Concurso retorna mais uma vez ao Brasil, Colômbia e México para fortalecer compromisso das escolas que estão deixando uma marca positiva em suas comunidades


São Paulo
O Encontro Musical de Indaiatuba (EMIn), que reúne o melhor da música clássica, chega à 5ª edição. O Festival se divide entre uma parte pedagógica, voltada especialmente para a formação e desenvolvimento de jovens músicos, e uma parte artística com apresentações musicais abertas para toda a comunidade. Porém, mais que um simples evento, o EMIn foi pensado para ser verdadeiramente um encontro entre grandes nomes da música, alunos de todo o Brasil e a comunidade local. O Festival, que acontece de 20 a 25 de julho, no Ciaei, em Indaiatuba – município da Região Metropolitana de Campinas (SP) – terá apresentações gratuitas e abertas ao público, sempre às 20h, e oficinas ministradas por profissionais de renome.
A programação tem início no sábado (20) com a Orquestra Sinfônica de Indaiatuba abrindo oficialmente o evento, com participação do trompetista da Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo), Fernando de Dissenha. Já no domingo (21), a apresentação é da Orquestra do Conservatório Carlos Gomes, de Campinas, que, sob regência do maestro Cláudio Cruz, terá ainda a participação do violista Gabriel Marin como solista convidado. Na segunda-feira, 22, é a vez do Quarteto de Cordas Carlos Gomes, com Cláudio Cruz e Adonhiran Reis nos violinos, Gabriel Marin na viola e Alceu Reis no violoncelo.
A Orquestra Sinfônica da Unicamp se apresenta na terça-feira, 23, sob regência da maestrina Cinthia Alireti e com participação do solista convidado Kim Bak Dinitzen. No dia 24, sob a regência do maestro Felipe Oliveira, quem se apresenta é a Orquestra Acadêmica do EMIn, com a solista convidada Marina Martins (violoncelo) e o Recital de alunos e professores.
O encerramento oficial do evento ficará a cargo da Orquestra Sinfônica do 5º EMIn, sob regência do maestro Roberto Tibiriçá, com participação da violinista Priscila Rato, como solista convidada, além da Camerata de Cordas do 5º EMIn. A apresentação tem coordenação dos professores Joseane PorfIrio, David França, Alfredo Rezende e Jéssica Benedecte. “Mais que um Festival, o EMIn se propõe a ser um verdadeiro encontro musical onde alunos, professores e a comunidade local se reúnem para partilhar experiências, conhecimento e muita música”, destaca o maestro Paulo de Paula, diretor artístico e regente da Sinfônica de Indaiatuba.
Nomes como Roberto Tibiriçá, Cláudio Cruz, Priscila Rato, Adonhiran Reis, Silas Simões, Gabriel Marin, Marina Martin, Kim Bak Dinitzen, Gustavo D’Ippolito, Rogério Wolf, Daniel Oliveira e Fernando Dissenha estão confirmados para ministrar as oficinas que integram a programação. Os alunos, previamente selecionados pela organização e inscritos, participarão das mais de 15 oficinas ofertadas no EMIn. Entre elas, cursos de violino, viola, violoncelo, contrabaixo, flauta transversal e trompete e regência orquestral, curso oferecido pela primeira vez desde a sua criação. Também está incluída na parte pedagógica a formação de quatro orquestras: Orquestra Sinfônica do EMIn, a Orquestra Acadêmica e duas Cameratas de Cordas que possibilitarão aos alunos dos diversos níveis a prática em conjunto, tão importante para a sua formação musical.
O 5º Encontro Musical de Indaiatuba (EMIn) é uma realização da Amoji (Associação Mantenedora da Orquestra de Indaiatuba), por meio do Programa de Ação Cultural (ProAC) da Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo. Todos os concertos do evento têm entrada gratuita e acontecem na sala Acrísio de Camargo (Ciaei), localizada na Avenida Engenheiro Fábio Roberto Barnabé, 3665, Jardim Regina, Indaiatuba (SP). Mais informações pelo telefone (19) 99937-2410 ou por e-mail, no endereço produção.osindaiatuba@gmail.com.
