Iniciativa acontece durante a 23ª Semana Nacional de Museus e convida o público a refletir sobre inclusão e criatividade


São Paulo
O avanço de atividades de acúmulo de capital, como extração de madeira, agronegócio e exploração mineral, tem posto a porção de floresta do sul do estado do Amazonas sob ameaça. Segundo artigo publicado na revista “Ambiente & Sociedade” nesta sexta (28), o avanço das atividades econômicas aumenta os conflitos por terras na região e altera os valores da sociedade local, que passa a considerar a natureza como inimiga do progresso. Além de contribuir para o desmatamento do bioma, a perspectiva de desenvolvimento coloca em risco áreas protegidas e terras indígenas, dizem pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e da Universidade Federal de Rondônia (UNIR).
Os cientistas investigaram a fronteira do Amazonas com seus estados vizinhos Acre, Rondônia e Mato Grosso para avaliar os efeitos do avanço de negócios ligados à ocupação de terras sobre as populações que vivem nos municípios de divisa. A equipe viajou por dois anos para observar a expansão da fronteira agrícola sobre o sul do estado do Amazonas, além de recolher dados cartográficos sobre a região para medir o desenvolvimento de atividades econômicas na região.
A pressão para o desenvolvimento econômico não vem apenas do setor privado, mas também de agentes do Estado, por meio de políticas públicas que desfavorecem a conservação ambiental, como a implementação da rodovia Transamazônica a partir dos anos 1970. Já nos anos 1990, por pressão de organismos internacionais e de movimentos sociais, o governo brasileiro assumiu uma postura mais direcionada à preservação e conservação ambiental. Para os autores do artigo, no entanto, há uma contradição na ação do Estado ao implementar políticas ambientais e, ao mesmo tempo, estimular economias destrutivas dos espaços protegidos.
Além de crimes ambientais, há uma nova perspectiva social sendo posta nos locais de disputa. “A expansão de negócios está chegando ao estado do Amazonas, que era um dos mais conservados da Amazônia Legal, da região Norte”, conta Viviane Vidal da Silva, autora do artigo, professora e pesquisadora da UFAM. “Mas o sul do estado está passando por uma dinâmica territorial relacionada com o mercado de commodities e do agronegócio”, explica. A grilagem e o plantio de soja são algumas das atividades econômicas que têm avançado as fronteiras do Amazonas.
Uma das consequências diretas é o impacto ambiental, que é bastante perceptível na região. “As cidades estão um cinzeiro”, afirma Ricardo Gilson da Costa Silva, professor da UNIR e um dos autores do estudo. Outro problema identificado na fronteira é uma releitura sobre o sentido da floresta. “Com esses grupos econômicos avançando no sul do estado do Amazonas, a população não vê a floresta amazônica como um bem social, cultural e cria-se a ideia de que a floresta em pé não rende dinheiro”, lamenta.
A ideia de progresso e de crescimento econômico está associada ao impacto ambiental sobre áreas de preservação e terras indígenas. “Quem vive na floresta está sob ameaça”, afirma Silva. Além de alertar os órgãos públicos sobre a gravidade das consequências do avanço das atividades predatórias, os pesquisadores esperam fomentar o debate dentro das universidades para que mais estudos sejam realizados sobre o que eles chamam de “sociedade de fronteira” no sul do Amazonas. Os resultados serão reunidos em um livro que mostrará os dados sobre a região e a formação social local.
(Fonte: Agência Bori)
A Aliança Francesa, com o apoio da Secretaria de Cultura e Turismo de Campinas, do Museu da Imagem do Som (MIS) e do Consulado Geral da França em São Paulo realiza uma mostra sobre o movimento que marcou a história do cinema mundial: La Nouvelle Vague. O ciclo começou na terça-feira, 25 de outubro, e segue até dia 8 de novembro, no MIS Campinas, aberto ao público.
