Estudo da USP, UERJ e parceiros propõe modelo conceitual que conecta consumo alimentar a desnutrição, obesidade e mudanças climáticas; pesquisa destaca papel dos padrões da alimentação na crise climática e no aumento da obesidade


Brasil
Com um jeito divertido, irônico e incisivo de escrever, Machado de Assis analisou a sociedade, as emoções humanas e a complexidade da mente de uma forma tão profunda que ele nem sequer poderia imaginar quantos conceitos citados por ele seriam descobertos anos depois por Sigmund Freud. Autodidata, o autor carioca teve um acesso limitado à educação formal. Entretanto, isso não o impediu de se tornar um dos maiores nomes da literatura brasileira e – agora – também um precursor da psicanálise antes mesmo de Sigmund Freud iniciar os estudos sobre a psique.
Esta é a descoberta inédita que o pesquisador sobre narcisismo, mestre em Filosofia e psicólogo Adelmo Marcos Rossi apresenta no livro “O Imortal Machado de Assis – Autor de Si Mesmo”, após “A Cruel Filosofia do Narcisismo” (2021). Ao se debruçar sobre a extensa obra machadiana, composta por romances, crônicas, poemas, peças teatrais e contos, ele mostra, em mais de 450 páginas, os conceitos sobre os quais o Bruxo do Cosme Velho se apoiou.
De acordo com Adelmo, Machado de Assis tomou o narcisismo como elemento central de sua analítica desde o primeiro conto “Três Tesouros Perdidos” (1858), publicado quando ele tinha somente 19 anos. Já a “cura pela fala”, concepção freudiana sobre a importância da palavra no processo terapêutico, aparece sob o princípio em latim similia similibus curantur, que significa “o mesmo se trata com o mesmo”.
Enquanto Freud queria alcançar “a imortalidade do Eu” (O Narcisismo, 1914), como criador
de uma nova ciência, incluindo tardiamente o Narcisismo na psicanálise, Machado havia percebido o Narcisismo estrutural tomando-o como ponto de partida. Freud dirá que a literatura – a arte das palavras – era superior à ciência na busca de desvendar os mistérios da alma humana, e Machado tinha essa compreensão sem ter lido a obra de Freud. (O Imortal Machado de Assis – Autor de Si Mesmo, p. 14)
O pesquisador traça, no início do livro, um paralelo entre vocábulos conceituais empregados por Machado de Assis e termos cunhados pelo pai da psicanálise: amor de transferência, castração, recalque, chiste, acontecimento imprevisto, inconsciente e outros. A obra está dividida em 24 capítulos independentes, que podem ser lidos em qualquer ordem.
Em O Imortal Machado de Assis – Autor de Si Mesmo, os leitores compreenderão como o escritor de “Memórias póstumas de Brás Cubas” (1881) fundou uma espécie de psicologia sob a forma de literatura. Enquanto Sigmund Freud foi fundamental para a área da ciência e conceituou termos importantes para a compreensão da psique humana, a obra machadiana pode não ter criado esse instrumental, mas apresentou a psicologia e as tramas da mente por meio da ficção.
Ficha técnica
Título: O Imortal Machado de Assis – Autor de Si Mesmo
Autor: Adelmo Marcos Rossi
ISBN: 978-65-5389-082-4
Páginas: 456
Preço: R$ 120
Onde encontrar: Amazon.
Sobre o autor: Engenheiro civil (UFES, 1980), mestre em Ciência de Sistemas (Tóquio, 1990), psicólogo (UFES, 2010), mestre em Filosofia (UFES, 2015) e microempresário, Adelmo Marcos Rossi dedica quase 15 anos aos estudos sobre psicanálise. Fundador do Grupo de Pesquisa do Narcisismo, também é autor do livro “A Cruel Filosofia do Narcisismo – Uma Interpretação do Sonho de Freud” (2021). Após um longo período de pesquisa acerca das relações entre as obras machadiana e freudiana, publicou O Imortal Machado de Assis – Autor de Si Mesmo.
Redes sociais:
Instagram: @adelmomarcosrossi
Facebook: /psicanaliseemato
Youtube: @adelmomarcosrossi.
(Com Gabriela Bubniak/LC Agência de Comunicação)
Por Cayambe – Obra do próprio, CC BY-SA 3.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=8317732.
