Francisco promoveu o Sínodo para a Amazônia, além de outras iniciativas que priorizaram a questão ambiental


São Paulo
Volney meditando nas Ruínas de Palmira, 1830. Autor: Hercule Florence. Coleção: Cyrillo Hercules Florence.
O Instituto Moreira Salles acaba de catalogar e disponibilizar para o público 526 desenhos, aquarelas e pinturas do artista e inventor franco-monegasco Hercule Florence (Nice, 1804–Campinas, 1879). As obras, que já podem ser acessadas no site do IMS, fazem parte da coleção Cyrillo Hercules Florence, um acervo privado que pertencia à sua família e era pouco conhecido até agora. Entre os aproximadamente 1.200 itens da coleção, há ainda objetos fotográficos, documentos pessoais e numerosos escritos de Florence, que passarão por catalogação.
O acervo sob a guarda do Instituto Moreira Salles se destaca pelo ineditismo e pelo detalhamento na documentação de comunidades e localidades do interior do Brasil até então pouco exploradas. Desde que a coleção chegou ao IMS, em 2023, os itens vêm sendo catalogados, em um trabalho minucioso que inclui a fixação de informações como o título original da obra e sua tradução, confirmação da data e do local em que cada desenho, aquarela e pintura foram produzidos, anotações de pesquisa, histórico de utilização de cada obra e, ainda, a revisão das menções a povos indígenas.
Este último tópico contou com a assessoria da antropóloga Maria Luísa Lucas, professora do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, e busca atualizar informações, como o termo mais adequado, hoje, para se referir a determinados povos indígenas a partir da autodenominação desses grupos. A equipe do IMS também incluiu outras informações, como cidades que mudaram de nome. Vila de São Carlos, onde Florence se estabeleceu e formou família após o fim da expedição, é atualizado para Campinas. Por trás de todo esse trabalho, há a preocupação de se esclarecer as modificações realizadas e de manter também o original, para que os pesquisadores possam ter acesso a absolutamente todas as informações.
“Esse esforço de transparência é importante, para que as pessoas possam entender quais foram os critérios adotados”, diz Julia Kovensky, coordenadora de Iconografia do IMS. Ela observa que essa é uma catalogação inicial, realizada de forma a abranger todas as informações possíveis, mas não definitiva. “Futuramente, caso alguns desses critérios precisem ser revistos à luz de novas pesquisas, isso poderá ser feito. Inclusive, para questões mais diretas, como as dos povos indígenas retratados, contamos com as atualizações que virão a partir dos olhares de seus descendentes”, ressalta.
Florence pôde produzir essa obra extensa e importante porque se juntou a uma notória incursão científica: a Expedição Langsdorff, conduzida pelo barão Georg Heinrich von Langsdorff (1774–1852), médico e naturalista alemão naturalizado russo, e patrocinada pelo czar Alexandre I com apoio de d. Pedro I. Em sua primeira etapa, que percorreu o Rio de Janeiro e Minas Gerais (1824-1825), ela contava com Johann Moritz Rugendas como desenhista, mas este decidiu seguir viagem sozinho. Florence, um jovem de espírito aventureiro e explorador que havia chegado ao Brasil em 1824 aos 20 anos, respondeu então ao anúncio publicado em 7 de julho de 1825 no Diário do Rio de Janeiro para substituir Rugendas e, mesmo com pouca formação na área, compôs com o francês Aimé-Adrien Taunay o time de desenhistas da viagem.
A expedição partiu em junho de 1826 de Porto Feliz, em São Paulo, para percorrer, por via fluvial, mais de 13 mil quilômetros pelas regiões dos atuais estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Pará – a maior parte navegando pelos rios Tietê, Paraná, Paraguai, Tapajós e seus afluentes.
O material produzido nessa viagem é um dos grandes conjuntos que formam a coleção de desenhos e aquarelas de Florence e traz uma riquíssima descrição de povos indígenas que ele encontrou ao longo do percurso – ele reproduz com detalhes diferentes pinturas corporais e adornos, conseguindo uma representação bastante fiel de povos como os Guató, Bororo, Apiaká, Terena e Kaingang. E fez o mesmo com pessoas negras, como em desenhos realizados em 1828, quando a expedição se encontrava nos arredores de Diamantino, no Mato Grosso.
