Concurso retorna mais uma vez ao Brasil, Colômbia e México para fortalecer compromisso das escolas que estão deixando uma marca positiva em suas comunidades


São Paulo
‘O amor está nas pequenas coisas’ é a nova exposição que entra em cartaz no Centro Cultural Coreano no Brasil (CCCB) a partir das obras da artista sul-coreana Puuung, que pela primeira vez exibe seu trabalho no exterior em dez anos de carreira.
As obras da animadora e ilustradora – que tem mais de 6 milhões de seguidores nas redes sociais com muitos fãs principalmente no Brasil e Estados Unidos – capturam momentos pequenos do dia a dia, mas comoventes, com histórias universais que podem ser apreciadas em qualquer lugar do mundo.
“A arte de Puuung nos faz refletir sobre o descobrimento do amor e da emoção na vida cotidiana. E o CCCB tem o prazer de trazer essa exposição para cá e oferecer ao povo brasileiro a oportunidade incrível de ter um contato direto com a sua obra”, diz um diretor do CCCB.
A exposição ficará em cartaz até 1º de setembro e poderá ser conferida de terça a sábado, das 10h30 às 18h (com exceção do dia 12, que ficará aberta até às 22h, em virtude do Dia dos Namorados) e, aos domingos, das 11h30 às 16h30. A entrada é gratuita.
Serviço:
Exposição O amor está nas pequenas coisas
Funcionamento: terça a sábado, das 10h30 às 18h; domingo, das 11h30 às 16h30
Local: Centro Cultural Coreano no Brasil
Endereço: Av. Paulista, 460. Térreo. Bela Vista, São Paulo (SP) – em frente ao metrô Brigadeiro
Faixa etária: Livre
Entrada gratuita.
(Fonte: Ex-Libris Comunicação Integrada)
A Fundação Biblioteca Nacional (FBN), instituição vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), abriu inscrições para o Prêmio Literário Biblioteca Nacional 2024. O prêmio visa reconhecer a qualidade intelectual das obras publicadas no Brasil. As inscrições são gratuitas e vão até o dia 11 de julho. Será premiado R$30 mil para cada uma das doze categorias.
Podem participar do Prêmio Literário Biblioteca Nacional cidadãos brasileiros com obras inéditas (1ª edição) escritas em português e publicadas por editoras nacionais entre 1º de maio de 2023 e 30 de abril de 2024. Autores independentes também podem concorrer, desde que suas obras estejam registradas em Depósito Legal e possuam o número de ISBN (International Standard Book Number) impresso.
Avaliações
As doze categorias do prêmio serão avaliadas por comissões formadas por três especialistas em cada área. Serão consideradas publicações nas categorias poesia, romance, conto, ensaio social, ensaio literário, tradução, projeto gráfico, literatura infantil e literatura juvenil, além de histórias de tradição oral. A comissão avaliará critérios como qualidade literária, originalidade, contribuição à cultura nacional, criatividade no uso de recursos gráficos e excelência na tradução. O resultado será divulgado no Diário Oficial da União e no portal da FBN até 22 de novembro.
Histórias em Quadrinhos e Ilustração
Para a edição de 2024, foram adicionadas duas novas categorias: Ilustração (Prêmio Carybé) e Histórias em Quadrinhos (Prêmio Adolfo Aizen). As doze categorias do prêmio são: Conto (Prêmio Clarice Lispector), Ensaio Literário (Prêmio Mario de Andrade), Ensaio Social (Prêmio Sérgio Buarque de Holanda), Histórias de tradição oral (Prêmio Akuli), Histórias em quadrinhos (Prêmio Adolfo Aizen), Ilustração (Prêmio Carybé), Literatura Infantil (Prêmio Sylvia Orthof), Literatura Juvenil (Prêmio Glória Pondé), Poesia (Prêmio Alphonsus de Guimaraens), Projeto Gráfico (Prêmio Aloísio Magalhães), Romance (Prêmio Machado de Assis), Tradução (Prêmio Paulo Rónai).
