Notícias sobre arte, cultura, turismo, gastronomia, lazer e sustentabilidade

Inscreva seu e-mail e participe de nossa Newsletter para receber todas as novidades

“Centelhas em Movimento”: Instituto Tomie Ohtake visita Coleção Igor Queiroz Barroso

São Paulo, por Kleber Patricio

Djanira da Motta e Silva, “Engenho de Farinha”, 1965, óleo sobre tela, 129,0 x 195,0 cm, Coleção Igor Queiroz Barroso. Fotos: Falcão Jr.

A exposição “Centelhas em Movimento” da Coleção Igor Queiroz Barroso inaugura o programa “Instituto Tomie Ohtake visita”, que busca dar acesso ao grande público a obras de qualidade atestada e pouco exibidas, apresentadas sob diferentes leituras curatoriais. “Ao estar desobrigado de uma coleção permanente, por não ser um museu, o Instituto Tomie Ohtake tem flexibilidade para visitar múltiplos agentes do meio artístico, imergindo em seus repertórios, ações e acervos, e oferecendo aos públicos uma montagem articulada que atravessa a história da arte de modo único e temporário”, afirma Paulo Miyada, que assina a curadoria ao lado de Tiago Gualberto, artista e curador convidado para desenvolver a abordagem curatorial da coleção.

Baseada em Fortaleza, Ceará, a Coleção Igor Queiroz Barosso tem sido formada nos últimos 15 anos, ainda que suas raízes sejam mais antigas. Colecionar arte (em especial, colecionar arte moderna brasileira) é uma dedicação antiga na família de Igor, remontando às iniciativas de seus avós paternos, Parsifal e Olga Barroso, e maternos, Edson e Yolanda Vidal Queiroz, e carregada até ele por seu tio Airton, e sua mãe, Myra Eliane. Essa herança implicou o convívio com a arte, a percepção do sentido do colecionismo e até mesmo a guarda de obras que até hoje estão entre os pilares de sustentação do conjunto que Igor tem reunido. A Coleção Igor Queiroz Barroso conta com cerca de 400 obras e destaca-se por selecionar não apenas artistas de grande relevância histórica, mas por buscar obras de especial significância na trajetória desses artistas.

Aleijadinho (Antonio Francisco Lisboa), Nossa Senhora da Piedade, séc. XVIII, madeira entalhada e policromada, 17 x 10 x 5,5 cm, Coleção Igor Queiroz Barroso.

No recorte realizado para a exposição – de uma coleção que abriga obras produzidas entre os séculos XVIII a XXI de nomes nacionais e estrangeiros – destaca-se a produção de artistas atuantes no Brasil ao longo do século XX, sob a ambivalência do modernismo, movimento tão discutido neste ano em que se comemora os 100 anos da Semana de Arte Moderna paulista.

As esculturas, pinturas e desenhos reunidos indicam a diversidade abarcada pela mostra.  Gualberto destaca obras conhecidas, como “Ídolo” (1919) e “Cabeça de Mulato” (1934), de Victor Brecheret (1894-1955), “Índia e Mulata” (1934), de Cândido Portinari (1903-1962), além de trabalhos de Alfredo Volpi (1896-1988), Willys de Castro (1926-1988), Lygia Pape (1927-2004), Mary Vieira (1927-2001), Djanira da Motta e Silva (1914-1979), Chico da Silva (1910-1975) e Rubem Valentim (1922-1991). O curador acrescenta ainda nomes célebres da arte brasileira, como Tarsila do Amaral (1886-1973), Anita Malfatti (1889-1964), Maria Martins (1894-1973) e um grande número de obras produzidas entre as décadas de 1950 e 1970. “Esse adensamento de produções também reflete um contingente bastante diverso de artistas, além de nos oferecer privilegiados pontos de observação das maneiras com que os valores modernos foram transformados e multiplicados na metade do século”.

Segundo a dupla de curadores, desde seu primeiro ambiente, a mostra compartilha enigmas sobre a formação da arte brasileira e seus profundos vínculos com o território e a nação. “São convites para que cada visitante encontre seus caminhos e hipóteses por essas montagens, encontrando o modernismo, suas consequências e desvios em estado de ebulição, com sua cronologia embaralhada, suas hierarquias em suspensão e com a constante possibilidade de encontrar retrocessos nos avanços e saltos adiante nos retornos. Uma forma de reacender o calor impregnado na fatura de cada uma das obras”, completam Gualberto e Miyada.

Antonio Bandeira, Abstração, 1957, Óleo sobre tela, 65,5 x 46 cm, Coleção Igor Queiroz Barroso.

