica que criou uma passacaglia barroca que se fundamenta em uma sequência repetitiva.
A seguir é a vez de “EnTre(CacOS)”, da compositora Marina Figueira e libreto de Isabela Rossi. A libretista buscou criar “algo que fosse um sintoma do nosso tempo a partir de figuras que beirassem o fantástico ou escapassem de uma referência imediata da realidade”. Nesse sentido, o libreto surgiu a partir de referências múltiplas, que vão do filósofo grego Diógenes, o Cínico, à fábula, incluindo um trabalho de campo. A partir desse enredo, a compositora Marina Figueira estruturou musicalmente a ópera em dois atos intercalados. A obra transita entre o atonal e o tonal, passando por estéticas diferentes, que vão de uma sonoridade jazzística à serialista.
O título “A Fome dos Cães”, do compositor William Lentz e da libretista Carina Murias, foi escolhido para encerrar o espetáculo. A ideia para criação do libreto veio das notícias relacionadas à fome. Já a música de “A Fome dos Cães” caracteriza-se pela simultaneidade de eventos, cuja densidade varia entre as cenas. O compositor William Lentz explica que “de forma geral, a partitura apresenta o caráter grave relacionado ao tema da ópera e, à medida em que a obra avança, diferentes estados de ânimo transformam a dinâmica do conjunto de acordo com a direcionalidade do movimento musical e dos eixos que definem a forma da obra”.
O espetáculo tem direção musical de Leonardo Labrada, que comanda a Orquestra do Theatro São Pedro, direção cênica de Alexandre Dal Farra, cenografia de Fernando Passetti, figurino de Awa Guimarães, iluminação de Nicolas Caratori e maquiagem de Tiça Camargo. No elenco, os cantores Manuela Freua (soprano), Laiana Oliveira (soprano) e Marcelo Ferreira (barítono). Os ingressos custam R$10 e R$5 (meia) e podem ser adquiridos neste link.
Atelier de Composição Lírica
O Presidento
Gabriel Xavier (composição) / Lara Duarte (libreto)
EnTre(CAcOS)
Marina Figueira (composição) / Isabela Rossi (libreto)
A Fome dos Cães
Willian Lentz (composição) / Carina Murias (libreto)
Orquestra do Theatro São Pedro
Flo Menezes – orientação em composição
João Luiz Sampaio – orientação em criação de texto e libreto
Alexandre Dal Farra – orientação em criação de texto e libreto e direção cênica
Leonardo Labrada – direção musical
Fernando Passetti – cenografia
Awa Guimarães – figurino
Nicolas Caratori – iluminação
Tiça Camargo – maquiagem
Elenco:
Manuela Freua, soprano
Laiana Oliveira, soprano
Marcelo Ferreira, barítono
Edlene Sousa, atriz
Flow Kountouriotis, ator.
Serviço:
Récitas: 20, 21, 22 e 23 de outubro, quinta, sexta e sábado às 20h, domingo às 17h
Local: Theatro São Pedro
Endereço: Rua Barra Funda, 161 — Barra Funda, São Paulo/SP
Ingressos: R$10 (inteira) e R$5 (meia)
Classificação: 14 anos.
(Fonte: Governo do Estado de São Paulo)
Aula com a fotógrafa Melissa Szymasnki tem inscrições abertas por telefone e online. Imagem: divulgação.
A Secretaria de Cultura de Indaiatuba, em parceria com o Pontos MIS (Museu da Imagem e do Som), oferece no próximo sábado, dia 22, das 8h às 12h, no Casarão Pau Preto, a oficina gratuita de Enquadramento e Composição Fotográfica para Iniciantes, com a fotógrafa Melissa Szymasnki. As inscrições estão abertas e são voltadas a maiores de 14 anos.
A oficina para iniciantes é um convite à observação, ao aprendizado da seletividade do olhar através dos ensinamentos de regras clássicas e ao treinamento da visão, captada pelo aparelho fotográfico disponibilizado pela proponente ou que o participante possua.
Oficineira
Melissa Szymasnki é fotógrafa formada e pós-graduada pela Faculdade Santa Marcelina (FASM). Participou de diversos cursos em Milão nas áreas de Fotografia de Moda e Still Life. Trabalhou na revista italiana Moda Pelle, na execução de editorias e publicidade. Atuou como docente de Fotografia na FASM, IED – Istituto Europeo di Design e ministrou durante sete anos aulas de fotografia na Escola São Paulo nas áreas de Moda, Noções Básicas e Intermediário.