(Fonte: Ministério da Cultura/Governo do Brasil)
Cadeira Paulistano, 1957 – São Paulo – SP – Design de Paulo Mendes da Rocha – Doação de Clami Móveis e Decorações Ltda. Uma ‘cadeira-pudim’, agradável ao sentar e flexível em todos os sentidos, até lateralmente. Essa foi a intenção do arquiteto ao projetar esta cadeira. Ele conseguiu seu intento sem recorrer ao tradicional estofado e, sim, ao aço espiral, muito fino e flexível, que é “vestido” com uma capa em couro ou lona. Em 1986, a peça venceu o 1º Prêmio Design Museu da Casa Brasileira. Coleção MCB. Crédito da foto: Helio Nobre.
Bancos, cadeiras, sofás, caixas, cômodas, escrivaninhas, guarda-roupas, redes, esteiras e camas. Todos esses itens fazem parte do nosso dia a dia e revelam como atendemos três necessidades básicas: sentar, guardar e dormir. Com foco nessas três ações humanas e nas soluções criativas adotadas em diferentes épocas, o Museu do Ipiranga realiza a exposição ‘Sentar, guardar, dormir: Museu da Casa Brasileira e Museu Paulista em diálogo’. Com abertura no dia 11/6, às 10h, a mostra apresenta móveis produzidos entre os séculos 16 e 21, com as peças criadas de acordo com as demandas de cada período.
As 164 peças escolhidas estabelecem um diálogo entre os acervos do Museu da Casa Brasileira (MCB), com 118 móveis, e do Museu Paulista, com 46 peças, expondo a complementaridade dos acervos das duas instituições estaduais paulistas. Os itens evidenciam a diversidade cultural e social brasileiras, abordando as heranças indígena, portuguesa e afro-brasileira, além daquelas ligadas às diversas imigrações e migrações que marcaram nossa sociedade.
Cama Marquesa – Cama que pertenceu à Marquesa de Santos – Fabricada por L. Bellangé Fils (Louis-Alexandre Bellangé), Paris, França – Década de 1820 – Nogueira e bronze – 140 x 214 x 147 cm (leito). Pertenceu a Domitila de Castro Canto e Mello, Marquesa de Santos (1797–1867). Doação de Francisco Solano da Cunha, Marina da Cunha Lessa e Pedro Otávio Carneiro da Cunha. Acervo do Museu Paulista da USP. Foto: José Rosael.
Para facilitar o diálogo com o público, a exposição foi organizada por tipos de móveis, permitindo uma comparação clara entre as formas de desenvolvimento do mobiliário, seja por métodos artesanais ou industriais.
A curadoria é dos docentes do Museu Paulista Maria Aparecida de Menezes Borrego e Paulo César Garcez Marins e do convidado Giancarlo Latorraca, arquiteto e ex-diretor técnico do Museu da Casa Brasileira. Também colaboraram na curadoria os assistentes Rogério Ricciluca Matiello Félix e Wilton Guerra, pela primeira vez juntos.
O MCB foi criado em 1970 para registrar e expor as diferentes formas de morar, tornando-se o único museu brasileiro especializado em design. O acervo abarca muitos itens produzidos a partir da segunda metade do século XX, abrangendo peças assinadas ou produzidas pela indústria ou por camadas populares. Já o Museu Paulista da USP, do qual faz parte o Museu do Ipiranga, é voltado ao estudo de objetos e imagens que documentam a sociedade brasileira e tem móveis em sua maioria produzidos entre o século XVII e os anos 1920.
Cama Patente – Cama tipo patente, São Paulo, SP, 1920. Madeira e metal – 118 x 200 x 89 cm – Pertenceu à pintora Anita Fraga (1907–1999). Doação de Inês Moreira de Henrique. Acervo do Museu Paulista da USP. Foto: José Rosael.
A exposição está instalada no salão de exposições temporárias, um espaço moderno, acessível e climatizado, com 900m2, localizado no piso jardim, o novo pavimento do Museu do Ipiranga. Os ingressos para a mostra são gratuitos.