“Chamam muita atenção quatro desenhos de pessoas negras, nos quais Florence descreve a suposta etnia – ou proveniência territorial – dessas pessoas”, observa Gustavo Aquino dos Reis, um dos responsáveis no IMS pelo minucioso trabalho de catalogação. “São negros Congo, Cabinda e Rebolo. É interessante perceber que, através de um traço sutil, o artista logrou evidenciar características específicas dessas nações africanas, como, por exemplo, a presença de escarificações corporais.”
Também da equipe de Iconografia responsável pela catalogação, Jovita Santos de Mendonça ressalta a relevância dos escritos de Florence para o projeto do IMS de oferecer a maior quantidade de informações possível sobre a coleção: “O conjunto da expedição é muito emocionante, porque se consegue cotejar com o texto dele. Florence escreveu muito sobre a sua vida, sobre as suas experiências no Brasil, as viagens. Tudo que ele foi experimentando quando se fixou aqui é exaustivamente contado e recontado.”
2º estudo. S. Carlos, 1832. Céu de Sudeste. Autor: Hercule Florence. Coleção: Cyrillo Hercules Florence.
O mesmo acontece com outros dois conjuntos: a série Céus e a série que retrata as fazendas de Campinas. Céus é composta por 34 imagens do céu do Brasil, um registro pioneiro de diferentes formas e cores de nuvens e condições climáticas que reflete o olhar curioso e observador de Florence em relação à natureza. Ao buscar entender a formação das nuvens e outros fenômenos, ele produziu uma espécie de catálogo para servir a artistas como modelo para suas composições. Já os registros de fazendas tratam da expansão agrícola, principalmente do plantio de café e cana-de-açúcar na então Vila de São Carlos, onde Florence se casou com a filha de um influente médico e político da região. O dia a dia de uma fazenda de café naquele período, com o trabalho escravizado, está muito bem documentado não só em imagens como também em seus escritos. Florence escreveu tanto e sobre tudo que viveu aqui no Brasil, que seus textos funcionam como um guia para identificar muitas de suas obras.
A coleção sob a guarda do IMS teve as obras reunidas por um dos netos do artista, Cyrillo Hercules Florence (1901–1995), professor do Laboratório de Física da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, e por isso leva seu nome. Os desenhos e aquarelas se relacionam com outro grande conjunto de obras de Florence que se encontra no Arquivo da Academia de Ciências de São Petersburgo, na Rússia.
Em apenas duas ocasiões esse conjunto de obras de Florence foi exibido ao público. A primeira, na exposição Hercule Florence e o Brasil, na Pinacoteca do Estado de São Paulo, em 2010, com um recorte de desenhos e aquarelas e de suas invenções fotográficas. A segunda, na exposição Hercule Florence: le nouveau Robinson, realizada em 2017 no Nouveau Musée National de Monaco. O título ‘o novo Robinson’ faz referência ao livro Robinson Crusoé (1719), do inglês Daniel Defoe (1660–1731), que Florence leu quando estudava em Mônaco (sua mãe nascera lá) e que lhe despertou o desejo de viajar cruzando oceanos para além da Europa. A exposição em Mônaco contribuiu para a celeridade com que a obra iconográfica de Florence chega agora a domínio público, já que uma parte expressiva das imagens foi digitalizada por Jorge Bastos, da Motivo, por ocasião da mostra, com padrão semelhante ao do IMS.
Reconhecido pela excelência de sua documentação visual, Hercule Florence se distinguiu em vários campos, notadamente a fotografia – é considerado um inventor na área, tendo realizado no Brasil experimentos ao mesmo tempo que seus pares desenvolviam a técnica fotográfica na Europa. O Instituto Moreira Salles possui em seu acervo algumas raridades, como um conjunto de rótulos para frascos farmacêuticos impressos fotograficamente por Florence em 1833. Seus desenhos e suas pinturas vêm se juntar com peso a esses itens, oferecendo ao público uma visão ampla do trabalho do artista.
“Temos total consciência da importância de facilitar o acesso do público à obra desse autor já tão estudado e ainda tão pouco conhecido. Em nome desse compromisso, foi feito um esforço singular para acelerar a etapa de catalogação dos desenhos, reunindo e atualizando informações, e disponibilizar esse primeiro conjunto no menor prazo possível”, diz Julia Kovensky.
