No último dia 23 de abril 23 de abril, educação amazonense viveu um momento histórico


Manaus
“Útero Magmático”, da artista Denise Milan, é a exposição escolhida para inaugurar o mais novo espaço da DAN Galeria no interior de São Paulo. Instalado dentro da Fábrica São Pedro, onde está o FAMA Museu, o espaço abrigará a mostra de 6 de maio a 31 de julho.
Com curadoria assinada pela DAN Galeria, a individual apresenta um conjunto de 20 obras – sendo 13 inéditas – gestadas nos dois últimos anos. Gestacional também é o fio condutor da exposição, que traz como peça central um cristal cuja forma faz alusão a um útero, dando nome à mostra.
O espectador é convidado a interagir com a instalação através de um olho mágico: um quartzo rosa formado há 130 milhões de anos, que pulsa revelando o potencial de fecundação que origina todas as criações do planeta. Daí brota um princípio de criação presente na natureza e em todo ser humano que propicia a fecundação das ideias, do imaginário e dos sonhos.
Logo na entrada, o visitante se depara com “TrincAr”, obra que apresenta as rachaduras vulcânicas no corpo do planeta, por onde escorre a lava magmática. A peça faz uma associação direta com as trincas humanas, de acordo com a artista. Na sequência, o visitante se depara com recipientes preenchidos com um caldo cósmico anterior à aparição da humanidade – um convite à visitação e rememoração do ponto de origem da matéria que formaram as pedras da exposição.
“As trincas também fazem parte do processo da criação e são indispensáveis para que esse aconteça. Elas estão ligadas ao momento do nascimento quando a placenta se rompe e a criança nasce. Como as trincas da saúde, o coração partido de cada um e da memória”.
Para Denise, todos temos uma trinca na vida e é através delas que podemos entender como a matéria está em constante transformação. A artista ainda afirma que tudo é energia e as cristalizações são o oposto de momentos estáticos, sendo marcas de vitalidade da gestação, como o visitante pode conferir na obra “Cicatriz”, que integra a exposição.
No lado oposto do espaço expositivo, estão os ideogramas de quartzos que formam a “Linguagem da Pedra”, criados pela artista, que mergulhou nesse universo há 40 anos. Cada ideograma reflete o movimento dos átomos e das moléculas do quartzo numa relação com a dinâmica de nossas emoções e sentimentos, seus antagonismos e afinidades.
Num segundo ambiente, o público é atraído para o “Olhar Mater”: o olhar que vem da pedra e nos convida para o “Banquete Magmático”, onde estão servidos alimentos cozidos há milhões e milhões de anos. Um chamado para degustar os saberes e sabores dos subterrâneos.
Sobre a obra, o curador Gabriel Pérez-Barreiro, responsável pela curadoria da última mostra de Denise Milan na DAN Galeria, comenta: “uma metáfora da criação do universo, do mundo. O fato de estar trabalhando com uma matéria-prima de uns trezentos milhões de anos já coloca uma questão sobre o tempo que é muito interessante de ser colocada em um contexto de arte contemporânea”.
Para esta celebração, chegaram do imaginário da Terra, com 130 milhões de anos, os proto-humanos, primeiros esboços da nossa figura humana. Entre os “Proto-Humanos” se encontra o “Terceiro Olho”, onde os convidados poderão descobrir através do olho mágico a pedra original de onde surgiram. Este é o momento da revelação, segundo Denise, “o “Proto-Humano” olha você. A pedra deixa de ser objeto para se tornar protagonista”.
Nesta exposição a artista propõe uma nova experiência: com a transformação da nossa posição perante a natureza passamos a fazer parte dela e de um trajeto maior.
Sobre a artista
Denise Milan, artista brasileira contemporânea de renome internacional, nasceu em São Paulo em 1954. Atua em diferentes mídias, trabalha com especialistas em ciência e tecnologia, antropologia, filosofia, literatura e música. Usando a pedra como eixo criativo, seu trabalho abrange esculturas, arte pública, performance urbana, artes cênicas, ópera, poesia, videoarte e arte multimídia.
Fez exposições e instalações em diversas instituições e em museus de vários continentes. Alguns highlights: na América do Norte, em Nova York, “Garden of Light”, no P. S. 1, The Institute for Arts and Urban Resources – MoMA; em Chicago,“America’s Courtyard”, no Adler Planetarium & Astronomy Museum; “Between two infinites”, no Museu de Arte Contemporânea, “Mist of the Earth”, no Chicago Cultural Center e em Washington, no Wilson Center; “Genetic Blue Stone”, no John F. Kennedy Center para Artes Performáticas.