Desde o dia 30 de maio, Belém passa a ostentar mais um título mundial: a de capital mundial do brega. A honraria, concedida durante a 123ª reunião do Conselho Executivo da ONU Turismo, em Segóvia, Espanha, destaca a riqueza cultural da cidade que já é reconhecida internacionalmente por sua gastronomia. “Foi uma honra receber este reconhecimento durante um evento tão qualificado como a reunião do Conselho Executivo da ONU Turismo, entidade das Nações Unidas para o turismo. Títulos como este reforçam a vocação do estado para a atividade turística e confirmam o sentimento de orgulhos que nós paraenses sentimos em relação a nossa riqueza cultural”, destacou o ministro.
A honraria foi entregue ao ministro Celso Sabino, atual presidente do Conselho Executivo da ONU Turismo, pelo secretário-geral da entidade, Zurab Pololikashvili. Em vídeo gravado para as redes sociais, Zurab mencionou ainda o prefeito da cidade de Belém, Igor Normando.
Sabino esteve em Segóvia para presidir a reunião do Conselho Executivo da ONU Turismo, que elegeu a primeira mulher a assumir a secretaria-geral do órgão, Shaikha Nasser Al Nowais, candidata dos Emirados Árabes Unidos.
HISTÓRICA – A relação de Belém com o brega se confunde com a própria expansão do estilo musical. Nas periferias da cidade, o ritmo é mais que música: é resistência, lazer, memória e pertencimento. Do romantismo tradicional ao tecnobrega moderno, o brega paraense evoluiu ao longo das décadas, incorporando batidas eletrônicas, influências caribenhas e experimentações sonoras com as quais a cidade já viu brilhar fora de suas fronteiras nomes como Pinduca, Wanderley Andrade, Joelma, Gaby Amarantos, Felipe Cordeiro e muitos outros que demonstram a capacidade do brega em se renovar sem perder suas raízes paraenses.
ESTRELA DA APARELHAGEM – Ao longo dos anos, o brega também se uniu à cultura das aparelhagens – verdadeiros paredões de som que movimentam multidões em festas ao ar livre pelos bairros de Belém e pelo interior do Pará. Esses eventos reúnem milhares de pessoas e fazem parte do cotidiano de Belém, onde o brega é trilha sonora para amores, encontros e celebrações da vida.
(Com Livia Cunha Albernaz/Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo)
A CAIXA Cultural São Paulo apresenta de 7 a 22 de junho o projeto Cosmogonias, com curadoria de Kaká Werá. Por meio de diálogos, expressões artísticas e reflexões, a iniciativa propõe um espaço de troca e reconhecimento, onde os saberes indígenas são celebrados em sua diversidade e força ancestral. O evento é uma realização do Instituto Academia Cultura, com patrocínio da CAIXA e do Governo Federal. O programa é composto por seis vivências, duas oficinas de arte indígena e a exposição Encantados, que reúne uma série de obras de artes indígenas formada por esculturas, fantasias e materiais ritualísticos que representam seres mitológicos.
O projeto faz um mergulho nas cosmovisões dos povos originários, trazendo à luz saberes ancestrais que ecoam na contemporaneidade. Dentre os convidados, estão Márcia Kambeba, Cristino Wapichana, Tainá Marajora e Auritha Tabajara, além de representantes das aldeias guarani e tukano, vozes que dialogam com a ancestralidade, o território, a resistência, a vivência cultural e as diferentes formas de pensar, sentir e existir. “No contexto atual, à medida que sociedades indígenas reivindicam espaços e voz, suas cosmovisões ganham mais reconhecimento e relevância, ajudando a construir um mundo mais plural, inclusivo e consciente. A forma como esses saberes dialogam com a contemporaneidade demonstra que identidade cultural não é algo estático, mas um tecido vivo, em constante transformação e reafirmação”, afirma Kaká Werá, idealizador e curador do projeto.
Ambiente
A cenografia do espaço, concebida por Thaísa Kleinubing, propõe uma ambientação que remete ao aconchego de uma aldeia, um espaço sagrado com estruturas de bambu e palha trançada, folhas e chão de terra batida. O cenário convida o público a ficar descalço e sentir os pés na terra, numa experiência sensorial de reconexão com a natureza e aprendizados.