Foi neste contexto pensada a expografia de “Centelhas em Movimento”, construída com  painéis flutuantes e autoportantes que colocam em relações de eco e contraste obras de artistas distintos, de momentos e contextos diferentes: retratos e fisionomias, com Ismael Nery, Di Cavalcanti, Brecheret, Da Costa, Segall; evocações cosmogônicas, com Antonio Bandeira e Antonio Dias, em contato com a Piedade barroca de Aleijadinho; paisagens, com Chico da Silva, Beatriz Milhazes, Manabu Mabe, Danilo Di Prete, Teruz; rupturas concretas ao lado de obras figurativas, com Volpi, Da Costa, Lygia Clark, Leontina; parábolas conceituais que tangenciam sintaxes formais, com Esmeraldo, Schendel, Sergio Camargo, Serpa e cheios e vazios com Maluf, Sacilotto, Pape, Clark, Oiticica, Valentim. Como explica Gualberto: “Evitou-se a aplicação uniforme de organizações cronológicas dos trabalhos ou sua segmentação por autoria. O que certamente tornará a visita à exposição uma oportunidade de deflagrar nuances ou agitadas centelhas resultantes desses encontros”.

Sobre a Coleção Igor Queiroz Barroso | O empresário Igor Queiroz Barroso é atualmente presidente do Conselho de Administração do Grupo Edson Queiroz; presidente da Junior Achievement do Ceará; Coordenador do Conselho do Lar Torres de Melo; e presidente do Instituto Myra Eliane, criado em 2016. Atuou ainda na criação do Memorial Edson Queiroz, em Cascavel, no Ceará.

Exposição “Centelhas em Movimento” – Instituto Tomie Ohtake visita Coleção Igor Queiroz Barroso

Abertura: 15 de dezembro de 2022, às 19h

Até 19 de abril de 2023

De terça a domingo, das 11h às 20h – entrada franca

Aconselha-se o uso de máscara

Instituto Tomie Ohtake

Av. Faria Lima, 201 (Entrada pela Rua Coropés, 88) – Pinheiros – São Paulo (SP)

Metrô mais próximo – Estação Faria Lima/Linha 4 – amarela

Fone: (11) 2245 1900.

(Fonte: Pool de Comunicação)

Museu Americano de História Natural inaugura Novo Centro Richard Gilder para Ciência, Educação e Inovação em 17/2/2023

Nova York, por Kleber Patricio

Kenneth C. Griffin Exploration Atrium. Foto: Timothy Schenck.

O Museu Americano de História Natural anuncia os avanços das obras para o Richard Gilder Center for Science, Education, and Innovation, que está rapidamente tomando forma em aço, vidro e concreto projetado. O Museu divulgou uma série de fotos de toda a riqueza artística que já transparece no local, destacando os espaços imponentes e extremamente iluminados que vão abrigar o público do Gilder Center a partir de 17 de fevereiro de 2023.

Com seus mais de 20.000 m² e espetacular arquitetura projetada pelo Studio Gang – o famoso escritório de arquitetura e design internacional chefiado por Jeanne Gang –, o Gilder Center foi concebido para convidar as pessoas a explorar as fascinantes e abrangentes relações entre as espécies que compõem a vida na Terra, ao mesmo tempo destacando todas as ricas conexões entre os acervos, projetos de pesquisa, programas educacionais e galerias de exposição do Museu. Fisicamente, o Gilder Center conecta diversos edifícios do Museu, criando um campus expandido que atravessa quatro quarteirões de Nova York, dando vida ao conceito planejado inicialmente para o projeto há mais de 150 anos. Intelectualmente, o Centro é um forte símbolo de uma das mensagens mais essenciais do Museu: toda forma de vida está conectada.

Fachada do Richard Gilder Center for Science, Education and Innovation. Foto: Timothy Schenck.

“Em um momento em que a necessidade de letramento científico nunca foi tão urgente, nos traz muita alegria e muito orgulho que estamos prestes a inaugurar o Centro Richard Gilder de Ciência, Educação e Inovação, uma instalação importantíssima que vai transformar tanto o trabalho do nosso museu quanto a paisagem cultural de Nova York”, explicou Ellen V. Futter, presidente do Museu. “Em suas exposições e programas – e também na surpreendente arquitetura que as apresenta ao mundo –, o Gilder Center alia pensamento baseado em evidências a experiências que transportam nossa percepção e capturam a essência da exploração e da inovação científica”, afirma.