Na América do Sul, no Brasil, no Pará, com “U Ura Muta Uê”, na Casa das Onze Janelas; em Brasília, com “Améfrica”, no Centro Cultural Banco do Brasil; na Bahia, com “Redenção do Pelourinho”, e em São Paulo, com “Luzes”, no MAM, com “Gênese”, no MASP, com “Sectiones Mundi”, na 20ª Bienal de São Paulo, com a “Gruta de Maquiné”, na 21ª Bienal de São Paulo e com a “Ilha Brasilis”, na 33ª Bienal de São Paulo, com “TrincAr”, na 13ª Bienal do Mercosul.
Na África, no Marrocos, “Útero Oceânico”, “Útero Cósmico” e “Útero da Terra”, durante COP22, DO-FEST no Emerson Collective, Marrakech.
Na Ásia, em Taiwan, na Guandu Nature Park; na Europa, em Paris, na Galerie d’Architecture; na Itália, “No reino do Amor e Perdão: a Linguagem das Pedras”, no Palazzo del Monte Frumentário, e “Mandala de Pedra”, na Piazza del Angeli, Assis ,e com o “Banquete da Terra”, na Fondazione Berengo, Veneza.
Sobre a galeria
A DAN Contemporânea surgiu como um departamento de Arte Contemporânea da DAN Galeria. Em 1985, Flávio Cohn, filho do casal fundador, juntou-se à DAN criando o Departamento de Arte Contemporânea, que ele dirige desde então. Assim, foi aberto espaço para muitos artistas contemporâneos tanto brasileiros, como internacionais, fortemente representativos de suas respectivas escolas. Posteriormente, Ulisses Cohn também se associa à galeria completando seu quadro de direção.
Nos últimos vinte anos, a galeria exibiu Macaparana, Sérgio Fingermann, Amélia Toledo, Ascânio MMM, Laura Miranda e artistas internacionais: Sol Lewitt, Antoni Tapies, Jesus Soto, César Paternosto, José Manuel Ballester, Adolfo Estrada, Juan Asensio, Knopp Ferro e Ian Davenport. Mestres de concreto internacionais também fizeram parte da história da DAN, tais como Max Bill, Joseph Albers e os britânicos Norman Dilworth, Anthony Hill, Kenneth Martin e Mary Martin.
A DAN Galeria incluiu em sua seleção importantes artistas concretos: Francisco Sobrino, François Morellet e Getúlio Alviani, bem como os artistas geométricos abstratos históricos Sandu Darié, Salvador Corratgé, Wilfredo Arcay e Dolores Soldevilla, só para mencionar alguns dos cubanos do grupo Los Once (The Eleven). O fotógrafo brasileiro Cristiano Mascaro; os artistas José Spaniol e Teodoro Dias (Brasil); os internacionais Tony Cragg (G. Bretanha), Lab [AU] (Bélgica) e Jong Oh (Coréia) se juntaram ao departamento de Arte Contemporânea da galeria. A DAN Galeria sempre teve por propósito destacar artistas e movimentos brasileiros desde o início da década de 1920 até hoje. Ao mesmo tempo, mantém uma relação próxima com artistas internacionais, uma vez que os movimentos artísticos historicamente se entrelaçam e dialogam entre si sem fronteiras.
Serviço:
Quando: entre 6 de maio e 31 de julho de 2023
Local: DAN Galeria Sala São Pedro
Endereço: Rua Doutor Graciano Geribello, nº 8 |Bairro Alto, Itu (SP)
Horário de visitação: quarta-feira a domingo, das 11h às 17h
Entrada: R$10,00 |Meia-entrada para estudantes, professores, educadores e moradores da cidade de Itu (necessário documento de comprovação) – R$5,00. Classificação indicativa: livre
Acesso para pessoas com mobilidade reduzida.
e-mail: info@dangaleria.com.br
Museu São Pedro
+55 11 4022-4828
(Fonte: A4&Holofote Comunicação)
Com uma homenagem ao universo do circo, o espetáculo infantil com bonecos “Circus – A Nova Tournée” chega à sede do Instituto Ingo Hoffmann de Campinas. O espetáculo, que é produzido pela Cia. Circo de Bonecos da Cooperativa Paulista de Teatro, terá início às 17h, na próxima quinta-feira (27/4).
