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São Paulo
O ano de 2024 marca as celebrações dos 70 anos da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp, além dos 30 anos de atividades do Coro da Osesp e dos 25 anos da Sala São Paulo – a casa da Osesp, dos Coros e de seus Programas Educacionais, inaugurada em 1999 no edifício onde antes funcionava a Estrada de Ferro Sorocabana. Nesta semana, de quinta-feira (26/set) a sábado (28/set), a Osesp se apresenta com o regente chileno-italiano Paolo Bortolameolli. Atualmente maestro associado da Filarmônica de Los Angeles, ele é também diretor musical da Orquestra Sinfônica Nacional Esperanza Azteca (México) e principal maestro convidado da Filarmônica de Santiago, no Chile.
Bortolameolli comandará um programa recheado de peças latino-americanas: a Suíte para orquestra, de Gabriela Ortiz; Estallido, de Miguel Farías e Reisado do Pastoreio: Batuque, de Lorenzo Fernandez. Inspirada em ritmos da região caribenha, Abertura Cubana, do norte-americano George Gershwin, completa o repertório, que conta ainda com a Sinfonia nº 7 do tcheco Antonín Dvorák. Vale lembrar que o concerto de sexta-feira (27/set) será transmitido ao vivo no canal da Osesp no YouTube, às 20h30.
E, no domingo (29/set), grupos de câmara formados por integrantes da Osesp e do Coro da Osesp tocam obras do compositor Franz Schubert. A apresentação faz parte do Festival Schubert, um dos eixos artísticos da Temporada 2024. O repertório inclui, entre outras obras, o Octeto em Fá, a maior obra de câmara do compositor austríaco, que tem seis movimentos e mais de uma hora de duração. Os ingressos para os dois programas podem ser adquiridos neste link.
Sobre o programa
A Sinfonia nº 7, de Antonín Dvorák (1841–1904), foi composta por encomenda da Royal Philharmonic Society e estreou em 1885 em Londres sob a regência do compositor. Sucesso de público e de crítica, a obra consolidou a carreira internacional de Dvorák e é a mais dramática e austera dentre suas nove sinfonias. Ela demonstra o domínio da orquestração e da forma clássica pelo compositor checo aliadas a uma música intensamente expressiva e cheia de contrastes, que o coloca ao lado dos maiores sinfonistas pós-Beethoven, como Schubert e Brahms.
A Abertura Cubana, do norte-americano George Gershwin (1898–1937), foi inspirada por uma viagem do compositor a Havana, onde ele se encantou com as danças e ritmos locais. Em uma carta a um amigo, Gershwin descreve como a homenagem recebida por um grupo de rumba o motivou a criar uma peça que mescla ritmos afro-cubanos com suas próprias ideias. Sua orquestração inclui instrumentos percussivos como claves, maracas, guiros e bongôs, que devem ser tocados por músicos posicionados ‘à direita do maestro’.
A suíte orquestral Hominum [Humanidade], da compositora mexicana Gabriela Ortiz (1964-), usa da sinestesia para criar uma metáfora sonora entre determinadas cores e estados da matéria para abordar preocupações sociais. Escrita em 2016, a peça é dividida em quatro movimentos – ‘Negro’, ‘Luz’, ‘Na água’ e ‘Vermelho’ –, “cujos títulos aludem às misteriosas associações criativas da música através de uma série de características que representam a nossa existência como sociedade”, como escreveu o compositor (e flautista) Alejandro Escuer.
Estallido [Estouro] foi escrita em 2019 pelo chileno Miguel Farías (1983-), ao mesmo tempo em que protestos civis tomavam conta da capital Santiago de Chile. “Não me agrada a música como propaganda política, mas sim a reflexão musical que determinado contexto político pode acarretar”, afirmou o compositor na ocasião. Partindo desta ideia extramusical, Estallido transmite bem a atmosfera nas ruas da capital chilena naquele período. É uma peça enérgica, cheia de ritmo, em que pequenas ideias musicais vão circulando pelos naipes da orquestra aumentando a tensão sonora.