Módulos da exposição:
SENTAR
Apresenta móveis populares, cadeiras e poltronas feitas por designers dos séculos 20 e 21 e conjuntos de sofás e cadeiras dos séculos 18 e 19. Um conjunto de tipologias que remetem ao uso recorrente ao longo do tempo, incluindo cadeiras de balanço, cadeiras para criança, sofás, poltronas, poltronas de braço, canapés, bancos, mochos, cadeiras de costura e cadeiras de escritório giratórias. Entre os destaques, figuram peças elaboradas para o trabalho, como uma cadeira de barbeiro e um raro exemplar de cadeira de dentista portátil, além de bancos e esteiras indígenas.
GUARDAR
Cômoda Papeleira – Cômoda Papeleira D. José I, Séc. XIX – Itu. Compra de Henrique Luiz Correia. As linhas e ornamentação desta cômoda sugerem um alinhamento ao estilo D. José I tardio, representado na talha menos profunda e reservada a alguns pontos da peça, em contraste com o aspecto liso e vazio de partes inteiras, e nas pernas inteiriças com pés baixos e largos. Coleção MCB. Crédito da foto: Helio Nobre.
São apresentados diversos tipos de móveis que foram utilizados para armazenar roupas, cartas, documentos e valores. Caixas, canastras, cofres, cômodas, armários, guarda-roupas, contadores, papeleiras e escrivaninhas revelam, por um lado, os modos de dar segurança ao que se quer preservar ou transportar e, por outro, a proteção dos testemunhos da nossa intimidade e das roupas e acessórios que usamos. Entre os destaques, estão a cômoda papeleira com seus sistemas de segredo, guarda-roupas de Alberto Santos Dumont e cangalhas utilizadas em mulas para o transporte de cargas.
DORMIR
São exibidos móveis que evidenciam diversas formas de deitar e descansar praticadas no Brasil ao longo de séculos. Da rede de origem indígena às camas de casal ou de solteiro, estes móveis foram utilizados tanto em espaços compartilhados, como em ambientes cada vez mais íntimos ou individuais.
Canastras – Par de canastras de tropeiro, 2ª metade do século 19 – Madeira, couro e tecido – 34 x 68 x 32 cm. Acervo do Museu Paulista da USP. Crédito da foto: José Rosael.
Pelos vários materiais usados em sua confecção – como fibras naturais, madeiras, couro, metais para encaixes e molas, plásticos e tecidos – pode-se trilhar o caminho entre fatura artesanal, muitas vezes feitas por indígenas e negros, e a linha de produção em série, como é o caso das Camas Patente.
Muitas camas foram ofertadas às coleções dos museus por terem pertencido a membros das elites, como a família imperial, nobres que receberam seus títulos dos imperadores, como a Marquesa de Santos; ou de personalidades da política no regime republicano.
Rede – Sorocaba, c. 1900. Compra Museu da Casa Brasileira. Em algodão fiado, esta peça do artesanato sorocabano com dois punhos de cada lado, possibilita várias montagens. Além da posição tradicional, suspendendo-se uma lateral mais alta que a outra, a rede forma uma espécie de poltrona, como representado em uma iconografia do desenhista e fotógrafo do século XIX, Hercules Florence.
Coleção MCB. Crédito da foto: Helio Nobre.
O módulo também apresenta um conjunto de móveis que pertenceu ao quarto de dona Violeta Jafet, doado em 2017 ao Museu Paulista. Ele é composto por cama, mesas de cabeceiras, penteadeira, sapateira, banqueta, cadeiras e mesa circular e um divã estofado. Dormir, sentar e guardar estavam, assim, reunidos em um mesmo ambiente de elite, por meio dos móveis feitos pelo Liceu de Artes e Ofícios, que foi o mais famoso fabricante de móveis da cidade de São Paulo.
Serviço:
Exposição temporária ‘Sentar, guardar, dormir: Museu da Casa Brasileira e do Museu Paulista em diálogo’
Abertura: 11/6 (terça), às 10h
Encerramento: 29/9
Sala de exposições temporárias, ala oeste do piso Jardim
Entrada gratuita
Acesso ao edifício Monumento: O acesso ao edifício monumento, no qual estão abertas as exposições de longa-duração, se dá por meio de ingressos vendidos por agendamento em nosso site ou diretamente na bilheteria. Mais informações.