O programa inclui três títulos de grandes cineastas do movimento, filmes dos mais representativos e que são sempre lembrados quando se fala em Nouvelle Vague. No último dia, haverá, ainda, uma mesa redonda com alunos da Aliança Francesa, jornalistas, críticos de cinema e acadêmicos da área para entender e falar sobre o movimento marcante, que também influenciou o cinema brasileiro.
Em homenagem ao cineasta Jean-Luc Godard, que faleceu em setembro de 2022, o ciclo se iniciou com a projeção do filme “Pierrot le Fou”. Mais informações: https://afcampinas.com.br/ciclo-de-cinema/.
Programação
25/10 – “Pierrot Le Fou” – Jean Luc Godard | 19h30
1/11 – “Cléo de 5 a 7” – Agnès Varda | 19h30
8/11 – 17h – Exibição do filme “Jules et Jim” – François Truffaut
19h – Mesa Redonda
20h – Aperitivo.
(Fonte: Prefeitura de Campinas)
Por Henrique Kopittke — As eleições presidenciais no Brasil serão decididas no segundo turno, em menos de uma semana. A disputa é uma das mais acirradas das últimas décadas e reflete uma nação dividida entre dois candidatos conhecidos, o atual presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Os candidatos finalistas Bolsonaro e Lula são líderes populistas? Existe algo como populismo de direita e de esquerda? A minha pesquisa analisa o populismo, a democracia e os movimentos sociais atuais no Brasil e trata de processos em que a mobilização popular e os movimentos sociais podem resultar no fortalecimento de contestadores populistas. Este não é um processo que acontece de forma deliberada ou linear. Em vez disso, é uma história do desfecho de opções políticas, de como uma forma política passou a dominar outras e por quê.
Existem muitas definições sobre populismo. Esses relatos geralmente concordam que os populistas idealizam e procuram decretar sua forma de soberania popular, alimentar sentimentos contra os partidos (‘anti-establishment’) e postular um antagonismo fundamental entre o povo e a elite. Se o populismo corrói ou melhora a democracia é um ponto de discórdia.
Os populistas podem expandir a soberania popular e os direitos civis para segmentos excluídos da sociedade enquanto subvertem os mecanismos institucionais de prestação de contas. Os movimentos sociais complicam ainda mais o quadro. Na medida em que priorizam suas demandas e identidades e não se submetem inteiramente às necessidades estratégicas dos líderes e de suas coligações, podem tornar a representação menos abafada do “povo”. Os líderes populistas podem se aliar aos movimentos sociais e atender às suas demandas, mas, ao fazê-lo, podem cooptar e subjugar totalmente esses movimentos.
Nas últimas décadas, houve um aumento do populismo no país. O atual presidente é um líder populista. Em termos de retórica, Bolsonaro enfatiza o antagonismo com o “sistema político”, especialmente o Partido dos Trabalhadores. Seu estilo de liderança populista também se destaca pela comunicação contínua com seus seguidores por meio das redes sociais, transmissões ao vivo diárias e reuniões de imprensa, onde seus seguidores têm agredido jornalistas.
Olhando além de Bolsonaro, sua eleição em 2018 foi resultado do fracasso dos partidos políticos em apresentar uma resposta coerente à crise multifacetada que a sociedade brasileira vive desde 2013. Bolsonaro já capturou grande parte da raiva e indignação do eleitorado. Lula aposta no desejo popular de retornar a um passado mais próspero – e ordeiro. O cenário político está saturado, sem oportunidades para o surgimento de novos atores ou propostas.
Lula e Bolsonaro se comunicam de maneira popular e direta. Ambos têm elementos antagônicos em sua retórica. Mas as semelhanças param por aí. Lula transita com facilidade entre diferentes formas de discurso e modula sua comunicação de acordo com o eleitorado a que se dirige. Bolsonaro é mais consistente em antagonizar instituições e retratar seus apoiadores como a “verdadeira maioria.”