Reisado do Pastoreio, do carioca Oscar Lorenzo Fernandez (1897–1948), estreou no Rio de Janeiro em 1929. É composta de três movimentos: ‘Reisado’ (que faz referência às festas juninas nordestinas), ‘Toada’ e ‘Batuque’. Na partitura, o compositor escreveu sobre o último deles: “Noite alta. Do fundo do bosque ouve-se um ritmo surdo de dança. É o batuque selvagem dos negros, que em formidável crescendo leva ao paroxismo”. O Batuque representaria o processo de revivificação do boi, simbolizando a vitória da Vida sobre a Morte, do escravo oprimido sobre o branco opressor.
Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp
Desde seu primeiro concerto, em 1954, a Osesp tornou-se parte indissociável da cultura paulista e brasileira, promovendo transformações culturais e sociais profundas. A cada ano, a Osesp realiza em média 130 concertos para cerca de 150 mil pessoas. Thierry Fischer tornou-se diretor musical e regente titular em 2020, tendo sido precedido, de 2012 a 2019, por Marin Alsop. Seus antecessores foram Yan Pascal Tortelier, John Neschling, Eleazar de Carvalho, Bruno Roccella e Souza Lima. Além da Orquestra, há um coro profissional, grupos de câmara, uma editora de partituras e uma vibrante plataforma educacional. Possui quase 100 álbuns gravados (cerca de metade deles por seu próprio selo, com distribuição gratuita) e transmite ao vivo mais de 60 concertos por ano, além de conteúdos especiais sobre a música de concerto. A Osesp já realizou turnês em diversos estados do Brasil e também pela América Latina, Estados Unidos, Europa e China, apresentando-se em alguns dos mais importantes festivais da música clássica, como o BBC Proms, e em salas de concerto como o Concertgebouw de Amsterdam, a Philharmonie de Berlim e o Carnegie Hall. Mantém, desde 2008, o projeto Osesp Itinerante, promovendo concertos, oficinas e cursos de apreciação musical pelo interior do estado de São Paulo. É administrada pela Fundação Osesp desde 2005.
Paolo Bortolameolli, regente
Diretor Musical da Sinfônica Nacional Juvenil (Chile), da Sinfônica Azteca (México), Principal Maestro Convidado da Filarmônica de Santiago e Regente Associado da Filarmônica de Los Angeles. Já regeu orquestras como a Sinfônica Simón Bolívar (Venezuela), as Filarmônicas de Los Angeles e de Buenos Aires e as Sinfônicas de Kansas City, Houston e São Francisco. É um convidado regular da Sinfônica Nacional da Rádio Polonesa, da Orquestra Haydn (Bolzano), da Filarmônica de Helsinque e a Orchestra della Toscana (Florença). Na Temporada 2023-2024 com a Filarmônica de Los Angeles, regeu concertos no Hollywood Bowl e no Walt Disney Concert Hall. Junto à Sinfônica Azteca, lidera uma residência educacional organizada anualmente pela Fundación Azteca do Grupo Salinas, no México, desenvolvendo iniciativas educacionais como a ‘Esperanza Azteca’ no México. Em 2018, foi palestrante convidado em um TED Talk em Nova York, e em 2020 lançou seu primeiro livro: Rubato: procesos musicales y una playlist personal.
PROGRAMA
ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO – OSESP
PAOLO BORTOLAMEOLLI regente
Antonín DVORÁK | Sinfonia nº 7 em ré menor, Op. 70
George GERSHWIN | Abertura Cubana
Gabriela ORTIZ | Hominum – Suíte para orquestra
Miguel FARÍAS | Estallido
Lorenzo FERNANDEZ | Reisado do Pastoreio: Batuque
FESTIVAL SCHUBERT
FABIANA PORTAS mezzo soprano
LUIZ GUIMARÃES tenor
JOÃO VITOR LADEIRA barítono
FERNANDO TOMIMURA piano
Franz SCHUBERT
Die Forelle [A Truta], D 550
Der Tod und das Mädchen [A morte e a donzela], D 531
Der Wanderer [O Andarilho], D 489
Gretchen am Spinnrade [Gretchen ao tear]
Die Freunde von Salamanka [Os amigos de Salamanka]
CÉSAR A. MIRANDA violino
LEANDRO DIAS violino
EDERSON FERNANDES viola
DOUGLAS KIER violoncelo
ALEXANDRE ROSA contrabaixo
SÉRGIO BURGANI clarinete
ALEXANDRE SILVÉRIO fagote
NIKOLAY GENOV trompa
Franz SCHUBERT | Octeto em Fá maior, D 803.
