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Ricardo Viveiros lança livro que aborda período obscuro do governo de Jair Bolsonaro

São Paulo, por Kleber Patricio

Capa do livro. Foto: Editora Contexto.

“Memórias de um tempo obscuro” (Editora Contexto), novo livro do jornalista e escritor Ricardo Viveiros que reúne artigos de sua autoria publicados no Brasil e no exterior de 2018 a 2022, será lançado em sessão de autógrafos dia 27 de abril, quinta-feira, às 19 horas, no Solar Fábio Prado – Museu da Casa Brasileira, à Avenida Brigadeiro Faria Lima, 2705, em São Paulo. Na ocasião, haverá serviço de valet parking e será servido coquetel assinado pela chef Morena Leite (Grupo “Capim Santo”).

Os artigos que compõem a obra foram publicados em grandes jornais de todo o Brasil e em países como Argentina, Colômbia, Estados Unidos, Portugal, Áustria, Itália, Rússia, Paquistão e China. Os textos retratam e fazem firme análise do processo comportamental e eleitoral que levou Jair Bolsonaro à Presidência da República e do período no qual seu governo negou a ciência, negligenciou a Covid-19, fez pouco caso da cultura e da educação, envolveu-se em escândalos, conspirou contra a democracia e provocou imensa e turbulenta polarização.

O conteúdo contribui para que o leitor entenda de modo mais amplo e didático o cenário no qual a população brasileira dividiu-se entre os “contra” e os “a favor”. Como observa Viveiros na introdução da obra, “tomaram força temas relevantes que, sob radical confronto e não salutar debate, permitiram surgir e aumentar uma cultura do ódio, título de um dos artigos. A moderna tecnologia da comunicação tornou-se arma poderosa nesse embate, dando espaço às fake news, que comprometem a verdade”.

Ricardo Viveiros é jornalista e escritor com passagem por jornais, revistas, emissoras de rádio e TV. Foi repórter, editor, diretor de redação, âncora, comentarista político e econômico, articulista e correspondente internacional. É autor de mais de 50 livros em diferentes gêneros. Lecionou por 25 anos. Profere palestras no Brasil e no Exterior. Tem vários prêmios nacionais e internacionais.

Foto: Roberto Setton.

No prefácio do livro, o cientista social José de Souza Martins, mestre, doutor e livre-docente em Sociologia pela USP, vencedor por três vezes do prêmio Jabuti e que já ocupou a Cátedra Simón Bolívar da Universidade de Cambridge (Inglaterra), ressalta que o autor cumpre a função crítica própria desse tipo de literatura, que é a de estranhar. “Viveiros desabafa, expõe seu desconforto com o estapafúrdio, o ilógico, o descabido, o que não chega a lugar nenhum. Traduz em palavras certas e em sequência correta o desdizer que diz e revela episódios da nossa perdição, dos nossos silêncios”.

A capa de “Memórias de um tempo obscuro” foi criada pelo designer Gustavo Vilas Boas sobre imagem do advogado criminalista e fotógrafo Eduardo Muylaert, pós-graduado em Paris (Sorbonne), professor da PUC/SP, ex-secretário paulista de Justiça e da Segurança Pública (Governo Franco Montoro) e presidente do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária do Ministério da Justiça (1987/ 1989). “É uma capa que foge à obviedade e está em perfeita sintonia com o conteúdo do livro”, frisa Viveiros, enfatizando: “O caminhante, cabisbaixo, representa qualquer um de nós, porque todos sofremos no período obscuro que os artigos registram”.

Sobre a editora | Idealizada pelo historiador Jaime Pinsky e especializada em Ciências Humanas, a Editora Contexto está presente desde 1987 no mercado editorial brasileiro. Publica obras voltadas para a universidade e o público em geral. Mais informações: Portal Editora Contexto.

Serviço:

Título: Memórias de um tempo obscuro

Autor: Ricardo Viveiros

ISBN: 978-65-5541-264-2

Editora: Contexto

Formato: 16 x 23 cm

Número de páginas: 208

Preço de capa: R$49,90.

(Fonte: Ricardo Viveiros & Associados)

Bona Casa de Música prepara reinauguração em novo espaço e anuncia programação de estreia

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Nadja Kouchi.