O espetáculo é um oferecimento do projeto Famílias do Instituto em Ação Cultura, que tem como intuito principal promover qualidade de vida às crianças e seus familiares que são atendidos pelo Centro infantil Boldrini, hospital referência mundial no tratamento de câncer infantil. Cabe lembrar que, além das apresentações, as famílias assistidas contam com oficinas de literatura, artes, música, contação de histórias, cinema e internet.
Com o objetivo de recriar o mundo do circo, o espetáculo traz quadros curtos, que prometem diversão aos espectadores. O enredo mostra um picadeiro de um “cirquinho mambembe”, em que dois saltimbancos começam a entreter com números um tanto quanto inusitados. Tem minhocas trapezistas, as trapalhadas do Homem Bala, o faquir, o árabe e seu dromedário abusado, a mosca dançarina e muito mais. “Circus” é tão mágico quanto uma tarde no circo real. A entrada é gratuita.
O Instituto
O Instituto Ingo Hoffmann é uma entidade beneficente e sem fins lucrativos fundada em 2005 que tem como missão inicial proporcionar maior oportunidade de cura para crianças em tratamento de câncer por meio de uma parceria com o Centro Infantil Boldrini, no projeto denominado Casa de Apoio à Criança e à Família.
Trata-se de um modelo de moradia temporária. No total, são 30 chalés, divididos em 10 vilas, construídos em um terreno com mais de 6.000 metros quadrados, localizado ao lado do edifício da Radioterapia do hospital. Além das acomodações, o local possui brinquedoteca, biblioteca, academia interna e externa, refeitório e lavanderia.
O objetivo da Casa da Criança e da Família é abrigar crianças em tratamento intensivo de câncer e seus acompanhantes, vindos de diversas regiões do Brasil e da América Latina para fazer tratamento no Centro Infantil Boldrini e que não têm condições de serem mantidas por suas famílias fora de suas casas.
Famílias do Instituto em Ação Cultura | A viabilidade do projeto denominado Calendário de Atividades Socioculturais – Plano Anual | Ano 3 se dá por meio da Lei de Incentivo à Cultura, programa do Ministério da Cultura, e tem como patrocinadores CI&T, DHL, ABL Antibióticos do Brasil, Usina São Domingos, Alibra, Matera e 2º Tabelião de Protesto de Campinas. Saiba mais sobre como doar pelo site.
Serviço:
“Circus – A Nova Tournée”, por Cia. Circo de Bonecos da Cooperativa Paulista de Teatro
Data: 27/4/2023, às 17h (horário de Brasília)
Local: Rua Márcia Mendes, 697, Barão Geraldo – Bosque das Palmeiras, Campinas – SP
Classificação etária: Livre
Entrada franca
(Fonte: Instituto Ingo Hoffmann)
A Orquestra Sinfônica da Unicamp (OSU) apresentará um concerto gratuito em homenagem ao renomado compositor e cantor brasileiro Dorival Caymmi. O evento será realizado no Teatro de Arena, na Unicamp, nesta quinta-feira, 27 de abril, às 19 horas.
O concerto contará com a participação dos alunos da modalidade de voz popular da graduação em música do Instituto de Artes da Unicamp (IA) sob a direção artística da maestrina da OSU, Cinthia Alireti e orientação artística da professora Dra. Regina Machado. Os arranjos são de Emanuel Massaro.
Para quem é apaixonado por música clássica e popular, essa é uma oportunidade única de apreciar uma seleção de obras do compositor brasileiro internacionalmente reconhecido. Não perca.
A entrada é gratuita e aberta ao público em geral. Certifique-se de marcar em sua agenda o concerto da Orquestra Sinfônica da Unicamp no dia 27 de abril, às 19 horas, no Teatro de Arena da Unicamp.
Serviço:
Orquestra Sinfônica da Unicamp | Tributo a Dorival Caymmi
27 de abril, às 19h
Teatro de Arena, Unicamp – R. Elis Regina – Cidade Universitária, Campinas – SP
Concerto gratuito.
(Fonte: Ciddic/Unicamp)
“Vila Tarsila” joga luzes nas memórias de infância de Tarsila do Amaral, remontando sua trajetória criativa desde suas primeiras impressões sobre cores e formas, até as origens dos elementos que influenciaram diretamente em sua criação artística. O espetáculo chega ao SESC Bom Retiro para três apresentações – em 14 e 21/5 e 4/6, aos domingos, às 12h.
