No último dia 23 de abril 23 de abril, educação amazonense viveu um momento histórico


Manaus
A Editora Landmark – especializada em literatura clássica e livros bilíngues – está lançando em novembro um dos livros da escritora inglesa Maria Graham (1785–1842). Intitulado “Viagens ao Brasil”, a obra expõe o período da independência brasileira sob a ótica de uma mulher estrangeira. Além disso, a obra apresenta grande quantidade de notas complementares sobre fatos e personagens relevantes da história brasileira.
Publicado inicialmente em 1824, o livro também traz ilustrações da própria autora sobre o cenário brasileiro da época e tem a sua introdução feita pelo jornalista e pesquisador Eduardo Bueno, criador do canal no YouTube Buenas Ideias e autor do “Dicionário da Independência: 200 Anos em 200 Verbetes”, dentre outras obras sobre a história e a formação da sociedade brasileira.
“Apesar da visão eurocentrista com relação à sociedade brasileira, a habilidade da autora de coletar informações contribuiu para o registro do cotidiano e política. Mesmo sendo uma mulher estrangeira numa época em que o acesso às informações era reduzido, ela teve acesso livre aos principais atores políticos da época, incluindo a família imperial e diversos ministros do Império; entre eles, José Bonifácio de Andrada e Silva”, comenta o diretor editorial da Editora Landmark, Fábio Pedro Cyrino.
O relato de Maria Graham, além de apresentar uma breve e rica análise histórica da formação do Brasil desde a chegada dos primeiros europeus até os movimentos iniciais pela independência, é também uma fonte importante para se entender a sociedade brasileira de antes e depois da independência.
Durante sua estadia no Brasil, a autora pôde acompanhar em detalhes a atmosfera política da época, o papel das figuras-chave, como os imperadores Pedro I e Leopoldina, José Bonifácio e outras personalidades políticas, trazendo também as tensões entre as elites brasileiras e o governo português.
As observações contadas em “Viagens ao Brasil” por Graham fornecem informações importantes para historiadores e estudiosos interessados nesse período crucial da história e contribuem para uma compreensão mais profunda dos eventos que levaram à independência, em 1822. Além disso, a obra de Graham é considerada uma das leituras sobre o período por apresentar a narrativa da independência de forma mais histórica e organizada, algo incomum para os diários de viagens feitos na época.
Quem foi Maria Graham
Maria Graham (19 de julho de 1785–21 de novembro de 1842) foi escritora, ensaísta, pintora, historiadora e ilustradora britânica, famosa pelos seus relatos de viagens, relatos históricos, obras sobre pintura e literatura infantil.
Nascida em uma família escocesa de militares da marinha real britânica, aos 23 anos, em 1808, mudou-se com a família para a Índia Britânica, onde viria a conhecer o seu primeiro marido, Thomas Graham, um jovem oficial escocês da marinha britânica.
Casaram-se em 1809 e retornaram para a Inglaterra em 1811, onde Maria Graham publicou o seu primeiro livro sobre a vivência no país. No decorrer dos comissionamentos do marido, Maria Graham o acompanhava, o que lhe possibilitou grande contato com outras culturas.
Eduardo Bueno, criador do canal Buenas Ideias e autor da introdução de “Viagens ao Brasil” pela Editora Landmark. Foto: Divulgação.
Em 1821, seu marido seria nomeado comandante de uma fragata de guerra inglesa, com o objetivo de garantir proteção aos navios mercantes ingleses ao longo da costa do Chile. Foi nesta viagem que ela entrou pela primeira vez em contato com o Brasil e os acontecimentos que levariam à sua independência durante alguns meses entre o final de 1821 e 1822.
Durante a parada no Brasil, seu marido adoeceu de febre e acabou por falecer na costa do Chile antes de chegar ao seu destino final, a cidade de Santiago do Chile. Nesta viagem, escreveu obras sobre o Chile e também o livro “Viagens ao Brasil”, que seriam publicados na Inglaterra, em 1824.
No ano seguinte, casou-se com o pintor inglês Augustus Wall Callcott (1779–1844). Contudo, em 1831, um acidente vascular cerebral a deixaria inválida, impedindo que continuasse as suas viagens de estudo. Com a deterioração de sua saúde, Maria Graham faleceu aos 57 anos em Londres, estando sepultada no cemitério de Kensal Green.
Serviço:
Viagens ao Brasil: Relato de uma viagem ao Brasil e os anos em que lá residi durante parte de 1821, 1822 e 1823
Autora: Maria Graham
Introdução: Eduardo Bueno
Formato: Capa dura em 16cm X 23cm
O livro estará disponível a partir de 23 de novembro de 2023 nas principais livrarias do país, na Amazon e no site oficial da Editora Landmark.