Serviço:
5º EMIn (Programação Artística)
Data 20/7 | Horário 20h
Apresentação Orquestra Sinfônica de Indaiatuba
Regência: Paulo de Paula l Solista convidado Fernando Dissenha (Trompete)
Data 21/7 | Horário 20h
Apresentação Orquestra do Conservatório Carlos Gomes
Regência: Cláudio Cruz | Solista convidado: Gabriel Marin (Viola)
Data 22/7 | Horário 20h
Apresentação Quarteto Carlos Gomes
Violinos Cláudio Cruz e Adonhiran Reis
Viola Gabriel Marin | Violoncelo Alceu Reis
Data 23/7 | Horário 20h
Apresentação Orquestra Sinfônica da Unicamp
Regência: Cinthia Alireti | Solista convidado Kim Bak Dinitzen (violoncelo)
Data 24/7 | Horário 20h
Apresentação Orquestra Acadêmica do EMIn e Recital de alunos e professores
Regência: Felipe Oliveira | Solista convidada Marina Martins (violoncelo)
Data 25/7 | Horário 20h
Concerto de encerramento Orquestra Sinfônica do 5º EMIn
Regência: Roberto Tibiriçá | Solista convidada Priscila Rato (violino)
Participação especial da Camerata de Cordas do 5º EMIn
Coordenadores Joseane PorfIrio, David França, Alfredo Rezende e Jéssica Benedecte
Local Sala Acrísio de Camargo (Ciaei) – Avenida Engenheiro Fábio Roberto Barnabé, 3665 – Jardim Regina, Indaiatuba (SP) – mapa aqui
Mais informações (19) 99937-2410 – produção.osindaiatuba@gmail.com
(Fonte: Armazém da Notícia)
Ciclone tropical matou 75% da população do beija-flor caribe-de-garganta-púrpura (foto) na ilha caribenha de Dominica. Imagem de arquivo dos pesquisadores.
Em 2017, o furacão Maria, que provocou milhares de mortes em Porto Rico, deixou consequências preocupantes para a biodiversidade em territórios vizinhos. Na ilha de Dominica, onde o ciclone começou, pesquisadores observaram a perda de três quartos da população de uma espécie importante de polinizador, o beija-flor caribe-de-garganta-púrpura (Eulampis jugularis). Com isso, houve uma mudança no ciclo de reprodução das plantas, como aponta um artigo publicado na sexta-feira (12) na revista científica ‘New Phytologist’.
O trabalho traz informações importantes sobre o impacto de ciclones tropicais na biodiversidade caribenha uma semana após o furacão Beryl atingir a região. Ele é fruto de parceria entre universidades estrangeiras com contribuição do Centro de Pesquisa em Biodiversidade e Mudanças do Clima (CbioClima) da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
Cerca de 20 anos antes do furacão, cientistas do grupo já acompanhavam o processo de polinização das flores naquela região. As fêmeas desta espécie de beija-flor eram as únicas polinizadoras de dois tipos de helicônias, flores típicas da região, mas, com o fenômeno de 2017, outras espécies também assumiram o papel – o que não era comum. Outras quatro espécies de pássaros foram vistas visitando as flores estudadas após o furacão.
“A relação entre esse beija-flor e esse tipo de planta é extremamente restrita, é exemplo em quase todos os livros”, afirma o ecólogo Fernando Gonçalves, da Universidade de Zurich, na Suíça, um dos autores brasileiros do trabalho. Por conta dessa relação, os pesquisadores temiam que a planta pudesse ser extinta. Com a descoberta, eles perceberam que o processo de extinção é mais complexo do que se imaginava. “Não é tão simples assim, o fenômeno quebra a relação de coadaptação e outros indivíduos podem dominar a polinização e ocupar o papel de espécies que diminuíram”, avalia. “A trajetória evolutiva flutua, não é tão restrita quanto pensávamos.”