O espaço de exposição do Centro foi concebido pelo escritório de design Ralph Appelbaum Associates e contará com uma série de espaços diferentes:

O Átrio de Exploração do Kenneth C. Griffin. Renderização: Neoscape.

– O Átrio de Exploração Kenneth C. Griffin, um grande espaço cívico de quatro andares que servirá como a nova porta de entrada do Museu para quem chega da Columbus Avenue. O Átrio se abre para o Parque Theodore Roosevelt, criando um caminho que leva direto à região oeste do Central Park. As elegantes e imponentes curvas e recessos do espaço serão o cartão de visitas do Gilder Center para quem chega, incentivando as pessoas a explorar o espaço.

– A Biblioteca de Pesquisa e Espaço de Aprendizagem David S. e Ruth L. Gottesman, que dará acesso aos recursos de estudo sem paralelo da Biblioteca do Museu. Com uma vista panorâmica para o oeste, o quarto andar ficará aberto ao público e incluirá uma nova sala de leitura, uma área de exposições, uma sala de estudos em grupo e um espaço para que as pessoas possam simplesmente relaxar para ler um pouco ou consultar o acervo de livros. O local também oferecerá toda uma programação de eventos e exposições que falam sobre a história da ciência através dos acervos do Museu, como o Acervo de Livros Raros, entre outras atividades.

– O Núcleo de Acervos Louis V. Gerstner, Jr., uma estrutura vertical com três andares de exposições do chão ao teto que representam cada área temática dos acervos do Museu – biologia de vertebrados e invertebrados, paleontologia, geologia, antropologia e arqueologia – com artefatos que vão desde trilhas de fósseis a trilobitas, chifres a objetos em cerâmica. Uma série de totens de mídia contará histórias sobre como cientistas analisam os diversos acervos, e painéis de vidro revelarão os espaços de acervos em preparação que formam o coração do Núcleo de Acervos. Ao todo, o Gilder Center abrigará cerca de quatro milhões de espécimes científicos, ou aproximadamente 12% do acervo do Museu. Os acervos e exposições no primeiro e segundo andares do Núcleo de Acervos têm o apoio da Macaulay Family Foundation.

O Viveiro de Borboletas Davis Family. Renderização: Neoscape.

– O Insetário da Família Susan e Peter J. Solomon, a primeira galeria do Museu em mais de 50 anos dedicada ao mais diverso – e absolutamente crítico – grupo de animais da Terra. Com insetos vivos e pinados e exibições gráficas e digitais, o Insetário terá espécimes de boa parte das 30 ordens de insetos e vai explorar os papéis vitais que os insetos desempenham nos diferentes ecossistemas. Modelos gigantes de abelhas suspensas sobre o teto guiarão as pessoas pela galeria em direção a uma colossal colmeia na extremidade oeste. Ao longo do caminho, as pessoas passarão por um corredor suspenso de vidro construído para servir de rota para formigas-cortadeiras vivas, transformando o local em uma das maiores exibições da espécie em todo o mundo. Diversas telas touch ilustrarão insetos comuns dos distritos de Nova York, e uma galeria auditiva vai cercar as pessoas com toda a sinfonia dos insetos do Central Park – inclusive com a capacidade de sentir as vibrações correspondentes.

– O Biotério Família Davis Butterfly, com quase 300 m² de área e aberto todo o ano, em que será possível interagir com até 80 espécies de borboletas em voo livre – e às vezes até sentir uma pousando em você. A galeria oferecerá a oportunidade de passear por uma série de microambientes sinuosos para observar as borboletas, um dos ‘termômetros’ ambientais mais importantes da natureza. Será possível, ainda, identificar as borboletas através de placas de com um cartão ilustrado para cada espécie em voo atualizadas diariamente. Com a ajuda dos monitores do Centro, visitantes também poderão analisar borboletas em um microscópio digital.

Mundos Invisíveis. Foto: Timothy Schenck.