Sobre a Landmark
A Editora Landmark vem desde sua criação desenvolvendo sua linha editorial com o intuito de trazer ao público-leitor brasileiro o acesso à boa literatura, seja ela nacional ou estrangeira. Deste modo, desenvolve linhas editoriais com textos e imagens que se complementam por meio de projetos elaborados especialmente para oferecer ao leitor cultura, entretenimento e momentos de lazer.
Essas linhas desenvolvidas apresentam-se em ficção brasileira, ficção estrangeira, crítica literária, ensaios sobre História e Filosofia, análise e apresentação de textos originais sobre os principais formadores da Sociedade Brasileira. Apresenta também novas versões, sempre em edições bilíngues, para grandes textos e obras da Literatura Universal, ampliando com isso a oportunidade do público brasileiro no acesso aos textos originais de grandes autores, muitas vezes esquecidos ou deixados em segundo plano, mas essenciais na formação do espírito crítico. Saiba mais em: editoralandmark.com.br.
Informações técnicas das obras:
Viagens ao Brasil: Relato de uma viagem ao Brasil e os anos em que lá residi durante parte de 1821, 1822 e 1823 – Maria Graham – Edição Anotada
Capa dura – 16cm x 23cm ° 416 páginas
2023 | Literatura inglesa: não-ficção
ISBN: 9788580700787
ISBN Digital: 9788580700794.
(Fonte: Agência Contatto)
Regras para mineração em escala industrial em águas profundas oceânicas estão em debate em fóruns internacionais. Foto: James Heming/Pexels.
Apesar de reconhecerem a importância de uma gestão integrada entre comunidades, empresas e tomadores de decisão na avaliação do impacto da mineração em mares profundos, especialistas ainda não chegaram a um consenso sobre como colocar essa abordagem em prática. A conclusão, publicada na terça (14) na revista científica “Frontiers in Marine Science”, é de estudo da Universidade de São Paulo (USP) em parceria com as instituições alemãs Helmholtz Centre Postdam e TMG Think Tank para Sustentabilidade.
Os pesquisadores buscaram compreender a percepção de profissionais e especialistas em mineração em águas oceânicas profundas sobre a gestão baseada em ecossistemas a partir da aplicação de questionários e entrevistas. Foram entrevistados 16 profissionais envolvidos com as negociações da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA). A entidade tem mais de 160 estados membros e é responsável por organizar a exploração de minerais no fundo do mar em áreas internacionais.
Os tomadores de decisão concordam sobre a importância desta abordagem de gestão e governança, que leva em conta necessidades e impactos em diferentes setores e usuários para a tomada de decisão. No caso da mineração, isso significa avaliar seus impactos para o ecossistema em relação a outras atividades e atores, como pesca e pescadores, ao longo do tempo. Este tipo de gestão está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável dos Oceanos da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). “Essa abordagem considera aspectos ambientais, sociais, econômicos e culturais porque entende que os seres humanos e seus modos de vida estão integrados aos ecossistemas — eles desfrutam benefícios, mas também sofrem os efeitos dos impactos ambientais”, esclarece Maila Guilhon, uma das autoras do estudo.
As regras para extração de minérios em águas oceânicas abaixo de 200 metros de profundidade estão em processo de negociação e debate em fóruns mundiais sobre o tema. Ainda inexistente em escala industrial, ela pode trazer danos irreparáveis e ainda desconhecidos para os ecossistemas marinhos, motivo pelo qual enfrenta oposição de ambientalistas. Em reunião da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA), em julho de 2023, o governo brasileiro se posicionou contra a mineração em águas internacionais pelo menos nos próximos dez anos, junto a outros 18 países.
Para Guilhon, o resultado do estudo surpreende ao mostrar que os atores-chave no gerenciamento de mineração em águas profundas compreendem a importância da gestão baseada em ecossistemas. Isso pode refletir nas regulações e práticas institucionais da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos. “Ao mesmo tempo, eles ressaltaram a necessidade de esclarecer a terminologia e as implicações de sua aplicação para o processo de mineração”, explica a pesquisadora.
A partir de agora, os pesquisadores pretendem criar grupos de discussão para planejar treinamentos e desenvolver instrumentos de orientação sobre o assunto. A intenção é elaborar um documento que auxilie na tomada de decisões das delegações da ISA em consonância com o que estabelece a gestão baseada em ecossistemas na mineração em águas profundas.
(Fonte: Agência Bori/Coleção Ressoa Oceano)
Inteligência artificial (IA) pode contribuir para identificar comerciais de alimentos diversos, incluindo os ultraprocessados. Foto: Koolsooters/Pexels.