Cosmogonias é a primeira ação do Movimento Caipora, projeto multidisciplinar com direção artística de Felipe Sassi que reúne experiências e vivências artístico-culturais com o propósito de promover a visibilidade e a proteção das culturas ancestrais indígenas. As cosmogonias indígenas são narrativas que atravessam o tempo, moldando identidades, fortalecendo laços comunitários e revelando uma visão de mundo intrinsecamente conectada à terra, aos ancestrais e aos ciclos da natureza.
Oficinas e vivências
Na quarta-feira (11), ocorre a Oficina de Grafismo Indígena, com Auritha Tabajara, a partir das 14h30. Serão disponibilizadas 30 vagas para jovens e adultos. E na quarta-feira (18), será realizada a Oficina de Filtro dos Sonhos, com o Coletivo Kari, também a partir das 14h30, com 30 vagas para público de todas as idades. As inscrições gratuitas para as duas atividades serão realizadas no local, 30 minutos antes do início. A participação nas Vivências será organizada por ordem de chegada, de acordo com o limite de lotação do espaço. Confira abaixo a programação e horários.
Kaká Werá
É escritor, educador, terapeuta e empreendedor social, descendente do povo tapuia e acolhido pela comunidade guarani. Fundador do Instituto Arapoty, atua há mais de 30 anos na valorização dos saberes indígenas e desenvolve projetos que unem tradição e contemporaneidade. Com mais de dezesseis livros publicados no Brasil e no exterior, é autor dos premiados A Terra dos Mil Povos e Menino-Trovão. Seu título mais recente é Tekoá – Uma Arte Milenar Indígena para o Bem-Viver (2024).
Projetos da Seleção CAIXA Cultural
O projeto Cosmogonias foi selecionado na Seleção CAIXA Cultural – Programação 2025, uma iniciativa longeva e transparente da CAIXA que, por meio da programação de seus espaços culturais, promove a circulação da produção cultural pelo Brasil. A programação de 2025 convida todos os públicos a “culturar”; isto é, a viver a cultura como ação e movimento em comemoração aos 45 anos desde a abertura da primeira unidade da CAIXA Cultural em Brasília. A iniciativa teve tanto sucesso que se espalhou pelo país, chegando também em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Curitiba, Fortaleza e Recife. Hoje, a CAIXA Cultural é uma das maiores redes de espaços culturais públicos do país. Além disso, em 2025, a CAIXA irá inaugurar seu primeiro espaço na região Norte, em Belém (PA).
PROGRAMAÇÃO OFICINAS
Oficina Grafismo Indígena com Auritha Tabajara
Data e Horário: Dia 11/6 (quarta) às 14h30
Público-Alvo: jovens e adultos
Duração: 120 minutos
Vagas: 30
Inscrições: Início de distribuição de vagas 30 minutos antes
Atividade gratuita
Oficina Filtro dos Sonhos com Coletivo Kari
Data e Horário: Dia 18/6 (quarta) às 14h30
Público-Alvo: todas as idades
Duração: 90 minutos
Vagas: 30
Inscrições: Início de distribuição de vagas 30 minutos antes
Atividade gratuita.
PROGRAMAÇÃO VIVÊNCIAS
11 de junho (quarta)
14h30 às 16h30 – Oficina de Grafismo Indígena – com Auritha Tabajara
14 de junho (sábado) – 11h
15h de junho (domingo) –15h – Vivência – Medicina Culinária do Povo Aruan Marajoara – com Tainá Marajoara e moderação de Kaká Werá
18 de junho (quarta)
14h30 às 16h30: Oficina de Filtro dos Sonhos – com o Coletivo Kari
21 de junho (sábado) – 11h
22 de junho (domingo) – 15h
Vivência – Contação de História – Cosmogonia Wapichana – com Cristino Wapichana e moderação de Kaká Werá.
Serviço:
[VIVÊNCIAS] Cosmogonias
Local: CAIXA Cultural São Paulo
Endereço: Praça da Sé, 111 (a 200m da Estação Sé do Metrô)
Temporada: de 07 a 22 de junho de 2025
Visitação Exposição Encantados: de terça a domingo, das 8h às 19h
Todas as atividades são gratuitas, sujeitas à lotação do espaço
A participação nas vivências será organizada por ordem de chegada, de acordo com o limite de lotação do espaço.