Mundos Invisíveis, uma extraordinária experiência imersiva em 360º que combina ciência e arte para criar imagens de beleza e imaginação estonteantes (e total rigor científico) das teias da vida em todas as escalas. O espaço foi projetado pela Tamschick Media+Space de Berlim e pela Boris Micka Associates, sediada em Sevilha, que trabalharam de perto com especialistas em visualização de dados e cientistas do Museu e de todo o mundo para criar a experiência. Instalada em um ambiente criado sob medida para o projeto, o Mundos Invisíveis é mais um exemplo da longa tradição do Museu de transportar visitantes por todo o mundo, com seus famosos mini habitats, e também por todo o universo, com criações como os Hayden Planetarium Space Shows, cheios de visualizações informadas por rigor científico. O espaço começa com uma galeria introdutória projetada pelo Departamento de Exposições do Museu, que flui então para um segundo ambiente de 1.200 m² com espelhos suspensos no teto e paredes de 7 m de altura que preenchem o ambiente com projeções em todas as escalas, gerando um todo que cria a impressão de infinito. Uma vez dentro do espaço, visitantes assistem uma experiência de 12 minutos em loop que destaca como toda a vida na Terra está interligada: desde os nossos blocos de construção mais básicos do DNA até as interdependências ecológicas nas florestas, oceanos e cidades e a rede de trilhões de conexões dentro do cérebro humano. Em momentos essenciais da exibição, visitantes se tornam parte da história: seus próprios movimentos afetam as imagens de redes vivas retratadas em todos os lugares do espaço.

Gottesman Research Library and Learning Center. Renderização: Neoscape.

– O Gilder Center é o mais abrangente esforço de criação e modernização de espaços educacionais do Museu em décadas, com 18 novas salas de aula, reformadas ou adaptadas, projetadas para atender tanto a necessidades específicas de educação formal quanto famílias e estudantes de educação adulta. Os espaços de última geração incluem: uma zona de Apoio aos Estudos para Ensino Fundamental, apoiada por Josh e Judy Weston, para alunos do sexto ao nono ano do ensino fundamental – incluindo participantes da iniciativa Urban Advantage criada para apoiar escolas públicas da cidade de Nova York; uma zona de Apoio aos Estudos para Ensino Médio, que contará com uma sala de aula para Aprendizagem com Dados e uma para estudos de biologia e química, e uma zona de Preparação para Ensino Superior e a Carreira, com espaços dedicados à promoção de desenvolvimento profissional relacionado a STEM. Os ambientes complementam o trabalho que o Museu já vem fazendo em iniciativas como o Programa de Educação e Emprego do Museu (MEEP), criado para estudantes universitários, e o Programa de Mentoria em Pesquisa Científica (SRMP), voltado a estudantes do ensino médio. Espaços adjacentes no complexo atual do Museu incluem a Zona de Aprendizagem Família Michael Vlock, com salas de aula recentemente reformadas para ajudar crianças e famílias, e uma zona de Aprendizagem para Professores reformulada para aproveitar os programas do Museu para o desenvolvimento profissional de educadores e educadoras. Estas salas de aula permitirão ao Museu servir estudantes e professores/as de novas formas alinhadas aos padrões educacionais nacionais, ajudando a promover o ensino de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM) de alta qualidade que possa preparar estudantes para trajetórias de sucesso no ensino superior e no mercado de trabalho.

Projeto arquitetônico

Louis V. Gerstner, Jr. Collections Core. Renderização: Neoscape.

O projeto do Studio Gang para o Gilder Center conecta galerias novas e existentes de forma que destaca os vínculos intelectuais entre diferentes áreas da ciência, com curvas fluidas, recessos, janelas e pontes inspiradas por formações naturais que sugerem exploração, conexão e descoberta. A localização central do Núcleo de Acervos Gerstner – uma estrutura vertical de cinco andares com três andares de exposições mostrando uma variedade de conjuntos e permitindo às pessoas visualizar diretamente os espaços de preparação de acervos –, enfatiza o papel dos acervos científicos como a base a partir da qual se forma o conhecimento científico. As adjacências dos locais e a visibilidade total das salas de aula, dos acervos do Museu e a nova Biblioteca de Pesquisa Gottesman posicionam o aprendizado dentro do contexto da prática científica atual e ilustram como novos conhecimentos científicos são compartilhados e disseminados. Realizado em colaboração com o arquiteto executivo Davis Brody Bond, o Gilder Center cria aproximadamente 30 conexões entre dez edifícios existentes (incluindo os recém-inaugurados Halls de Gemas and Minerais Allison e Roberto Mignone), melhorando muito a circulação de visitantes e eliminando becos sem saída. É um trabalho especialmente importante considerando a importância do campus do Museu, cujo movimento de pessoas chegou a cinco milhões de pessoas por ano no período pré-pandemia e que desempenha um papel importantíssimo na recuperação de Nova York e do retorno do turismo à cidade neste período pós-pandemia.