Na região do Caribe, tanto as plantas quanto os pássaros são importantes para movimentar o turismo. “São ilhas vulcânicas, com muitas montanhas, que recebem turistas o ano inteiro para ver os pássaros endêmicos e apreciar a natureza. Então, um impacto muito grande como este acaba afetando o local economicamente”, comenta o pesquisador.
Gonçalves ressalta que as mudanças podem afetar também a restauração de florestas capazes de conter fenômenos naturais como os furacões – que podem aumentar no contexto das mudanças climáticas. “Esses pássaros dispersam sementes que ajudam na regeneração da floresta, polinizam flores que podem também ajudar nesse processo e, com isso, amortecer alguns impactos desses fenômenos naturais”, afirma o ecólogo.
Agora, o grupo pretende avaliar os impactos de fenômenos naturais sobre o comportamento evolutivo de outras espécies. “Estamos monitorando outros furacões na região para voltar lá e entender suas consequências”, diz Gonçalves.
(Fonte: Agência Bori)
Podcast Deixe Vivo Talks traz histórias de pacientes transplantados que tiveram suas histórias transformadas. Fotos: Workstar.
É falando do coração que o Deixe Vivo Talks – conversas inspiradoras chega na metade dos episódios lançados. O podcast traz histórias de pessoas transplantadas e entrevistas com médicos especialistas e, no 5º episódio, lançado no último dia 4, traz a história de duas transplantadas de coração que possuíam prioridade na lista de espera. Andrea Rosa descobriu a insuficiência cardíaca na fase adulta. Já Letícia Andrade teve leucemia na infância, e a quimioterapia levou à insuficiência cardíaca na adolescência.
Andrea é ex-atleta de basquete, mas atualmente trabalha como árbitra. Em um certo dia, ela acordou com os pés inchados e consultou um médico. Ao realizar exames do coração, seus batimentos estavam em 23. Foram dois anos de tratamento até o dia em que recebeu uma ligação para ser internada e realizar o transplante, pois o tratamento não estava mais fazendo efeito. A ex-atleta foi pega de surpresa, pois não sabia que teria de realizar a cirurgia. “Em um dia qualquer, recebi uma ligação da médica falando que em tal dia eu iria me internar. Ao chegar lá, descobri que ia ter que fazer o transplante. Eu não sabia nada sobre a cirurgia e sobre o transplante, pois achava que seria internada apenas para um tratamento comum e que logo seria liberada. Mas ao chegar lá, fui colocada como prioridade na lista, pois não tinha mais nada para fazer”, explica.
Já Letícia é estudante de Biomedicina e conta que, apesar de não lembrar muitos detalhes do tratamento de leucemia, por ter dois anos de idade, foi a família que sofreu. Após anos fazendo exames para controle da doença, aos 11 anos começou a sentir inchaço no corpo. O diagnóstico de insuficiência cardíaca demorou algum tempo, assim como o transplante, que foi realizado cerca de cinco anos depois, quando também foi colocada na lista prioritária.
Ambas utilizaram o Cardioversor/Desfibrilador (CDI), que é um equipamento implantável e automático que, quando necessário, trata arritmias graves por meio de estímulos elétricos. Letícia passou por dois choques durante o período em que o utilizava. “Eu estava numa aula de zumba quando senti um choque e comecei a chorar, porque foi uma batida muito forte. A segunda foi quando eu estava indo para o shopping, onde tinha uma pequena subida, e ao ouvir o barulho de um caminhão, deu o choque. Foi tão intenso quanto o primeiro, mas eu já estava preparada”.
Histórias de inspiração
A ideia de criar um podcast dedicado às histórias de pessoas transplantadas surgiu há sete anos, quando o Deixe Vivo era apenas uma rede que conectava pessoas com o mesmo ideal: popularizar a importância da doação de órgãos e tecidos para a sociedade em geral. Até maio de 2024, o Brasil possuía mais de 72 mil pessoas na lista de transplante de órgãos, sendo o rim o mais aguardado, com cerca de 40 mil pessoas na fila, seguido pela córnea, que conta com mais de 28 mil solicitações. Em seguida, está o fígado, com mais de 2.300 pessoas aguardando o transplante, de acordo com dados do Ministério da Saúde.
