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Exposição retrata importância dos professores para o avanço do país

Brasília, por Kleber Patricio

 

Foto: Divulgação.

A exposição ‘O Futuro Passa pelos Professores’, que retrata em fotografias, pinturas, vídeos e textos um recorte das escolas brasileiras, salas de aula e professores, estará aberta para visitações até o final de junho na varanda superior do SESI Lab, em Brasília (DF). A mostra, com organização e curadoria do Instituto Península, em parceria com a Frente Parlamentar mista da Educação, foi visitada em primeira mão pelas delegações do G20 que virão ao Brasil para o Grupo de Trabalho em Educação. Agora, a exposição está aberta ao público com entrada gratuita.

Com o objetivo de destacar a importância do professor na aprendizagem de crianças e jovens e, consequentemente, no desenvolvimento do país, a mostra convida o visitante a percorrer quatro blocos temáticos: ‘O contexto Brasil’, ‘O efeito professor’, ‘Os Professores que queremos e precisamos’ e ‘Um muda muitos’. Neste bloco final, será possível conhecer experiências que estão mudando a maneira de formar, selecionar e desenvolver professores em todo o país.

Segundo Heloisa Morel, diretora-executiva do Instituto Península, “‘O Futuro Passa Pelos Professores’ vai além de uma exposição; trata-se de uma mensagem que lança luz sobre o impacto que um bom professor tem na aprendizagem dos estudantes”. A diretora reforça ainda que, “De acordo com a nossa mais recente pesquisa ‘A qualidade do Professor brasileiro’, esse impacto equivale a 60%. Daí a necessidade de valorizarmos nossos educadores. E é isso que a exposição propõe para aqueles que pensam e fazem a Educação brasileira acontecer a unirem esforços em prol das mudanças necessárias para que essa profissão possa se desenvolver e, assim, apoiar no desenvolvimento de nossas juventudes”.

A cada tema, os elementos audiovisuais das cenas e detalhes representarão o universo educacional do Brasil, promovendo uma reflexão, fundamentada em evidências, sobre o que é necessário para o aprimoramento da profissão docente e para a redução da desigualdade e mostrando o impacto desses avanços para qualquer nação do mundo. A exposição também conta com o apoio do Instituto Ayrton Senna e da Fundação Telefônica-Vivo.

Serviço;

Exposição O Futuro Passa pelos Professores

Quando: até 30 de junho de 2024

Onde: SESI LAB: arte, cultura, ciência e tecnologia

Onde fica: Setor Cultural Sul – Brasília, DF

Pontos de referência: Antigo edifício Touring Club, em frente ao Conic Brasília e ao lado da Plataforma Superior da Rodoviária do Plano Piloto

Horário de atendimento: terça a sexta-feira, das 9h às 18h. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 19h

Reserve seu ingresso em www.sesilab.com.br.

Sobre o Instituto Península | O Instituto Península é uma organização do terceiro setor que atua na área de Educação desde 2011, quando foi fundada pela família Abilio Diniz. Trabalha para apoiar a melhoria da carreira docente porque acredita que o professor é o principal agente de transformação para uma Educação de qualidade no Brasil. Aliando o melhor das teorias existentes à prática do dia a dia, o IP possui projetos conectados ao seu propósito. Conta com um Núcleo de Pesquisas e Estudos que se dedica a conhecer a fundo o educador brasileiro e atua de maneira sistêmica para o avanço de políticas públicas que impactem positivamente a carreira docente, desde atratividade, profissionalização e valorização até o desenvolvimento contínuo dos professores.

(Fonte: Releases e Envios)

Estreia da ópera ‘O Castelo de Barba Azul’, em formato double bill, e programação gratuita de férias marcam mês de julho no Theatro Municipal

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: Rafael Salvador.