“Uma casa de música e encontros” é uma boa maneira de definir o Bona. Entre 2017 e 2022, período em que ocupou um imóvel em Pinheiros, o espaço colecionou não apenas um público cativo, mas também conquistou o carinho de artistas, que veem naquele palco uma oportunidade de uma troca próxima aos fãs de música. O imóvel foi vendido, mas encerrar as atividades do Bona nunca esteve em questão para os sócios da casa, Manuela Fagundes, Kike Moraes e Gustavo Luveira. Após procurar por um novo endereço, encontrar um local perfeito no bairro do Sumaré e passar por seis meses de reforma, o trio anuncia a reabertura do Bona para o dia 3 de maio. Em relação ao primeiro ponto, que tinha uma capacidade para 80 pessoas, o novo espaço comporta um público de 120. Mas basta entrar pelo número 101 da Rua Dr. Paulo Vieira (pertinho do metrô Vila Madalena) para perceber que toda a essência permanece intacta, inclusive o cuidado com a curadoria.

Logo no primeiro mês de retomada o Bona recebe nomes como Chico Chico (5 de maio), Jota.Pê (6 de maio), Alice Caymmi (9 de maio), Assucena (28 de maio) e Filipe Catto (18 de maio).  O mês de junho, por sua vez, começa com a benção de Alaíde Costa, que tem show marcado no Bona no dia 3 de junho. Para garantir ingressos para o Bona basta acessar (eventim.com.br/bona). Mais informações sobre a programação ao término deste texto.

“Nosso foco é oferecer ao público uma experiência de excelência em música e hospitalidade e, neste novo espaço, pudemos nos aprimorar ainda mais neste sentido. Investimos em um ambiente incrível e em uma acústica perfeita (isso é muito importante para nós). No novo imóvel, conseguimos conceber a obra para ser uma casa de shows, não foi a adaptação de um espaço. Tudo foi pensado do zero”, comenta Manuela Fagundes, sócia-fundadora e curadora do Bona. “E, claro, que mantivemos o olhar para um serviço ágil e atencioso, comidas deliciosas, cerveja gelada e bons drinks”, ela complementa.

Com média de cinco shows por semana, o Bona tem a música como força motriz e, não à toa, a curadoria é um assunto importante para os sócios da casa. A seleção de artistas que se apresentam é feita seguindo os pilares: representatividade, relevância artística e cultural e alcance de público. Por isso, mais do que fazer um mês de estreia com nomes 100% conhecidos do grande público, o Bona quis apresentar uma programação que fosse o reflexo do que acredita enquanto agenda. “Queremos começar em família, com o apoio de artistas que já têm uma relação com a casa. O Bona pertence a esses músicos também. Formamos, juntos, uma rede que fomenta algumas cenas e foi assim que quis recomeçar, com eles. A questão da representatividade é sempre uma pauta no nosso trabalho de curadoria. À medida que a gente se propõe a ser um estabelecimento cultural, se torna nossa responsabilidade abrir espaços. Uma programação com diversidade é reflexo disso”, afirma Manuela Fagundes.

Além da música, a casa de shows oferece um cardápio de comidas e uma carta de coquetelaria e cervejas. Uma novidade do novo espaço é a possibilidade de frequentar o bar e o restaurante em uma área à parte das apresentações. “O cardápio foi pensado a partir da ideia de comfort food, aquela comida que te abraça. Optamos pela simplicidade, apostando na qualidade dos alimentos e no trabalho dos nossos cozinheiros. Acredito que poderemos ser uma opção legal para o público dessa região que procura algum lugar gostoso pra comer e beber a noite”, comenta Manuela Fagundes.

O projeto do novo imóvel do Bona é assinado pelo arquiteto Fabio Marins, profissional também responsável pelo espaço anterior. Além de trazer alguns detalhes para o espaço que vão ajudar a manter a identidade do Bona, ele se atentou a proporcionar a melhor experiência sonora por meio da acústica.

O Bona tem patrocínio da Heineken, parceria que iniciou durante a pandemia e foi renovada por mais três anos. Com ingressos que variam de R$100,00 a R$180,00 (preço da inteira), o Bona disponibiliza meia-entrada nas seguintes categorias:  estudante, idoso, social (mediante à doação de 1 quilo de alimento não perecível) e promocional pela compra antecipada. Vale lembrar que as vendas são feitas pela Eventim.

