No último dia 23 de abril 23 de abril, educação amazonense viveu um momento histórico


Manaus
Você sabia que o baralho tem 52 cartas para representar a quantidade de semanas que formam um ano? E que o Coringa está relacionado ao dia 29 de fevereiro? Essas e outras curiosidades inusitadas estão reunidas no espetáculo “Os Números e a Vida”, do Coletivo Comum, que faz sua temporada de estreia no Teatro Cacilda Becker de 29 de abril a 21 de maio, aos sábados e domingos, às 15h. As apresentações são gratuitas.
Com texto e direção de Fernando Kinas, o trabalho, destinado a jovens de 10 a 14 anos, mantém a tradição do grupo de despertar no público o prazer de aprender e pesquisar, sempre utilizando técnicas de teatro documental. Na trama, comportamentos comuns na adolescência, como as inquietações existenciais, a utilização de tecnologias digitais e a rebeldia social, são relacionados a questões e jogos matemáticos com muita leveza e um toque de rebeldia.
Pode-se dizer que os espectadores são convidados a explorar conexões entre seu cotidiano e as múltiplas aplicações do número Pi, os números primos e naturais, o teorema de Pitágoras, o número de ouro (phi), a sequência de Fibonacci, o quadrado mágico (cuja soma é sempre 34) e outras questões matemáticas. O elenco, formado por Fernanda Azevedo, Maria Dressler, Renata Soul, Renan Rovida e o baterista Lienio Medeiros, vai dar forma a tudo isso.
“Queremos mostrar como o teatro pode ser uma espécie de manual do mundo – um lugar onde podemos entender a realidade e a nós mesmos, algo muito importante quando lidamos com jovens”, explica Kinas. Por isso, temas como morte, ditadura militar, contexto político-social brasileiro e depressão são evocados pela montagem.
Uma dose de rebeldia
E, como a adolescência é a fase da contestação e da rebeldia, o trabalho utiliza o rock na trilha sonora e a arte urbana no cenário. “Criamos uma espécie de ateliê permanente, com os atores grafitando frases ao vivo e preenchendo as paredes com os escritos num cine papel (tipo de lousa com bobina que os atores utilizam para demonstrações). A ideia é que tudo fique à mostra e seja cumulativo durante a temporada, como se estivesse em construção permanente”, conta o diretor. Há até um andaime em cena.
Essa potente atmosfera foi construída por Julio Dojcsar, importante artista urbano com obras de referência no grafite, que assina a cenografia de “Os Números e a Vida”.
A música, por estar intimamente ligada à matemática, assume um papel de protagonismo na encenação. O baterista e percussionista Lienio Medeiros passeia por diferentes sonoridades. Além de dar espaço ao rock, a trilha explora outros universos musicais, como o maracatu e a música de Bach.
O texto foi o vencedor do Prêmio Funarte de Dramaturgia 2017 (região sudeste), obtendo a maior pontuação entre as mais de 500 obras inscritas (reunindo as categorias adulto e infanto-juvenil). Vale dizer que a peça também pretende suprir uma demanda no atual cenário das artes cênicas: a pequena quantidade de produções dedicadas ao público de 10 a 14 anos.
Sinopse | “Os Números e a Vida” propõe associações entre comportamentos comuns na adolescência, como as inquietações existenciais, a utilização de tecnologias digitais e a rebeldia social, com questões e jogos matemáticos. Ao mesmo tempo, mostra mecanismos de solidariedade e o papel positivo que o teatro pode desempenhar.
Ficha técnica:
Texto e direção: Fernando Kinas
Elenco: Fernanda Azevedo, Maria Dressler, Renata Soul, Renan Rovida
Música ao vivo: Lienio Medeiros
Pesquisa musical: Eduardo Contrera e Fernando Kinas
Assistência direção e produção: Beatriz Calló
Cenografia: Julio Dojcsar
Iluminação: Clébio Ferreira (Dedê)
Figurino: Silvana Marcondes
Produção: Patricia Borin
Assessoria de Imprensa: Canal Aberto Comunicação | Márcia Marques
Realização: Coletivo Comum, com apoio do Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo.
Serviço:
“Os números e a vida”
29 de abril a 21 de maio, aos sábados e domingos, às 15h
Local: Teatro Cacilda Becker | Endereço: Rua Tito, 295, Lapa – São Paulo (SP)
Ingressos: gratuitos | retirada na bilheteria com 1 hora de antecedência
Duração: 85 minutos
Classificação: destinado prioritariamente ao público juvenil (10 a 14 anos).