Projeto da double bill apresenta o clássico ‘O Castelo de Barba Azul’ (Bluebeard’s Castle), única ópera do compositor húngaro Béla Bartók, com libreto de Béla Balázs, e ‘Eu, Vulcânica’ (I, Volcanic), ópera especialmente comissionada e estreada em 2023, composição de Malin Bång e libreto de Mara Lee, ambas suecas, que reescreve a história do ponto de vista da personagem da Judith. As obras são uma coprodução internacional com o Muziektheater Transparant (Bélgica), de direção cênica do sueco Wouter Van Looy e direção musical de Roberto Minczuk. Elas serão apresentadas em quatro datas: 26 de julho, às 20h, 27 e 28 de julho, às 17h, e 30 de julho às 20h, na Sala de Espetáculos do Theatro Municipal de São Paulo.

‘O Castelo de Barba Azul’ traz Hernán Iturralde como Barba Azul e Denise de Freitas como Judith, enquanto ‘Eu, Vulcânica’ tem Alexandra Büchel como Judith e Laiana Oliveira como Darkness 1. A duração total é de aproximadamente 130 minutos, incluindo um intervalo de 20 minutos. A classificação indicativa é para maiores de 12 anos, e os ingressos variam de R$31 a R$200.

Uma performance que apresenta sete solos de 7 minutos, o espetáculo ‘Copyleft’ foi concebido e coreografado por Jorge Garcia, com interpretação e criação de Carol Martinelli, Dani Moraes, Fabiana Ikehara, Irupé Sarmiento, Jessica Fadul, Marisa Bucoff 
e Victoria Oggiam, e colagem musical por Joaquim Tomé. O conceito de Copyleft permite a modificação e redistribuição das coreografias, mantendo a ideia de liberdade artística. Parte da programação de Projetos Especiais, o programa será apresentado nos dias 2, 3 e 4 de julho às 20h, na Cúpula do Theatro Municipal de São Paulo. Ingressos a R$33, classificação livre e duração de 49 minutos.

Já no dia 5 de julho, às 16h, na Sala do Conservatório da Praça das Artes, a Orquestra Sinfônica Municipal apresenta Uma Jornada Musical, regida por Alessandro Sangiorgi, em um concerto com obras de Beethoven, Mozart, Rossini, Strauss II e Bizet. Os ingressos gratuitos para grupos do Programa de Gratuidades, classificação livre e duração total de 50 minutos.  ‎

Em um repertório com o melhor da música nacional, no dia 7 de julho, às 11h, a Orquestra Experimental de Repertório se apresenta na Sala de Espetáculos do Theatro Municipal. Sob a regência de Wagner Polistchuk, o programa intitulado ‘Brasilidades’ executará peças de Juliana Ripke, em estreia mundial de obra da pianista, cravista, compositora e arranjadora, Heitor Villa-Lobos e Mozart Camargo Guarnieri. Ingressos de R$12 a R$33, classificação livre e duração total de aproximadamente 65 minutos.

Dando continuidade ao projeto de Samba de Sexta, no dia 19 de julho, às 18h30, o Vão Livre da Praça das Artes recebe o projeto Berço do Samba de São Mateus, grupo com quase 30 anos de existência e reconhecimento internacional. Com abertura do DJ Fred Lima, a entrada é gratuita e classificação livre, com duração de aproximadamente 180 minutos.

PROGRAMAÇÃO GRATUITA DE FÉRIAS

A programação gratuita de férias inclui diversas atividades no Theatro Municipal e na Praça das Artes, muitas delas voltadas para as crianças. A Oficina de Brinquedos Têxteis, realizada especialmente para as férias, ocorre nos dias 20 e 27 de julho, sábados, das 14h às 17h, na Sala de Exposições da Praça das Artes. A atividade busca incentivar as crianças a criarem a partir da criatividade e do trabalho manual e é voltada para a faixa dos 7 anos, acompanhadas por responsáveis e com participação por ordem de chegada.

Já o Theatro de Portas Abertas permite a circulação livre pelo saguão do Municipal, às terças, das 10h às 16h, e aos sábados, das 10h às 14h, exceto feriados, com entrada livre. Durante essa programação, serão realizados pela Escola Municipal de Música concertos didáticos, às 10h, 12h, e 14h, no Salão Nobre, também com entrada livre.