Serviço:
26 de setembro, quinta-feira, 20h30
27 de setembro, sexta-feira, 20h30 — Concerto Digital
28 de setembro, sábado, 16h30
29 de setembro, domingo, 18h00 [Festival Schubert]
Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16
Taxa de ocupação limite: 1.484 lugares
Recomendação etária: 07 anos
Ingressos: Entre R$39,60 e R$271 [Osesp]; e entre R$39,60 e R$132,00 [Festival Schubert] (valores inteiros)
Bilheteria (INTI): neste link
(11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h
Cartões de crédito: Visa, Mastercard, American Express e Diners
Estacionamento: R$35,00 (noturno e sábado à tarde) e R$20,00 (sábado e domingo de manhã) | 600 vagas; 20 para pessoas com deficiência; 33 para idosos.
*Estudantes, pessoas acima dos 60 anos, jovens pertencentes a famílias de baixa renda com idade de 15 a 29 anos, pessoas com deficiências e um acompanhante e servidores da educação (servidores do quadro de apoio – funcionários da secretaria e operacionais – e especialistas da Educação – coordenadores pedagógicos, diretores e supervisores – da rede pública, estadual e municipal) têm desconto de 50% nos ingressos para os concertos da Temporada Osesp na Sala São Paulo, mediante comprovação.
A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.
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(Fonte: Com Fabio Rigobelo/ Fundação Osesp)
A Galeria Marília Razuk apresenta a exposição ‘Cerol’, do artista Fabricio Lopez. A mostra foi prorrogada até 5 de outubro de 2024, trazendo como título o artificio usado para empinar pipa, uma lembrança afiada da infância de Fabricio. A mão que já foi cortada pelo cerol é a mesma que corta e cava a madeira na xilogravura.
Fabricio Lopez tem um trabalho expressivo dentro desta técnica; em sua trajetória, são constantes a produção em grande formato e o caráter pictórico que as xilogravuras assumem na abordagem das camadas e das cores trabalhadas na impressão manual. Cerol apresenta uma antologia do trabalho recente do artista, na qual apresenta xilogravuras em papel kozo, da série Budas da Várzea. Inspiradas na série de 1939 Dois Bodhisattvas e Dez Grandes Discípulos de Buda Sakyamuni (Nibosatsu Shaka judai deshi), do mestre japonês Munakata Shikô, celebrando a fusão entre a tradição da xilo e a perspectiva contemporânea.
Munakata Shikō (1903–1975), renomado artista japonês, ficou conhecido sobretudo por seu domínio da técnica da xilogravura, tal qual Fabricio Lopez. O artista oriental combinava técnicas tradicionais da gravura com temas ligados ao zen-budismo. De acordo com sua filosofia de vida, a criação artística era a manifestação da força e da beleza da natureza que já reside no próprio bloco de madeira usado na xilogravura. Nas obras de Fabricio Lopez, é possível enxergar a mesma presença da natureza. Traços figurativos sugerem rostos, cabeças, membros, elementos de um corpo que se assemelham a galhos, raízes e troncos, numa fusão harmoniosa entre natureza e indivíduo.
O processo de feitura de suas xilogravuras as torna únicas, uma vez que o artista utiliza diversas placas de madeira para criar uma trama de sobreposições em diferentes formatos na obra final. Seus Budas, inspirados na série de Munakata, sofrem uma intersecção entre si; novas criaturas surgem, ainda mais próximas à natureza.
