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‘Lei do Mar’: proposta pode vingar com participação das regiões Norte e Nordeste e comunidades pesqueiras

Brasil, por Kleber Patricio

Lei do Mar precisa envolver municípios do Norte e do Nordeste. Na foto, Enseada dos Corais, no Cabo de Santo Agostinho (PE). Foto: André Magalhães.

O Brasil apresenta uma costa litorânea de 9 mil e 200 quilômetros, o que representa um desafio continental para as ainda incipientes políticas públicas de gestão do bioma marinho costeiro. Uma pesquisa inédita de pesquisadores das universidades federais de Santa Catarina (UFSC) e de São Paulo (Unifesp) publicada na revista “Desenvolvimento e Meio Ambiente” na sexta (24) aponta que é preciso um grande esforço para atingir capilaridade e envolvimento do setor privado e de estados e municípios, em especial, das regiões Norte e Nordeste, em processos de construção de lei de proteção da costa brasileira.

O estudo analisou o processo de construção do Projeto de Lei n ̊ 6.969/2013, a chamada Lei do Mar, que institui a Política Nacional para a Conservação e o Uso Sustentável do Bioma Marinho Brasileiro. O PL está em tramitação há uma década no Congresso Nacional e propõe a proteção da biodiversidade dos espaços marinhos, o uso sustentável dos recursos e a adoção de um planejamento multisetorial das diferentes atividades que acontecem no espaço marinho. Em março de 2023, a Câmara dos Deputados aprovou um requerimento para a realização de audiência pública sobre o tema, ainda sem data prevista.

O trabalho mostrou seis pontos que precisam ser fortalecidos na construção de políticas públicas participativas para proteção do bioma marinho: a liderança, a diversidade, o engajamento, o aprendizado, a documentação e a negociação. “Lideranças eficazes são necessárias para orientar as pessoas. A diversidade, por outro lado, assegura que as vozes e perspectivas sejam ouvidas, o que é essencial para promover a compreensão sobre os temas abordados”, explica Leandra Gonçalves, pesquisadora da Unifesp, coautora do artigo.

A construção do PL n 6.969/2013 teve participação social, com várias formas de engajamento, como seminários e consultas públicas, e abertura de diálogo de políticos com diferentes grupos. O estudo destaca a limitação da participação de representantes dos estados e municípios e a concentração de participantes de capitais e das regiões Sul e Sudeste.

Para Gonçalves, “o processo de construção do documento foi e ainda é desafiador”. Ela destaca a necessidade de valorizar o engajamento de diferentes setores. “O Brasil é um país continental e a governança ainda é muito segmentada, o que indica que nós precisamos integrar todos os setores que precisam ser envolvidos e incentivar a participação de segmentos-chave na construção de políticas públicas”, comenta.

A pesquisadora acredita ser fundamental que a sociedade civil participe dos processos participativos de elaboração de políticas públicas para os oceanos e, também, para outros temas. Garantir maior participação de estados do Norte e Nordeste e de municípios da zona costeira são algumas das medidas para assegurar a capilaridade da Lei do Mar. “Nós, pesquisadores, estamos interessados em promover conhecimento para aprimorar o ambiente legislativo e, assim, contribuir para a conquista de melhorias para toda a sociedade”, conclui.

(Fonte: Agência Bori | Coleção Ressoa Oceano)

Prefeitura de Indaiatuba realiza 1º Torneio de Robótica entre 12 unidades escolares

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Imagem: divulgação.

No sábado, 25 de novembro, a Secretaria de Educação de Indaiatuba – município da Região Metropolitana de Campinas (SP) – realizou o 1º Torneio de Robótica entre alunos do 1º ao 5º do Ensino Fundamental de 12 unidades escolares.  O evento aconteceu na Emeb João Batista de Macedo, localizada no Jardim Monte Verde. Com a temática “Sustentabilidade e Tecnologia”, o evento permitiu a prática dos conhecimentos adquiridos nas aulas de robótica, que incentiva o trabalho em equipe e a colaboração.

O prefeito Nilson Gaspar destacou a qualidade do ensino municipal em Indaiatuba. “A educação municipal de Indaiatuba está entre umas das melhores do país e para seguir com a qualidade que nossas crianças merecem. A robótica chega para inovar com tecnologia o aprendizado dos alunos”, discorreu Gaspar.