O órgão mais aguardado no Brasil foi também o mais esperado pela Clara, de quatro anos, e por sua mãe Fernanda Ferronato. A médica geriatra participou do 4ª episódio e contou que descobriu, ainda durante a gestação, que sua filha tinha Hipo Displasia Renal Bilateral, uma doença renal crônica grave. Clara podia nascer sem vida, falecer logo nos primeiros momentos de vida ou ter outros tipos de intercorrências. Após insistir com a gravidez, Clara nasceu e o tratamento renal substitutivo foi iniciado.
Ao longo do processo até o transplante, Clara passou por diversas cirurgias e sessões de hemodiálise. Hoje, a pequena está com quatro anos e, Fernanda, ainda mais engajada na causa da doação de órgãos. “Se uma pessoa mudar de ideia sobre ser doador de órgãos, minha missão já está cumprida e outras famílias podem ser salvas. O transplante salva não só quem recebe, mas toda a família. Apesar de eu ser médica e já saber muito sobre o assunto, divulgar sobre a importância de doação de órgãos é a minha missão agora”, afirma Fernanda durante o episódio.
O projeto é um sonho antigo do Instituto Deixe Vivo, uma organização que há dois anos atua como Organização da Sociedade Civil (OSC), mas que desde 2017 desperta a cultura de doação de órgãos e tecidos por meio da informação. A possibilidade de colocar o sonho em prática foi possível após a submissão do podcast ao edital da farmacêutica Takeda, no segundo semestre de 2023.
Os episódios estão sendo lançados ao longo de três meses, todas às quintas-feiras, no YouTube e no Spotify. Além delas, participaram ainda pacientes transplantados de pulmão e fígado. Ao todo, 20 pessoas contaram suas histórias e puderam contribuir com a cultura de doação de órgãos. O episódio que conta a história de duas transplantadas de coração foi lançado no último dia 4 e já está disponível.
Sobre o Deixe Vivo | Criado em 2017 como uma hashtag no Instagram, o Instituto Deixe Vivo se tornou uma Organização da Sociedade Civil (OSC) há dois anos e tem a missão de despertar a cultura da doação de órgãos e tecidos na sociedade por meio de informação, inspiração e acolhimento. Além disso, o Instituto busca informar toda a sociedade sobre a doação de órgãos e tecidos e outros temas relacionados, inspirar cada vez mais pessoas a se declarar doadoras de órgãos e acolher pacientes renais crônicos, transplantados e seus familiares por meio de ações, eventos e campanhas. Atualmente, mais de 10 mil pessoas já foram impactadas pelos conteúdos, ações, eventos e campanhas promovidas pelo Instituto Deixe Vivo. Para mais informações, acesse https://www.deixevivo.org.br/.
(Fonte: DePropósito Comunicação de Causas)
Obra da Série Pejsag 96, 2018, uma das criações de Blagojco Dimitrov em exibição na exposição ‘Fatias de Vida’. Fotos: Divulgação.
No dia 10 de agosto, o Ateliê Shirley Cipullo inaugura a exposição Fatias de Vida, uma mostra individual do artista Blagojco Dimitrov, com curadoria de Icaro Ferraz Vidal Jr. A exposição, que ficará aberta ao público até o dia 6 de setembro, promete encantar e emocionar os visitantes com um conjunto de pinturas que traçam um percurso das memórias do artista, desde suas origens na Macedônia até seu encontro com a paisagem e cultura brasileira.
A exposição reúne um rico acervo de obra onde Dimitrov elabora suas memórias da Macedônia e da guerra que culminou em sua migração para o Brasil. As pinturas refletem a complexidade de suas experiências com cores e formas que transmitem tanto a dor da guerra quanto a esperança e renovação encontradas em seu novo lar. A curadoria de Icaro Ferraz enfatiza a transformação vivida pelo artista, destacando a importância do encontro vital com a materialidade e tempo da pintura, conceito inspirado pelo crítico italiano Maurizio Calvesi.