Classificação indicativa: Livre
Acesso para pessoa com deficiência
Informações: (11) 3321-4400 | caixaculturalsp | Site CAIXA Cultural SP
Patrocínio: CAIXA e Governo Federal.
(Fonte: Assessoria de Imprensa da CAIXA)
Amados por uns, odiados pela ditadura militar e, muitas vezes, esquecidos pela própria classe teatral, os Dzi Croquettes chegam ao teatro, como nunca se viu, na peça “Dzi Croquettes Sem Censura”. A dramaturgia é de Ciro Barcelos, um dos membros fundadores da trupe nos anos de 1970. A realização do espetáculo é da TMX Produções.
A peça estreia em curta temporada em São Paulo (SP), no dia 12 de junho, de quinta a domingo, às 20h30min, e no mês de julho, sábado e domingo, às 20h30min, no Teatro Itália (Av. Ipiranga, 344 – República). “Falar do Dzi Croquettes hoje tem uma importância histórica, pois o Dzi não tem só uma história para ser contada – ele é a história. É mostrar a importância do grupo enquanto fenômeno cultural de luta e resistência ao regime militar. Sua influência nas mudanças dos costumes e comportamento de toda uma geração está expressa nos dias de hoje através das conquistas legais de direitos humanos e liberdade de expressão”, explica Ciro, que contou com colaboração dramatúrgica de Julio Kadetti.
O espetáculo une teatro, dança e música, guardando a linguagem teatral peculiar do grupo que veio a influenciar toda uma geração de artistas, criando um novo vocabulário cênico. Com aprimorada consistência técnica, irreverência, criatividade e bom humor, o Dzi Croquettes surgiu com uma proposta inovadora e competente, agregando seguidores que fizeram deles um símbolo de resistência e luta pela liberdade de expressão.
Dzi Croquettes Sem Censura traz a trajetória deles em primeira pessoa, abordando não apenas a vida nos palcos, mas também a convivência entre 13 pessoas que dividiram também uma casa, uma história que nunca foi contada, revelando os bastidores no processo de montagem do grupo, a relação humana entre eles, suas alegrias e tristezas. São artistas em torno de um mesmo ideal de arte e resistência que os manteve unidos mesmo nos momentos mais difíceis, como a perseguição que sofreram pelo regime militar, levando-os a um exílio do país. “O Dzi Croquettes está para sempre tatuado no meu destino. Foi uma experiência única, determinante na minha vida pessoal e profissional. Minha régua e compasso”, define.
A partir do olhar de Ciro Barcelos, ator, coreógrafo e diretor teatral, remanescente do grupo original Dzi Croquettes, fundado em 1972 por Wagner Ribeiro e o bailarino Lennie Dale. O espetáculo reconstrói, pela primeira vez, os bastidores de um dos grupos mais instigantes e provocativos do teatro brasileiro em meio a ditadura militar daqueles tempos sombrios.
Ciro, que já assinou o espetáculo Dzi Croquettes Em Bandália, resgata sua própria vivência, trazendo histórias que não pode contar até hoje. “A minha experiência tendo feito parte da formação original do grupo é fundamental para recontar essa história vivida por mim, pois não existem muitos registros detalhados do que verdadeiramente foi e significou o encontro de 13 atores vivendo em comunidade em torno de um mesmo ideal”.
Ciro interpreta a si mesmo e Lennie Dale, no espetáculo, que também traz Daniel Suleiman, no papel de Ciro na juventude; Fernando Lourenção, como Bayard Tonélli; Akim, como Carlinhos Machado; Celso Till, no papel de Claudio Gaya; Jonathan Capobianco faz o Rogério de Polly; Kaiala, atriz não binária, mostrará os dois lados vivendo Nêga Vilma e Benê; Feccini como Reginaldo de Polly; André Habacuque como Claudio Tovar; Bruno Saldanha é Paulette; e, por fim, Juan Becerra interpreta Wagner Ribeiro. “Alguns atores foram convidados, outros selecionados em audições. Foi difícil devido ao fato de ser um espetáculo biográfico, e eu fiz questão de escolher integrantes com semelhança física aos integrantes do grupo original, que fossem bailarinos, atores e cantores“, explica Ciro, que também é responsável pela coreografia, concepção cênica e direção geral.