O prefeito Nilson Gaspar e o secretário de Educação, Eddye Rafaeta. Foto: Alex Jegorow.

“Isso é um orgulho para nós, de poder proporcionar para os nossos alunos o projeto de robótica educacional e ver uma quadra repleta de estudantes com uma torcida super animada”, reforçou o secretário de Educação, Eddye Rafaeta.

Amigos, responsáveis e equipes escolares torceram e prestigiaram o evento, que consagrou a Emeb Laura Fahl Corrêa com 1º Lugar (Fahlbots), a Emeb Dom Ildefonso Stehle com o 2º lugar e a Emeb Renata Guimarães Brandão Anadão com 3º Lugar (Morumbótica).

Participaram do 1º Torneio de Robótica as Emebs Vladimir Olivier; Padre Joaquim; Aparecido Rocha; Laura Fahl Correa; Renata Guimarães Brandão Anadão; Dom Ildefonso Stehe; Maria José Ambiel Marachini; Antonio Luiz Balaminutti; Sylvia Teixeira de Camargo Sannazzaro; Leonel José Vitorino Ribeiro; Cleonice Lemos Naressi; Maria Cecília Ifanger e Osório Germano e Silva Filho.

(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)

Paço Imperial inaugura exposição da artista Ana Holck que marca nova fase de sua trajetória

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Fotos: Pat Kilgore.

No dia 2 de dezembro, sábado, o Paço Imperial inaugura a exposição “Entroncados, Enroscados e Estirados”, com obras inéditas da artista carioca Ana Holck que marcam uma nova fase na sua reconhecida e destacada trajetória de 22 anos nas artes. Com curadoria de Felipe Scovino, serão apresentados oito trabalhos pertencentes às três séries que dão nome à mostra. As obras, que foram produzidas este ano em porcelana e aço inox – materiais até então nunca utilizados pela artista –, transitam entre a ideia de pintura e escultura.

“Os objetos criam uma situação transicional, variam entre serem bidimensionais e tridimensionais, colocando-se de maneira duplamente vetorizada; ou seja, têm uma proximidade com a pintura – não só pelo fato de estarem presos à parede, mas especialmente pela grafia destes trabalhos – e, ao mesmo tempo, não deixam de ser esculturas”, afirma o curador Felipe Scovino.

Os novos trabalhos se aproximam muito dos temas sobre os quais a artista já vem se debruçando desde o início de sua trajetória: a cidade, o urbano, a arquitetura e a construção civil. No entanto, se nas obras anteriores Ana Holck utilizava materiais pré-fabricados, industrializados, como blocos de concreto, tijolos e vinis adesivos, nesta nova fase a artista resolveu experimentar, pela primeira vez, materiais mais maleáveis. “Não sou ceramista, a porcelana para mim é um meio a mais para fazer escultura e por isso mesmo sempre quis juntá-la com outros materiais”, conta a artista, que usa uma fita de aço inox maleável, com mola, para essa combinação com a porcelana. Formada em Arquitetura e Urbanismo, a artista utiliza em suas obras muitas questões ligadas à sua formação, mas de forma diferente. “Minha percepção do espaço com base na temporalidade da experiência vem da arquitetura, mas procuro desconstruir o que aprendi aceitando o improviso, o acaso, o acidente”, diz.

Apesar do encanto pelo novo material, Ana Holck encontrou na cerâmica um desafio às suas obras monumentais, que marcam sua trajetória. A solução para aumentar a escala veio a partir de peças que se encaixam, com módulos e repetições. O aço inox entrou como um elemento de ligação. “Este metal que utilizo tem uma mola, que dá estrutura, o que me atraiu bastante. Os ‘arranjos’ dos tubos de porcelana geram um núcleo a partir do qual o metal se expande no espaço gerando um desenho que não é muito controlado e no qual há um dado de surpresa”, conta a artista que, apesar de utilizar um material bruto e maleável, o subverte, transformando a porcelana em tubos de bitolas regulares pré-estabelecidas, por meio de uma prensa chamada extrusora. “A passagem pelo equipamento apaga as digitais deixadas pela manipulação do barro, tornando-o impessoal, indo contra sua natureza moldável e imprimível”, ressalta. Além disso, os materiais são afastados de sua funcionalidade original: a cerâmica, que em seu uso cotidiano costuma conter algo, em potes, vasos e louças, aqui torna-se passagem para o metal, que cria desenhos no espaço.