Já entre as Visitas Temáticas, realizadas sempre aos sábados, estão ‘Linha, Forma e Cor’, atividade baseada em jogos e brincadeiras que estimulam descobertas sobre o Theatro, dias 6/7 e 3/8, às 14h30; ‘História Viva: Experiências com Jogos de Interpretação’, que, inspirada nos jogos de RPG, convida o público a assumir diferentes papéis em uma história construída coletivamente no espaço, dias 13/7 e 10/8 , às 10h; ‘Mãos na Massa: Quem Faz o Theatro Municipal?’, atividade que permite crianças e suas famílias a experimentarem o trabalho dos artistas do Theatro, nos dias 20/7 e 17/8, às 14h30; e ‘(Re)Entorno: Um Percurso de Descoberta do Entorno ao Theatro Municipal’, onde o público será convidado a caminhar, refletindo coletivamente sobre os movimentos de arte e cultura que pulsam no entorno do Municipal, nos dia 27/7 e 24/8, às 10h.

Além disso, o mês de julho marca a abertura das visitas agendadas para a ativação ‘No Centro, a Técnica’, realizada na Central Técnica Chico Giacchieri às quintas, a partir de 18 de julho, às 10h e 14h. A atividade, inédita na história do Municipal, promove uma viagem pelos bastidores da produção de uma das maiores casas de ópera do país com visitas na Central Técnica. As visitas podem ser feitas com agendamento por e-mail, para grupos de até 50 pessoas, duração de 1h30 e classificação indicativa acima de 7 anos.

Por fim, a programação dos Ateliês Abertos inclui ‘Repertório das Mãos – Artes Têxteis’ com Ateliê Vivo, em encontros semanais independentes de experimentação imaginativa e prática, a partir da introdução ao mundo têxtil, às quartas-feiras, das 14h às 17h e das 18h30 às 21h30. E ‘Dobras, Picotes e Desdobramentos – Arte Tridimensional em Papel’ com Ateliê Libélula, que combina múltiplos fazeres manuais, tecnologia e a criação gráfico escultórica com papel, às terças-feiras, das 9h30 às 12h30 e das 14h às 17h, ambos na Sala de Exposições da Praça das Artes, com participação livre e gratuita e 35 vagas por sessão. Mais informações disponíveis no site.

(Fonte: Theatro Municipal de São Paulo)

Sesc Pinheiros apresenta show inédito ‘Suíte Retratos – Tributo a Jacob do Bandolim e Radamés Gnattali’

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Lucas Mercadante.

Nos dias 22 e 23 de junho, o Sesc Pinheiros recebe o espetáculo ‘Suíte Retratos – Tributo a Jacob do Bandolim e Radamés Gnattali’, com a presença do bandolinista Hamilton de Holanda e do pianista Hercules Gomes. O tributo marca os 60 anos do antológico LP ‘Retratos’, reconhecido como um marco na história do choro.

Lançado em 1964, o disco apresentava a obra que até hoje é considerada um marco na história do gênero musical. Composta por Radamés Gnattali especialmente para o solista Jacob, a obra mescla elementos do popular e da música de concerto, além de ter como referência para o maestro Radamés outros mestres como Pixinguinha, Chiquinha Gonzaga, Anacleto de Medeiros e Ernesto Nazareth.

Neste show, o músico Hamilton de Holanda lidera a homenagem ao legado de Radamés e Jacob, sendo acompanhado por um conjunto de músicos. Destaque para Hercules Gomes, cuja habilidade no piano complementa a atmosfera única do espetáculo e Rogério Caetano, no violão 7 cordas.

Além de celebrar a história do choro e homenagear dois ícones do gênero, o Tributo a Jacob do Bandolim e Radamés Gnattali é uma oportunidade para mergulhar na rica tradição musical do Brasil e testemunhar a continuidade de seu legado.

Sobre Hamilton de Holanda | Nascido em uma família musical, natural do Rio de Janeiro e criado na cidade de Brasília, seu primeiro instrumento musical foi a Melódica, aos quatro anos de idade. Dois anos depois (1982) aos 6 anos de idade, começou sua carreira profissional, como um prodígio do bandolim em um programa de TV nacional (Fantástico). Era o início de uma carreira multipremiada e reverenciada no Brasil e no exterior. Hoje, com mais de 30 álbuns lançados, é um músico multipremiado, vencedor de vários Grammy Latinos, Prêmio da Música Brasileira, Echo Jazz, Choc e inúmeras indicações. Além de diversas parcerias de sucesso, Hamilton de Holanda se destaca por unir tradição e modernidade, fazendo com que seu bandolim de 10 cordas fascine novas gerações de músicos e influencie novas correntes musicais que, além do choro, abrangem samba, jazz, pop e rock.