Passando por importantes obras, como ‘Abaporu’, ‘Sol Poente’, ‘A lua’, ‘Manacá’, ‘A Cuca’, ‘O sapo’, ‘O touro’, ‘São Paulo’ e ‘Operários’, “Vila Tarsila” constrói uma narrativa envolvente e lúdica, ambientada na década de 1920, período que em Tarsila realizou uma série de viagens ao redor do Brasil que serviram de inspiração para seus célebres quadros.
Criada por Miriam Druwe em parceria com Cristiane Paoli Quito, a obra remonta a trajetória criativa da artista desde suas primeiras impressões sobre cores e formas, até as origens dos elementos que influenciaram diretamente em sua criação artística.
Sinopse | “Vila Tarsila”, espetáculo da Cia. Druw de Dança Contemporânea, transporta o espectador ao mundo antropofágico da artista brasileira Tarsila do Amaral. Num roteiro lúdico, que remonta sua trajetória criativa desde suas primeiras impressões sobre cores e formas, até as origens dos elementos que influenciaram diretamente em sua criação artística, o trabalho mergulha na imaginação viajante de Tarsila, jogando luzes sobre suas memórias de infância: das brincadeiras que recheavam as tardes na fazenda onde vivia em Capivari, no interior de São Paulo, onde corria livremente entre pedras, árvores, cactus e brincava com bonecas feitas de mato, em contraponto com a educação francesa que recebeu de seus pais.
Ficha técnica:
Direção Geral e Artística: Miriam Druwe. Roteiro e Direção Cênica: Cristiane Paoli Quito. Concepção: Miriam Druwe e Cristiane Paoli Quito. Cenário e figurino: Marco Lima. Desenho de luz: Marisa Bentivegna. Trilha sonora: Natália Mallo. Intérpretes: Alessandra Fioravanti, Anderson Gouvêa, Mosés Matos, Letícia Rossi, Manu Fadul, Miriam Druwe e Orlando Dantas. Produção: Tono Guimarães/Plataforma Movente. Realização: Miriam Druwe/Produções Artísticas. Duração: 60 minutos. Faixa etária: Livre.
Vila Tarsila
Com Cia Druw de Dança Contemporânea
Dias 14 e 21/5 e 4/6, aos domingos, às 12h
Ingresso à venda pelo Portal SESC e nas Unidades d9o SESC SP. Valores: R$25 (Inteira), R$12,50 (Meia) e R$8 (Credencial Plena). Crianças até 12 anos não pagam.
Dança | “Goitá”, com Cisne Negro Companhia de Dança, terá apresentação única em 7/5. O espetáculo de dança aborda o universo da cultura popular brasileira por meio dos bonecos de Mamulengos, transformando-os em “bailarinos”. A pequena cidade de Glória do Goitá, localizada a 60km de Recife, é considerada a capital brasileira do Mamulengo e inspira o espetáculo que homenageia e reverencia o universo do Mamulengo Pernambucano. O espetáculo conta com a idealização e coreografia de Ana Catarina Vieira, artista que participou das duas companhias, assistência de coreografia de Patrícia Alquezar, criação de bonecos de Dino Soto, trilha sonora do Quinteto Violado com referência especial a Dudu Alves, edição musical de Cesar Maluf e figurinos com criação e concepção de André Santana e Elson Leite (Atelieles) e Balletto. Dia 7/5. Domingo, 12h. Ingresso a venda pelo Portal SESC e nas Unidades do SESC SP. Valores R$25 (Inteira), R$12,50 (Meia) e R$8 (Credencial Plena). Crianças até 12 anos não pagam.
Máscara: o uso de máscara é recomendado principalmente em locais fechados.
Estacionamento do SESC Bom Retiro (vagas limitadas): o estacionamento do SESC oferece espaço para pessoas com necessidades especiais, carros de baixa emissão, carros elétricos e bicicletas. A capacidade do estacionamento é limitada. Os valores são cobrados igualmente para carros e motos. Entrada: Alameda Cleveland, 529. Valores: R$5,50 a primeira hora e R$2 por hora adicional (Credencial Plena). R$12 a primeira hora e R$3 por hora adicional (Outros). Valores para o público de espetáculos à noite R$7,50 (Credencial Plena). R$15 (Outros).
Horários: terça a sexta: 9h às 20h; sábado, 10h às 20h; domingo, 10h às 18h. Importante: em dias de espetáculos, o estacionamento funciona até o término da apresentação.
