Concurso retorna mais uma vez ao Brasil, Colômbia e México para fortalecer compromisso das escolas que estão deixando uma marca positiva em suas comunidades


São Paulo
Embora seja um item secular, criado nos anos 1.500, e com entusiastas em todo o mundo, os charutos ainda são o centro de um universo permeado de desinformação e curiosidades. E esse é um dos pilares do trabalho da cigar sommelière curitibana Carolina Macedo, que se dedica a estudar a história e os comportamentos relacionados ao hábito de apreciar um “puro”. Mas, afinal, o que isso significa um charuto puro?
Carolina explica que a expressão tem suas raízes nas tradições e práticas culturais dos apreciadores. Puro é o charuto de que todas as folhas e beneficiamento são feitos no mesmo país. “Um bom exemplo são os puros cubanos, uma vez que Cuba usa somente as folhas cultivadas no próprio país, assim como toda a produção. Mas também existem outros puros, como os nicaraguenses, dominicanos e, claro, os puros brasileiros”, explica Carolina.
A nomenclatura “puro” está também relacionada aos charutos premium, que são os charutos produzidos com tabaco negro, folhas inteiras e sem nenhum aditivo químico – ou seja, não são nada além de folhas inteiras de tabaco e água. “Pense em um charuto premium como um bom vinho. A qualidade das folhas é tamanha que a sua combinação e o processo de fermentação resultam em sabores e aromas únicos. Como no vinho, não tem nada artificial para saborizar ou aromatizar – é apenas a combinação das uvas ou, no caso dos charutos, das folhas”, conta ela, que lidera a Bulldog Tabacaria, na capital paranaense.
Carolina destaca três exemplos de charutos puros:
Dannemann Terroir Brasil | “Esse charuto tem uma seleção incrível com folhas brasileiras, sendo elas Arapiraca, Mata Fina, Mata Norte e Santo Antônio. São duas opções de capa e toda a produção é feita aqui, no Recôncavo Baiano”, explica ela. (R$105 a unid.)
Romeo y Julieta Wide Churchills | Um clássico cubano. De corpo médio com notas adocicadas e uma degustação elegante. (R$290 a unid.)
Joya de Nicarágua Antaño | Já eleito um dos melhores do ano pela Cigar Aficionado (maior publicação do assunto no mundo), é um puro nicaraguense. Ele, inclusive, surge como um tributo, uma homenagem ao blend que tornou a marca conhecida no mundo todo e que fez dela a marca oficial da Casa Branca até hoje. (R$85 unid.)
“Se cada lugar possui um terroir único, ele resulta em folhas únicas que, a partir dos processos de cura e fermentação, vão ter um resultado. Logo, quando alguém degusta um puro cubano, sabe que terá uma mineralidade maior na degustação, enquanto em um puro brasileiro, notas terrosas e uma delicada picância devem aparecer”, finaliza ela, que assina semanalmente uma newsletter gratuita sobre charutos. Para se inscrever, os interessados devem se inscrever no link https://bit.ly/newsletterbulldog.
A Bulldog Tabacaria fica localizada à Rua General Aristides Athayde Jr., 254, no bairro Bigorrilho, em Curitiba. Tem atendimento de segunda a sexta, das 12h às 20h e, aos sábados, das 10h às 18h. Para mais informações, o telefone é (41) 3029-1299 e o WhatsApp, (41) 98736-3251.
(Fonte: Agência Souk)
O MuBE – Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia inaugurou dia 6 de abril a exposição “Amelia Toledo: Paisagem Cromática”, que parte de uma sugestão de Paulo Mendes da Rocha, arquiteto responsável pelo premiado edifício-sede do museu, dada em 2019. Esta mostra traz para o público um novo recorte da obra produzida ao longo de toda a extensa e profícua carreira da artista, cuja poética aborda, entre outros temas, os principais assuntos de interesse do MuBE: a escultura e a natureza. Com entrada gratuita, a exposição conta com mais de 100 obras, muitas das quais interativas, e estará em cartaz no MuBE até 4 de agosto de 2024.