(Com Mariana Tessitore/Instituto Moreira Salles)
‘O Olho da Noite’, do artista francês Jean-Michel Othoniel, é a próxima grande exposição internacional do Museu Oscar Niemeyer (MON). A mostra será inaugurada no dia 22 de novembro, dia do aniversário do MON, e contará com obras no Olho, nos Espaços Araucária 1 e 2 e na área externa (espelho d’água). A curadoria é de Marc Pottier.
“Cada mostra realizada pelo MON em seu icônico Olho é singular. O que o público vê é sempre a soma do talento de um grande artista, neste caso, o contemporâneo francês Jean-Michel Othoniel, com um espaço expositivo único e deslumbrante, considerado por si só uma obra de arte projetada pelo mestre Oscar Niemeyer”, explica a diretora-presidente do MON, Juliana Vosnika. “A genialidade de Othoniel supera qualquer expectativa ao transformar a sala expositiva numa espécie de grande planetário, com os signos do zodíaco flutuando em forma de 12 esculturas em vidro soprado”, comenta.
No chão, o público verá um mar de tijolos de vidros azuis que refletem, ao mesmo tempo, a constelação e o arco imaginado pelo arquiteto, numa combinação surpreendente.
“Como se não coubesse apenas dentro do espaço expositivo do Museu, a obra de Othoniel extravasa. Aos pés do prédio do Olho, o público verá grandes esculturas abstratas, inspiradas em flores, que flutuam no espelho d’água, causando um efeito surreal”, diz Juliana. Ela explica que essa vem sendo uma premissa do Museu: romper limites físicos e extrapolar os locais originalmente destinados às exposições, invadindo outros espaços.
No total, a mostra apresenta 25 obras em grandes dimensões. As esculturas são compostas por materiais diversos, como: vidro espelhado e aço inoxidável, vidro espelhado e madeira, e aço e folhas douradas.
O Olho da Noite
O curador explica que o título da exposição evoca o formato do prédio onde está a sala expositiva. “O edifício excepcional e este ‘olho’ elevado, construído por Niemeyer, é um lugar muito mais complexo do que parece, apesar da simplicidade do seu design”, comenta Pottier. “O teto é curvo e as paredes de ambos os lados são de vidro, como se estivessem suspensas acima do solo”.
Pottier explica a opção de instalar grandes esculturas abstratas, inspiradas em flores, no espelho d’água externo. “Assim como a construção de Niemeyer, que seria inspirada na Araucária, árvore simbólica da região paranaense, ele fez questão de que seus lótus subissem acima da água exibindo seus reflexos”, diz. “Essas esculturas, que são monumentais, parecem relativamente pequenas em comparação com o gigantismo do edifício e são uma homenagem à paixão de Niemeyer pela botânica”.
Jean-Michel Othoniel conta que, quando era um jovem artista, teve a oportunidade de conhecer pessoalmente Oscar Niemeyer, na casa do arquiteto, no Rio de Janeiro. “A lembrança de contemplar as estrelas com ele através de uma grande janela, como se estivesse de frente para o universo curvo de Brasília, deixou uma profunda impressão em mim”, diz. “Foi nessa memória poética que minha primeira grande exposição individual no Brasil foi construída”, afirma o artista.
O artista
Jean-Michel Othoniel (França, 1964) é um artista contemporâneo que vive e trabalha em Paris. Multidisciplinar, desde o final da década de 1980, Othoniel trabalhou em diversas áreas: do desenho à escultura, da instalação à fotografia e da escrita à performance. Em 1993, começou a usar vidro, que se tornou sua marca registrada.
Desde a primeira encomenda pública em Paris, em 2000, Le Kiosque des Noctambules, o seu trabalho tem sido exibido tanto em museus como em espaços públicos. Entre eles, o projeto de esculturas de fontes em vidro dourado nos jardins do Château de Versailles, Les Belles Danses, e Alfa, uma instalação para o novo Museu Nacional do Qatar com 114 esculturas de fontes. Em 2019, uma nova série de pinturas entrou na coleção permanente do Museu do Louvre.