Os líderes populistas de esquerda geralmente enfatizam os antagonismos econômicos e de classe, se concentrando na oposição ao “grande negócio” ou ao “capital financeiro”. Já os populistas de direita enfatizam os antagonismos culturais. O problema é quando esses antagonismos saem da retórica para as vias de fato, e legitima-se a violência política. Esse parece ser o grande legado de Bolsonaro.
Sobre o autor | Henrique Kopittke é doutorando do Departamento de Sociologia da Universidade de Michigan e estuda a relação entre populismo, democracia e movimentos sociais na América Latina.
(Fonte: Agência Bori)
O Grupo de Teatro Anankê estreia, nesta sexta-feira, 28, às 19h30, a peça “Romeu e Julieta”. Com texto de Wagner Cintra e direção de Marli Lopes, o espetáculo, inspirado na obra de William Shakespeare, acontece no Centro Cultural Hermenegildo Pinto – ‘Piano’, em Indaiatuba (SP). Com entrada gratuita, apresentação integra o Outubro Literário, evento promovido pela Secretaria Municipal de Cultura.
Uma das histórias mais famosas da dramaturgia, ‘Romeu e Julieta’ relata a paixão de Romeu Montecchio e Julieta Capuleto, que são impedidos de viver este amor por conta da rivalidade entre suas famílias, o que os leva a viver um intenso amor proibido. A peça do Grupo Anankê é inspirada na obra; porém, é uma criação autônoma feita a partir da narrativa do autor. “No palco, a história de amor de Romeu e Julieta será contada mais ou menos como aconteceu. Trata-se da homenagem a todos aqueles que amam e têm no amor a sua existência. É uma homenagem à esperança e à superação. Vão- se os amantes e fica o amor, porque um instante é muito pouco para sonhar”, destaca Chicó Ferreira, um dos atores da peça.
O espetáculo tem entrada gratuita; porém, a retirada de ingresso precisa ser realizada com uma hora de antecedência. O Centro Cultural Hermenegildo Pinto – ‘Piano’ fica na Avenida Engenheiro Fábio Roberto Barnabé, 5924 – Jardim Morada do Sol, Indaiatuba (SP).
Serviço:
Romeu e Julieta
Data: 28/10 – Horário: 19h30
Local: Centro Cultural Hermenegildo Pinto, ‘Piano’ – Avenida Engenheiro Fábio Roberto Barnabé, 5924 – Jardim Morada do Sol, Indaiatuba – como chegar
Entrada gratuita – acesso se dará por ordem de chegada
Classificação indicativa: Livre
FICHA TÉCNICA
Texto: Wagner Cintra (inspirado na obra homônima de William Shakespeare) l Direção: Marli Lopes l Orientação Artística: Lucas Gonzaga l Preparação Vocal/Musical: Olivia Gênesi l Elenco: André Almeida l Gisele Campos l Flávio Cardoso l Marli Lopes l Chicó Ferreira l Leonardo Kayan l Gabriel Kitzmann l Técnica: Concepção Cenário: Chicó Ferreira l Concepção Figurino: Lucas Gonzaga l Operação de Sonoplastia e Luz: Jennifer Borges e Clélio Santos.
O Grupo de Teatro Anankê foi fundado em 2014 e conta atualmente com oito integrantes profissionais e premiados ao longo da carreira, que atuam desde a década de 1990, individualmente, e que já encenaram diversos espetáculos com o grupo, além de participarem de festivais como Virada Cultural Paulista, Mapa Cultural Paulista, Campanha de Popularização do Teatro em Campinas, Circuito Cultural Paulista, entre outros. Além disso, recebeu orientação do Projeto Ademar Guerra nos anos de 2017 e 2018 e 2021, participou do Projeto Incubadora, realizado pelo Grupo Os Geraldos, de Campinas. O Anankê se apresentou em 28 cidades, dois estados e possui sua sede em Indaiatuba, onde os integrantes ensaiam e criam novos projetos.