(Fonte: Canal Aberto Assessoria de Imprensa)
Em todo o mundo, as pessoas testemunharam grandes eventos ambientais e experimentaram condições climáticas extremas, o que trouxe o assunto para o primeiro plano da mente da sociedade. Segundo dados do VisualGPS, o programa de pesquisa criativa da iStock, a crise climática subiu ao topo da lista de preocupações de indivíduos em todo o mundo, mas principalmente no Brasil. Atualmente, o tema está acima das preocupações com a inflação, a crise energética ou até mesmo questões envolvendo a paz mundial.
Desde a primeira Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, realizada em 1995, as pessoas puderam acompanhar o progresso de alguns países na abordagem de questões relacionadas às mudanças climáticas, ao mesmo tempo em que viram como a filantropia corporativa evoluiu para programas de Responsabilidade Social Comporativa (CSR) impactantes. Hoje, sete em cada dez pessoas ao redor do mundo acreditam que fizeram um progresso significativo em direção a uma vida mais ambientalmente responsável, segundo o VisualGPS. No Brasil, esse número sobre para 9 em cada 10 entrevistados.
Além disso, cerca de 92% dos brasileiros acreditam que, na hora de decidir qual marca devem usar ou comprar, é importante que a empresa tenha práticas de negócios sustentáveis. Ainda assim, mais da metade afirma que é muito trabalhoso pesquisar o que as marcas estão fazendo ativamente para mitigar as ameaças ao meio ambiente.
Com a conscientização ambiental crescendo significativamente nos últimos anos, a pesquisa da iStock mostrou que também houve um aumento na desconfiança do consumidor em relação às alegações de práticas socioambientais de empresas e marcas que dominam o mercado. Em sua análise, o VisualGPS constatou que 82% dos brasileiros entrevistados acreditam que os produtos são projetados para parecer mais ecológicos do que realmente são. Esse número cai para 58% quando olhamos para o Japão, por exemplo.
Essa suspeita vem acompanhada, ainda, pelo ceticismo com relação a produtos rotulados como “amigos do meio ambiente”, pois os entrevistados veem o slogan como uma “jogada de marketing” e acreditam que empresas afirmam cumprir com as normas ESG (sigla em inglês para as normas de governança ambiental, social e corporativa), mas não mostram evidências suficientes disso. “Historicamente, em diferentes setores, as campanhas publicitárias promoveram a ideia de responsabilidade individual. Estamos habituados a ver imagens que destacam práticas sustentáveis particulares, desde a reciclagem ao ciclismo e à utilização de sacolas de compras reutilizáveis. Esses conceitos, na sua maioria impulsionados por marcas e políticas públicas, reforçam a ideia de que a sustentabilidade é uma responsabilidade do indivíduo”, diz a Dra. Rebecca Swift, Global Head of Creative Insights da iStock.
“Entretanto, conforme nossas descobertas do VisualGPS, as pessoas acreditam que o governo é o principal agente responsável por abordar os esforços de sustentabilidade e as preocupações ambientais relacionadas à mudança climática global. Os entrevistados acreditam que as empresas são tão responsáveis quanto os indivíduos quando o assunto é proteger o planeta e difundir práticas sustentáveis”, acrescenta.
Todas as descobertas indicam que pessoas em todo o mundo creem que a sustentabilidade é uma responsabilidade compartilhada. No entanto, até hoje, as pesquisas mostram que as expectativas de cada sujeito envolvido parecem ser colocadas principalmente nos outros e não neles mesmos.
De acordo com o Edelman Trust Barometer 2023, uma em cada cinco pessoas entrevistadas deseja que as empresas desempenhem um papel maior, e não menor, nas mudanças climáticas. A mesma pesquisa constatou que os entrevistados têm baixa confiança no governo e, em contrapartida, revelou que as companhias continuam ganhando confiança em todo o mundo e são a única instituição vista como competente e ética, mostrando que as empresas, não importa o tamanho, estão posicionadas de maneira única para preencher a lacuna de confiança na sustentabilidade.
“À medida que a crise climática acelera, os consumidores estão se tornando mais informados sobre o que é sustentável, como isso afeta o meio ambiente, quem são os responsáveis e se eles confiam nas alegações das empresas sobre serem ou não ‘amigas do meio ambiente’. Por sua vez, as companhias devem escolher mensagens visuais adequadas à ocasião”, conclui a Dra. Rebecca Swift.