Serviço:

Bona Casa de Música

Endereço: Rua Dr Paulo Vieira 101 – Sumaré, São Paulo/SP

Horário de funcionamento: variado, de acordo com a programação de shows

Classificação indicativa: Livre. Crianças com menos de 16 anos precisam entrar acompanhadas

Capacidade: 120 pessoas

Formas de pagamento: VISA (débito e crédito) | Mastercard (débito e crédito) | AMEX (débito e e crédito) | ELO (débito e crédito) | PIX | Não aceitamos voucher

Site para ingressos: eventim.com.br/bona

Área PCD: Sim

Área de fumantes: Sim

Programação de maio:

3 de maio – Projeto Primo com Bruna Caram, Lucas Caram e Paulo Novaes

4 de maio – Sophia Chablau

5 de maio – Chico Chico e Banda Banda. Show de abertura: Thiago Rosset

6 de maio – Jota.pê com participação de Xênia França e Pedro Altério

7 de maio – Pedro Altério

9 de maio – Alice Caymmi

10 de maio – Vanessa Moreno

11 de maio – Pietá

12 de maio – Santa Jam Vó Alberta

13 de maio – Ella and Louis por Blubell e Petit Comité (Maurício Tagliari, Luca Raele e Igor Pimenta)

17 de maio – Anaïs Sylla

18 de maio – Filipe Catto

19 de maio – Banda Glória

20 de maio – O Bom e Velho com Ana Deriggi e Mário Manga

21 de maio – Vinícius Calderoni

24 de maio – Bruno Berle

25 de maio – Tó Brandileone

26 de maio – Tiê

27 de maio – Letícia Fialho

28 de maio – Assucena apresenta Baby, te amo – Tributo à Gal Costa

31 de maio – Funk como Le Gusta

Início da programação de junho:

1 de junho – Dora Morelenbaum

2 de junho – Alex Albino

3 de junho – Alaíde Costa – Canta Chico Buarque e Edu Lobo.

(Fonte: Trovoa Comunicação)

Mapeamento de interações entre abelhas e plantas pode ajudar a restaurar áreas degradadas no leste da Amazônia

Pará, por Kleber Patricio

Exemplo de abelha coletora de óleo (Centris sp). Foto: Fototeca Cristiano Mendes/FCM.

Identificar a utilização de certos recursos florais como o pólen pelas abelhas pode auxiliar tomadores de decisão a recuperar áreas degradadas da floresta amazônica, segundo um estudo publicado nesta quinta (20) na revista científica “Arthropod-Plant Interactions” por pesquisadores do Instituto Tecnológico Vale (ITV). A pesquisa faz parte de um campo de investigações sobre interações entre insetos e plantas. A equipe realizou análise de 51 espécies de abelhas e identificou 43 espécies de plantas que estes pequenos animais visitam. O total de interações entre plantas e abelhas mapeadas pelo estudo foi de 154.

O artigo é parte da dissertação de mestrado da engenheira florestal Luiza Romeiro. Ela realizou análise de 72 cargas polínicas – material formado pelos grãos de pólen presentes no corpo dos animais – e identificou 82 tipos de pólen em abelhas do acervo do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), em Belém, e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte. Ao contrário do método convencional, que consiste em idas a campo até a floresta e observação dos objetos – no caso, as abelhas e as flores –, Romeiro optou por usar as coleções de insetos disponíveis para sua pesquisa. “É muito difícil fazer esse tipo de observação em florestas de alto dossel, com árvores muito altas”, explica. Para Tereza Giannini, orientadora de Romeiro, as coleções entomológicas – que reúnem exemplares de insetos – são um tesouro em termos de biodiversidade. “As coleções guardam informações inestimáveis sobre as espécies e seus habitats”, aponta.

Além da coleta de insetos, outro desafio das pesquisas com pólen é o de conseguir de fato categorizar esse tipo de material. Para enxergar e identificar os diferentes tipos de pólen das amostras, foi preciso colocá-las sob o microscópio. “O pólen é microscópico, mas é muito resistente a fatores externos e ao tempo”, diz a primeira autora do artigo. Algumas das amostras utilizadas por Romeiro foram coletadas há mais de uma década, mas suas estruturas se mantiveram intactas graças a uma capa protetora que reveste os grãos de pólen.