O título Fatias de Vida remete ao ensaio de Calvesi, assim cada obra de Dimitrov ganha o estatuto de uma fatia da vida de seu autor, refletindo altos e baixos, momentos de alegria e tristeza, e uma persistência que resulta em uma diversidade de sensações e emoções transmitidas ao público. A exposição é uma oportunidade imperdível para mergulhar na rica e complexa trajetória de Blagojco Dimitrov, um artista cuja obra reflete profundas transformações e encontros culturais.
Serviço:
Exposição Fatias de Vida
Ateliê Shirley Cipullo: Travessa Dona Paula, 126 – Higienópolis, São Paulo (SP)
Abertura: 10 de agosto, das 15h às 20h | Visitação até 6 de setembro
Horário de funcionamento: terça a sexta-feira, das 10h às 19h, Sábado, das 11h às 17h.
Sobre Blagojco Dimitrov
Nascido em 1965, em Skopje, República da Macedônia, Blagojco Dimitrov é um artista visual e docente de artes visuais, graduado em Pedagogia em Artes Plásticas pela Universidade de Cirilo e Metódio de Skopje. Em 1993, mudou-se para o Brasil, onde reside em Mairiporã, SP. Dimitrov foi professor de Artes Visuais na Universidade Santa Cecília (Unisanta) e na Panamericana Escola de Arte e Design e atualmente é professor na VOS Escola de Arte e Criatividade.
Sobre Icaro Ferraz Vidal Jr.
Nascido em Niterói em 1985, Icaro Ferraz Vidal Jr. vive e trabalha em São Paulo. É pesquisador, crítico e curador independente, doutor em História, História da Arte e Arqueologia. Com uma carreira destacada, foi pesquisador visitante e professor em diversas instituições renomadas. Seus projetos curatoriais recentes incluem ‘Horizonte Premeditado’, ‘O Paraíso dos Marrecos’ e ‘Eclipse’, entre outros. Vidal Jr. tem publicações sobre arte contemporânea e contribui como parecerista na área de Artes Visuais junto ao Ministério da Cultura.
(Fonte: Camila Barbosa Assessoria de Imprensa)
O Paço das Artes recebe, a partir do dia 19 de julho, a 28ª edição da Temporada de Projetos – iniciativa de mais de duas décadas reconhecida por abrir espaço no circuito cultural para jovens artistas brasileiros. Com entrada gratuita, o público poderá conferir um projeto de curadoria e dois projetos artísticos.
Para a edição deste ano, as exposições foram organizadas em duas etapas, proporcionando assim uma melhor adequação do espaço arquitetônico para os artistas e projetos contemplados. Nesta primeira parte, que ficará em cartaz até 6 de outubro, o Paço das Artes recebe o projeto curatorial de Cadu Gonçalves e os trabalhos individuais dos artistas Julia Gallo e Dalber de Brito, selecionados pelo júri formado por Renata Felinto, artista, pesquisadora, curadora e professora na URCA/CE; Renato Araújo da Silva, pesquisador, curador e professor na FAU-USP/SP, e Mariano Klautau Filho, artista, pesquisador, curador e professor na Unama/PA.
Confira os trabalhos da 28ª Temporada de Projetos:
‘Fervor’, com curadoria de Cadu Gonçalves, apresenta um diálogo conceitual e visual entre as artistas Alice Lara e Paola Ribeiro. Tendo como suportes a pintura, a performance e o vídeo, são postos em confronto a voz e o corpo, em referência à paisagem, na tensão e pulsão dos limites dos recursos naturais a evidenciar poder e consumo.
‘Aguardente’, projeto individual de Julia Gallo, traz figuras fantasmagóricas em recorte de papel e/ou rabiscadas em grandes suportes, evidenciando o aspecto febril da imaginação. A água e os gazes representados sugerem uma atmosfera enebriada para acessar os estados psicológicos da metamorfose humana. Julia teve entrevista e texto crítico escrito por Ana Paula Cohen.