Considerando que três em cada quatro consumidores tomam decisões de compra com base em conteúdo visual, os especialistas da iStock compartilham algumas dicas sobre como as empresas podem aproveitar esses insights para expressar com mais autenticidade suas práticas de sustentabilidade e fortalecer a confiança de seus clientes: ambientalismo e recursos visuais relacionados à sustentabilidade que dependem de clichês normalmente usados, como o urso polar solitário ou as mãos segurando uma muda de planta são muitas vezes abstratos demais para se destacar ou ressoar em um horizonte visual poluído; em vez disso, concentre-se em visuais de grande escala (muitas vezes apoiados por políticas públicas), como ações no campo da infraestrutura, energia renovável, agricultura, conservação de água ou gestão de espaços verdes – conteúdo visual e iniciativas que quebram as barreiras de práticas frequentemente vistas como “greenwashing”.
Sobre o VisualGPS | VisualGPS é um programa de pesquisa contínua da iStock by Getty Images. Sua metodologia combina pesquisas de mercado que capturam o sentimento de clientes de pequenas empresas em todo o mundo, pesquisa proprietária e dados de download da iStock.com, teste de imagens e análises de um grupo de especialistas em pesquisa criativa e tendências visuais e de consumo. A pesquisa VisualGPS se baseia em dados de 25 países na Ásia, Europa, África, Oriente Médio, América do Norte e América Latina. Base: 7.000 adultos de 18 a 65 anos ou mais. A pesquisa mais recente foi realizada entre 14 de julho e 22 de agosto de 2022. Para saber mais, visite VisualGPS.com.
(Fonte: Sherlock Communications)
Em comemoração ao Dia de Combate às Fake News (3 de abril), a Escola de Comunicação, Mídia e Informação da Fundação Getulio Vargas (FGV ECMI) promove, no dia 27 de abril, o webnário “Desafios e estratégias no combate às fake news”. Para o debate sobre os principais desafios no enfrentamento da desinformação no contexto da comunicação digital, a Escola convidou Natália Leal, CEO da Lupa; Lorena Regattieri, senior Fellow em Trustworthy AI na Mozilla Foundation; Rafael Evangelista, professor da pós-graduação em Divulgação Científica e Cultural da Unicamp; e Victor Piaia, professor da FGV ECMI.
A desinformação se tornou um problema grave no ecossistema de comunicação digital e vem trazendo diversos problemas às democracias e às diferentes áreas da nossa sociedade. Circulando em diferentes plataformas e em variados formatos, as fake news impactam diretamente os fluxos comunicativos contemporâneos, especialmente no campo da política.
O webnário faz parte do Ciclo de Comunicação Digital em 2023, série de atividades abertas e gratuitas para discutir temáticas fundamentais para a comunicação digital organizadas pela FGV ECMI. O evento virtual será transmitido ao vivo, às 18h, pelo canal da FGV no YouTube. As inscrições são gratuitas.
Webnário ‘Desafios e estratégias no combate às fake news’
Data: 27/4 (quinta-feira)
Horário: 18h
Local: Canal YouTube da FGV
Inscrições e informações aqui.
(Fonte: Insight Comunicação)
A partir de 20 de abril, a 37ª edição do Panorama de Arte Brasileira: Sob as cinzas, brasa será exibida no SESC Sorocaba. Com correalização do MAM São Paulo e SESC São Paulo, a itinerância leva ao interior do estado obras de 26 artistas. São instalações, pinturas, esculturas e vídeos que conduzem discussões sobre a identidade, símbolos nacionais e referências ao bicentenário da Independência e ao centenário da Semana de 22.
O 37º Panorama tem curadoria de Cauê Alves, curador-chefe do MAM, Claudinei Roberto da Silva, e Cristiana Tejo e Vanessa K. Davidson, membros da Comissão de Arte do museu, que selecionaram 26 artistas e coletivos de diversas regiões, assim como de diferentes gerações, identidades étnico-raciais e de gênero. O grupo de artistas da exposição vai itinerar na íntegra para o SESC Sorocaba: Ana Mazzei, André Ricardo, Bel Falleiros, Camila Sposati, davi de jesus do nascimento, Celeida Tostes, Éder Oliveira, Eneida Sanches e Tracy Collins (LAZYGOATWORKS), Erica Ferrari, Giselle Beiguelman, Gustavo Torrezan, Glauco Rodrigues, Jaime Lauriano, Lais Myrrha, Laryssa Machada, Lidia Lisbôa, Luiz 83, Maria Laet, Marina Camargo, Marcelo D’Salete, No Martins, Sergio Lucena, RodriguezRemor, Sidney Amaral, Tadáskia e Xadalu Tupã Jekupé.