Há também na exposição quatro xilogravuras em formatos maiores e, de acordo com o próprio Fabricio, são impressas a partir de matrizes perdidas. Cada imagem é o resultado da gravação e impressão sucessiva da mesma chapa de madeira sobre o mesmo papel até o limite físico da própria matriz. Os títulos nos sugerem novas narrativas: Carcaça, Um sopro firme e gentil através do corte e Nós em duas estações (eu e ela). Seria uma série com inspiração mais pessoal de Fabricio, assim como nas obras de Munakata? Cabe ao espectador decifrar ao visitar Cerol.
Sobre o artista
Fabricio Lopez (Santos, SP, 1977) mestre em poéticas visuais pela ECA/USP sob orientação de Claúdio Mubarac, é membro fundador da Associação Cultural Jatobá – AJA e do Atêlie Espaço Coringa, que entre1998 e 2009 produziu ações coletivas como exposições, publicações, vídeos, aulas, intercâmbios e residências artísticas.
Participou de diversas exposições coletivas; dentre elas, Gravure Extreme – Europália, Trilhas do Desejo – Rumos Itaú Cultural, X Bienal de Santos (1° prêmio), Novas Gravuras – Cité Internationale des Arts/Paris FR, XIII Bienal Internacional de Arte de Vila Nova de Cerveira – Portugal e Arte Contemporânea no Acervo Municipal – Centro Cultural São Paulo. Participou do Encontro Panamericano de Xilogravura em Trois Riviérès, no Canadá, de residência como artista convidado do Atelier Engramme, na cidade de Quebec e no CRAC (Centro de Residências para Artistas Contemporâneos) em Valparaíso, no Chile, como prêmio do Programa Rumos Itaú Cultural.
Realizou exposições individuais no IFF – Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto (2019), Centro Universitário Maria Antonia, São Paulo (2013), na Estação Pinacoteca, São Paulo (2009) e no Centro Cultural São Paulo (2005), entre outros; integra os acervos públicos da Pinacoteca Municipal e do Estado de São Paulo, Casa do Olhar – Santo André, Secretaria Municipal de Cultura de Santos e do Ministério das Relações Exteriores com o 1º prêmio para obras em papel do programa de aquisições do Itamaraty.
Serviço:
Cerol, de Fabricio Lopez
Período expositivo: até 5 de outubro de 2024 | Horários: segunda a sexta, 10h30 às 19h; sábados, 11h às 16h
Galeria Marília Razuk (sala 2)
Local: R. Jerônimo da Veiga, 62 – Itaim Bibi, São Paulo – SP
Entrada gratuita
https://www.galeriamariliarazuk.com.br/
https://www.instagram.com/galeriamariliarazuk/.
(Fonte: Com Erico Marmiroli/Marmiroli Comunicação)
A música faz parte da trajetória do paulistano Marcelo Lavrador desde a infância – aos 7 anos já se arriscava no violão Di Giorgio que ganhou de seu pai. Influência de uma família musical e de sua profunda admiração por Baden Powell, Toquinho, Paulinho Nogueira e João Bosco, entre outros. Marcelo cresceu e o que era brincadeira tornou-se vocação, profissionalizou-se. Estudou no lendário Centro Livre de Aprendizagem Musical (CLAM), criado pelo Zimbo Trio na época de ouro e cursou Licenciatura em Música no Instituto de Artes da Unesp. Nestes 30 anos de carreira lançou seis discos.
O novo trabalho de Marcelo Lavrador busca valorizar a cultura da música regional nordestina, permanecendo fiel à escolha do repertório, sem se importar com modismos e gêneros musicais. E assim é no seu novo trabalho ‘Violão Nordestino Instrumental’ que tem 13 músicas, sendo 12 autorais e o clássico ‘Qui Nem Jiló’, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, que serão apresentadas na noite do dia 29 de setembro no Centro Cultural São Paulo.
Além das músicas do álbum ‘Violão Nordestino Instrumental’, a apresentação explora outros sucessos do compositor, principalmente as canções do disco ‘Sem Pátria, Sem Mátria’. Entre os destaques, estão ‘De Volta ao Lagamar’, ‘Lavrador’ e ‘Quando a Nau dos Loucos Chegou na Terra de Ninguém’. É de Marcelo a conclusão: “A arte de viver a música traz no íntimo o verdadeiro significado de ser e sentir… sentir a sonoridade do instrumento, seu ritmo musical, sentir a arte no que tem de mais perfeito”. É com essa ideia que ele nos brinda com as músicas de seu mais recente trabalho.