O Átrio Griffin se abre para o Parque Theodore Roosevelt, criando um novo caminho para visitantes do Central Park West e oferecendo mais um convite às pessoas para explorar tudo o que o Museu tem a oferecer. Uma vez dentro do Átrio, as pessoas se deparam com um espaço em forma de cânion com pontes e aberturas que as conecta – física e visualmente – em múltiplos níveis às novas galerias de exposição, espaços educacionais e acervos, transmitindo uma sensação constante de descoberta. Este espaço, como grande parte do Gilder Center, tem sua base construída com concreto pulverizado diretamente sobre o vergalhão, sem o trabalho tradicional de moldagem. Esta técnica, conhecida como shotcrete (ou “concreto projetado”), foi inventada por Carl Akeley, naturalista e taxidermista do Museu. Uma vez curado, o concreto é acabado à mão, demonstrando a fluidez do material.

O Átrio Kenneth C. Griffin. Foto: Timothy Schenck.

A verticalidade do Átrio Griffin também funciona como aspecto chave da sustentabilidade da construção, permitindo a entrada de luz natural e a circulação de ar até o coração do interior do edifício. Grandes claraboias trazem a luz do dia para os locais mais interiores do campus, enquanto a altura permite a introdução de ar-condicionado no nível do solo, reduzindo a demanda de resfriamento.

A fachada do Gilder Center voltada para Columbus Avenue será revestida com granito rosa Milford – a mesma pedra usada para a entrada do Museu no Central Park West –, conectando as duas laterais do campus do Museu. As pedras são organizadas em painéis tridimensionais que juntos criam uma fachada ondulada. O padrão diagonal evoca tanto as camadas geológicas da Terra quanto a superfície ricamente texturizada e sinuosa da estrutura de alvenaria do Museu que dá para a 77th Street.

O edifício de alto desempenho tem um revestimento de pedra que, juntamente com o design das janelas e o uso da sombra das árvores, ajudará a manter o edifício naturalmente fresco no verão. A paisagem do parque é altamente eficiente em termos de consumo de água, com vegetação adaptativa e um sistema de irrigação que reutiliza as águas pluviais coletadas no prédio.

A elevação traseira (voltada para o leste) é inspirada pelos edifícios adjacentes do Museu, com uma janela alta e central que fornece mais luz natural para o Átrio Griffin. O Museu está buscando certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) Ouro – um símbolo mundialmente reconhecido de sustentabilidade – com uma série de estratégias para reduzir o desperdício e conservar energia.

Parque Theodore Roosevelt

O projeto do Gilder Center inclui melhorias na porção adjacente ao Parque Theodore Roosevelt, com um novo projeto paisagístico da Reed Hilderbrand que vai criar áreas para sentar e pontos de encontro, aumentar a circulação, revitalizar as plantações e melhorar a infraestrutura do parque.

As benfeitorias no Parque Theodore Roosevelt serão completadas em fases. As reformas no canto noroeste – onde está localizado o Monumento Nobel – estão programadas para ser apresentadas ao público no final deste outono. Melhorias na infraestrutura das áreas restantes do parque – incluindo a entrada do parque na Columbus Avenue, o Margaret Mead Green, e os espaços adjacentes à entrada de serviço do Museu – serão abertas concomitantemente com o Gilder Center em fevereiro. As plantações estão em andamento e programadas para serem concluídas durante a temporada de plantio da primavera de 2023. A restauração da paisagem urbana em frente à entrada do Gilder Center na Columbus Avenue também será concluída na primavera de 2023.

As principais características do projeto paisagístico incluem uma entrada generosa e acolhedora pelo parque, proporcionando uma transição mais gradual da Columbus Avenue para o parque; expansão do Margaret Mead Green, com melhoria dos acessos públicos; a criação e expansão de espaços coletivos no parque, incluindo terraços pavimentados e assentos adjacentes ao Margaret Mead Green e ao Monumento Nobel; melhorias na circulação de pedestres com transição transparente aos espaços adjacentes, aliviando o tráfego de pedestres e proporcionando mais pontos de encontro fora do caminho principal; novas ilhas plantadas que destacam o entorno do Museu e preservam notáveis árvores de copa; novas plantações, incluindo copas e sub-bosques, arbustos e coberturas de solo, que geram continuidade e criam uma rica diversidade de cores e formas que muda de acordo com as estações; melhorias de infraestrutura, incluindo esgoto e irrigação e um aumento geral no número de árvores, bancos e espaços abertos acessíveis ao público.

Equipe de projetos

O Gilder Center foi projetado pelo Studio Gang. A exposição foi criada pela Ralph Appelbaum Associates em colaboração com o premiado Departamento de Exposições do Museu, liderado por Lauri Halderman, vice-presidente de Exposições.