Serviço:
Estreia Dzi Croquettes Sem Censura | curta temporada | São Paulo (SP)
Onde: Teatro Itália (Av. Ipiranga, 344 – República)
Estreia: dia 12 de junho, de quinta a domingo, às 20h30min; e no mês de julho: sábado e domingo, às 20h30min
Classificação indicativa: 16 anos
Ingressos: R$ 160 (inteira)
Informações: @dzicroquettes.
Sinopse | Dzi Croquettes Sem Censura reconstrói a história viva de um dos grupos mais revolucionários do teatro brasileiro. Em tempos de censura e repressão, eles criaram liberdade com seus próprios corpos, e 50 anos depois, a verdadeira história dos Dzi Croquettes volta aos palcos com esse espetáculo que mergulha nos bastidores de um dos coletivos artísticos mais provocativos e inovadores do país. Fundado em 1972 por Wagner Ribeiro e Lennie Dale, o Dzi Croquettes não apenas desafiou o regime militar, mas também expandiu as fronteiras da arte brasileira ao combinar teatro, dança e música em uma linguagem cênica que atravessou gerações. Mais do que relembrar um sucesso de público, o espetáculo revela a complexidade da vida em comunidade, a coragem diante da censura e o legado afetivo de uma geração que ousou sonhar e lutar.
Ficha Técnica
Texto – Ciro Barcelos
Colaboração de dramaturgia – Júlio Kadetti
Direção – Ciro Barcelos
Supervisão Cênica – Kleber Montanheiro
Assistente de direção – Talita Franceschini
Preparação de elenco – Liane Maya
Direção de Produção: Tiago Xavier
Elenco – André Habacuque, Akim, Bruno Saldanha, Celso Till, César Viggiani, Ciro Barcelos, Daniel Suleiman, Fernando Lourenção, Jonathan Capobianco, Juan Becerra, Kaiala
Iluminação – Gabriele Souza
Cenografia – André Habacuque
Desenho de maquiagem: Shary Camerini
Figurino Concepção – Ciro Barcelos
Criação e Execução de figurino: – Henrique Versoni – Su Martins – Acrides Júnior – Fernando Callegaro
Costureira: Sônia Oliveira
Direção Musical e Arranjos – André Perine
Direção Vocal – Bruno Santos
Preparação Vocal – Glaucia Verena
Produção executiva: Bruno Aredes , Isabella Mello e Tiago Xavier
Diretor de Marketing e comunicação: Tiago Xavier
Designer – Felypso Cipelli
Redes sociais – Mariah Gabriela e Bruno Saldanha
Assistente de produção – Fernando Callegaro
Coreografia – Ciro Barcelos
Coreografia Bolero – Ronaldo Gutierrez
Assistente de Coreografia – Akim
Preparação Física – Christian Andrade
Catering – Casa 12
Idealização – Ciro Barcelos.
(Com Isidoro B. Guggiana)
O Theatro Municipal de São Paulo apresenta ópera double bill, com Puccini e Strauss, em reflexão sobre a guerra. Com direção cênica de André Heller-Lopes e direção musical de Priscila Bomfim, a double bill une o compositor italiano Giacomo Puccini e o alemão Richard Strauss. Nesta ocasião, será apresentada pela primeira vez na América Latina a ópera “Friedenstag” (Dia de Paz), de Strauss. Ao lado dela, outra raridade: “Le Villi” (As Fadas), a primeira ópera de Puccini, formando um double bill exclusivo com duas óperas de um ato. Com classificação livre para todos os públicos e duração aproximada de 170 minutos, incluindo intervalo, as apresentações serão entre os dias 19 e 27 de julho. Os ingressos variam de R$ 33 a R$ 210 (valores de inteira).
Dois grandes nomes da música: Giacomo Puccini e Richard Strauss. Provavelmente os compositores de ópera mais influentes do final do século XIX e início do XX e, apesar de terem obras tão distintas, representantes do auge das artes em seus países, a Itália e a Alemanha. A primeira, Le Villi (As Fadas), é uma ópera-ballet com libreto de Ferdinando Fontana, baseado no conto Les Willis de Jean-Baptiste Alphonse Karr, também utilizado no ballet Giselle. Já a segunda, Friedenstag (Dia de Paz), ópera em um ato com libreto de Joseph Gregor, é inédita na América Latina. As apresentações serão no sábado, 19, às 17h; domingo, 20, às 17h; terça-feira, 22, às 20h; quarta-feira, 23, às 20h; sexta-feira, 25, às 20h; sábado, 26, às 17h; e domingo, 27, às 17h. Os ingressos variam de R$ 33 a R$ 210 (valores de inteira). Com classificação livre para todos os públicos e duração aproximada de 170 minutos, incluindo intervalo.