Esses desenhos, por sua vez, criam um jogo de luz e sombra. “A incidência da luz sobre os trabalhos projeta uma sombra que, por sua vez, reforça a ideia de dinâmica e de velocidade das três séries e causa também uma sensação de prolongamento desta grafia no ambiente, criando desenhos no espaço”, afirma o curador Felipe Scovino, que destaca, ainda, que, apesar de não serem trabalhos cinéticos, a ideia de dinamismo e velocidade explora esse aspecto. Além disso, ele ressalta que há, nestes trabalhos, uma referência ao construtivismo russo e ao minimalismo norte-americano.

SÉRIES EM EXPOSIÇÃO

Na mostra serão apresentadas as séries “Entroncados”, “Enroscados” e “Estirados”.

“Entroncados”, série composta por esculturas feitas a partir da junção aleatória de partes de tubos de porcelana que são previamente produzidos pela artista. Em seguida, são passadas, por dentro deles, uma única fita de aço inox, gerando um inesperado desenho no espaço. “Antes frágil, a porcelana é agora testada pela força da mola da fita de inox, que percorre e tensiona o tubo de cerâmica, a parede, o ar. A passagem de uma única fita de metal que percorre os tubos gera um segundo desenho, não premeditado”, conta a artista, que vê neste título a questão urbana, sugerindo vias que se entroncam.

Já “Enroscados” são caracterizados pela repetição de módulos curvos onde a fita de metal completa os desenhos circulares sugeridos pelos tubos em porcelana. “Nesta série temos um movimento repetitivo e obsessivo do metal percorrendo os tubos como calhas, que cumpre este papel de errar, desviar, sair do eixo. Me interessam a repetição dos elementos e sua organização no espaço”, afirma Ana Holck.

A última série, “Estirados”, se relaciona com a primeira, mas é composta por elementos lineares, criando uma tensão maior entre a rigidez da cerâmica e a maleabilidade do metal.

A mostra será acompanhada de um catálogo em formato e-book a ser lançado ao longo do período da exposição.

Sobre a artista | Ana Holck (Rio de Janeiro, 1977) é formada em Arquitetura e Urbanismo pela FAU/UFRJ (2000), com Mestrado em História pela PUC-Rio (2003) e Doutorado em Linguagens Visuais pela EBA-UFRJ (2011). Inicia sua trajetória nos anos 2000, com instalações de grande formato, entre as quais, “Elevados”, no Paço Imperial (2005), “Bastidor”, no CCBB RJ (2010) e “Splash”, no SESC Pinheiros (2010). Entre suas principais mostras individuais, estão “Perimetrais”, MdM Gallery, Paris (2013); “Perimetrais”, Zipper Galeria, São Paulo (2012); “Ensaios Não Destrutivos”, Anita Schwartz Galeria, Rio de Janeiro (2012); “Os Amigos da Gravura”, Museu da Chácara do Céu (2010). Entre as coletivas, estão “Coleção Edson Queiroz”, Fortaleza (2016), “Edital Arte e Patrimônio”, Paço Imperial (2014), “Mulheres nas coleções João Sattamini e MAC Niterói” (2012)  “Lost in Lace”, no Birmingham Museum and Art Gallery, Inglaterra (2011), 1911-2011 Arte Brasileira e depois na Coleção Itaú Cultural; Paço Imperial (2011); “AGORA simultâneo, instantâneo”, Santander Cultural, Porto Alegre (2011); “Trilhas do Desejo, Rumos Artes Visuais” 2008/2009, Itaú Cultural (2009); “Borderless Generation: Contemporary Art in Latin America”, Korea Foundation, Coréia do Sul (2009); e “NOVA ARTE NOVA”, CCCBB RJ e SP (2008/2009). Possui obras nos acervos do Itaú Cultural, Pinacoteca do Estado de São Paulo, MAM Rio, MAM São Paulo e MAC Niterói, entre outros. A artista está no recém-lançado livro “Remains – Tomorrow: Themes in Contemporary Latin American Abstraction”, organizado por Cecília Fajardo-Hill.