A equipe principal de projetos também inclui os escritórios Arup, Atelier Ten, Boris Micka Associates, BuroHappold Engineering, Davis Brody Bond, Langan Engineering, Reed Hilderbrand, Renfro Design Group, Tamschick Media+Space, AECOM Tishman, Venable LLP e Zubatkin Owner Representation.

Para mais informações sobre o Gilder Center, clique aqui e acesse o site oficial do museu.

Sobre o Museu Americano de História Natural (AMNH)  

O Museu Americano de História Natural, fundado em 1869, é uma das instituições científicas, educacionais e culturais mais preeminentes do mundo. O Museu engloba mais de 40 salas de exposições permanentes, além das salas do Centro Rose para Terra e Espaço e do Planetário Hayden, bem como galerias para exposições temporárias. Os cientistas do Museu têm à sua disposição um acervo permanente de nível internacional com mais de 34 milhões de espécimes e artefatos, alguns dos quais de bilhões de anos atrás, e uma das maiores bibliotecas de história natural do mundo. Através da Richard Gilder Graduate School, o Museu oferece um Ph. D. em Biologia Comparada e um Mestrado em Educação (MAT), os únicos programa de pós-graduação livres e independentes de qualquer museu nos Estados Unidos. Com seu website, vídeos online e aplicativos para dispositivos móveis, o Museu leva seus acervos, exposições e programas educacionais a milhões de pessoas em todo o mundo. Clique aqui para saber mais.

O Programa de Educação e Emprego do Museu recebe o generoso apoio do Instituto de Serviços Museológicos e Bibliotecários sob o número de subvenção MA-10-19-0593-19.

O programa recebeu também uma dotação do Michael Levandowsky Living Trust.

O apoio ao Programa de Mentoria em Pesquisa Científica do Museu Americano de História Natural é oferecido por Christopher C. Davis; o Shelby Cullom Davis Charity Fund; a Pinkerton Foundation e a Adolph and Ruth Schnurmacher Foundation.

O Acervo Educacional do Museu conta com o generoso apoio da Anna-Maria and Stephen Kellen Foundation e de Elysabeth Kleinhans.

(Fonte: InPress)

Arte132 encerra temporada de 2022 com recital de piano com Nahim Marun

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Heloisa Bortz.

No próximo sábado, dia 17 de dezembro, às 11h30, a Arte132 Galeria promove um recital com o consagrado pianista Nahim Marun, encerrando assim as atividades de 2022. A apresentação marca a primeira edição do projeto que contempla uma agenda de recitais a serem realizados pela Galeria ao longo de 2023. No programa, além de composições de Heitor Villa-Lobos, Henrique Oswald, Gabriel Fauré e Debussy, uma homenagem especial à musa do Movimento Modernista carioca, a pianista e compositora Virgínia Veloso Guerra, a “Nininha”.

O público pode esperar ouvir um recorte das chamadas “noites íntimas”, os famosos saraus cariocas, promovidos pelo professor e pianista Godofredo Veloso (1859-1926) nas primeiras décadas do século 20. As noites íntimas eram frequentadas por grandes artistas que passavam pelo Rio de Janeiro, muitos vindos da França. Nesse meio musical cultivado por Godofredo, nasceu e formou-se sua filha Virgínia Veloso (1895-1921).

Nininha. (Divulgação)

Durante o recital, Nahim Marun apresentará suas pesquisas recentes, com foco na música brasileira, além de outras temáticas relacionadas à música para piano.

Nahim Marun é professor de piano e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Música do Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista – Unesp em São Paulo.

Sobre a Arte132 Galeria | A Arte132 acredita que a arte de um país, e de um período, não é constituída apenas por alguns nomes definidos pelo mercado, mas por todos os artistas que desenvolveram um entendimento do mundo e do homem em determinado momento, artistas estes que abriram e alargaram os caminhos da arte brasileira. Dessa forma, expõe e dá suporte a mostras com o compromisso de apresentar arte relevante e de qualidade ao maior número de pessoas possível, colecionadores ou não. A casa (concebida pelo arquiteto Fernando Malheiros de Miranda, em 1972), para além de uma galeria de arte, é um lugar de encontros, diálogos e descobertas.