E é com essa filosofia que Marcelo Lavrador sobe ao palco da Vila Itororó acompanhado por André Rass e Thiago Fermino na percussão, Bruno Menegatti na rabeca, além de Renan Dias no contrabaixo, e ainda conta com a participação especial de Ricardo Vignini na viola caipira, Toninho Ferragutti no acordeom e da cantora Mariana Timbó, e com uma performance da atriz, poeta e dançarina Thays Spósito.
Ficha Técnica do show
Marcelo Lavrador @marcelo.lavrador.oficial – violão e voz
Toninho Ferragutti – acordeom (participação especial)
Ricardo Vignini – viola (participação especial)
Mariana Timbó – voz (participação especial)
Thays Spósito – atriz/poeta/dançarina (participação especial)
Renan Dias @renandiasmusic – baixo
André Rass @andrerasss – percussão
Thiago Fermino @thiagoferminooliveira – percussão
Bruno Menegatti @brunobmenegatti – rabeca
Projeto contemplado pela 7a Edição do Edital de Apoio à Música para a Cidade de São Paulo – Secretaria Municipal de Cultura.
Sobre o disco Violão Nordestino Instrumental
Lançado em setembro de 2023, ‘Violão Nordestino Instrumental’, de Marcelo Lavrador, está disponível em todas as plataformas digitais e é uma celebração às raízes do violonista, que completa 30 anos de carreira. A produção do álbum é assinada pelo próprio artista ao lado de Ricardo Vignini.
O disco é formado por 12 faixas autorais e uma homenagem à Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira. Lavrador incluiu uma versão especial do clássico “Qui Nem Jiló”, gravada com violão, baixo elétrico, baixo acústico, percussão e sanfona. As composições refletem o amor que Marcelo Lavrador sente por Pernambuco, pelo Quinteto Armorial e Ariano Suassuna, pela culinária típica, por sua família, por Dominguinhos e pela Bahia. Suas boas recordações estão gravadas em cada uma das notas.
Para ajudá-lo na construção deste trabalho tão carregado de emoções, o compositor contou com as participações especiais de Badi Assad, que é uma grande inspiração para a sua música, de Toninho Ferragutti, de Marcos Suzano, do próprio Ricardo Vignini, de Socorro Lira, de Bruno Menegatti e de André Rass.
Marcelo Lavrador apresenta Violão Nordestino Instrumental, o show
Centro Cultural São Paulo
Sala Adoniran Barbosa
Rua Vergueiro, 1000 – Liberdade, São Paulo, SP (estação Vergueiro do Metrô)
Telefone: (11) 3397-4277
Capacidade: 622
Domingo, 29 de setembro, às 18h
Classificação indicativa livre
Duração: 90 minutos
Grátis
Os ingressos podem ser reservados online pelo link https://rvsservicosccsp.byinti.com/#/ticket/futureEvent/violao-nordestino-instrumental-o-show ou presencialmente
Mais informações sobre o funcionamento da Bilheteria, física e online
Acessibilidade: sim
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(Fonte: Com Graciela Binaghi)
Após o lançamento de ‘Teu Sangue’, em agosto, Ney Matogrosso e Hecto se unem novamente para apresentar o single ‘Nosso Grito’, que chega às plataformas digitais no dia 4 de outubro. As músicas integram o álbum ‘Canções Para Um Novo Mundo’, projeto criado a partir da união entre Ney e Hecto que terá lançamento ainda em 2024 via Som Livre.
‘Nosso Grito’, de Guilherme Gê (vocalista da Hecto), em parceria com Déa Moura, é uma canção multifacetada. Traz o lirismo e a melodia inspirada no samba antigo nos versos iniciais, ao mesmo tempo em que leva o ouvinte a um refrão rock potente, com frases poéticas e fortes críticas aos extremismos religiosos e políticos. Neste dueto impactante, Ney e Gê fundem o peso do rock das interpretações com a sutileza da brasilidade e criam uma mistura poderosa, enquanto os versos falados no estilo rap adicionam uma camada moderna e inovadora à performance refletindo a diversidade e a riqueza cultural do Brasil. A foto de capa (Marcos Hermes) com os dois artistas se preparando para entrar em cena, reforça a conexão entre eles e aponta para uma ‘obra em construção’.