Sobre Hercules Gomes | Hercules Gomes, pianista e compositor nascido em Vitória (ES), começou sua jornada musical aos 13 anos, autodidata, tocando em bandas locais. Ao longo dos anos, destacou-se em festivais nacionais e internacionais, ganhando prêmios como o Nabor Pires de Camargo e o Prêmio MIMO Instrumental. Colaborou com renomados músicos e participou de projetos inovadores, como o GOMA-LACA. Seu repertório eclético e técnica refinada o tornaram uma figura proeminente no cenário musical brasileiro. Além de suas performances, compartilhou conhecimento em festivais e lançou diversos álbuns explorando a riqueza da música brasileira. Sua abordagem única, combinando influências do piano popular e erudito, o estabeleceu como um dos principais pianistas contemporâneos do Brasil, inspirando músicos do mundo a tocarem música brasileira.

Ficha Técnica | Sob direção musical de Henrique Araújo e concepção artística por Lucas Nobile. A produção é da Clementina Produções Artísticas.

Serviço:

Suíte Retratos – Tributo a Jacob do Bandolim e Radamés Gnattali

Dias: 22 e 23 de junho | sábado e domingo, às 21h

Duração: 60 minutos

Local: Teatro Paulo Autran

Classificação: 12 anos

Ingressos: R$50 (inteira); R$ 25 (meia) e R$15 (credencial plena)

Sesc Pinheiros – Rua Paes Leme, 195

Estacionamento com manobrista: terça a sexta, das 7h às 21h; sábado, domingo e feriado, das 10h às 18h.

(Fonte: Assessoria de Imprensa Sesc Pinheiros)

Série de concertos no Teatro B32 tem início com Academia de Música da Osesp e pianista Cristian Budu

São Paulo, por Kleber Patricio

Concerto no Teatro B32. Foto: José de Holanda.

No ano em que completa sete décadas de existência, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp estará novamente no coração financeiro de São Paulo para três apresentações que mostram um recorte da Temporada 2024 – Osesp 70 Anos, no moderno Teatro B32, em plena Avenida Faria Lima. A Academia de Música da Osesp será o grupo residente nos três concertos, que acontecem sempre às 19h30, nos dias 17/jun, 6/ago e 14/out – os ingressos custam de R$39,60 a R$90,00 (valores inteiros) e podem ser adquiridos neste link.

Na segunda-feira (17/jun), às 19h30, alunos bolsistas da Academia de Música da Osesp convidam o talentoso pianista brasileiro Cristian Budu para o concerto de abertura, que terá no programa obras de dois mestres: a Sonata ‘quasi una fantasia’ nº 14, do alemão Ludwig van Beethoven, e o Concerto para piano nº 9 – ‘Jeunehomme’, do austríaco Wolfgand Amadeus Mozart – este com Budu como solista convidado.

O pianista Cristian Budu. Foto: Kate Lemmon.

“A Fundação Osesp saúda a existência de um espaço como o Teatro B32, extremamente qualificado para a cultura e as artes, na cidade de São Paulo. Esperamos, com essa série que agora chega ao seu terceiro ano, ampliar ainda mais a nossa missão de levar música clássica e entretenimento à população paulista com a excelência reconhecida dos bolsistas da Academia de Música da Osesp e de solistas de destaque da Temporada 2024 na Sala São Paulo, comemorativa dos 70 anos da Osesp”, afirma o diretor executivo da Fundação Osesp, Marcelo Lopes.