PROGRAMA

Heitor Villa-Lobos (1887-1959)

Kankikis (“Danças Africanas nº 3” – 1915) *

Virgínia Veloso-Guerra (1895-1921)

Com as Crianças (1913)

Carícias de mamãe

Com as bonecas – em dança

Histórias da babá

Soldados de chumbo

Boa noite, mamãe

O que pensa de tudo isso… a criança grande (Nininha)

Henrique Oswald (1952-1931)

Estudo nº 2 em Dó menor (1910)

Il Neige…! (“Neva…!” – 1902)

Chauve Souris, op. 36 nº 3 (“Morcego”, 1907) ***

Darius Milhaud (1892-1974)

Saudades do Brasil – Leme (1920) *

Claude Debussy (1862-1918)

Poissons D’Or (1907) ***

* Obras dedicadas a Virgínia Velloso Guerra

** Obras estreadas no Brasil por Virgínia Velloso Guerra

*** Obra dedicada a Godofredo Velloso.

Serviço:

Recital de Piano com Nahim Marun

Local: Arte132 Galeria – Av. Juriti, 132, Moema, São Paulo – SP

Data: sábado, 17 de dezembro, às 11h30

Entrada gratuita

https://arte132.com.br.

(Fonte: A4&Holofote Comunicação)

Museu do Ipiranga e Fundação Padre Anchieta firmam parceria para troca de acervo, concertos e exibição de série

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: Nadja Kouchi.

O Museu do Ipiranga e a Fundação Padre Anchieta assinaram, na tarde de terça-feira (6/12), uma importante parceria que inclui troca de acervo com o Museu da Casa Brasileira, concertos da Brasil Jazz Sinfônica no novo auditório do Museu do Ipiranga e exibições especiais da minissérie “IndependênciaS”, da TV Cultura, dirigida por Luiz Fernando Carvalho.

Estiveram presentes na assinatura José Roberto Maluf – presidente da Fundação Padre Anchieta, Eneas Carlos Pereira – vice-presidente da FPA, Fábio Borba – diretor executivo da Orquestra Brasil Jazz Sinfônica, Giancarlo Latorraca – diretor técnico do Museu da Casa Brasileira, Hussam El Dine Zaher – Pró-reitor adjunto de cultura e extensão da USP e Rosaria Ono – diretora do Museu Paulista (USP).

O presidente da Fundação Padre Anchieta, José Roberto Maluf, destacou que a FPA é uma entidade de direito privado, mas que administra estações de rádio e televisão públicas e educativas e tem tido a oportunidade, nesse momento, de firmar parceria com entidades importantes como a USP e o Museu do Ipiranga. “Estamos falando de duas entidades que cuidam da educação e da cultura, e é nesse sentido que para nós é uma honra assinar esse acordo”.

A diretora do Museu Paulista – USP, Rosaria Ono, também comemorou a parceria: “Estamos aqui no auditório do Museu do Ipiranga para celebrar o convênio com a Fundação Padre Anchieta e a oportunidade de integrar ações culturais conjuntas, o intercâmbio de informações e a parceria na divulgação de atividades”.

Troca de acervo entre o Museu da Casa Brasileira e Museu do Ipiranga | O Museu da Casa Brasileira e o Museu do Ipiranga, por meio de acordo de cooperação, atuarão em consonância com as temáticas museológicas que possam envolver os dois museus. Será feito intercâmbio de objetos museológicos, além da promoção de simpósios, palestras e treinamentos que envolvam as áreas museológicas das duas instituições.

Apresentações da Brasil Jazz Sinfônica | A Orquestra Brasil Jazz Sinfônica fará quatro apresentações no novo auditório do Museu do Ipiranga em 2023, interpretando uma parte significativa do repertório do Padre José Maurício (1767-1830), um compositor brasileiro de música sacra que produziu no período do império. Serão feitos arranjos especiais das obras pela Brasil Jazz Sinfônica. Os concertos terão a regência do maestro João Maurício Galindo.

Exibições especiais da série “IndependênciaS” | Haverá exibições especiais e comentadas da minissérie “IndependênciaS”, da TV Cultura, dirigida por Luiz Fernando Carvalho, nas dependências do Museu do Ipiranga em 2023, como parte da programação educativa do museu. Essa é uma forma da sociedade fazer parte dessa produção da TV Cultura que não se restringe somente ao audiovisual, mas também ao educativo. A Fundação Padre Anchieta disponibilizará ao Museu do Ipiranga episódios da minissérie “IndependênciaS” para visitas temáticas, visitas técnicas de alunos e palestras. Também colocará à disposição atores e profissionais que atuaram na minissérie para conversarem e dividirem suas experiências com o público, alunos e professores.