Sobre o curador | Felipe Scovino é professor Associado do Departamento de História e Teoria da Arte e do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da UFRJ. Foi curador de exposições como “Lygia Clark: uma retrospectiva” (cocuradoria com Paulo Sérgio Duarte, Itaú Cultural, São Paulo, 2012), “Cao Guimarães: estética da gambiarra” (Cavalariças, Parque Lage, Rio de Janeiro, 2012), “Emmanuel Nassar: estes nortes” (Centro de Arte Hélio Oiticica, Rio de Janeiro, 2012), “Barrão: Fora daqui” (Casa França-Brasil, Rio de Janeiro, 2015), “Narrativas em processo: Livros de artista na coleção Itaú Cultural” (Palácio das Artes, Belo Horizonte, 2019), “Franz Weissmann: o vazio como forma” (Itaú Cultural, São Paulo, 2019) e “Abraham Palatnik: a reinvenção da pintura” (cocuradoria com Pieter Tjabbes, CCBB, Brasília, 2013; CCBB, Rio de Janeiro, 2017), que recebeu o prêmio de melhor exposição pela APCA em 2014. É organizador de diversos livros e ensaios sobre arte brasileira para catálogos e periódicos nacionais e internacionais. Foi professor visitante no Departamento de Artes da Universidad de Chile, em 2014, e da University of the Arts, Londres, em 2021. Escreve regularmente para Artforum desde 2017 e escreveu para a Folha de S. Paulo entre 2015 e 2016. Entre 2017 e 2020 foi curador do Clube de Gravura do MAM-SP.

Serviço:

Exposição “Entroncados, Enroscados e Estirados”, de Ana Holck, no Paço Imperial

Abertura: 2 de dezembro de 2023, de 15h às 18h

Exposição: até 24 de março de 2023

Paço Imperial

Praça XV de Novembro, 48 – Centro – Rio de Janeiro – RJ

Terça a domingo, das 12h às 18h.

Entrada gratuita.

(Fonte: Midiarte Comunicação)

EPTV estreia dois programas de entretenimento na grade de sábado

Campinas, por Kleber Patricio

Exclusivo para o sul de Minas, “Espia Só” é o primeiro programa de entretenimento hiperlocal produzido fora da região de Campinas. Foto: Divulgação.

A programação de sábado da EPTV – emissora do Grupo EP e afiliada Globo no interior de São Paulo e no sul de Minas Gerais – conta com duas novidades. No dia 25 de novembro, estreiam o “Espia Só”, às 11h45, exclusivamente na região do sul de Minas, e a primeira temporada de “Caçador de Bares”, às 15h20, nas quatro regiões de abrangência da empresa: Campinas (SP), Ribeirão Preto (SP), São Carlos (SP) e Varginha (MG). Os programas reforçam o conceito de hiper localismo, focando no turismo, na gastronomia e nas histórias locais. A cota de patrocínio do “Espia Só” conta com a parceria comercial do Grupo Pomiglio Máquinas.

Richard Aguiar, diretor de Programação e Mídias Digitais do Grupo EP, afirma que os programas fazem parte da iniciativa da empresa de investir no estudo da jornada da audiência. “Temos produzido conteúdo que trafega por essa jornada, aproveitando a presença do público em mais de um veículo. Com os novos programas, integramos a TV com o digital e o digital com a TV, focando no hiper localismo e no infotenimento – conteúdo informativo + entretenimento”.

O diretor de Negócios do Grupo EP, Vinícius Zelante Góes, destaca que o desenvolvimento de programas multiplataforma segue a necessidade do mercado de estar cada vez mais próximo de seu público. “Os novos programas da EPTV oferecem às marcas a oportunidade de estar presente no meio de preferência do seu consumidor, acompanhando de perto a sua jornada, como é o caso do Grupo Pomiglio Máquinas, que já confiou na expertise e credibilidade do Grupo EP e está patrocinando ‘Espia Só’ antes mesmo de sua estreia. Assim, a marca consegue criar a melhor estratégia para cada campanha”.