A letra retrata a dura realidade brasileira, mas também celebra a liberdade. Reflete sobre o desafio de lidar com a avalanche de informações diárias e a necessidade de manter o controle da vida para fazer escolhas conscientes.
Nossa mal tratada língua
A mais bela do planeta
Nas palavras à míngua
Quem dirá obsoletas
Deste ventre que não vinga
Desta viga que não basta
Na obra indefinida
Do discurso dessa gente
Neste credo que alucina
Na cabeça é tanto rito
Que arrebata nosso rumo
E sufoca nosso grito
(trecho de ‘Nosso Grito’)
“Comecei a escrever essa letra há muitos anos em parceria com Déa Moura. Ela surgiu em meio a boas conversas regadas a vinho, Chico Buarque e Fernando Pessoa, influências estas que sobressaem nos versos: ‘Rapaz, você não entende esse mundo/ de caos, que gira mil vezes por ano/ Convém, tirar o chapéu e fechar os olhos/ pra não perder o controle de vida remoto’”, comenta Gê. “Após um longo período, reencontrei o elo com a canção, pensando na voz do Ney e criando outras partes e novas nuances que também fazem parte da sonoridade e identidade da Hecto. Quando Ney gravou a voz em estúdio, tudo ficou muito claro. Ele sempre abre novas janelas, novos caminhos de interpretação, sempre leva a canção para outro patamar”, completa o cantor e compositor.
Segundo Ney, a sintonia entre o artista e a Hecto se destaca na canção: “Ouvindo nossa gravação, percebo que temos uma afinidade, cantamos juntos com muita facilidade”, afirma.
Antonio Cicero, imortal da Academia Brasileira de Letras, poeta, letrista, filósofo e escritor comentou: “A música é maravilhosa e deve ser ouvida com toda atenção. Parabéns por
terem escrito um poema tão forte, lindo e atual”.
Além dos instrumentos gravados por Gê (piano, guitarras, baixo, teclados), a faixa contou ainda com o pandeiro e congas de Marcos Suzano, a bateria de Mario Fabre e duas novidades que enriqueceram ainda mais o arranjo: Filipe Moura, multi-instrumentista que gravou sax tenor, trompete e trombone, e o DJ BeatBox, com sons e efeitos de voz.
A banda Hecto é formada pelo cantor e multi-instrumentista Guilherme Gê e o guitarrista Marcelo Lader.
Ficha Técnica – Nosso Grito (Guilherme Gê/Déa Moura)
Ney Matogrosso – voz
Guilherme Gê – voz, piano, guitarras, baixo elétrico, teclados e samples
Filipe Moura – sax tenor, trompete e trombone
DJ BeatBox – beatbox, efeitos
Marcos Suzano – pandeiros e congas
Mario Fabre – bateria
Produção musical e arranjo – Guilherme Gê
Arranjo de metais – Guilherme Gê e Filipe Moura
Mixagem – Walter Costa
Masterização – Ricardo Garcia
Produção executiva – João Mario Linhares e Déa Moura
Redes Sociais – Déa Moura
Assessoria de Imprensa – Lupa Comunicação
Foto capa/divulgação – Marcos Hermes
Capa/Design Gráfico – Andre Rola
A&R: João Cantanhede, Alan Lopes, Gregg Bordallo
Som Livre
Gravado nos estúdios Udu Music Rio, Eco Som, Corredor 5, Samba Town e Marine no Rio Janeiro em 2024. Engenheiros de gravação – Renato Alscher, Fabricio Garcia e Lucca Noacco.
Lançamento Nosso Grito – Ney Matogrosso e Hecto – dia 4/10
Hecto nas redes: Facebook | Instagram | Tiktok | Spotify | YouTube.