‘Terra Terreno Terreiro’, de Dalber de Brito, fala de organização e disputas territoriais entre fluxos migratórios a partir da simbologia e materialidade dos cupinzeiros mineiros. Sob o domínio do afeto, ‘ruídos e roídos’ interferem nas estruturas comportamentais da história do país, relacionando as colônias edificadas dos cupins e outros materiais deteriorados com as sociedades precarizadas pelo domínio colonial. Dalber tem entrevista e texto crítico elaborado por Jana Janeiro, com colaboração de Débora Rossi Fantini.
Performance artística | Durante a abertura da exposição, às 17h30, as artistas Paola Ribeiro e Alice Lara, que integram o projeto de curadoria ‘Fervor, realizam a performance artística ‘Eco’. Por meio de uma mesa de mixagem conectada a caixas de som e de um trompete, a ação traz um jogo de respostas sonoras, experimento vocal e estranheza.
Sobre os artistas:
Cadu Gonçalves (São Paulo, 1991) é curador e pesquisador, bacharel em artes visuais pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Em sua trajetória, destacam-se a curadoria de ‘Osvaldo Carvalho Falsa simetria’, exposta em São Paulo (Janaina Torres Galeria) e Londres (Embaixada do Brasil), por meio do Breeze London, prêmio concedido à produção do artista carioca (2023); ‘ZL não é um lugar assim tão longe’, de Erick Peres (Nova Fotografia 2023, MIS); ‘Polígonos, pórticos, matéria e desejo’ (Janaina Torres Galeria, SP, 2021) e ‘Pequenos vestígios de melancolia’ (Funarte, SP, 2019). Foi assistente de curadoria de ‘Araetá: a literatura dos povos originários’ (Sesc Ipiranga, SP, 2023) e integrou o grupo de pesquisa para o catálogo ‘Dos Brasis: arte e pensamento negro’ (Sesc Belenzinho, SP, 2023).
Alice Lara (Distrito Federal, 1987) criou-se nas cidades-satélites de Taguatinga e Vicente Pires. Sua pesquisa, na linguagem da pintura, investiga a representação de animais, suas relações com os seres humanos e como essas relações afetam ambos. Tem se definido como pintora-bicheira. Graduou-se em artes visuais, licenciatura e bacharelado pela UnB e é mestre em poéticas visuais pela ECA-USP. Premiada nos salões de Anápolis (2016) e Arte Pará (2012). Realizou individuais no Muna Uberlândia (2013), Cervantes Brasília (2013), ECCO (2014), Galeria Antonio Sibassoly, em Anápolis (2016), Paço das Artes (2019), Galeria Referência (2020), Centro Cultural São Paulo (2021) e galeria Asfalto, no Rio de Janeiro (2024). Sua obra foi adquirida para a coleção do Museu de Arte do Rio (2019).
Paola Ribeiro (São Paulo, 1986) é artista, cantora, pesquisadora, educadora e mestra em poéticas cênicas pelo Instituto de Artes da Unesp. Sua pesquisa se dedica a criar espacialidade por meio da experiência sonora gerada principalmente pelo uso do som da voz que se permite abstrair da palavra e da afinação, quebrando-se em imagens e borrando a temporalidade através dos diálogos que ela pode tecer entre corpo e espaço. Foi residente na Oficina Francisco Brennand em 2023 e participou de uma série de exposições coletivas e festivais, com destaque para ‘letra [ ] imagem’, no Instituto Goethe de Salvador (2023); ‘VERBO’, na Galeria Vermelho, São Paulo (2022); ‘Ópera Citoplasmática’, no MON – Museu Oscar Niemeyer, Curitiba (2022) e o festival ‘Novas Frequências para a 34ª Bienal de São Paulo’ (2021).