Espia Só

O novo programa exclusivo do sul de Minas destaca as melhores opções de lazer para o fim de semana. De mineiro para mineiro, o “Espia Só” é apresentado pela jornalista Déborah Morato, que vai compartilhar com o público os passeios, os pontos turísticos, a gastronomia local e as curiosidades de cada cidade. Os curiosos e apaixonados pelo jeitinho mineiro, mas que não moram na região, podem assistir ao programa pelo Globoplay.

Segundo Bruno Ferreira, gerente de Programação Regional do Grupo EP, a EPTV sul de Minas abrange 160 cidades e cerca de 3 milhões de telespectadores, o que demonstra a relevância da empresa localmente. “O conceito de hiperlocalismo aprofunda ainda mais nas particularidades de cada região. Focamos em cidades, em bairros e, assim, conseguimos estar cada vez mais próximos da população”. O “Espia Só” é o primeiro programa de entretenimento hiperlocal produzido pela EPTV Sul de Minas.

Caçador de Bares

Beto Moreira vai caçar os sabores e as histórias da região de abrangência do Grupo EP. Foto: Divulgação.

Apresentado por Beto Moreira, o programa é voltado para quem faz questão de uma cerveja gelada, uma porção para acompanhar junto com uma boa história. A primeira temporada, que conta com 6 episódios, será exibida para as quatro regiões de abrangência da emissora, e o programa “Caçador de Bares” vai destacar os melhores petiscos, as curiosidades locais e as histórias dos bares do interior de São Paulo e do sul de Minas. Além disso, o apresentador vai demonstrar na cozinha como reproduzir clássicos da comida de boteco em casa.

Fabiana Valle Teixeira, gerente de Entretenimento da EPTV, reforça que esse é o primeiro programa vertical de gastronomia. “Todo mundo tem uma história de bar para contar. Por isso, o conteúdo transmitido pela TV continua nas redes sociais e no site. Mais do que os sabores, Beto também está compartilhando essas histórias”.

O diretor de Marketing do Grupo EP, André Otaviano, comenta que os dois novos programas antecipam a estratégia da empresa para 2024, que passa a trabalhar com o formato de verticais, separadas por temas de interesse da audiência e dos anunciantes, de modo a aproximar a marca de seu público-alvo. “O Caçador de Bares é nosso primeiro programa da vertical de gastronomia. Também estamos investindo em mais programas, aqueles que são fixos na grade, como é o caso do Espia Só, ampliando a área de entretenimento e negócios”, conclui.

Espia Só

EPTV sul de Minas: aos sábados, às 11h45 – também disponível no Globoplay

Redes sociais: @espiasonaeptv

Caçador de Bares

EPTV Campinas, Ribeirão Preto, Central e sul de Minas: aos sábados, às 15h20 – também disponível no Globoplay

Redes sociais: @cacadordebaresoficial

Site.

Sobre o Grupo EP

O Grupo EP é formado por um conglomerado de empresas de comunicação fundado pela família Coutinho Nogueira em Campinas (SP) há 43 anos, com atuação nas regiões de Campinas, Ribeirão Preto, Central e Sul de Minas Gerais.

As empresas de mídia do Grupo EP incluem a EPTV, afiliada da Rede Globo, sites Globo (g1 e ge), acidade on, Tudo EP, rádios CBN, EP FM e Jovem Pan, OA Eventos, EP Painéis (Mídia OOH) e participação societária na Rede Bahia.

O conglomerado de mídia alcança mais de 12 milhões de telespectadores e representa 7,39% do consumo de todo o país (Fonte: Cobertura EPTV 2023/IPC Maps 2023).

Redes sociais: @negocios.ep.

(Fonte: Agência ERA®)

I Seminário Internacional de Rasaboxes acontece em janeiro em Indaiatuba (SP)

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação/Cia Trilhas da Arte.

De 22 a 27 de janeiro de 2024 acontecerá em Indaiatuba, município da Região Metropolitana de Campinas (SP), o I Seminário Internacional de Rasaboxes, produzido por Juliana Calligaris, Erika Horn e a Cia Trilhas da Arte – Pesquisas Cênicas, de Campinas, em parceria com o Grupo de Teatro Estrada de Indaiatuba. Todas as atividades do seminário serão gratuitas e abertas a todas as pessoas interessadas, maiores de 16 anos, sem necessitar experiência em Artes Cênicas ou Dança. O seminário priorizará a participação de pessoas com deficiência e pessoas que residem em áreas descentralizadas da cidade de Indaiatuba, sendo reservadas 20% das vagas totais das atividades para estes públicos.