(Fonte: Com Flávia Motta/Lupa Comunicação)
Desmatamento da floresta amazônica e outros ecossistemas e produção de petróleo afastam Brasil de metas climáticas, segundo CCAG. Foto: Alexandre Cruz Noronha/Amazônia Real.
As medições de temperatura global de longo prazo estão falhando em capturar a taxa crescente de aquecimento do planeta. É o que aponta relatório lançado nesta segunda (23), pelo Grupo Consultivo para a Crise Climática (CCAG). Segundo os especialistas, isso mascara a verdadeira extensão e riscos de aumentos ininterruptos da temperatura, que já causam efeitos em comunidades vulneráveis e países, incluindo o Brasil. O documento vem à tona na Semana do Clima de Nova Iorque (EUA), maior evento global anual sobre mudanças climáticas. Ele faz parte de uma série de análises feitas de forma independente pelo CCAG e divulgadas à imprensa brasileira em primeira mão pela Bori. O grupo reúne 16 especialistas do clima de dez países diferentes, entre eles o Brasil, com a missão de impactar na tomada de decisão sobre a crise climática.
O trabalho pede uma maior precisão nos esforços de monitoramento para limitar o aumento das temperaturas globais em até 1,5ºC. Ele recomenda a ampliação das metas climáticas para incluir os níveis atmosféricos de gases de efeito estufa, que são indicadores críticos em ‘tempo real’ das mudanças climáticas.
Essa avaliação é baseada na análise dos desafios únicos enfrentados pelo Brasil, Gana, Estados Unidos e Índia no contexto da transição energética e crise climática. No caso brasileiro, o relatório aponta que o país está fora do caminho para a redução de emissões de gases de efeito estufa até 2030, por causa do desmatamento contínuo da floresta amazônica e de outros ecossistemas e do investimento na produção de petróleo. Sem uma ação rápida, segundo os especialistas, o mundo corre o risco de perder um escudo vital contra a crise climática.
Desde a eleição do presidente Lula para o terceiro mandato (2023-2026), o desmatamento na Amazônia foi parcialmente reduzido, mas as taxas aumentaram em outros biomas, como o Cerrado – o que, de acordo com o documento, é um lembrete de que danos continuam a ser causados. A floresta é um importante depósito natural que captura e absorve o carbono.
A produção de petróleo brasileira atinge 3 milhões de barris por dia, colocando o Brasil entre os dez maiores produtores mundiais. Assim, o petróleo acaba representando 44% do consumo total de energia do país – o que impõe desafios para a transição energética, em direção a fontes de energia sustentáveis. “O Brasil está enfrentando o desafio de apoiar a sua economia e reduzir a pobreza”, avalia a pesquisadora Mercedes Bustamante, da Universidade de Brasília (UnB), membro do CCAG. “Forças políticas relevantes estão defendendo o uso de mais receita de exploração de petróleo para fazer isso, ao mesmo tempo que financiam investimentos em energia renovável – mas isso é claramente insustentável”, pontua.
Bustamante comenta que, assim como outros países, o Brasil enfrenta uma crise de custo de vida e deve equilibrar as pressões econômicas e políticas de curto prazo com metas climáticas de longo prazo. “Dada a importância crítica das vastas florestas tropicais do Brasil para a estabilidade climática, é imperativo que o Norte Global forneça suporte eficaz para suavizar o caminho para um futuro sustentável”.
“A trajetória atual de aumento da temperatura global está jogando a humanidade em direção ao desastre”, destaca David King, líder do CCAG. Esse relatório, no entanto, mostra que ainda há o que ser feito para que isso seja evitado. Nesta linha, o relatório do CCAG traz quatro recomendações para reverter a trajetória climática atual: promover a equidade global por meio de finanças, liderança e colaboração; desvincular o bem-estar do consumo de combustíveis fósseis; acabar com os subsídios aos combustíveis fósseis e proteger a biodiversidade e as comunidades indígenas, parte crítica da resposta climática global para limitar os aumentos de temperatura. “Um futuro seguro para a humanidade ainda está ao nosso alcance, mas somente se todas as nações tomarem medidas urgentes”, finaliza King.
(Fonte: Agência Bori)