Transporte gratuito: o SESC Bom Retiro oferece transporte gratuito partindo da estação da Luz. O embarque e desembarque ocorrem na saída CPTM/José Paulino/Praça da Luz. Horários: Ida – sextas e sábados, das 17h30 às 19h50. Domingos, das 15h30 às 17h50. Volta – ao término do espetáculo de volta à Estação Luz.
SESC Bom Retiro
Alameda Nothmann, 185, Campos Elíseos, São Paulo – SP. Telefone: (11) 3332-3600. Siga o SescBomRetiro nas redes sociais | Facebook, Instagram e Youtube.
(Fonte: SESC Bom Retiro)
O álbum duplo “João Gilberto (ao vivo no SESC 1998)” lançado pelo Selo SESC no dia 5 de abril gratuitamente e com exclusividade na plataforma SESC Digital será disponibilizado nos principais serviços de streaming do dia 26 de abril em diante. O trabalho remasterizado da histórica apresentação na unidade Vila Mariana, em 1998, também poderá ser adquirido em sua versão física a partir da mesma data nas Lojas SESC das unidades de todo o estado de São Paulo e no site, com entrega para todo o país.
“Estamos comemorando os 25 anos da apresentação com o lançamento da gravação remasterizada, agora disponível nas plataformas de streaming e em formato físico. Afinal, trata-se de uma obra de grande valor histórico, que deve ser não apenas amplamente divulgada, mas guardada por todos os amantes da música brasileira que reconhecem o papel proeminente e fundador do pai da bossa nova e reinventor do samba”, diz Danilo Santos de Miranda, diretor do SESC São Paulo.
A instituição convidou o artista visual Speto, importante nome da arte urbana, para fazer uma versão do grafite realizado por ele em homenagem ao cantor e, com a nova arte, estampar a capa do álbum. A pintura original foi realizada em 2020 na fachada de um edifício na Avenida Senador Queirós, próximo ao Mercado Municipal, em São Paulo. O grafite apresenta o artista sentado, abafando seu violão, como se estivesse silenciando o instrumento ao final de uma música, em alusão ao fim de um ato. Speto relata que a imagem foi desenvolvida usando o mínimo de traços possível, em referência ao minimalismo da bossa nova e, sobretudo, de João Gilberto.
O álbum “Relicário: João Gilberto (ao vivo no SESC 1998)” é fruto do trabalho de curadoria e gerenciamento do vasto acervo do SESC São Paulo. O destaque da gravação está na música inédita “Rei sem coroa”, que, apesar de compor o repertório de alguns shows, nunca foi registrada em estúdio ou gravada oficialmente pelo artista, reforçando a importância deste resgate histórico. A canção é uma parceria dos compositores Herivelto Martins e Waldemar Ressurreição, inspirada na história do rei Carlos II, da Romênia, que passou a viver no Copacabana Palace após ser forçado a abdicar de seu trono durante a Segunda Guerra, em 1940.
Além disso, o álbum ainda traz em seu repertório “Violão amigo”, primeira faixa do disco e também do show de 1998, creditada aos compositores Bide e Marçal. A canção, embora já publicada em gravações na internet, não integra a discografia oficial de João Gilberto.
“O Pato”, “Wave”, “Carinhoso” e “Eu Sei que vou te amar” também são alguns dos clássicos da MPB que compõem o repertório de 36 faixas, entre elas, músicas de compositores como Ary Barroso, Tom Jobim e Dorival Caymmi, além de Wilson Baptista e Herivelto Martins. A faixa instrumental “Um abraço no Bonfá”, uma homenagem ao violonista Luiz Bonfá (1922–2001), é a única música de autoria de João Gilberto interpretada na apresentação no SESC Vila Mariana.
Sobre Relicário
O álbum “João Gilberto (ao vivo no SESC 1998)” marca a inauguração de ‘Relicário’, um projeto do Selo SESC de resgate dos áudios de shows históricos realizados em unidades do SESC em São Paulo nas décadas de 1970, 1980 e 1990, remasterizados e formatados como álbuns digitais.
A série também oferece o contexto histórico de cada registro por meio de textos, vídeos, fotografias e material iconográfico com folhetos, cartazes e notícias jornalísticas veiculadas na época, que poderão ser acessados pelo público de forma gratuita no site do SESC.