“Percebemos, na arquitetura do MuBE, muitas referências metafóricas à ideia de construção primordial: a galeria subterrânea como gruta, o pórtico de concreto como releitura de Stonehenge… Já no trabalho plástico de Amelia Toledo, justamente, a força mineral da natureza comparece como elemento decisivo, tanto na materialidade quanto na lógica de ordenamento das coisas. Mas se combina, ao mesmo tempo, a uma trama artesanal do fazer que dota suas pedras de afeto e fantasia, convertendo-as em moléculas estranhas, colmeias, conchas, bolhas de sabão e energia”, afirma Guilherme Wisnick, consultor curatorial do MuBE responsável pela indicação dos curadores da mostra Daniela Gomes Pinto e Fernando Limberger.
Algumas das obras presentes nesta exposição serão vistas pelo público pela primeira vez, como é o caso de “Cachoeira de Amor” e “Praça do Céu”, instalações criadas originalmente para uma residência em São Paulo. Com de 3 metros de altura e 9 metros de diâmetro, a obra “Marco para a cidade de São Paulo”, que será apresentada na área externa do MuBE, é também inédita.
A expografia, assinada por Anna Helena Villela, contribui para ressaltar a questão dos elementos da natureza presentes na obra de Amelia Toledo ao cobrir o piso do museu temporariamente com areia. “Se a matemática é a linguagem fundamental da natureza, a natureza, para Amelia Toledo, precede a matemática – se sobrepõe a ela, a ultrapassa. São a inteligência e a intuição da pedra que orientam os materiais, as estruturas, as cores, as coisas, e até os seres humanos”, comentam os curadores da mostra.
Serviço:
Exposição “Amelia Toledo: Paisagem Cromática”
Exibição: Até 4 de agosto de 2024
Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia (MuBE)
Rua Alemanha 221, Jardim Europa, São Paulo – SP (terça a domingo).
Av. Europa 218, Jardim Europa, São Paulo – SP (quarta a domingo)
Horário de funcionamento: 11h às 18h. Última entrada às 17h30
Entrada gratuita.
Sobre o Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia | O MuBE, ou Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia, foi criado a partir da concessão do terreno situado entre a Avenida Europa e a Rua Alemanha pela Prefeitura de São Paulo à Sociedade dos Amigos dos Museus (SAM), no ano de 1986, para a construção de um Centro Cultural de Escultura e Ecologia. Para a escolha do projeto do prédio da instituição cultural, foi realizado um concurso vencido por Paulo Mendes da Rocha. Nascia, então, o MuBE e seu prédio, que é um marco da arquitetura mundial e que conta também com o jardim projetado por Roberto Burle Marx. O Museu tem como objetivo divulgar os mais diversos segmentos da arte, priorizando a escultura e os suportes tridimensionais. Siga o MuBE no Instagram: mube_sp.
(Fonte: Agora Site)
No segundo dia de discussões da 39ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC), realizada na sexta-feira (5), o colegiado se dedicou a debater os desafios para implementação do Sistema Nacional de Cultura (SNC). A nova lei foi sancionada na quinta (4) pelo presidente Lula e estabelece diretrizes para a gestão compartilhada entre União, estados, Distrito Federal e municípios, além da sociedade civil, para fortalecer as políticas públicas culturais em todo território nacional.
De acordo com a legislação sancionada, o CNPC é um dos instrumentos de gestão do Sistema Nacional de Cultura e deve ser referência para a desconcentração de recursos e para a participação popular. Nesse sentido, conselheiras e conselheiros têm pela frente a tarefa de implementar as normas previstas pelo SNC.
Para a secretária de Comitês de Cultura (SCC), Roberta Martins, o trabalho é árduo, mas também uma honra. “Eu sou muito feliz e muito orgulhosa de fazer parte desse momento da cultura. Não tem um Sistema Nacional de Cultura em nenhum outro lugar do mundo. O que a gente está construindo e o que a gente está fazendo é absolutamente inédito, absolutamente necessário para essa realidade brasileira. Vai ser um grande desafio, mas sintam-se orgulhosos”, declarou Roberta durante a condução da reunião do CNPC.