Concebido na década de 1980 e 1990 por Richard Schechner, a técnica dos Rasaboxes oferece à(aos) intérpretes, atrizes, atores e performers uma ferramenta concreta física para acessar, expressar e gerir seus sentimentos e emoções no contexto das artes cênicas em geral. Útil como treinamento da/do intérprete, os Rasaboxes também têm muitas outras aplicações em vários campos profissionais, incluindo (mas não limitada a) terapias comportamentais e emocionais, educação e negócios. Basicamente, os Rasaboxes treinam as(os) participantes para expressar fisicamente oito emoções-chave identificadas pela primeira vez na Natyasastra, um texto sagrado hindu em sânscrito que ensina como lidar com teatro, dança e música destes tempos imemoriais.

Os Rasaboxes integram esta teoria ancestral juntamente com a pesquisa contemporânea de vários autores, sobretudo a do artista e pesquisador estadunidense Richard Schechner sobre emoção e sobre o “cérebro na barriga” (o sistema nervoso entérico) e integram também estudos acerca da expressão facial da emoção, da neurociência das emoções e sobre a teoria da performance – incluindo a afirmação provocativa de Antonin Artaud de que a(o) atriz/ator é “um atleta das emoções”.

Os Rasaboxes são uma ferramenta totalmente corporal e individual para expressar aquelas oito emoções-chaves principais separadamente e em combinação com a prática física direta.

Percurso Performativo

A palavra sânscrita rasa pode ser traduzida como sumo, sabor, aroma, essência. O conceito subjacente é de que a rasa permeia e habita nossos sentimentos. Rasa é mais um processo do que uma coisa; ainda assim, as oito rasas podem ser identificadas e conjugadas. Rasas são os sabores primários como salgado, azedo, doce, picante, adstringente e amargo, cheiros ou como a pessoa se sente – “vermelha”, “rosada”, “pesada” – e assim por diante. Rasas são os diferentes “sabores” de energia e emoções que são sentidas durante uma performance artística ou numa situação da vida cotidiana.

As oito rasas – em tradução livre – são adbhuta (surpresa, deslumbramento), sringara (amor, eros), bhayanaka (medo, vergonha), bibhatsa (repulsa, revolta), vira (coragem, valetia), hasya (risada, o cômico), karuna (tristeza, compaixão) e raudra (ira).

Rasaboxes é um processo, um sistema aberto como o universo incrivelmente rico do balé ou kathakali. Em suas fases mais avançadas, as/os artistas de Rasaboxes misturam, sobrepõem e pontuam as oito rasas de modo a criar expressões complexas, seres ficcionais e relações emocionais psicofísicas. Usando rasaboxes, artistas podem explorar peças, compor cenas, criar coreografias ou música e mesmo inventar performances completas. No mundo além das artes, rasaboxes podem ser usados para liberar emoções, ajudar a descobrir como sentimos o que sentimos e comunicar-nos com outrem e com aspectos anteriormente ocultos ou bloqueados do psiquismo – as possibilidades dos rasaboxes são realmente infinitas.

Objetivos

Na prática, Rasaboxes produzem desempenhos cênicos que são viscerais e úteis em uma ampla gama de contextos: da sutileza na atuação cinematográfica à ousadia da Commedia Dell’Arte, do teatro naturalista à pura dança, música e movimento. Os Rasaboxes integram atuação, movimento e voz. Eles envolvem a(o) atriz/ator numa abordagem única e poderosa que pode ser aprendida.

Os exercícios rásicos vão da expressão pessoal e muito simples de cada rasa individualmente por meio de desenhos, respiração, gesto, atuação e vocalização, até combinações complexas de rasas realizadas por várias pessoas simultaneamente. Os exercícios rásicos são psicofísicos, envolvendo todo o corpo-mente. Da composição do corpo e orientação da respiração, o trabalho leva passo a passo para exercícios de som e movimento que podem usar objetos e textos, música, máscaras, canto e muito mais. Há uma imprevisibilidade nos Rasaboxes em termos de meios. Em cada oficina, novos meios de acesso e expressão das emoções são descobertos.