“Sob as cinzas, brasa”, título e conceito proposto pela curadoria, levanta soluções artísticas que refletem sobre o enfrentamento do cenário de emergência das pautas sociais e ambientais no Brasil, comprometendo-se com a promoção de igualdade étnica, de gênero e classe.Os curadores desta edição da mostra explicam em texto do catálogo que “entre as intenções do 37º do Panorama do MAM está a de contribuir para a desconstrução de certos olhares e paradigmas naturalizados, assim como do legado colonial do Brasil. Avesso à noção moderna de progresso, a curadoria desta edição enfatiza as ruínas e as barbaridades de um país que sequer conseguiu cumprir as promessas básicas de uma sociedade economicamente moderna e integrada que pressupunha a superação do subdesenvolvimento”.
Para Elizabeth Machado, presidente do MAM, “a parceria com o SESC São Paulo é fundamental para ampliar o alcance do Panorama aos mais diversos públicos e expandir os limites regionais. As colaborações institucionais, uma prática que vem se fortalecendo cada vez mais no MAM, são essenciais para o ecossistema das artes visuais e da cultura brasileira”, afirma.
“Ao abordar sensivelmente o presente, considerando as marcas indeléveis do passado, artistas articulam universos simbólicos que proporcionam perspectivas acerca do que e como vivemos e sua íntima relação com os processos históricos que nos precederam. É nesse contexto que se localiza o ‘Panorama de Arte Brasileira: Sob as Cinzas, Brasa’, que agora chega à Sorocaba”, afirma Danilo Santos de Miranda, diretor do SESC São Paulo. “Em consonância com a vocação educativa da cultura, o SESC correaliza essa ação com o MAM buscando contribuir com a constante renovação de cenários que se anunciam diversos e, assim, democráticos”, completa.
Sobre os artistas:
Gustavo Torrezan reflete sobre as estruturas de poder que configuram historicamente as organizações coletivas, bem como suas constituições culturais e identitárias. No SESC Sorocaba, será possível ver as obras que abordam a ideia da bandeira nacional e a relação com o carvão, resultado do fim da brasa. Jaime Lauriano convoca a examinar as estruturas de poder contidas na produção da História e dos símbolos, evidenciando as violentas relações mantidas desde a colonização. Ana Mazzei também parte da pesquisa sobre momentos históricos e suas representações na história da arte, construindo estruturas que, a partir da interação do público, reposicionam esses símbolos de poder. Marina Camargo expõe um mapa da América Latina feito de borracha, matéria-prima extensivamente explorada neste continente e que sugere a noção de uma terra maleável, esgarçada, flexionada para vários lados.
A relação com a terra e o solo é uma temática especialmente abordada por alguns artistas presentes na exposição, como é o caso de Celeida Tostes, artista já falecida que trabalhou o uso do barro na exploração de símbolos arquetípicos, relacionados ao feminino e à fertilidade. Bel Falleiros parte da simbologia da natureza explorada para compreender como as paisagens construídas contemporâneas (mal) representam as diversas camadas de presença que constituem um lugar. Lidia Lisbôa trabalha com escultura – sobretudo em argila – gravura, pintura, costura e crochê. Para a itinerância do Panorama ao SESC Sorocaba, traz os seus cupinzeiros, evocando a simbologia ambígua do cupim, que é a primeira vida a brotar em uma terra devastada, mas que ao mesmo tempo também a destrói. A dupla RodriguezRemor interroga fronteiras impostas, visíveis e invisíveis, como a separação de natureza e cultura, de arte contemporânea e arte popular, de arquitetura, tecnologia e tradição.
Laryssa Machada constrói imagens enquanto evocações de descolonização e novas narrativas de presente/futuro com estética e dimensão ritualísticas. Xadalu Tupã Jekupé, artista que também é integrante da edição de 2022 do Clube de Colecionadores do MAM, traz quatro pinturas que contam histórias e mitos guarani sobre as cidades celestiais e a origem da terra e do fogo.