Desde 5 de abril, as 36 faixas de “Relicário: João Gilberto (ao vivo no SESC 1998)” estão disponíveis com exclusividade na plataforma SESC Digital, que realizou uma adaptação especial na plataforma para receber materiais em áudio, complementando o catálogo de filmes, cursos e outros 24 mil conteúdos que compõem o serviço sob demanda do SESC São Paulo. O disco pode ser ouvido em SESC.
A partir de 26 de abril, o álbum chega às principais plataformas de streaming e também em CD duplo comercializado nas Lojas SESC e no site.
Sobre o Selo SESC
Desde 2004 o Selo SESC traz a público obras que revelam a diversidade e a amplitude da produção artística brasileira, tanto em obras contemporâneas quanto naquelas que repercutem a memória cultural, estabelecendo diálogos entre a inovação e o histórico. Em catálogo, constam álbuns em formatos físico e digital que vão de registros folclóricos às realizações atuais da música de concerto, passando pelas vertentes da música popular e projetos especiais. Entre as obras audiovisuais em DVD, destacam-se a convergência de linguagens e a abordagem de diferentes aspectos da música, da literatura, da dança e das artes visuais. Os títulos estão disponíveis nas principais plataformas de áudio, SESC Digital e Lojas SESC. Saiba+ aqui.
Serviço:
“Relicário: João Gilberto (ao vivo no SESC 1998)”
Data: 26 de abril
Conteúdo: Álbum digital
Local: Principais plataformas de streaming
Conteúdo: CD
Local: Lojas SESC SP nas unidades e site
Ficha técnica
Título: “Relicário: João Gilberto (ao vivo no SESC 1998)”
Álbum duplo com 36 faixas
Duração: 1:59:03
Faixas:
CD 1
1 – Violão amigo (Autor: Bide / Armando Marçal)
2 – Isto aqui o que é? (Autor: Ary Barroso)
3 – Vivo sonhando (Autor: Tom Jobim)
4 – Nova ilusão (Autor: Menezes / Luiz Bittencourt)
5 – Izaura (Autor: Herivelto Martins / Roberto Roberti)
6 – Curare (Autor: Bororó)
7 – Doralice (Autor: Dorival Caymmi / Antônio Almeida)
8 – Rosa morena (Autor: Dorival Caymmi)
9 – Aos pés da cruz (Autor: Zé da Zilda / Marino Pinto)
10 – Louco (Autor: Henrique de Almeida / Wilson Baptista)
11 – Pra que discutir com madame (Autor: Janet de Almeida / Ary Vidal)
12 – Corcovado (Autor: Tom Jobim)
13 – Retrato em branco e preto (Autor: Tom Jobim / Chico Buarque)
14 – Rei sem coroa (Autor: Herivelto Martins / Waldemar Ressurreição)
15 – Preconceito (Autor: Marino Pinto / Wilson Batista)
16 – Saudade da Bahia (Autor: Dorival Caymmi)
17 – O pato (Autor: Jayme Silva / Neuza Teixeira)
18 – Meditação (Autor: Tom Jobim / Newton Mendonça)
CD 2
1 – Carinhoso (Autor: Pixinguinha / Braguinha)
2 – Guacyra (Autor: Heckel Tavares / Joracy Camargo)
3 – Solidão (Autor: Tom Jobim / Doca)
4 – O amor em paz (Autor: Tom Jobim / Vinicius De Moraes)
5 – A primeira vez (Autor: Bide / Armando Marçal)
6 – Ave Maria no morro (Autor: Herivelto Martins)
7 – Bahia com H (Autor: Denis Brean)
8 – Samba de uma nota só (Autor: Tom Jobim / Newton Mendonça)
9 – Caminhos cruzados (Autor: Tom Jobim / Newton Mendonça)
10 – Lá vem a baiana (Autor: Dorival Caymmi)
11 – Ave Maria (Autor: Jayme Redondo / Vicente Paiva)
12 – Desafinado (Autor: Tom Jobim / Newton Mendonça)
13 – Um abraço no Bonfá (Autor: João Gilberto)
14 – Chega de saudade (Autor: Tom Jobim / Vinicius De Moraes)
15 – A valsa de quem não tem amor (Autor: Custódio Mesquita / Ewaldo Ruy / João Gilberto / Bebel Gilberto)
16 – Eu sei que vou te amar (Autor: Tom Jobim / Vinicius De Moraes)
17 – Wave (Autor: Tom Jobim)
18 – Esse seu olhar (Autor: Tom Jobim).
(Fonte: Agência Lema)