Museu do Ipiranga – USP | O Museu do Ipiranga é a sede do Museu Paulista, que é um museu especializado em história e cultural material e integra a Universidade de São Paulo. O edifício em que hoje estão instaladas as exposições e espaços para atividades educativas e culturais foi projetado para ser um monumento em comemoração à Proclamação da Independência, ocorrida em 1822. O edifício foi construído entre 1885 e 1890. Em 1894, o recém-criado Museu do Estado (Museu Paulista) foi transferido para o monumento. Foi assim que as histórias do Museu público mais antigo de São Paulo e do Monumento à Independência se misturaram e, desde então, ele ficou conhecido como Museu do Ipiranga.

(Fonte: Fundação Padre Anchieta)

Francisco, el Hombre apresenta performance de “Acabou Chorare”, dos Novos Baianos

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Renata Monteiro.

O segundo álbum dos Novos Baianos, “Acabou Chorare” (1972), é repleto de músicas que ultrapassam gerações, como “Mistério do Planeta” e “A Menina Dança”. Não à toa, foi eleito, em 2007, como o maior disco da música brasileira pela Rolling Stone Brasil. A Francisco, el Hombre apresenta este trabalho na íntegra no dia 15 de dezembro no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo. Os ingressos já estão disponíveis (confira aqui).

“O público sempre fazia relação dos Novos Baianos com a gente e, quanto mais ouvíamos, mais nos aproximamos deles. Eles foram uma referência muito marcante no sentido de estilo de vida e no senso de comunidade. Vai ser uma homenagem com muito carinho”, conta Lazúli, que completa o quinteto ao lado de Mateo Piracés-Ugarte, Sebastianismos, Andrei Kozyreff e Helena Papini. “É um desafio absurdo, porque as músicas são incríveis e muito bem executadas. A ideia é fazer um show com a cara da Francisco, el Hombre, mas com a chama dos Novos Baianos, com muita diversão e com muito amor pela música”, completa Andrei.

A conexão entre as bandas não é de hoje, a Francisco, el Hombre já regravou a música “Brasil Pandeiro” (assista aqui), faixa que abre “Acabou Chorare”.

Serviço:

Francisco, el Hombre interpreta Novos Baianos

Data: 15 de dezembro (quinta-feira)

Horário: a partir 21h

Local: Teatro Sérgio Cardoso

Endereço: Rua Rui Barbosa, 153, São Paulo – São Paulo (SP)

Ingressos: https://bileto.sympla.com.br/event/78248/d/167336/s/1116539

Valores: Meia-entrada – a partir de R$35 + taxas | Inteira – a partir de R$70 + taxas

Sinopse | A Francisco, el Hombre é fruto de uma conexão Brasil-México e carrega todas as particularidades de cada uma das culturas, bem como tudo que as une. No show de “Acabou Chorare” (1972), a banda faz uma homenagem ao segundo álbum dos Novos Baianos ao interpretá-lo na íntegra com novos arranjos, mesclando o rock psicodélico do grupo baiano com a latinidade do quinteto.

Sobre a Francisco, el Hombre | Fruto de uma conexão Brasil-México, a Francisco, el Hombre carrega todas as particularidades de cada uma das culturas, bem como tudo que as une. A raiz latino-americana juntou os irmãos mexicanos Sebastianismos (bateria) e Mateo Piracés-Ugarte (voz e violão) aos brasileiros Lazúli (voz e percussão), Helena Papini (baixo) e Andrei Kozyreff (guitarra), que combinam a essência sonora do reggaeton a elementos eletrônicos e de punk-rock. Esta identidade musical unifica um repertório que vai de Dona Onete e Rubel a Sidney Magal, e se estende também às apresentações do quinteto. A experiência catártica que a Francisco, el Hombre leva aos palcos, já movimentou festivais de grande expressão como o Lollapalooza Brasil e o Festival Forró da Lua Cheia, em 2018 e 2022, o Rock in Rio, em 2019 e 2022, com show elogiado pela crítica, além de eventos latino-americanos como  o América por Su Música, em Cuba, e o FimPro, no México.

Ficha Técnica:

Francisco, el Hombre toca Novos Baianos

Idealização: Difusa Fronteira

Arranjos: Francisco, el Hombre

Bateria e Voz: Sebastianismos

Baixo e Voz: Helena Papini

Guitarra: Andrei Martinez Kozyreff

Percussão e Voz: Lazúli

Violão e Voz: Mateo Piracés Ugarte

Técnico de Som e Mixagem: Luan Sarkis Casado

Técnica de Monitor: Beatriz Paiva

Técnica de Iluminação: Luiza Ventura.

(Fonte: Trovoa Comunicação)