Jean-Michel Othoniel realizou grandes exposições em todo o mundo desde a sua participação na Documenta de Kassel em 1992. Teve uma importante retrospectiva no Centre Georges Pompidou, em Paris: My Way. Esta foi exposta no Leeum Samsung Museum of Art/Plateau, em Seul; no Museu Hara de Arte Contemporânea, em Tóquio; no Museu de Arte de Macau, e no Museu do Brooklyn, em Nova Iorque.
Nos últimos anos, Othoniel expôs em museus e jardins no Petit Palais, em Paris; no Museu de Arte de Seul e no Jardim Botânico do Brooklyn. Atualmente, suas obras estão em alguns dos mais renomados museus de arte contemporânea, fundações e coleções particulares do mundo.
Jean-Michel Othoniel é representado pelas galerias Perrotin, Simões de Assis e Kukje.
Serviço:
O Olho da Noite – Jean-Michel Othoniel
Perído Expositivo: de 22 de novembro de 2024 até 25 de maio de 2025
Local: Museu Oscar Niemeyer – Rua Marechal Hermes, 999 – Centro Cívico – Curitiba, PR.
(Com Patricia Marrese/Marrese Assessoria)
Na quarta, dia 20 de novembro, mês em que se reafirma o legado cultural, intelectual e social das pessoas negras, o Sesc Bom Retiro traz uma programação especial com atividades físicas, oficinas, contação de histórias e shows. O Sesc valoriza e celebra as culturas e identidades negras durante o ano todo, seja por meio da programação permanente, seja a partir dos projetos especiais, como o Festival Sesc de Culturas Negras, em maio. Encerrando as atividades do dia da Consciência Negra, a Funmilayo Afrobeat Orquestra se apresenta no teatro às 18h, em show que celebra a cultura Yorubá da Nigéria e o trabalho da professora e ativista dos direitos das mulheres Funmilayo. Abaixo, a programação especial do dia da Consciência Negra 2024 no Sesc Bom Retiro.
MÚSICA
A Funmilayo Afrobeat Orquestra apresenta o show inédito Omodé Funmilayo, para as crianças e suas famílias conhecerem os principais elementos do afrobeat, confluindo as sonoridades do primeiro disco da banda com os ritmos e cantos afro-brasileiros que marcaram as infâncias das integrantes, num espetáculo para dançar. Às 18h. Ingressos: R$18 (Credencial Plena), R$30 (Meia) e R$60 (Inteira).
Lançamento do show Calunguinha canta o Brasil com as principais canções das duas temporadas da audiossérie infantil Calunguinha, o Cantador de Histórias. Interpretadas pelo elenco principal e banda, numa formação de vozes, percussão, sopros e violão. O espetáculo propõe uma viagem pela história negra e os ritmos afro-diaspóricos do Brasil, homenageando figuras históricas como Tereza de Benguela, Luísa Mahin, Zumbi dos Palmares, Maria Filipa, Luís Gama, Xica Manicongo, Chaguinhas, João Cândido e Maria Firmina. Às 16h. Grátis.
CONTAÇÃO DE HISTÓRIA
Em Inine, o público é apresentado à bondosa personagem-título, considerada a melhor dançarina da África. Certo dia, ela recebe um valiosíssimo conselho que a ajudará a se livrar de doenças que a acometem. Com Sunny. Às 14h30. Grátis.
ATIVIDADE FÍSICA
Com o tema Bichos do Brasil, a vivência de capoeira proporciona a prática por meio de brincadeiras, jogos e imitações de variados bichos da fauna brasileira. Com o coletivo Sapé Capoeira. Às 14h. Grátis.
OFICINA
Na oficina Vem Jogar: Trilogia Sankofa Arcade – Lançamento do jogo ORE, o público terá a oportunidade de jogar e conversar sobre ORE, da trilogia Sankofa Arcade, um jogo de quebra-cabeças sobre a amizade entre uma filha e sua mãe. Nesta missão, somos convidados a recuperar as memórias de Lili, retomar sua ancestralidade e conectá-la com a mulher do presente que é. Com Game Arte. Às 13h30. Grátis.
VIVÊNCIA
Brincadeiras Africanas é uma vivência de brincadeiras tradicionais do continente africano envolvendo música, dança e corporeidade, além de trazer o contato com a territorialidade, gostos e costumes dos locais de origem destes jogos. Para crianças de até 6 anos acompanhadas de um adulto. Com Xirê de Quintal. Às 10h30. Grátis.