Museu do Ipiranga
Endereço: Rua dos Patriotas, 100
Funcionamento: Terça a domingo (incluindo feriados), das 10h às 17h (última entrada às 16h)
Bilheteria a partir das 9h
Ingressos para as exposições de longa-duração: R$30 e R$15 (meia-entrada)
Gratuidades: Quartas-feiras e primeiro domingo do mês, além de entrada franca para públicos específicos. Confira mais informações.
Como chegar
Transporte público: De metrô, há duas estações próximas ao Museu, ambas da linha 2, verde: Alto do Ipiranga (30 minutos de caminhada) e Santos-Imigrantes (25 minutos a pé). A linha 710 da CPTM tem uma parada no Ipiranga (20 minutos de caminhada).
Principais linhas de ônibus: 4113-10 (Gentil de Moura – Pça da República), 4706-10 (Jd. Maria Estela – Metrô Vila Mariana), 478P-10 (Sacomã – Pompéia), 476G-10 (Ibirapuera – Jd.Elba), 5705-10 (Terminal Sacomã – metrô Vergueiro), 314J-10 (Pça Almeida Junior – Pq. Sta Madalena), 218 (São Bernardo do Campo – São Paulo).
Pessoas com deficiência em transporte individual: na entrada da rua Xavier de Almeida, nº 1, há vagas rotativas (zona azul) em 90°. Para quem usa bicicleta, foram instalados paraciclos na área do jardim.
Para quem usa bicicleta, há paraciclos próximos aos portões da R. Xavier de Almeida e R. dos Patriotas.
Museu do Ipiranga – USP
O Museu do Ipiranga é sede do Museu Paulista da Universidade de São Paulo, e seguiu em atividade com eventos, cursos, palestras e oficinas em diversos espaços da cidade. As obras de restauro, ampliação e modernização do Museu são financiadas via Lei Federal de Incentivo à Cultura. A gestão do Projeto Novo Museu do Ipiranga é feita de forma compartilhada pelo Comitê Gestor Museu do Ipiranga 2022, pela direção do Museu Paulista e pela Fundação de Apoio à USP (FUSP).
O edifício, tombado pelo patrimônio histórico municipal, estadual e federal, foi construído entre 1885 e 1890 e está situado dentro do complexo do Parque Independência. Concebido originalmente como um monumento à Independência, tornou-se em 1895 a sede do Museu do Estado, criado dois anos antes, sendo o museu público mais antigo de São Paulo e um dos mais antigos do país. Está, desde 1963, sob a administração da USP, atendendo às funções de ensino, pesquisa e extensão, pilares de atuação da Universidade.
As obras do Novo Museu do Ipiranga foram financiadas via Lei Federal de Incentivo à Cultura.
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Patrocinadores e parceiros:
Mantenedor: EDP, Shell, Vale
Patrocinador Master: Itaú
Parceiro Gold: Comgas, EMS, Sabesp, Santander
Patrocínio Silver: Caterpillar
Apoio: BNDES, Fundação BB
Empresas parceiras: Dimensional, Nortel, PWC, Too seguros
Parceria de mídia: Estadão, Revista Piauí, Uol, Instituto Bandeirantes
Apoio Institucional: MCB; Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo.
(Fonte: Conteúdo Comunicação)
Rubens Ricupero inspirou-se nos cadernos em que sua mãe escreveu durante toda sua vida as histórias da própria família, de imigrantes italianos, para evocar o bairro do Brás de sua infância, durante o Estado Novo e a Segunda Guerra. Entre suas primeiras lembranças, agosto de 1944, a comemoração no grupo escolar da Libertação de Paris. Agora, quando o Real completa 30 anos, Ricupero descreve – na condição privilegiada de ter sido ministro da Fazenda nesse período – as pressões políticas e sociais que poderiam ter provocado o fracasso da moeda. Sua narrativa traz um novo dado – o da importância da comunicação com o público – por inúmeras mídias, rádio, televisão, entrevistas, as conversas que ocorreram junto ao homem comum, aos brasileiros nas ruas, com as donas de casa, para explicar o Plano Real, evidenciam que seu êxito se deu por essa profícua comunicação e não apenas pelos aspectos econômicos. São capítulos que se leem num crescendo de interesse e de tensão, com linguagem límpida e fluida, ritmada e bem articulada nas páginas de ‘Memórias’, de Rubens Ricupero, lançamento da Editora Unesp.