Academia de Música da Osesp

A dificuldade de encontrar novos músicos para orquestras brasileiras levou à criação, no ano de 2006, da Academia de Música da Osesp. Os alunos são orientados por músicos da Osesp e, imersos no ambiente de um grupo profissional de excelência, vivenciam por dois anos uma intensa prática no seu instrumento por meio do treinamento na própria Osesp durante a Temporada de concertos da orquestra. Em 2013, a Academia ampliou sua atuação na formação profissional de jovens músicos criando o Coro Acadêmico; em 2016 criou o curso de Regência, que oferece aulas de técnica e repertório, além de masterclasses com regentes convidados de cada Temporada Osesp e, em 2022, foi criado o curso de Redação e Crítica Musical, voltado à capacitação da escrita de textos ligados à música de concerto. A Academia de Música da Osesp alterou profundamente o cenário da música de concerto no país, com ex-alunos presentes em todas as principais orquestras brasileiras e também em algumas internacionais. No entanto, em 2021, as classes de Instrumento e Canto foram reconhecidas pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo como Curso Técnico Profissionalizante. Os alunos que concluem a formação passam então a receber um Certificado Técnico Profissionalizante válido em todo o território nacional.

Concerto no Teatro B32. Foto: José de Holanda.

A Temporada Osesp no Teatro B32 tem apoio de PwC, Scotiabank, igc partners, Mapfre, Franklin Templeton Investimentos e BEXP por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Realização: Fundação Osesp, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, Ministério da Cultura e Governo Federal – União e Reconstrução.

PROGRAMAS

TEMPORADA OSESP NO TEATRO B32

17 JUN (SEG), 19H30

ACADEMIA DE MÚSICA DA OSESP

CRISTIAN BUDU piano

Ludwig van BEETHOVEN | Sonata quasi una fantasia nº 14, Op. 27, nº 2 — Ao luar

Wolfgang Amadeus MOZART | Concerto para piano nº 9 em Mi bemol maior, KV 271 — Jeunehomme

6 AGO (TER), 19H30

ACADEMIA DE MÚSICA DA OSESP

PACHO FLORES trompete

Antonio VIVALDI | Griselda: Agitata da dua Venti [arranjo: Pacho Flores]

Dirk BROSSÉ | Prelude to a New Age

Pacho FLORES | Musas y Resuello

Maria Theresia VON PARADIS | Sicilienne [arranjo: Pacho Flores]

Pablo DE SARASATE | Gypsy airs [arranjo: Pacho Flores]

Pacho FLORES | Morocota

Astor PIAZZOLLA | Revirado [arranjo: Pacho Flores]

Pacho FLORES | Labios Vermelhos

14 OUT (SEG), 19H30

ACADEMIA DE MÚSICA DA OSESP

PAUL LEWIS piano

Franz SCHUBERT | Sonata nº 13 em Lá maior, D 664

Ludwig van BEETHOVEN | Concerto para piano nº 3 em dó menor, Op. 37.

Serviço:

Quando: 17 de junho, 6 de agosto e 14 de outubro de 2024

Endereço: Teatro B32 | Av. Brigadeiro Faria Lima, 3.732, Itaim Bibi

Telefone: (11) 93327-6549

Taxa de ocupação limite: 490 lugares

Classificação: Livre

Ingressos: Entre R$39,60 e R$90,00, nas bilheterias e nos sites da Osesp e do teatro

Estacionamento: Acesso pela R. Lício Nogueira, 90 – Itaim Bibi. Preço (com e sem vallet): R$40,00

A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.

(Fonte: Fundação Osesp)

Expografia Casa Rural Portuguesa de Sobrado é atração no Casarão José Rufino em Areia (PB)

Areias, por Kleber Patricio

Fotos: Divulgação.

A expografia da Casa Rural Portuguesa de Sobrado – Casarão José Rufino, tem como referência em sua concepção, três museus nacionais: o Museu da Língua Portuguesa em São Paulo, o Memorial da Resistência na Estação Pinacoteca em São Paulo e o Museu Digital de Campina Grande/PB, nos quais as narrativas se dão por meio de elementos audiovisuais.

O processo de curadoria e expografia assinado pelo professor Radamés Rocha e executado pela Prefeitura Municipal de Areia, partiu de referências para tratar um espaço de memória e sofrimento e construir uma narrativa midiática com infográficos, mapas, linhas do tempo, recursos audiovisuais, como documentários em vídeos, fotografias e polifonias.