A secretária defendeu ainda que a nova lei seja uma bússola para os próximos processos, especialmente o de reformulação do Conselho, um trabalho que já está em curso e também foi debatido durante a reunião.
Revendo atribuições
A chefe do Serviço de Pesquisa em Políticas Culturais da Fundação Casa de Rui Barbosa, Lia Calabre, também participou como convidada da plenária do CNPC e fez uma fala de abertura provocando reflexões sobre o papel do Conselho a partir de agora. Com a nova lei, cada estado e cidade que aderir ao Sistema Nacional de Cultura vai precisar ter seu próprio conselho de política cultural. “O CNPC ficou muito sozinho dentro desse pensamento do que seria um Sistema. Agora, não vai estar mais. Então, ele precisa ser melhor pensado dentro do Sistema. A gente precisa pensar as atribuições de cada nível de governo, como elas dialogam e vão se somando para refletir no nível nacional”, afirmou a especialista.
Lia Calabre também sugeriu uma nova forma de contemplar a representatividade dentro do Conselho. “Precisamos pensar formas criativas para lidar com um setor que é múltiplo, diverso e que tem uma dinâmica que não é a dinâmica do tempo do Estado e da gestão. Daqui para frente, a gente precisa pensar se podemos ter setoriais multitemáticos, por exemplo, e construir políticas para o conjunto das artes e das linguagens”, propôs a especialista.
Os debates contaram ainda com intervenções de conselheiras e conselheiros que destacaram o que consideram pontos de atenção no texto da nova lei. Além do SNC, o Conselho também discutiu a execução da Lei Paulo Gustavo (LPG) e da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB). A reunião foi realizada de maneira híbrida e transmitida ao vivo, nos dois dias, pelo canal oficial do MinC no Youtube. O registro das plenárias está disponível aqui.
(Fonte: Ministério da Cultura – Assessoria de Imprensa)
A organização médico-humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) lançou a campanha publicitária ‘Ame Sem Limites, Cuide Sem Fronteiras’ com a música ‘Cuide Bem do Seu Amor’, dos Paralamas do Sucesso. A trilha sonora do filme faz parte de uma parceria inédita entre a organização e uma das maiores bandas brasileiras de rock, formada por Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone. Essa é primeira vez que um hit nacional faz parte de uma campanha de MSF, que já veiculou outros filmes bastante reconhecidos pelo público com as canções ‘Everybody Hurts (Hold on)’, da banda norte-americana R.E.M, e ‘Fix You’, dos britânicos do Coldplay. A campanha foi exibida pela primeira vez durante o show dos Paralamas no dia 6 de abril, em São Paulo.
Para Barone, baterista da banda, é muito emocionante ter uma das músicas dos Paralamas na campanha da organização. “Médicos Sem Fronteiras é uma instituição reconhecida e ouvir uma música brasileira – a nossa música – no filme, é de arrepiar. Saber que ‘Cuide Bem do Seu Amor’ vai servir para essa causa tão bacana, tão nobre, faz a gente se sentir muito privilegiado”, explica. “Acredito que a canção será ressignificada a partir dessa parceria. Tenho certeza de que a ação vai inspirar muitas pessoas a doar, a participar e a ter esse espírito humanitário tão importante, né?”, completa ele.
E o refrão da música, que fala sobre cuidar, seja de quem for, parece até ter sido feito especialmente para MSF. “Eu diria que o princípio básico do amor é muito amplo e não tem regras, barreiras ou limites. É um tipo de atitude que você tem em relação ao outro”, afirma Herbert Vianna, cantor e compositor da letra de ‘Cuide Bem do Seu Amor’.
Presente no filme, Marlene Monteiro, doadora de MSF desde 2015, está em sintonia com o sentido que a música trouxe para a campanha. Em seu depoimento, ela diz que ser doadora de MSF é como doar de alguma forma o seu amor pelas pessoas. “Sabendo que eu estou ajudando a tratar da saúde de crianças, a cuidar de um ferimento, de uma doença de alguém que eu nem conheço, é como espalhar meu sentimento pelo mundo”, conta.