Serviço:
Dia da Consciência Negra
Dia 20/11 | quarta-feira | das 10h às 18h
Livre
Todas as atividades acima são gratuitas, exceto Funmilayo Afrobeat Orquestra, no teatro, às 18h
Ingressos: R$18 (Credencial Plena), R$30 (Meia) e R$60 (Inteira)
Local: teatro – Livre
Venda de ingressos disponíveis pelo APP Credencial Sesc SP, no site sescsp.org.br/bomretiro, ou nas bilheterias.
ESTACIONAMENTO DO SESC BOM RETIRO – (vagas limitadas)
O estacionamento do Sesc oferece espaço para pessoas com necessidades especiais e bicicletário. A capacidade do estacionamento é limitada. Os valores são cobrados igualmente para carros e motos. Entrada: Alameda Cleveland, 529.
Valores: R$8 a primeira hora e R$3 por hora adicional (Credencial Plena). R$17 a primeira hora e R$4 por hora adicional (Outros). Valores para o público de espetáculos à noite, por período – R$11 (Credencial Plena). R$21 (Outros).
Horários: Terça a sexta: 9h às 20h; sábado: 10h às 20h; domingo: 10h às 18h
IMPORTANTE: Em dias de evento na Praça de Convivência, o estacionamento funciona até o término da apresentação.
Transporte gratuito: O Sesc Bom Retiro oferece transporte gratuito circular partindo da Estação da Luz. O embarque e desembarque ocorre na saída CPTM/José Paulino/Praça da Luz. No dia de espetáculos, o serviço atende até o término da apresentação. Consulte os horários disponíveis de acordo com a programação no link
Fique atento se for utilizar aplicativos de transporte para vir ao Sesc Bom Retiro: É preciso escrever o endereço completo no destino, Alameda Nothmann, 185, caso contrário o aplicativo informará outra rota/destino.
Sesc Bom Retiro
Alameda Nothmann, 185 – Campos Elíseos, São Paulo – SP
Telefone: (11) 3332-3600
Siga o @sescbomretiro nas redes sociais: Facebook, Instagram e Youtube.
(Com Flávio Aquistapace/Assessoria de imprensa Sesc Bom Retiro)
Com programação diversa, o destaque do mês de novembro do Theatro Municipal de São Paulo é a estreia da ópera ‘Maria de Buenos Aires’, uma remontagem da obra de Astor Piazzolla com libreto de Horacio Ferrer que estreia na quinta-feira, dia 21, às 20h e estará em cartaz nos dias 22, 26, 27, 28 e 29, às 20h e 23 e 24, às 17h, na Sala de Espetáculos. A montagem tem concepção e direção geral de Kiko Goifman e direção cênica de Ronaldo Zero, direção musical do maestro Roberto Minczuk, participação da Orquestra Sinfônica Municipal e do Coro Lírico Municipal sob regência de Érica Hindrikson. O elenco conta com as cantoras Catalina Cuervo (26, 27, 28, 29) e Luciana Bueno (21, 22, 23, 24) como María, o cantor Márcio Gomes, o narrador/duende Rodrigo Lopez e a bandoneonista Milagros Caliva, além das atrizes performers Betânia Santos, Elaine Bortolanza, Isabella Miranda e Lua Negra, as circenses Adriano Bitu, Carol Rigoletto, Wallace Kyoskys e Zanza Santos e o casal de tango Simo Raucci e Carol di Monaco.
Maria de Buenos Aires é uma ópera-tango, ou ‘operita’, como definiu seu compositor, Astor Piazzolla. Numa complexa e onírica mistura entre música e poesia, a ópera narra a trajetória de vida de Maria, uma prostituta do subúrbio de Buenos Aires. Piazzolla cria uma obra que mescla múltiplos estilos musicais, do tango ao jazz, para nos levar por essa jornada pela noite da capital argentina.
Nesta remontagem da bem-sucedida encenação realizada por Kiko Goifman em 2021, o diretor traz para a cena o cinema ao vivo, mesclando imagens e unindo diferentes linguagens artísticas à atmosfera portenha e brasileira. Os ingressos variam de R$31 a R$200, a classificação é de 16 anos e duração de 85 minutos, sem intervalo.