Pela primeira vez, cientistas treinaram computadores para identificar e classificar alimentos em vídeos publicitários de canais abertos e fechados de televisão — o que pode facilitar o monitoramento deste tipo de conteúdo em comerciais. A metodologia, desenvolvida por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade de São Paulo (USP), está descrita em artigo publicado no dia 10 na revista científica “Public Health Nutrition”.
Com o uso do aprendizado de máquina, pesquisadores, gestores e órgãos reguladores podem reduzir em quase 100% o tempo gasto com a análise de comerciais, pois o processo manual passaria a ser feito de forma automática e com um grande volume de dados. Os computadores treinados pela equipe de pesquisadores conseguiram identificar vídeos com alimentos em 90% dos testes, o que indica uma alta precisão.
A equipe treinou os computadores para reconhecerem alimentos em vídeos de comerciais publicitários a partir de dados de gravações de três canais da televisão aberta e dois canais pagos, coletados em meses específicos de 2018 a 2020, seguindo um protocolo internacional de monitoramento de publicidades de alimentos. Os computadores analisaram mais de duas mil horas de vídeos de publicidade de diversos produtos e identificaram 20 mil publicidades não alimentícias de roupas, carros e eletrônicos e 703 publicidades de alimentos, incluindo produtos in natura ou minimamente processados e ultraprocessados.
Nos testes realizados, a análise de 1.420 anúncios levou 42 minutos. Em termos de comparação, uma equipe de pesquisa levaria duas semanas para analisar os mesmos anúncios, processo que incluiria gravar um total de 720 horas de programação de oito dias destes canais. Além de representar uma economia de recursos financeiros, o método validado pelo estudo pode aumentar substancialmente o volume de dados analisados em comparação com os métodos convencionais e simplificar a comparação e o compartilhamento de informação entre instituições e pesquisadores.
Por identificar comerciais de alimentos ultraprocessados, ricos em gorduras saturadas, sódio e açúcar, a ferramenta pode influenciar protocolos internacionais de monitoramento de publicidade de alimentos e órgãos reguladores do país. Michele Rodrigues, da UFMG, uma das autoras da pesquisa, acredita que ela pode ter um impacto positivo sobre o consumo alimentar. “Com essa ferramenta, podemos contribuir para o aumento de evidências científicas que irão embasar políticas públicas orientadas a reduzir a exposição individual à publicidade de alimentos não saudáveis, o que pode impactar em melhores escolhas alimentares”.
A pesquisadora explica que a ciência ainda precisa estudar o impacto das publicidades de alimentos na saúde pública para enfrentar os desafios globais de nutrição e alimentação, o que exige uma abordagem integrada entre diversas áreas do conhecimento. Nos seus próximos passos, o grupo de pesquisa vai investigar estratégias específicas de marketing e expandir a identificação de produtos saudáveis e não saudáveis de alimentação, ampliando o monitoramento para a mídia digital.
(Fonte: Agência Bori)
Romance arrebatador de Víktor Waewell, “Guerra dos Mil Povos: um épico durante a nossa maior revolta indígena” retrata de maneira fidedigna um momento crucial para a história brasileira, embora pouco conhecido pelo público. O épico é ambientado na chamada Confederação dos Tamoios, quando indígenas e portugueses se confrontaram por décadas em batalhas em plena Baía de Guanabara, no Estuário de Santos e nas matas ao redor da então Vila de São Paulo. O livro faz uma reconstituição dos acontecimentos a partir de profunda pesquisa documental e da avaliação de historiadores, assim como o título anterior do autor, “Novo Mundo em Chamas”, que alcançou o topo dos mais vendidos na Amazon e foi semifinalista do Oceanos 2021, um dos maiores prêmios de literatura em língua portuguesa.
O lançamento narra a história de Afonso, um guerreiro português que vendeu a armadura e vem ao Brasil em busca de paz. No entanto, logo após ouvir a tão esperada frase “Terra à vista!”, próximo à entrada da Baía de Guanabara, escuta estouros de canhão. Estava em curso uma batalha naval entre naus portuguesas e centenas de canoas indígenas, numa época anterior à fundação da cidade do Rio de Janeiro. Ali, acontecia a chamada Confederação dos Tamoios, uma guerra de grandes proporções entre os povos indígenas e os fidalgos escravistas.
No Brasil do século XVI, o protagonista viverá uma história de amor, lutas e tragédias ao lado de Aiyra, uma nativa que busca vingança contra os portugueses. Em paralelo, tramas de outros personagens se entrelaçam, como a de Sebastião, um templário que tenta enriquecer com o comércio escravista, e a de Heloísa, uma prostituta que decidiu nunca mais se deitar por dinheiro.