(Fonte: Armazém da Notícia)
A Associação Camerata Filarmônica de Indaiatuba (Acafi) promove a quarta edição do FeCam – Festival Camerata entre os dias 11 e 15 de novembro. A programação conta com cursos gratuitos para diversos instrumentos e seis concertos abertos à população. As inscrições para os cursos seguem até o dia 30 de outubro e os nomes dos selecionados serão divulgados em 1º de novembro. O IV FeCam conta com apoio da Prefeitura de Indaiatuba, por meio da Secretaria Municipal de Cultura.
Os cursos de instrumentos serão gratuitos, com inscrição feita por formulário online. O candidato deverá preencher o formulário de forma completa e enviar um vídeo e currículo resumido. As informações passarão por análise da Comissão Técnica da Acafi – incluindo os professores do Festival – que classificará os candidatos inscritos conforme habilidade da performance avaliada pelo vídeo e análise do currículo.
Os candidatos com as melhores classificações serão selecionados e o Festival irá disponibilizar 20 vagas para violino, oito para viola, oito para violoncelo e quatro para contrabaixo. A lista final será publicada nas redes da Acafi no dia 1º de novembro e os alunos terão até o dia 3 para confirmar participação.
Os selecionados deverão marcar presença no Concerto de Abertura do Festival, que acontece dia 11 de novembro. As aulas começam no dia seguinte. Todos os candidatos não selecionados poderão participar das aulas de instrumentos como ouvintes de forma gratuita. A seleção de Alunos Ouvintes se dará por ordem de chegada das inscrições e contará com 40 vagas para violino, 20 para viola, 20 para violoncelo e 10 para contrabaixo.
Os professores serão Cláudio Micheletti e Adonhiran Reis (violino), Iberê Carvalho (viola), Kayami Satomi (violoncelo) e Jéssica Albuquerque (contrabaixo). As aulas acontecem no Centro Cultural Wanderley Peres, localizado na Praça Dom Pedro II, s/nº, no Centro de Indaiatuba.
O regulamento do festival e o currículo completo dos professores pode ser encontrado em www.academiaacafi.wixsite.com/meusite. Mais informações pelo telefone (19) 98303-7213 ou e-mail academicaacafi@cameratafilarmonica.org.
Serviço:
IV FeCam – Festival Camerata
Data: 11 a 15 de novembro
Inscrições para cursos de instrumentos: https://forms.gle/16VdNv9gPLzezRCu6
Site: www.academiaacafi.wixsite.com/meusite
Informações: (19) 98303-7213
PROGRAMAÇÃO ARTÍSTICA
11 de novembro
20h – Concerto de Abertura do Festival, com Tributo a John Williams
Camerata Filarmônica Jovem de Indaiatuba e Convidados
Direção Artística e Regência: Natália Laranjeira
Regentes Assistentes: Alexandre Cruz e Fernando Cardoso
Local: a confirmar
12 de novembro
20h – Concerto com Orquestras convidadas
Com: Corporação Musical Villa-Lobos
Direção Artística e Regência: Samuel do Nascimento
Regente Assistente: Tiago Roscani
Local: a confirmar
13 de novembro
20h – Concerto com Orquestras convidadas
Com: Orquestra Filarmônica de Valinhos e Orquestra do Instituto de Ciências de Botucatu
Local: a confirmar
14 de novembro
17h – Concerto dos Professores do Festival
Local: Auditório da UniMAX (480 lugares)
Endereço: Avenida 9 de Dezembro, 460, Jardim Pedroso, Indaiatuba (SP)
20h – Concerto com Orquestras convidadas
Local: Auditório da UniMAX
15 de novembro
20h – Concerto de Encerramento: Orquestra de Cordas do Festival + Classe de Regência
Local: Auditório da UniMAX.
(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)