A expografia dividiu os ambientes da casa em espaços museológicos que retratam, cada um, um período histórico referente ao Casarão e atrelado à história de Areia. Na recepção da primeira sala, a biografia do Francisco Jorge Torres e sua relação com a cidade. Posteriormente avançamos para a sala, o coração da casa, intitulada de Terra da Cultura, concomitantemente com a sala Areia – Terra de Lutas.

A área da cozinha, espaço de ‘socialização’ entre os escravizados, intitulada de Areia – Encontro de Culturas, desenvolve-se entre os povos africanos e europeus partindo para as alas das senzalas ou dormitórios. Para a ocupação destes espaços, senzalas, há uma narrativa em forma de linha do tempo que inicia com os movimentos de resistência em prol da abolição da escravatura, já impulsionados na cidade, iniciando-se com a reprodução de algumas cópias de batistérios do arquivo da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Areia como meio de registro dos escravizados.  Posteriormente, a reprodução dos bilhetes de rifas que a Irmandade do Rosário dos Pretos de Areia promoveu para arrecadar fundos para a compra de cartas de alforrias. Na sequência, a reprodução de Jornais da época com notícias de movimentos acirrados contra a escravidão, seguido de um exemplar de grilhão do acervo do MURA/Areia, como objeto de suplício e castigo.

O espaço reservado para a memória e sofrimento, apresenta o nome dos 18 escravizados do inventário post mortem de Maria Franca Torres, esposa do Marinheiro Jorge Torres, que possivelmente habitaram estes espaços. Esta senzala apresenta prospecção arqueológica protegida por vidro que revela o piso em solo natural com linhas mestras em tijolos enquanto a circulação possui tijoleiras remanescentes do salvamento de peças. Finalizando a sequência, temos a reprodução de notícias de 3 de maio de 1888, data oficial da libertação dos escravizados em Areia, antecipando-se à Lei Áurea.

No piso superior, foi montado um simulado do Tribunal do Júri, com mobiliários do acervo do Tribunal de Justiça da Paraíba. Foram dedicadas também duas salas para os Quilombos Bonfim e Mundo Novo, nas quais revelam seus movimentos de existência e resistência. A finalização é no sótão com o toque de 7 dobrados da Filarmônica Abdon Felinto Milanez Filho, exibidos em suas alvoradas pelas ruas da cidade, conduzindo o olhar do visitante para a Janela Instagramável e sua visualidade para a Igreja Matriz. A conclusão do roteiro é na sala das prospecções arqueológicas, arquitetônicas e históricas, na qual o acesso do volume único das pesquisas desenvolvidas é disponibilizado por meio de QRCode.

A Casa Rural Portuguesa de Sobrado – Casarão José Rufino é um espaço museológico que retrata a história do Marinheiro Jorge e sua importância para a criação da Villa Real do Brejo de Areia e sua ligação com a cultura afro-brasileira, mostrando os movimentos de luta e resistência do povo negro que ali habitou e hoje resiste em resiliência nas comunidades quilombolas Bonfim e Mundo Novo no município de Areia, escrevendo uma nova história de conquistas.

Aberto ao público diariamente das 9h às 16hs. Taxa de visitação: R$3,00.

História

O primeiro sobrado da Vila de Areia, finalizado em 1818, foi construído para ser a casa da família de imigrantes portugueses, Maria Franca Torres e Francisco Jorge Torres, conhecido como ‘Marinheiro Jorge’. O imóvel foi herdado pela filha do casal, homônima Maria Franca Torres, e seu marido Santos da Costa Gondim. Em seguida, a neta do marinheiro, Adelaide Joconda da Costa Gondim (Iaiá), com seu marido Rufino Augusto de Almeida, habitaram de 1895 a 1907 e mantiveram comércio nas dependências com portas para a rua no térreo. Iaiá, teve cinco filhos: Maria Eugênia, Elpídio, Pedro Augusto, José Rufino e Horácio de Almeida que nasceu no sobrado.