“Itamar chamava [Ricupero] de ‘Apóstolo do Real’, por passar um bom tempo a peregrinar pelo país, buscando adesões à causa da estabilidade […]. Sem ele, muito dificilmente o Real teria obtido o apreço popular com tanta rapidez, a ponto de surpreender os próprios economistas, que esperavam um processo mais gradual na conquista de credibilidade da nova moeda”, afirma Maria Clara R. M. do Prado, em ‘A real história do Real’. “Ricupero foi, para muitos brasileiros, a cara do plano, a personificação da ideia da estabilização, a promessa de inflação baixa e de uma vida melhor.”
Em 1961, foi um dos primeiros voluntários a morar em Brasília, ainda em obras, e assistiu de perto a renúncia de Jânio, viveu a angústia do Golpe de 1964 e sobreviveu às perseguições do Ato Institucional nº 1. Trabalhou com os chanceleres Afonso Arinos e San Tiago Dantas. Foi pioneiro no estabelecimento das relações culturais com a África, impulsionando o estudo dos temas afro-brasileiros. Quando voltou à cena pública ao fim do regime militar, escreveu, enquanto assessor internacional do presidente-eleito, Tancredo Neves, o ‘Diário de Bordo: a viagem presidencial de Tancredo’, um dos livros basilares para a compreensão desse grave período da história do Brasil. Em 1985, foi nomeado subchefe da Casa Civil, permanecendo como conselheiro de Sarney até ser nomeado chefe de missão junto à ONU, em Genebra, e ao GATT, que antecedeu a Organização Mundial de Comércio. Quando embaixador em Washington, Itamar o convocou para assumir o Ministério do Meio Ambiente e da Amazônia Legal, tendo deixado esse posto para substituir FHC como ministro da Fazenda, assumindo a complexa condução da preparação e lançamento do Real. Em suas memórias, Ricupero encara com franqueza o episódio da parabólica, sem autocomiseração ou fuga de responsabilidade.
Chefiou a missão brasileira junto à ONU em Genebra e no Conselho dos Direitos Humanos. Durante nove anos dirigiu a UNCTAD no esforço de ajudar o desenvolvimento dos países mais pobres do mundo, sobretudo na África. Teve oportunidade de viver a essência da vocação diplomática traduzida na paixão pela diversidade das culturas e na compaixão pelo sofrimento dos pobres e vulneráveis. No recente período obscurantista pelo qual passou o país, defendeu a democracia e a diplomacia brasileira, no momento em que um ‘antiministro’ ameaçava a continuidade dessa tradição. Seus relatos de viagens pelo mundo e pelos livros enlaçam conhecimentos de literatura, poesia, cinema, o estudo avançado da história antiga e recente, na busca permanente pelo auto aperfeiçoamento. ‘Memórias’ mais dos outros que de si próprio, as evocações revivem as pessoas extraordinárias que conheceu ou o marcaram – João Cabral, San Tiago, Vinícius Maria Werneck, Wladimir Murtinho e Tuni, Merquior, Fábio Konder Comparato, Nilo Scalzo, Dante Moreira Leite – em seu caminho percorrido ao lado de Marisa, numa união de 60 anos, alicerçada por sua fé religiosa.