Para a organização, essa campanha também é muito especial. “O time de MSF está muito ansioso para o lançamento da parceria com Os Paralamas. Somos fãs da banda e vemos uma conexão muito forte entre a música e o trabalho da organização. Agradecemos à banda por liberar os direitos de uso da canção. Sem dúvida, ‘Cuide Bem do Seu Amor’ trouxe uma emoção ao filme que vai envolver ainda mais o público”, explica Leanne Neale, diretora de captação de recursos de MSF.
Agradecimentos especiais à EMI/Universal Music e à editora Sony Publishing, que cederam os direitos de uso da música para a campanha de MSF.
Campanha: Ame Sem Limites, Cuide Sem Fronteiras
Música: Cuide Bem do Seu Amor (Os Paralamas do Sucesso)
Agência: Repense
A campanha está nos canais de TV fechada, rádio, Spotify, mídia out-of-home (OOH) em São Paulo e Rio de Janeiro e plataformas digitais.
(Fonte: Assessoria de Imprensa Médicos Sem Fronteiras)
O Grupo do Afeto da Faculdade de Educação da Unicamp, criado pelo Prof. Sérgio Leite ao final dos anos 90 e vinculado ao grupo ALLE/AULA, é composto por graduandos, mestrandos, doutorandos e pós-doutorandos que se reúnem periodicamente em torno de discussões sobre a atuação docente. No início, os trabalhos e pesquisas dedicavam-se com especial interesse à questão da Alfabetização e do Letramento; porém, novas demandas de interesse surgiram com o intuito de compreender a constituição do leitor autônomo e as relações desenvolvidas com as práticas sociais de leitura, o que demandou novas reflexões teóricas e metodológicas.
Na busca por investigar os movimentos de aproximação ou afastamento das pessoas com relação às práticas de leitura, o Grupo passou a abordar a questão da dimensão afetiva no processo de constituição do sujeito, que se constituiu como um dos objetos de estudo. Atualmente, empenha-se em estudar os impactos afetivos que se estabelecem entre o sujeito/aluno e o objeto/conteúdos escolares a partir da mediação pedagógica do professor, demonstrando que o processo ensino-aprendizagem vai além da dimensão cognitiva. Nesta perspectiva, a mediação ocupa um papel de destaque no trabalho desenvolvido pelo Grupo, que tem como base teórica as ideias de autores como Espinosa, Vigotski e Wallon. Compreende que o trabalho pedagógico desenvolvido em sala de aula envolve inevitavelmente a dimensão afetiva e, por meio de sua produção, dá destaque a esta dimensão que, até meados do século passado, era vista como o lado sombrio e inacessível do ser humano. Os trabalhos desenvolvidos pelo Grupo fundamentam-se na abordagem qualitativa e os procedimentos metodológicos mais utilizados são observação, entrevista e autoscopia.
Ao longo dos anos, muitas pesquisas foram desenvolvidas no âmbito do Grupo do Afeto que possibilitaram identificar as características do Professor Inesquecível, aquele docente que, por meio de sua prática, promove condições para que os estudantes apropriem-se do conhecimento e desenvolvam, simultaneamente, uma relação afetiva de aproximação com o mesmo. Além disso, promoveu reflexões acerca das decisões pedagógicas assumidas por tais docentes, identificando os impactos afetivos na relação desenvolvida entre sujeito e objeto de conhecimento.
O processo de ensino-aprendizagem envolve as dimensões cognitiva e afetiva, coerente com a concepção monista de ser humano, assumida pelo Grupo. As pesquisas buscam compreender a importância da dimensão afetiva presente em cada decisão assumida pelo professor e como afeta os estudantes. Com a intenção de discutir mais sobre o tema e divulgar os resultados das pesquisas que o Grupo do Afeto vem realizando, foi lançado, em 2023, o quarto livro intitulado “Afetividade e planejamento do ensino”, uma produção que reúne as mais recentes pesquisas sobre o tema produzidas pelo Grupo. Esta produção tem o objetivo de divulgar para os professores dos diversos níveis de ensino os resultados das pesquisas realizadas com o intuito de contribuir com o trabalho pedagógico em sala de aula, enfocando, de forma especial, a importância do planejamento de ensino.
(Fonte: Prof. Dr. Adriano Caetano Rolindo)