Ambas apresentações tem direção musical de Priscila Bomfim e direção cênica de André Heller-Lopes. A cenografia leva a assinatura de Bia Junqueira, o design de luz é de Fábio Retti, os figurinos são de Laura Françozo e a assistência de direção cênica é de Ana Vanessa. O Coro Lírico Municipal tem regência de Hernán Sánchez Arteaga.
Em uma combinação única destas duas obras, o Theatro Municipal cria um programa operístico surpreendente, sob a assinatura de um dos principais diretores de ópera do Brasil. “Quando fui convidado pensei: como unir esse primeiro Puccini, que fala de uma lenda fantástica, com uma narrativa de guerra do Strauss? Decidi que poderia trabalhar como se um fosse o prelúdio da guerra e outro a guerra. Nessa montagem, Le Villi se passa no início dos anos trinta e o Friedenstag no auge dos anos da guerra. Inclusive, esse ano comemoramos os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial, mas ainda vivemos em um mundo de conflitos bélicos. Bom, isso tudo será conectado por inúmeros recursos cênicos e através de um personagem, Roberto, que é um soldado”, pontua André Heller-Lopes.
Ainda sobre os aspectos da montagem, Heller-Lopes explica que a sua criação se ancora nos recursos originais do texto. “Eu trabalho com o que outros diretores de ópera fazem: a capacidade de fazer um clássico com um ponto de virada, ou um molho diferente, como forma de criar uma sub-leitura no texto. Mas o texto original é sagrado”, pontua.
Em Le Villi (As Fadas), nos dias 19, 22, 25 e 27 de julho, os papéis principais serão interpretados por Rodrigo Esteves (Guglielmo), Gabriella Pace (Anna) e Eric Herrero (Roberto). Já nos dias 20, 23 e 26 de julho, o elenco traz Johnny França (Guglielmo), Daniela Tabernig (Anna) e Marcello Vannucci (Roberto).
Já em Friedenstag (Dia de Paz), o espetáculo conta, nos dias 19, 22, 25 e 27 de julho, com Leonardo Neiva (Comandante), Eiko Senda (Maria) e Eric Herrero (Um Piemontese). Nos dias 20, 23 e 26 de julho, os papéis são assumidos por Rodrigo Esteves (Comandante), Daniela Tabernig (Maria) e Marcello Vannucci (Um Piemontese).
Sobre a união musical de dois gênios da ópera, a diretora musical e maestra regente assistente da Orquestra Sinfônica municipal, Priscila Bomfim, explica o que o público pode esperar deste programa. “A diferença entre a forma de expressão dos dois compositores é muito clara: Puccini, que ressalta a narrativa de uma fábula encantada com suas melodias marcantes presentes no canto e reforçadas pelos naipes da orquestra; e Strauss, com sua orquestração densa e complexa, que reforça o drama militar e bélico da guerra por meio da pluralidade rítmica e de uma orquestração romântica e com influência wagneriana”, explica. “Além disso, a união entre balé e ópera em Le Villi apresenta uma música que é, ao mesmo tempo, dançante mas pertencente ao universo operístico. E claro, o desafio de unir dois compositores que são esteios da ópera italiana e alemã na mesma produção, ressaltando e resguardando suas características e estilos distintos”, pontua a maestra.
Sobre Le Villi (As Fadas)
Le Villi é inspirada em lendas eslavas sobre espíritos vingativos de jovens traídos pelo amor. Estreada em 1884, carrega influências do estilo composicional de Amilcare Ponchielli, mestre de Puccini, trazendo uma atmosfera quase mística, distinta das obras seguintes do compositor. A trama é a mesma do famoso balé Giselle, de Adolphe Adam: uma jovem de coração partido transforma-se em uma criatura sobrenatural que se vinga de seu amante infiel, forçando-o a dançar até a morte. Embora não tenha sido bem-recebida no concurso para o qual foi composta, o concurso de Sonzogno, a ópera foi aclamada por críticos que viram em Puccini uma promessa para a ópera italiana. “O que são essas Villi? São figuras como bacantes. Essa é a visão da ópera: uma ideia contemporânea, inclusive no estilo do balé, mas dentro da dramaturgia de ópera. A partir disso, uma grande inspiração que me veio foi a imagem da personagem de Metrópolis, de Fritz Lang, que é meio mulher e meio metal”, explica o diretor André Heller-Lopes.