No dia 21, quinta-feira, às 20h, na Sala do Conservatório, o Quarteto de Cordas da Cidade apresenta Fulgurâncias Românticas, com Betina Stegmann e Nelson Rios nos violinos, Marcelo Jaffé na viola e Rafael Cesario no violoncelo. O repertório terá Quarteto Op. 12, de Felix Mendelssohn, e Quarteto em Ré menor, A Morte e a Donzela, de Franz Schubert. Os ingressos custam R$33, a classificação é livre, a duração é de 70 minutos, sem intervalo.
No dia 24, domingo, às 11h, na Sala do Conservatório, Choros, Valsas e outros lirismos brasileiros com Heloísa Fernandes, piano e arranjos e Toninho Carrasqueira, flauta e arranjo. Neste espetáculo, além de composições próprias, Heloísa Fernandes e Toninho Carrasqueira apresentam leituras inéditas da música de Chiquinha Gonzaga, Pixinguinha, Moacir Santos e Dominguinhos, entre outros grandes nomes da música brasileira. As músicas são sempre entremeadas de histórias e ‘causos’ sobre seus compositores e outras curiosidades da época com a proposta de sensibilizar o público por meio das composições de alguns dos nossos mais inspirados e criativos mestres. O repertório terá ‘Rosa’ de Pixinguinha, ‘Querida por Todos’ de Joaquim Callado, ‘Sonhando’ de Chiquinha Gonzaga, e ‘Desprezado’ de Pixinguinha, entre outras músicas dos compositores. Os ingressos são gratuitos, a classificação é livre e tem duração de 80 minutos, sem intervalo. Mais informações disponíveis no site.
(Com Letícia Santos/Assessoria de imprensa TMSP)
A Mostra Jazz Campinas, tradicional festival de jazz e parte do calendário cultural da cidade, chega em 2024 à sua 10ª edição. De 30 de novembro a 8 de dezembro, serão 9 dias seguidos com 30 atrações culturais, sendo 22 shows (13 gratuitos e 5 com contribuição opcional), 130 músicos envolvidos, 4 DJs de jazz e vertentes, 2 workshops (oficinas) de música gratuitos, 1 exibição de filme na praça, 3 feiras de discos, arte, moda, gastronomia e cerveja artesanal.
A Mostra Jazz Campinas acontece anualmente desde 2015 e é um grande encontro de artistas do cenário instrumental da cidade de Campinas e região aberto ao público, produzido pela Zumbido Cultural e Secretaria de Cultura e Turismo – Prefeitura Municipal de Campinas e SindiPetro-SP. O evento é realizado com muita paixão pela arte, cultura e a vontade de ver os cantos da cidade recheados de uma música que está fora do circuito comercial. Assim como nas edições anteriores, a Mostra segue em busca da ampliação dos horizontes, possibilitando o encontro da sociedade com o jazz e suas vertentes, difundindo a arte e demonstrando na prática que o jazz está aí para quem quiser conhecê-lo e por ele se interessar.
Breve histórico da Mostra Jazz Campinas
A cada ano a Mostra acontece graças aos recursos que consegue alcançar com parceiros e apoiadores ou lei de incentivo à cultura, o que define também o tamanho da edição. De 2015 a 2019 a Mostra foi realizada presencialmente tomando praças, ruas, teatros, bares e casas de show da cidade, realizada sem verba contando com pequenos apoios e parcerias. E quando um evento acontece sem verba, este está longe do seu ideal, já que equipe e músicos que trabalham em espaços públicos não são remunerados por seu trabalho. Em 2020 e 2021 foi realizada de maneira remota com transmissões online. A edição de 2021 contou pela primeira vez com verba de lei de incentivo, com o ProAC – Lei Aldir Blanc, podendo desta maneira remunerar os 58 artistas e 23 profissionais da equipe que trabalharam na edição. Em 2022 contou com correalização da Prefeitura Municipal de Campinas, voltando ao formato presencial. Ano passado e este ano contando novamente com verba reduzida comparada a 2021 e 2022, mas ainda assim sendo realizada dentro de suas limitações.
Serviço:
10ª Mostra Jazz Campinas
De 30 de novembro a 8 de dezembro de 2024
Diversos pontos da cidade
Programação completa: https://mostrajazzcampinas.art.br/programacao/.
(Com Marina Franco/Marina Franco Assessoria)