As histórias costumam ser sobre feitos grandiosos dos que procuram ser dignos de lembrança. Mas a motivação quase sempre é o temor do esquecimento ou da morte – que são a mesma coisa. Assim, na verdade, a maioria trilha o caminho do medo. Já os mais corajosos fazem o que precisa ser feito sem procurar crédito, por isso as suas histórias raramente são lembradas. Sem alarde, determinam o rumo dos acontecimentos. Esta é a ‘arte das mulheres’. Afonso foi pego de surpresa, pois não percebera ser Aiyra tão sábia. (“Guerra dos Mil Povos: um épico durante a nossa maior revolta indígena”, pág. 178)
O estilo único da narrativa traz uma experiência vívida como se o leitor estivesse nas cenas. Com características de escrita consolidadas desde “Novo Mundo em Chamas”, o escritor apresenta em “Guerra dos Mil Povos” um enredo recheado de amor e ódio, amizades e traições, além de pitadas de humor.
Ao final, o livro apresenta uma nota histórica sobre o processo de pesquisa do autor que atesta o rigor acadêmico dos fatos. Nas palavras da historiadora Náuplia Lopes, “Sem dúvida, um dos melhores romances históricos que já li. Muito bem pesquisado e fundamentado em vasta fundamentação histórica”. Também historiador, Gláucio Cerqueira endossa: “Tudo que um romance precisa ter, laureado por um fenomenal e incansável trabalho de pesquisa histórica”.
Ficha técnica
Título: Guerra dos Mil Povos
Autor: Víktor Waewell
ISBN: 978-65-00-83554-0
Páginas: 512
Preço: R$54,00 (físico) | R$24,90 (e-book)
Onde encontrar: Amazon.
Sobre o autor | Víktor Waewell é uma das novas vozes da literatura brasileira e tem foco em ficção histórica. Emprega rigor acadêmico no trabalho literário a partir de vasta pesquisa e revisão por historiadores. “Novo Mundo em Chamas”, romance de estreia do autor, tornou-se um best-seller e foi semifinalista do Oceanos 2021, um dos maiores prêmios literários de língua portuguesa. Guerra dos Mil Povos é o segundo lançamento do escritor e também tem como base um período importante da história brasileira.
Redes Sociais: Instagram | Facebook | Youtube | Site.
(Fonte: LC Agência de Comunicação)
No âmbito do projeto de galerias em rede, o Alê Espaço de Arte e a Galeria de Arte Imaginario, de Buenos Aires, realizam a exposição individual “Fragmentos Ressignificados”, do artista argentino Silvio Fischbein.
“Considero minha prática artística nômade pois transita por diferentes linguagens visuais: têxtil, cerâmica, audiovisual, instalação, videoarte, objeto, gráfica, entre outras. No entanto, os conceitos que permeiam o meu trabalho permanecem estáveis ao longo dos anos: a procura da justiça por igualdade nas diferenças. Uma igualdade que permita a coexistência pacífica e não hegemônica entre culturas e religiões. Para isso utilizo diversos suportes e materiais não convencionais, como lembrancinhas de festas, mapas e jornais publicados em diferentes alfabetos e idiomas. No meu atelier (e também fora dele), brinco, exploro e faço perguntas a mim mesmo. Por isso, considero os meus trabalhos lúdicos, sociais e críticos que se concluem apenas no encontro com o outro” – Silvio Fischbein
Silvio FISCHBEIN (Buenos Aires, 1949). Artista visual e diretor de cinema. Na década de 60, treinou com os professores Juan Battle Planas e Noé Nojechowicz. Recebeu os títulos de arquiteto, ano 1974 e urbanista, ano 1980, pela UBA. É professor e consultor da Universidade de Buenos Aires. Trabalhou como roteirista e diretor audiovisual e em 1984 ganhou o Prêmio George Meliès. Em 1965, realizou sua primeira exposição individual na Galeria Lirolay e, desde então, realizou 41 exposições individuais na Argentina e no exterior, participando de salões e exposições coletivas. Recebeu bolsas de estudo em diversas ocasiões dos governos do Canadá e da França. Foi agraciado com a bolsa da Fundação Pollock-Krasner (2015 e 2018). Em 2021 ganhou o Primeiro Prêmio na 26ª Bienal de Arte Têxtil. Publicou também dois livros: “Silvio Fischbein – Artista visual” (2015) e” Silvio Fischbein – Artista Visual II” (2019).
Serviço:
Exposição “Fragmentos Ressignificados” de Silvio Fischbein
Período expositivo: até 9/12/2023
Rua Califórnia, 706 – Brooklin – São Paulo (SP)
Entrada gratuita.
(Fonte: Marmiroli Comunicação)