Coordenou o Workshop de Fotografia “Di Cavalcanti, Anita Malfatti e Tarsila do Amaral” pela Oficinas Culturais do Estado de São Paulo. Atualmente, é docente na Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo em diversos aparelhos, SESC e no MIS.
Foi convidada no primeiro congresso online de Fotografia de Moda, abordando o tema “A Fotografia de Moda no Brasil: Criação ou Cópia?”. Desenvolve seu trabalho como fotógrafa para as agências de modelos, em diversas marcas, sites e reportagens.
Serão disponibilizadas 25 vagas. As inscrições gratuitas devem ser feitas pelo telefone (19) 3875-8383. O Casarão Pau Preto está localizado na Rua Pedro Gonçalves, 477, Centro.
(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)
Giuliana Del Nero Velasco, pesquisadora do IPT, conversa com Vagner Barbosa no BW Talks sobre a importância das florestas urbanas. Foto: divulgação.
A arborização nas cidades traz inúmeros benefícios, como o sombreamento, a diminuição da temperatura, a redução da temperatura da superfície do asfalto, o equilíbrio do microclima, a retenção da poluição do ar, e a contribuição para melhorar o ciclo hidrológico em ambiente urbano. “A vegetação urbana, de forma delicada, proporciona qualidade de vida para as pessoas nas cidades”, pontuou Giuliana Del Nero Velasco, pesquisadora da unidade de Cidades, Infraestrutura e Meio Ambiente do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), durante o BW Talks “Democracia Verde: Florestas Urbanas e Qualidade de Vida nas Cidades”, promovido no dia 6 de outubro.
Segundo a pesquisadora, é um desafio lidar com a natureza na cidade, ainda mais em grandes centros urbanos, que possuem diversos problemas e que direcionam poucos recursos para a arborização. Contudo, a seu ver, é importante priorizar as florestas urbanas e enxergar o tema como uma necessidade básica que se reverte em bens econômicos, uma vez que a vegetação colabora com a saúde da sociedade local.
O termo florestas urbanas já é comumente utilizado fora do Brasil e abrange desde áreas particulares até territórios maiores, como grandes parques públicos e avenidas. Nesse sentido, as calçadas são importantes e podem ser a principal ligação das pessoas com a natureza, principalmente para aquelas que não têm parques próximos de sua residência, por exemplo. “É urgente se ter um viário descente com árvores. Por isso, a necessidade de se ter uma política pública voltada para essa tema”, ponderou Giuliana.
Nesse sentido, ela contou no evento online do Movimento BW – iniciativa da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema) –, que está em tramitação na Câmara Federal a Política Nacional de Arborização Urbana (PNAU) e que os municípios têm avançado nessa área, por meio dos Planos Diretores Municipais, a fim de ter regras mais claras, boas práticas de plantio, manejo, manutenção e cuidado. Também o engajamento da sociedade, com a formação de coletivos para o plantio e manutenção da vegetação nas cidades, tem sido um destaque positivo.
Outro ponto tratado no BW Talks foi a importância do cuidado com o manejo e a manutenção dessas árvores. “Não conseguimos cuidar delas se não soubermos como ela está”, explicou Giuliana. Foram catalogadas cerca de 650 mil árvores no viário de São Paulo, mas ainda não há um inventário qualitativo de modo a se realizar uma manutenção preventiva de acordo com cada situação. Em sua avaliação, há ainda uma desigualdade no plantio, pois há uma dificuldade para realizar a arborização nas periferias, enquanto em áreas nobres, a prática está consolidada.
Desse modo, o caminho para um contingente maior de áreas de florestas urbanas passa pela educação, que fornecerá informações, dando condições para uma gestão participava no cuidado da vegetação. Um exemplo disso foram as oficinas realizadas pelo IPT no CEU Três Pontes na Zona Leste (SP), com o objetivo de despertar o interesse das crianças para a arborização urbana. O Guia “Ideias para Ensinar Plantando”, com o resumo das oficinas, pode ser acessado neste link.
O BW Talks “Democracia Verde: Florestas Urbanas e Qualidade de Vida nas Cidades” está disponível no site oficial do Movimento BW.
(Fonte: Mecânica Comunicação Estratégica)