Sobre Friedenstag (Dia de Paz)
Já Friedenstag, foi composta por Strauss em 1938, com libreto de Joseph Gregor. Ambientada em uma fortaleza no sul da Alemanha, ao final da Guerra dos Trinta Anos, a ópera explora temas de esperança e reconciliação. O comandante da fortaleza, em um momento de desesperança, redescobre o valor da paz quando as tropas inimigas cercam seu território. A obra é um reflexo dos tempos conturbados da ascensão do nacionalismo e do militarismo na Europa, oferecendo uma poderosa mensagem pacifista. “Eu trouxe a ideia de como seria interessante apresentar o Friedenstag (Dia de Paz). Por ser uma ópera inédita na América Latina, uma criação importante de Strauss, e é pouco conhecida. Ela tem uma fama que não corresponde à realidade porque é uma obra sobre a paz, no entanto, como estreou em 1938, na Alemanha, foi utilizada pela agenda do governo. Basta dizer que ela é uma criação de Stefan Zweig, um autor importantíssimo que precisou fugir do regime na América do Sul. O que estamos fazendo é um resgate”, finaliza o diretor.
Serviço:
Óperas Double Bill | Le Villi – As Fadas, de Giacomo Puccini e Friedenstag – Dia de Paz, de Richard Strauss
Theatro Municipal – Sala de Espetáculos
ORQUESTRA SINFÔNICA MUNICIPAL
CORO LÍRICO MUNICIPAL
Sábado, 19/07, 17h
Domingo, 20/07, 17h
Terça-feira, 22/07, 20h
Quarta-feira, 23/07, 20h
Sexta-feira, 25/07, 20h
Sábado, 26/07, 17h
Domingo, 27/07, 17h
Priscila Bomfim, direção musical
André Heller-Lopes, direção cênica
Hernán Sánchez Arteaga, regente do Coro Lírico Municipal
Bia Junqueira, cenografia
Fábio Retti, design de luz
Laura Françozo, figurino
Ana Vanessa, assistente de direção cênica
Le Villi (As Fadas)* (70′)
Ópera-balé em dois atos de Giacomo Puccini com libreto de Ferdinando Fontana (70′)
*Edição crítica de Martin Desay (2020). Editor: Casa Ricordi srl, Milão representada por Melos Ediciones Musicales S.A., Buenos Aires
dias 19, 22, 25 e 27
Rodrigo Esteves, Guglielmo
Gabriella Pace, Anna
Eric Herrero, Roberto
dias 20, 23 e 26
Johnny França, Guglielmo
Daniela Tabernig, Anna
Marcello Vannucci, Roberto
Intervalo (20’)
Friedenstag (Dia de Paz)** (80’)
Ópera em um ato de Richard Strauss com libreto de Joseph Gregor
** By arrangement with B&H Music Publishing Inc. d/b/a Boosey & Hawkes, publisher and copyright owner.
dias 19, 22, 25 e 27
Leonardo Neiva, Comandante
Eiko Senda, Maria
Eric Herrero, Um Piemontese
dias 20, 23 e 26
Rodrigo Esteves, Comandante
Daniela Tabernig, Maria
Marcello Vannucci, Um Piemontese
Elenco único (todas as datas)
Sérgio Righini, comandante
Saulo Javan, Sentinela
Geilson Santos, atirador
Márcio Marangon, soldado
Daniel Lee, mosqueteiro
Rafael Thomas, corneteiro
Santiago Villalba, oficial
Jessé Vieira, oficial da linha de frente
Miguel Geraldi, prefeito
Leonardo Pace, prelado
Adriana Magalhães, mulher do povo
Classificação: Livre para todos os públicos
Duração aproximada: 170 minutos (com intervalo)
Ingressos: de R$33 a R$210 (inteira)
Programação sujeita a alteração.
Patrocínio: As récitas dos dias 22 e 27/7 têm patrocínio Bradesco.
(Com André Santa Rosa/Assessoria de Imprensa do Theatro Municipal)