Camila Sposati apresenta dois projetos relacionados à investigação do processo de criação e transformação da Terra, aproximando aspectos físicos do planeta e do corpo por meio do uso do barro, da sonoridade de seus instrumentos e da performance. davi de jesus do nascimento parte da pesquisa acerca de sua ancestralidade ribeirinha para apresentar um conjunto de obras em suportes variados, como o desenho, a fotografia, o vídeo e o tridimensional.
Tadáskía propõe desenhos abstratos que evocam uma ludicidade própria à sensibilidade tropicalista onde a simbologia do fogo e de entidades de matriz africana tem um espaço especialmente destacado pela artista. Maria Laet produz obras com a terra e o barro. No SESC Sorocaba, apresenta registros de uma ação vinculada ao solo no Parque Lage, Rio de Janeiro.
Patrimônio, monumento e arquitetura também são temas explorados pelas produções dos artistas de “Sob as cinzas, brasa”. Erica Ferrari apresenta instalações realizadas a partir de pesquisa em torno das relações entre arquitetura, espaço e história, com interesse direcionado ao lugar das mulheres e da memória de seus gestos nessas relações. Giselle Beiguelman pesquisa as estéticas da memória na atualidade, com ênfase nas políticas de esquecimento, e os processos de atualização do colonialismo pelas tecnologias digitais. Sua obra no SESC Sorocaba atua como uma arena que abrigará encontros de discussões sobre a construção da memória e patrimônio dos monumentos colonialistas. Lais Myrrha produz obras que questionam a história oficial da arquitetura canônica brasileira. Para o Panorama a artista traz partes da obra que investiga a própria arquitetura da Marquise do Parque Ibirapuera, projetada por Oscar Niemeyer e que abriga o MAM.
Eneida Sanches e Tracy Collins (LAZYGOATWORKS) pesquisam a história africana e afro-brasileira vinculada a experiências estéticas que oscilam entre a cognição e o transe. A dupla apresenta a vídeo-instalação “Eu não sou daqui”, onde questionam o colonialismo e suas produções pseudocientíficas.
Alguns artistas ainda investigam o que os curadores chamam de vocábulos caboclos, como André Ricardo e Sérgio Lucena, que apresentam pinturas abstratas com elementos que remetem à matriz afro-brasileira. Luiz 83 traz elementos da arte de rua e reelabora à maneira dessa sensibilidade certa ideia de construtivismo sedimentada pelo cânone, ao expor esculturas que tridimensionalizam a “tag”, assinatura gráfica urbana.
Éder Oliveira desenvolve sua investigação artística na relação entre os temas retrato e identidade, com foco no indivíduo amazônico. Traz ao Panorama no SESC Sorocaba pinturas que exemplificam outras direções na prática atual de Oliveira: suas investidas em um tipo de “pintura histórica” e quadros mais íntimos de seus familiares, amigos e vizinhos.
Marcelo D’Salete é um quadrinista reconhecido internacionalmente, recipiente do Prêmio Jabuti e do Eisner Award em 2018. Com influências da fotografia e do cinema, seus desenhos elaboram de forma poética e ácida a realidade a que estão submetidos negros e negras nas periferias das nossas cidades.
No Martins articula as linguagens da pintura, instalação e performance por meio das relações interpessoais cotidianas, principalmente a convivência da população negra no contexto urbano. Traz a instalação “Danger” que levanta discussão sobre a violência do Estado por meio das suas polícias.
Sidney Amaral aborda temas étnico-raciais, incluindo a condição da população negra e, em particular, do homem negro no Brasil. Falecido prematuramente (2014), o artista reflete em suas obras sobre o racismo estrutural brasileiro através de obras de grande impacto visual.
Glauco Rodrigues, artista falecido em 2004 que foi vinculado ao tropicalismo dos anos 1960 e 70, estará representado na exibição com uma pintura que aborda certos clichês da identidade nacional a partir da representação irônica de símbolos da vida brasileira e nosso legado colonial.