O estudo foi realizado na Floresta Nacional de Carajás, no Pará, uma região de conservação na faixa leste do bioma amazônico, mas que é rodeada por áreas historicamente degradadas. “Um dos fatores a serem considerados na recuperação dessas áreas seria priorizar a reintrodução de espécies que fornecem recursos alimentares para as abelhas, porque isso vai atraí-las de volta ao local naturalmente”, afirma Romeiro. A espécie de abelha que apresentou mais interações com as plantas da região, de acordo com os resultados obtidos, foi uma abelha coletora de óleo, a Centris denudans, e a planta de maior preferência entre as espécies analisadas foi a Byrsonima spicata. Esse tipo de abelha tem hábito solitário e recebe esse nome por coletar óleo nas flores, uma substância utilizada para alimentar suas crias.

Pólen no microscópio. Foto: Luiza Romeiro/Divulgação.

As abelhas atuam no transporte de pólen de uma flor até outra, auxiliando no processo de formação de frutos e sementes e tendo papel fundamental na reprodução das plantas. Esse processo é chamado de polinização. Os grãos de pólen são os gametas masculinos das flores, ou seja, são equivalentes aos espermatozoides humanos. “Com a presença dos polinizadores, a recuperação da floresta pode ter mais sucesso e ser acelerada”, diz Giannini. “Apesar de as abelhas terem um papel fundamental na natureza, ainda há muitas lacunas de informação sobre esses insetos, especialmente na Amazônia, um bioma de rica diversidade”, completa a pesquisadora.

DOI: https://doi.org/10.1007/s11829-023-09968-7.

(Fonte: Agência Bori)

Aldeia indígena do Cerrado brasileiro mantém produção artesanal como expressão de ancestralidade

Tocantins, por Kleber Patricio

Fotos: Theo Grahl/Artesol.

A Rede Artesol já mapeou diferentes etnias indígenas em todo o país, em comunidades que atuam na confecção ou comercialização do artesanato de tradição brasileiro, com o objetivo de valorizar o consumo da produção artesanal indígena, além de estimular o comércio justo. Os grupos podem ser localizados na plataforma do projeto (artesol.org.br), que funciona como o maior mapa do artesanato brasileiro, onde é possível encontrar informações sobre os artesãos e sua produção e contatá-los diretamente.

Uma das comunidades indígenas que fazem parte do mapeamento da Rede são os Krahô, um povo indígena do Cerrado brasileiro, no Tocantins, que possui uma rica cultura ritual, espiritual e de musicalidade. O povo Krahô domina técnicas ancestrais de tecelagem e trançados, onde produzem cestos, bolsas, esteiras, pulseiras, colares, gargantilhas, brincos e instrumentos musicais utilizando matérias-primas como a semente de buriti, tucum, casca do cajá, casca do pau-brasil, semente de tiririca e várias outras.

Além do valor cultural, um aspecto importante da produção indígena é a sustentabilidade. Uma das grandes contribuições destes povos para nossa sociedade é sua forma de se inter-relacionar com a paisagem onde vivem. Na compreensão indígena, homens, árvores, serras, rios e mares são um corpo com ações interdependentes. Por isso, a natureza é sagrada, assim como muitos objetos criados com elementos naturais.

Foi em 2003 que a aldeia criou a Associação Centro Cultural Kàjre para buscar recursos de fomento à cultura ritual e material. Atualmente, são aproximadamente 120 artesãs e 20 artesãos ativos trabalhando os mais diversos materiais e mantendo as técnicas artesanais ancestrais de tecelagem vivas nas aldeias Krahôs. A Associação Centro Cultural Kàjre, que faz parte da Rede Artesol, é responsável pela representação da comunidade Krahô. Desde 2009, seu trabalho consiste em fomentar a cultura ritual do povo Krahô e, por meio da formação do Grupo Mẽntuwajê Guardião da Cultura, manter a organização da comercialização do artesanato produzido na aldeia. O Centro Cultural Kàjré também recebeu apoio do Museu do Índio, que adquiriu muitos artesanatos para contribuir com a disponibilidade de produtos para venda em feiras em Palmas, Brasília e Rio de Janeiro. Sendo assim, o Centro Cultural trabalha na geração de renda para a comunidade por meio da comercialização de artesanato e na preservação da cultura Krahô.