Descrição do conteúdo do seminário

Neste seminário, as atividades e oficinas contemplarão diversas dessas áreas das artes cênicas em campo expandido:

i) Formação artística pela via da prática introdutória e, depois, aprofundada, do jogo performático Rasaboxes, criado por Richard Schechner. Os Rasaboxes articulados em jogo de improvisação com as oito rasas (suco/ essência) e suas emoções correspondentes: bhayanaka, raudra, sringara, adbhuta, hasya, vira, karuna, bibhatsa, acrescidas posteriormente de shanta;

ii) Especialização em palhaçaria e direcionada para palhaças/os, atores e atrizes, comediantes e interessadas/os em geral na criação de comicidade com aula pública no final;

iii) Especialização em dança com movimentos inspirados na Yoga Suksma Vinayama, vinculada ao Natyasastra, que promovem o contato com os sete chacras básicos, a partir dos quais são produzidas as sonoridades dos bija mantras (sons sementes) e de fonemas vocálicos. Integração corpo/voz por meio da conexão entre movimento e respiração;

iv) Adensamento de prática artístico-pedagógica não apenas apresentando as bases conceituais do treinamento desenvolvido por Richard Schechner àquelas(es) que não o conhecem, mas, principalmente, adensar as discussões sobre desdobramentos e aplicações do treinamento a partir das práticas desenvolvidas por um núcleo de pesquisadoras(es) das Artes Cênicas nos campos da dramaturgia, canto, formação de atriz/ator, palhaçaria, encenação, direção de movimento e dança.

v) Treinamento técnico para composição de personagens e seres ficcionais por meio do trabalho proposto pelo Kalaripayatt, ministrado por Paula Ibañez: luta e dança marcial indiana vinculada ao Natyasastra que possibilita o desenvolvimento muscular e mental e aumenta consideravelmente os níveis de concentração de quem o pratica, além de aumentar o repertório criativo e expressivo da/o intérprete, no caso das artes performativas.

vi) Palestras formativas e de expansão de conhecimento com pesquisadoras importantes: 1) com a paulista Leticia Olivares e seu olhar na direção e encenação de espetáculos pela via do Rasaboxes e 2) com a estadunidense Michele Minnick, a pessoa mais importante na pesquisa e prática artística, social, educacional, pedagógica e engajada de Rasaboxes no mundo, atualmente.

vii) Na área de literatura, com a divulgação do livro “Preparação Corporal, Direção de Movimento e Coreografia nas Artes da Cena” com suas organizadoras, que também ministrarão oficinas no seminário: Adriana Bonfatti, Joana Ribeiro e Nara Keiserman. Com o lançamento do livro “Inside The Performance Workshop: A Sourcebook for Rasaboxes and Other Exercises”, escrito e editado por Rachel Bowditch, Paula Murray Cole e Michele Minnick. E, também, com o lançamento da tradução para português brasileiro do livro “O Nāṭyaśāstra”, com organização de Janine Pimentel e Thaisa Martins, que será apresentado por Joana Ribeiro, artista e professora, ministrante de oficina do seminário.

Sobre Juliana Calligaris | É atriz e diretora, Bacharel em Artes Cênicas, Licenciatura em Filosofia e Artes Visuais, especialização em Simbologia Teatral pela Escola de Comunicação e Artes da USP, mestrado em Linguística pela Unicamp,  e Doutora em Artes da Cena pela Unicamp. Atriz, professora e diretora de Teatro desde 1991 e 32 anos de teatro de grupo no interior paulista.

Serviço:

I Seminário Internacional de Rasaboxes

De 22 a 27 de janeiro de 2024

Local: Sede do Grupo de Teatro Estrada de Indaiatuba, na Rua 5 de Julho, 1552, Centro

Todas as atividades serão gratuitas

Programação – inscrições pelo Instagram: https://www.instagram.com/iseminarioderasaboxesbrasil/

O seminário tem produção de Juliana Calligaris (@juliana_calligaris), Horn Produções Artísticas (@horn.producoesartisticas) e da Cia. Trilhas da Arte (@ciatrilhasdaarte) em parceria com o Grupo de Teatro Estrada (@grupodeteatroestrada).