Sobre os curadores:
Cauê Alves
Cauê Alves (São Paulo, SP, 1977) é bacharel, mestre e doutor em Filosofia pela FFLCH-Universidade de São Paulo. Desde 2020 é curador-chefe do Museu de Arte Moderna de São Paulo. Desde 2010 é professor do Departamento de Artes da Faculdade de Filosofia, Comunicação, Letras e Artes da PUC-SP. Entre 2016 e 2020 foi curador-chefe do MuBE, onde realizou ao lado de outros profissionais as exposições “Ambiental: arte e movimentos” (2019), “Burle Marx: arte, paisagem e botânica” (2018-2019), premiada pela ABCA, “Amazônia: os novos viajantes” (2018) e “Pedra no Céu: Arte e a Arquitetura de Paulo Mendes da Rocha” (2017). Foi co-curador, com Vanessa K. Davidson, de “Past/ Future/ Present: Contemporary Brazilian Art” no Phoenix Art Museum, Arizona, USA e MAM-SP (2017-2019). Foi curador assistente do Pavilhão Brasileiro da 56ª Bienal de Veneza (2015). Publicou texto no catálogo da exposição “Mira Schendel, no Museu de Arte Contemporânea de Serralves (Porto, Portugal) e Pinacoteca do Estado de São Paulo” (2014), e “Tate Modern” (Londres, 2013). Foi co-curador de “Más Allá de la Xilografía”, no Museo de la Solidaridad Salvador Allende, em Santiago, Chile (2012). Foi curador adjunto da 8ª Bienal do Mercosul (2011) e co-curador, com Cristiana Tejo, do 32º Panorama da Arte Brasileira do Museu de Arte Moderna de São Paulo (2011).
Claudinei Roberto da Silva
Claudinei Roberto da Silva (professor, curador, artista visual) nasceu em 1963 em São Paulo, onde vive e trabalha. Formado pelo Departamento de Arte da Universidade de São Paulo. Como curador realizou, entre outras, a exposição “Sidney Amaral – O Banzo, o amor e a Cozinha” 1º prêmio Funart para artistas e curadores negros – Museu Afro Brasil, a “13ª Bienal Naïfs do Brasil” no SESC Piracicaba e a série “Pretatitude. Insurgências, emergências e afirmações. Arte afro-brasileira contemporânea” para várias unidades do SESC São Paulo e curador convidado para o projeto de “Pesquisa MAC USP Processos Curatoriais – Curadoria Crítica e Estudos Decoloniais em Artes Visuais: Diásporas Africanas nas Américas”. Coordenou, entre outros, o Núcleo Educativo do Museu Afro Brasil. Coordenador Artístico Pedagógico do projeto multinacional “A Journey through African diáspora” do American Aliance of Museums em parceria com o Museu Afro Brasil e Prince George African American Museum. Foi Bolsista do Programa “International Visitor Leadership Program” do Departamento de Estado do Governo dos Estados Unidos. Faz parte do conselho curatorial do Museu de Arte Moderna de São Paulo. Tem obras no acervo do Museu Nacional de cultura afro-brasileira MUNCAB em Salvador, Bahia.
Cristiana Tejo
Cristiana Tejo (Recife, PE, 1976) é curadora independente e Doutora em Sociologia (UFPE). É co-fundadora do Espaço NowHere (Lisboa) e investigadora do Instituto de História da Arte da Universidade Nova de Lisboa, onde foi pesquisadora do projeto “Artistas e Educação Radical na América Latina: anos 1960/1970”. É co-curadora da Residência Belojardim, no Agreste de Pernambuco. Foi coordenadora de Programas Públicos da Fundação Joaquim Nabuco (2009 – 2011), diretora do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (2007-2009) e curadora de Artes Plásticas da Fundação Joaquim Nabuco (2002-2006). Co-curou o 32º Panorama da Arte Brasileira do MAM – SP e o “Projeto Rumos Artes Visuais” do Itaú Cultural (2005-2006). Curou a Sala Especial de Paulo Bruscky na X Bienal de Havana (2009). Vive e trabalha em Lisboa.