Julia Gallo (Rio de Janeiro, 1997) é artista visual, vive e trabalha em São Paulo. Seus trabalhos têm por procedimento central o desenho, seja como carvão riscando a tela, tesoura cortando papel ou mesmo sombras translúcidas projetadas no espaço. Gallo cria anatomias ficcionais que dão forma a estados de ânimo específicos, dissolvendo a suposta dicotomia entre corpo e alma. Em seus trabalhos, criaturas indizíveis e gestos indecifráveis são vistos em cenas densas e inflamadas, cuja sensação provoca, simultaneamente, sensações familiares e mistérios vitais.
Dalber de Brito (Sabará, MG, 1981) é artista visual, com um percurso que passa por diferentes campos, da luteria ao cinema. Tal trajetória se reflete em criações que vão desde esculturas e instalações até videoperformance, tanto na execução das obras quanto em sua exposição. Sua pesquisa e produção são afetadas por seu corpo, preto, e seu território, a cidade mineira de Sabará, ao mesmo tempo um subúrbio e uma cidade minerária. A partir desse contexto, vem investigando as relações ambíguas na guerrilha de classes na sociedade contemporânea, com seus remanescentes coloniais. Na exposição ‘Terra terreno terreiro’, no Paço das Artes, apresenta cinco obras que trazem como elemento comum o cupinzeiro e abordam disputas territoriais em fluxos migratórios.
Jana Janeiro (Belo Horizonte, 1981) é mulher negra, educadora, gestora cultural e turismóloga. Formada em turismo e pós-graduada em Gestão Cultural e História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena. Cofundadora da Casa Quilombê, espaço de intercâmbio quilombola pautado na arte, cultura, educação, afroturismo e resistência. Desenvolve ações educativas com crianças e adolescentes quilombolas, fomentando a Lei 11.645/08 (que inclui no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena) por meio da arte-educação. Pesquisadora nas áreas de patrimônio cultural, comunidades tradicionais e museologia social. Integrou a coordenação do programa educativo Arte nas Estações. Atualmente, é curadora pedagógica adjunta no Instituto Inhotim.
Ana Paula Cohen (São Paulo, 1975) é curadora independente, editora e escritora. É doutora pelo Núcleo de Estudos da Subjetividade, da PUC-SP. Em 2023, curou exposições como ‘Oração e texto’, de Thiago Honório (Galeria Luisa Strina e Capela do Morumbi, São Paulo), ‘Libera Abstrahere’, de Rodrigo Cass, na Fortes D’Aloia & Gabriel, e organizou o livro monográfico de Cass, editado pela Cobogó. Cohen foi curadora residente no Center for Curatorial Studies, Bard College, Nova York, cocuradora da 28ª Bienal de São Paulo, e cocuradora do Encuentro Internacional de Medellín, Colômbia. Foi professora visitante no mestrado do California College of the Arts, em São Francisco, diretora do Programa Bolsa Pampulha e codiretora do Programa Independente da Escola São Paulo. Em 2017, fundou a pós-graduação em Estudos e Práticas Curatoriais, na FAAP. Em 2019, criou a Clínica Artística – interlocução individual semanal com artistas, focada em uma escuta extrapessoal e psicanalítica, na qual atua desde então.
Serviço:
Temporada de Projetos 2024 #1
Abertura: 19/7, das 17h às 21h
Visitação: 19/7 a 6/10 | terça a sábado, das 11h às 19h; domingos e feriados, das 12h às 18h
Local: Paço das Artes – Rua Albuquerque Lins, 1345 – Higienópolis – São Paulo/SP
Ingresso: gratuito
A programação é uma realização do Ministério da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas de São Paulo e Paço das Artes, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O Paço das Artes tem patrocínio institucional da Livelo, B3, John Deere, NTT Data, TozziniFreire Advogados, Grupo Comolatti e Sabesp e apoio institucional da Vivo, Grupo Travelex Confidence, PWC, Colégio Albert Sabin, Unipar e Telium. O apoio operacional é da Kaspersky, Pestana Hotel Group, Quality Faria Lima, Hilton Garden Inn São Paulo Rebouças, Renaissance São Paulo Hotel, illycaffè, Sorvetes Los Los, Busca Vida e NaNaYa Food Store.
(Fonte: Assessoria de Imprensa Paço das Artes)