Sobre o autor | Rubens Ricupero, São Paulo, 1937. Diplomata, professor, ocupou cargos de destaque como embaixador do Brasil em Washington e Roma, secretário-geral da UNCTAD, presidente de diversos organismos do GATT, chefe de delegações e missões junto à ONU, ministro do Meio Ambiente e da Amazônia assim como da Fazenda durante o governo Itamar Franco, titular da Cátedra José Bonifácio na USP, é autor de livros diversos, destacando-se ‘A diplomacia na construção do Brasil: 1750-2016’, que recebeu o prêmio Senador José Ermírio de Moraes da Academia Brasileira de Letras.
Título: Memórias
Autor: Rubens Ricupero
Número de páginas: 712
Formato: 15,5 x 22 cm
Preço: R$144
ISBN: 978-65-5711-231-1
Mais informações sobre a Editora Unesp estão disponíveis no site oficial.
(Fonte: Assessoria de Imprensa da Fundação Editora da Unesp)
Pesquisa na Baía do Araçá, em São Sebastião, identifica 826 espécies de organismos bentônicos, como crustáceos, moluscos e anelídeos. Foto: Cecilia Amaral/Acervo pesquisadora.
Os organismos bentônicos são aqueles que vivem no fundo do mar, em costões rochosos e fundos arenosos ou lamosos. Conhecê-los é fundamental para formular estratégias de conservação dos ecossistemas marinhos. Em artigo publicado na revista ‘Biota Neotropica’ na sexta (31), pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade de São Paulo (USP) e de outras instituições brasileiras e estrangeiras descrevem a identificação de 826 espécies na Baía do Araçá, no canal de São Sebastião, litoral norte de São Paulo – 11 delas ainda não documentadas pela ciência. Oito dessas novas espécies são de anelídeos — animais como as minhocas, importante fonte de alimento para peixes. As outras três são artrópodes.
Os pesquisadores coletaram amostras de diferentes habitats da baía, incluindo manguezais e costões rochosos. Após a coleta, os organismos foram identificados em espécies com base em estudos anteriores e coleções de museus e catalogados em um checklist abrangente sobre a fauna bentônica da baía. O Museu de Diversidade Biológica do Instituto de Biologia da Unicamp serviu como um dos principais repositórios de espécimes coletados durante o projeto.
O artigo destaca os organismos mais prevalentes na Baía do Araçá, sendo eles anelídeos (225 espécies), moluscos (194 espécies) e crustáceos (177 espécies). A riqueza de espécies na baía reforça sua importância ecológica e biodiversidade marinha complexa. A pesquisadora Cecilia Amaral, da Unicamp, autora principal do artigo, explica que os organismos bentônicos desempenham importantes serviços ecossistêmicos, como a reciclagem de nutrientes, e atuam como indicadores de distúrbios e da qualidade do ambiente. “Como parte fundamental da teia trófica, esses organismos servem de alimento para muitas aves, peixes, crustáceos, como também para alimentação humana, tais como algas, mariscos, siris, camarões e caranguejos”, acrescenta a cientista.
O estudo também destaca o impacto da ação humana sobre a Baía do Araçá. Um exemplo é a proximidade com o porto de São Sebastião. O recente aparecimento de uma espécie de ascídia nociva para o cultivo de mexilhões e ostras indica o papel do porto na introdução de organismos potencialmente invasores. As atividades do porto também concorrem com a pesca artesanal da região, realizada tradicionalmente em canoas caiçaras, configurando um conflito socioambiental na baía.
A pesquisa faz parte de um amplo projeto de estudo do local financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp). Amaral destaca que a iniciativa permitiu o treinamento de jovens cientistas e a reunião de pesquisadores de diferentes áreas e instituições. “Essa interação possibilitou uma ampla gama de interpretações, sob pontos de vista ecológicos, sociais, econômicos e políticos, abrindo um diálogo real entre população, cientistas e tomadores de decisão”, avalia a pesquisadora.
Amaral ressalta que a continuidade dos estudos é fundamental para aprimorar a gestão de oceano e áreas costeiras no país. “Somente dessa forma teremos condições de conhecer de maneira integrada a ampla área marinha de nossa costa, de Norte a Sul, e assim nos tornaremos mais fortes para defender essa nossa imensa extensão de área marinha”, finaliza.
(Fonte: Agência Bori)