Sobre a Artesol | A Artesol é uma Organização sem Fins Lucrativos que atua na inclusão socioeconômica dos artesãos brasileiros e na valorização do artesanato de tradição e seus modos do fazer, fortalecendo-os como patrimônio cultural material e imaterial do país. A organização é idealizadora da Rede Nacional do Artesanato Cultural Brasileiro, uma tecnologia social premiada que promove a capacitação de milhares de artesãos, fomenta a economia criativa, cria oportunidades de negócios e divulga o artesanato e arte popular brasileira por meio de um mapeamento minucioso de técnicas tradicionais de artesanato, do Brasil para todo o mundo, através do portal www.artesol.org.br.

Instagram: https://www.instagram.com/artesol_oficial/

Facebook: https://web.facebook.com/ArtesanatoSolidario.Artesol

Twitter: https://twitter.com/artesol

Youtube: https://www.youtube.com/user/ArtesanatoSolidario.

(Fonte: Patricia Buarque & Conexões )

Turismo regenerativo: Panamá é pioneiro no movimento

Panamá, por Kleber Patricio

Fotos: Promtur/Panamá.

Visando restaurar, melhorar e preservar o meio ambiente e as comunidades locais, o turismo regenerativo se concentra em promover atividades turísticas cada vez mais sustentáveis, responsáveis e benéficas para as pessoas e o planeta. O país pioneiro neste movimento é o Panamá, que vem sendo um líder em turismo sustentável e desenvolvimento comunitário, tornando-se um destino popular para aqueles que procuram experiências de viagens ecológicas e significativas.

Uma pesquisa desenvolvida na Universidade de Sydney, na Austrália, responsabiliza o turismo por 8% das emissões atuais de gases de efeito estufa. Para mitigar este impacto, o Panamá desenvolveu políticas e planos voltados para promover práticas sustentáveis no setor de turismo, como incentivar a certificação de hotéis e operadoras turísticas sustentáveis, promover o turismo comunitário e preservar a biodiversidade da região.

A estratégia de turismo sustentável do Panamá foi destacada na Cúpula Mundial para o Futuro do Turismo, da Organização Mundial de Turismo (OMT), e identificada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como uma visão inovadora de turismo sustentável para o futuro.

Parte dessa estratégia é a rede de turismo comunitário do Panamá, Sostur, uma plataforma digital para comunidades rurais compartilharem sua visão e apoiarem a implementação do turismo regenerativo. Os viajantes podem selecionar passeios em várias comunidades piloto, com experiências ancoradas na rica cultura e biodiversidade do Panamá.

Desde passeios em fazendas focados em agro turismo e caminhadas nos extensos parques nacionais do destino até observação de pássaros e conservação de tartarugas, a Sostur conecta os viajantes às experiências imersivas que apoiam comunidades locais, capacitando mulheres e jovens a participarem ativamente da indústria do turismo com o apoio da Fundação Panamenha para Turismo Sustentável (APTSO). Alguns exemplos incluem:

Ngäbe-Buglé X Soloy: É possível conhecer a majestosa paisagem natural de Soloy – a porta de entrada para uma das místicas regiões indígenas do Panamá, onde tradições, lendas e modos de vida foram preservados por milhares de anos. Além disso, também há a possibilidade de viver com a população local e aprender sobre a cultura Ngäbe por alguns dias, além de encantar-se com a cachoeira Kiki, saborear a cozinha tradicional Ngäbe e embarcar em uma excursão épica de rafting.

Comunidade Achiote X O Caribe de Costa a Costa: Colón, uma das províncias do Caribe panamenho, é caracterizada por cores vibrantes, praias de águas cristalinas, cultura ancestral e gastronomia requintada. Que tal acordar na Costa Arriba, localizada na Comunidade Achiote, caminhar pela trilha El Trogón, ver as Ilhas Colón e explorar três patrimônios mundiais declarados pela Unesco?

Esse movimento turístico inovador abre caminho para um melhor equilíbrio entre a atividade econômica do turismo e o crescimento do setor, mantendo a prosperidade das comunidades e preservando a rica biodiversidade cultural e natural do Panamá, além de inspirar outros países a irem na mesma direção.

(Fonte: Sherlock Communications)