Vanessa Davidson
Dra. Vanessa K. Davidson recebeu seu B.A. em Literatura Hispano-Americana de Harvard University e estudou arte latino-americana e poesia argentina na Universidad de Buenos Aires, Argentina, e português na Universidade de São Paulo. Ela recebeu uma bolsa Fulbright-Hays para conduzir pesquisas de tese doutoral na Argentina e no Brasil, e recebeu seu Ph.D. na História da Arte Latino-Americana do Século 20 e 21 do Instituto de Belas Artes, da New York University. Ela trabalhou no Museum of Fine Arts de Boston, bem como no Metropolitan Museum of Art. Trabalhou como a Shawn e Joe Lampe Curadora de Arte Latino-Americana no Phoenix Art Museum durante oito anos, durante os quais organizou doze exposições de grande escala, duas das quais viajaram internacionalmente. Davidson foi co-curadora com o “Dr. Sergio Bessa de Paulo Bruscky: Art Is Our Last Hope” (2014). Foi curadora da maior exposição internacional de arte postal contemporânea nos EUA desde a década de 1970 na Focus Latin America: “Art Is Our Last Hope” (2014-15). Foi curadora de “Horacio Zabala: Mapeando o Monocromo” (Phoenix e Buenos Aires, 2016-17) e co-curadora com Cauê Alves de “Passado/Futuro/Presente: Arte Contemporânea Brasileira da Coleção do Museu de Arte Moderna, São Paulo” (Phoenix e São Paulo, 2017-2019). Ela também é a curadora de “Oscar Muñoz: Invisibilia” (2021-22), a primeira retrospectiva norte-americana deste artista colombiano. Ela assumiu a função de Curadora de Arte Latino-Americana no Blanton Museum of Art na cidade de Austin, Texas, em 2019.
Sobre o MAM São Paulo
Fundado em 1948, o Museu de Arte Moderna de São Paulo é uma sociedade civil de interesse público, sem fins lucrativos. Sua coleção conta com mais de cinco mil obras produzidas pelos mais representativos nomes da arte moderna e contemporânea, principalmente brasileira. Tanto o acervo quanto as exposições privilegiam o experimentalismo, abrindo-se para a pluralidade da produção artística mundial e a diversidade de interesses das sociedades contemporâneas.
O Museu mantém uma ampla grade de atividades, que inclui cursos, seminários, palestras, performances, espetáculos musicais, sessões de vídeo e práticas artísticas. O conteúdo das exposições e das atividades é acessível a todos os públicos por meio de visitas mediadas em libras, audiodescrição das obras e videoguias em Libras. O acervo de livros, periódicos, documentos e material audiovisual é formado por 65 mil títulos. O intercâmbio com bibliotecas de museus de vários países mantém o acervo vivo.
Localizado no Parque Ibirapuera, a mais importante área verde de São Paulo, o edifício do MAM foi adaptado por Lina Bo Bardi e conta, além das salas de exposição, com ateliê, biblioteca, auditório, restaurante e uma loja onde os visitantes encontram produtos de design, livros de arte e uma linha de objetos com a marca MAM. Os espaços do Museu se integram visualmente ao Jardim de Esculturas, projetado por Roberto Burle Marx para abrigar obras da coleção. Todas as dependências são acessíveis a visitantes com necessidades especiais.
Sobre o SESC
O SESC – Serviço Social do Comércio é uma instituição privada, sem fins lucrativos, criada em 1946 pelos empresários do comércio e de serviços em todo o Brasil. No estado de São Paulo, o SESC conta com 40 unidades que congregam suas áreas de atuação nos campos de cultura, educação, esportes, lazer e saúde. As ações do SESC São Paulo se norteiam por seu caráter educativo e pela busca do bem-estar social com base em uma compreensão ampla do termo cultura. Nesse sentido, a acessibilidade plena aos espaços e conteúdos oferecidos pela instituição tem em vista a democratização dos bens culturais como forma de autonomia do indivíduo.
No campo das artes visuais, a instituição cumpre o papel de difusora da produção artística contemporânea e dos demais períodos históricos, bem como das intersecções com outras linguagens artísticas, tendo como diretriz a realização de exposições para todos os públicos. São realizados, ainda, projetos com instalações, intervenções e performances, bem como atividades de ação educativa e mediação em formatos variados, tendo como foco o atendimento qualificado tanto a grupos agendados quanto ao público espontâneo, buscando, sobretudo, o alcance de uma formação sensível e o estímulo à autonomia e à liberdade de escolha.
O SESC desenvolve, assim, uma ação de educação informal e permanente com intuito de valorizar as pessoas ao estimular a autonomia, a interação e o contato com expressões e modos diversos de pensar, agir e sentir.
Serviço:
37º Panorama da Arte Brasileira – sob as cinzas, brasa
Curadoria: Cauê Alves, Claudinei Roberto da Silva, Cristiana Tejo e Vanessa Davidson
Período expositivo: 20 de abril a 17 de setembro de 2023
Local: SESC Sorocaba
Endereço: R. Barão de Piratininga, 555 – Jardim Faculdade, Sorocaba (SP)
Horários: terça a sexta, das 9h às 21h30. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30
Telefone: (15) 3332-9933.