Há indícios que a presença do Marinheiro Jorge e suas aspirações ao cargo de capitão-mor influenciaram a definição urbana de implantação da Villa Real do Brejo de Areia, porque o centro ou grande praça onde localizam-se a igreja, a casa de câmara e cadeia e as representações administrativas estão nas imediações das suas propriedades ‘Macaíba, dos sítios do Pirunga e do Bonito’ atual vale ao sul e área do Colégio Santa Rita em direção ao campus da UFPB, além do seu sobrado de morada estar implantado em situação privilegiada neste largo. Outro fator importante a considerar é que as datações de ocupação urbana da vila entre 1801-1850 correspondem ao mesmo período de vida do Marinheiro Jorge em Areia.

Em 1910 foi vendido para a família Chianca, que manteve anexo comércio de armarinho denominado ‘A Confiança’, sendo habitado por Filipe, Leopoldina e Ana. O imóvel passou por intenso processo de degradação ao ponto crítico de, na década de 1960, apresentar características de abandono.

Em 1971, o prédio foi arrematado por José Rufino de Almeida em hasta pública e retorna ao patrimônio da família. Entre 1971 e1975, José Rufino custeou a restauração do imóvel considerando as práticas de sua época e com resgate afetivo da história do seu bisavô o Marinheiro Jorge, designando para a obra o seu filho, o engenheiro Antônio Augusto de Almeida, que integrava a equipe técnica de restauro do conjunto franciscano em João Pessoa.

Em 1979, devido ao falecimento de José Rufino, o imóvel foi herdado por sua companheira Nilza e filhas que habitaram o imóvel, mas tiveram problemas de manter a sua conservação e, no início da década de 1990, o venderam ao Tribunal de Justiça da Paraíba. Entre 1995 e 1997, o TJ-PB adaptou as instalações do sobrado para o novo uso de Fórum da Comarca de Areia, que funcionou até o início do século XX, quando houve a construção e mudança para um prédio moderno.

Mais uma vez sem ocupação e uso, volta a degradar-se e, numa ação conjunta do Iphan, Iphaep, TJ-PB e Prefeitura Municipal de Areia, firma-se o Termo de Compromisso nº 85/2006 para cessão de uso do imóvel em caráter de cooperação com finalidade de ocupar o espaço com atividades culturais e turísticas, sendo reaberto em 17 de março de 2007 após obras de recuperação realizadas com orientação técnica e recursos do Iphan.

A recuperação previa novos espaços para a comunidade com: o Memorial da Justiça da Comarca de Areia, o receptivo da Secretaria de Turismo Municipal e as atividades de extensão da casa do Patrimônio do Iphan-PB, em face do tombamento em 2005 pelo Iphan do Conjunto Histórico, Urbanístico e Paisagístico da Cidade de Areia.

Durante o período de 2018 até os dias atuais, o imóvel vem passando por algumas intervenções de conservação. Em janeiro de 2023, as tijoleiras de algumas salas do térreo apresentavam estado de degradação avançado e a Prefeitura Municipal empenhou recursos na sua substituição; contudo, um descompasso na equipe técnica promoveu alguns danos em pisos e soleiras. Como solução, foi firmado um Termo de Compromisso entre o Iphan-PB e a Prefeitura que contratou equipe especializada para desenvolver projeto de reversão de danos que vem a consolidar a integridade do imóvel de acordo com sua trajetória histórica e suas técnicas construtivas.

Foram desenvolvidas pesquisas multidisciplinares, onde aconteceram ações de arqueologia da arquitetura com o suporte de pesquisa histórica complementar e cadastro arquitetônico do edifício. Inúmeras foram as descobertas realizadas pela equipe de historiadores, arqueólogos e arquitetos coordenados pelo arqueólogo e historiador Ulisses Pernambucano e Carmen Muraro, arquiteta de restauração. Toda a pesquisa foi acompanhada de perto pelo Escritório Técnico de Areia – ETA/Iphan-PB nas pessoas de Natallia Azevedo, arquiteta, e Maria Aparecida Macedo, assistente administrativa, além do superintendente do Iphan na Paraíba, Emanuel Oliveira Braga, e pela Prefeitura Municipal de Areia, nas pessoas da prefeita Silvia Cunha Lima e da secretária de infraestrutura, Fabianna Perazzo.

(Fonte: Assimptur)