(Fonte: A4&Holofote Comunicação)
A turnê ‘Rizoma’ é apresentada pelo cantor Lenine juntamente com seu filho, Bruno Giorgi, no SESC São Carlos dia 30 de abril, domingo, às 19h. Os ingressos estão disponíveis para a venda no site da instituição e nas bilheterias da rede SESC. A turnê é marcada pela conexão musical evidenciada há uma década entre Lenine e Bruno Giorgi e que reforça os laços artísticos entre pai e filho, que gravaram juntos músicas inéditas no álbum.
Esta conexão surgiu a partir do álbum “Chão” (2011) e do show homônimo de 2012 que estreou na sequência do disco. Agora, Lenine e Bruno Giorgi gravaram álbum com músicas inéditas no primeiro semestre de 2022 e preparam o retorno à cena com o inédito show ‘Rizoma’, espetáculo cuja direção musical é assinada por Giorgi.
Somente Lenine e Bruno Giorgi estão no palco. A ambiência sonora do show se afina com a textura do disco. Ambas são criadas com programações, violões de toque percussivo e vozes. Contudo, enquanto o álbum apresenta repertório inédito e autoral, o show se alimenta do cancioneiro angariado por Lenine ao longo de trajetória que ganhou impulso na década de 1990 e que, nos últimos anos, com as canções mais ouvidas do cantor e que gerou discos produzidos, mixados e masterizados por Bruno Giorgi.
A turnê nacional do show Rizoma começou no Rio de Janeiro (RJ) – cidade onde aconteceram duas apresentações no Circo Voador – e passou por São Paulo (SP) em apresentações no Teatro Bradesco, seguindo na sequência para Fortaleza (CE) e Recife (PE), em rota foi estendida para outras cidades do Brasil ao longo de 2022. Agora é a vez de São Carlos receber este show com apresentação no ginásio da unidade do SESC São Carlos.
Lenine
Não é sem razão que Lenine se diz um cantautor: o artista que canta suas próprias composições, como faziam os trovadores do século 12. Transforma em versos as questões, os amores e as sagas de seu tempo. Histórias à base de palavra e música: elementos que, para ele, andam juntos desde sempre. Ou melhor, desde o berço, no Recife, onde começou – em 2 de fevereiro de 1959 – a história de Oswaldo Lenine Macedo Pimentel.
Menino do bairro da Boa Vista que cresceu brincando de caçar caranguejo nos manguezais e pegar jacaré nas ondas da Boa Viagem. Suas primeiras referências musicais são Ângela Maria, Cyro Monteiro, Bach, Chopin, Jackson do Pandeiro, Miltinho, o embolador paraense Ary Lobo e Dorival Caymmi – com o inesquecível “Canções Praieiras”.
Já a paixão pelo rock veio por conta própria, turbinada por suas descobertas de Led Zeppelin, The Police e Frank Zappa, entre outros. Até que conheceu o álbum “Clube da Esquina” (Milton Nascimento e Lô Borges, 1972) e, com ele, trouxe o Brasil de volta a seu universo musical.
Ganhador de seis Grammies Latinos, dois prêmios da APCA e nove Prêmios da Música Brasileira, contabiliza-se que Lenine tenha escrito, gravado e produzido mais de quinhentas canções, algumas dessas gravadas por Maria Bethânia, Daniela Mercury, Elba Ramalho, Milton Nascimento e Gilberto Gil, entre outros.
Como síntese do fazer artístico do cantor e compositor, Lenine se considera um cantautor em direção às próximas trovas, refletindo olhares sobre seu tempo. A caminhada tem destino imprevisível, mas conta com pelo menos uma certeza: a de estar fazendo música livre, sem adjetivos, no exercício constante de se reinventar a cada novo trabalho.
Serviço:
Lenine e Bruno Giorgi – De Onde Vem a Canção (Turnê Rizoma)
Data: 30 de abril, domingo
Horário: 19h
Ingressos: R$40,00 inteira / R$20,00 meia entrada / R$12,00 Credencial Plena
Venda de ingressos. Lugares Limitados. 10 anos
Local: Unidade São Carlos – Av. Comendador Alfredo Maffei, 700 – Jd. Gibertoni – São Carlos – SP
Mais informações pelo telefone 3373-2333
Acompanhe o SESC São Carlos: YouTube | Instagram.
(Fonte: SESC SP)